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O interesse pelo conhecimento demográfico tem vindo a aumentar de ano para ano à
medida que se tem revelado instrumento indispensável às políticas de desenvolvimento e por
outro lado devido à importância que cada vez mais se atribui ao factor demográfico como
elemento determinante das relações internacionais
Os censos populacionais têm vindo a mostrar que a população mundial cresce actual-
mente de 70 a 80 milhões de pessoas por ano. Tal crescimento provoca vários problemas
relacionados essencialmente com a escassez de recursos alimentícios e energéticos. As sim,
no que respeita à alimentação, em cada dia há mais 200 mil pessoas a alimentar e mesmo que
a Terra tivesse a possibilidade de alimentar todas, punha-se o problema da distribuição dos
bens alimentares entre os países ricos produtores de excedentes e os países pobres onde se
morre de fome. Enquanto nos primeiros tudo se resume sobretudo às crises económicas, os
países pobres são vítimas da fome que resulta de um crescimento demográfico tão rápido que
compromete todo o desenvolvimento económico.
Diz Kurt Waldheim: "Cada país, cada família, cada comunidade deve compreender de
modo preciso até que ponto as suas esperanças num nível de vida mais elevado, bem como
numa melhor educação e assistência e consequentemente mais felicidade, correm o risco de
serem afectados pelo crescimento demográfico."
Na verdade, o flagelo da fome que, infelizmente, afecta tantos países ditos do 3 °
Mundo tem como principal causa a explosão demográfica que se tem vindo a verificar nos
últimos anos, sendo alguns dos países mais atingidos o Bangladesh, a Etiópia, o Camboja e
Moçambique, e as principais vítimas deste flagelo as crianças, os camponeses e os habitantes
dos bairros mais degradados.
Mesmo antes de nascerem, as crianças sofrem de má nutrição materna e nos países
do 3.° Mundo está provado que entre os recém-nascidos, um em cada cinco tem peso in -
suficiente, o que faz com que contraiam doenças como sarampo, tosse convulsa e bron-
copneumonia, muitas vezes fatais.
Estes países, atingidos pela fome resultante em grande parte do exagerado
crescimento demográfico, são designados por países subdesenvolvidos, caracterizando-se
estas sociedades por taxas de natalidade muito elevadas, por um fraco desenvolvimento
tecnológico, por grandes desigualdades na distribuição da riqueza e por uma dependência
económica e/ou política, Por outro lado, a elevada taxa de mortalidade infantil, os gravíssimos
problemas alimentares, educacionais e de assistência médica são também uma realidade
neste;, países que correspondem a 3/4 da humanidade.
No entanto, para além da explosão demográfica, há ainda outros problemas que expli-
cam a situação de subdesenvolvimento destes países e que são nomeadamente a carência de
recursos naturais, as dificuldades ambientais como as grandes secas e as catástrofes naturais,
a herança colonial e a submissão política correspondente a uma ajuda militar que tende a
perpetuar-se.
Um dos processos de fazer face à angustiante situação que se vive nestes países seria
a existência de uma cooperação internacional activa, em particular no domínio do financia
mento, e por outro lado uma harmónica distribuição do rendimento mundial de acordo corras
exigências naturais e humanas de cada país e com o desenvolvimento da mão-de-obra
especializada.
Tema — Trabalho
O termo trabalho designa toda e qualquer actividade humana que se faz para realizar
um fim sério e necessário, isto é, algo que se faz para satisfazer necessidades de acordo com
as exigências da sociedade.
Pode assim dizer-se que o homem trabalha quando desenvolve a sua actividade no
que considera necessário à realização da sociedade.
Assim podemos considerar trabalho, não só o do artista que realiza a sua obra de arte
como do professor que transmite conhecimentos aos seus alunos, como do agricultor que
cultiva a terra, como do operário que produz matéria, como do padre que ensina religião e do
médico que trata os doentes.
O homem dos nossos dias trabalha e trabalhou desde sempre não só para sobreviver
corno para se realizar e construir o seu próprio mundo.
Só pelo trabalho o homem atinge a liberdade pois só se liberta aquele que consegue
bastar-se a si próprio e só se basta a si próprio aquele que trabalha.
No entanto as condições de trabalho que se oferecem aos trabalhadores nem sempre
são as mais justas, no entanto eles aceitam-nas porque precisam de ganhar o seu pão e
porque desejam melhorar as suas condições de vida, o que faz com que muitos se apro veitem
desta situação, explorando os que precisam.
Estas situações de exploração, que correspondem a salários que não estão de acordo
com a inflação que correspondem a um número de horas de trabalho exagerado, a discri-
minacões raciais, a salário inferior para a mulher só pela sua condição de mulher e tantas
outras desencadeiam muitas vezes greves, atitudes de lock-out ou ainda outras formas de
protesto, por meio das quais os trabalhadores reivindicam os seus direitos essencialmente de
natureza económico-social, exigindo ser tratados como pessoas e não como simples coisas
p
ara defender os direitos dos trabalhadores existem sindicatos, organizações que pro-
curam dialogar com as entidades patronais sempre que surgem problemas, no sentido de
tentar resolvê-los de forma amigável.
Outro aspecto francamente injusto e que provoca o protesto de muitos é o trabalho in-
fantil, que umas vezes resulta de uma situação familiar difícil e outras de um patronato que opta
por uma mão-de-obra mais barata e menos reivindicativa que lhes facilita a tarefa de dirigir
Na verdade, a exploração de crianças no trabalho atinge dimensões incalculáveis,
encontrando-se crianças a trabalhar em fábricas de indústrias leves e noutros serviços no-
meadamente de limpeza, de venda de jornais e outros produtos.
Embora as crianças trabalhem o mesmo número de horas que um adulto e executem
as mesmas tarefas, recebem no entanto um salário mais baixo. Por outro lado, se sofrem um
acidente, como não têm garantias de espécie nenhuma, ficam muitas vezes inutilizadas a sem
indemnização alguma.
Esta é uma situação injusta mas infelizmente real e frequente, e de tal modo os inter-
venientes têm a noção de que ela é injusta que se recusam a ser entrevistados ou se acedem a
conceder uma entrevista, exigem o anonimato.
Todas estas situações condenáveis não dignificam de modo algum o trabalho,
sobretudo quando se deve ter em conta que o indivíduo não existe para trabalhar, devendo sim
trabalhar para existir, isto é, para se realizar como ser livre e digno que é.
Na longa caminhada por que passa a comunicação escrita, em íntima conexão com as
sucessivas transformações sociais e técnicas, o livro, como hoje o concebemos, significa
decisiva conquista no sentido da autonomia e difusão culturais, integrando-se cada vez mais
nos processos de fabrico, promoção e venda de outros produtos básicos.
Com a divulgação avassaladora da televisão e da rádio, o livro, bem como o jornal, pa-
receram relegados para segundo plano, no entanto isso não se tem verificado, dado o papel de
informação/formação e de distracção/cultura que tanto o livro como o jornal desempenham nos
dias de hoje.
Se na verdade a televisão e a rádio nos informam do que vai pelo mundo, os jornais
fazem-no de forma mais profunda e detalhada; por outro lado, a nossa formação, bem como a
cultura que vamos adquirindo, é-nos fornecida, em grande parte, pela leitura de boas obras
literárias que podem, ao mesmo tempo que nos formam, distrair-nos.
Quanto aos textos literários, se na verdade queremos obter um enriquecimento cultural,
devemos optar pela leitura de um leque de obras diversificadas que abranja não só textos
narrativos, como poéticos e dramáticos, escolhendo, de preferência, obras de autores por-
tugueses contemporâneos
A Literatura Portuguesa felizmente tem vindo a ser divulgada não só no nosso pais
como nos países de expressão portuguesa, concretamente no Brasil e em África e ainda no es-
trangeiro, onde autores como Fernando Pessoa, José Saramago e tantos outros viram já as
suas obras produzidas em várias línguas
A divulgação da literatura no nosso país tem sido feita mediante a organização de
exposições e feiras e ainda debates e colóquios promovidos pela Televisão; quanto à divul-
gação noutros países, têm sido organizados congressos, promovidos certames e abertas
livrarias onde as obras dos nossos autores têm ocupado o lugar que lhes é devido
Portanto, a leitura nos nossos dias não perdeu nem nunca perderá o seu carácter de
fonte informadora/formadora de cariz mais profundo e completo que qualquer outro meio de
comunicação social.
É preciso pois ler e ler muito, ler cada vez mais para que a nossa cultura vá
progredindo e para que a nossa literatura vá sendo conhecida não só no nosso país como no
estrangeiro.
Tema – Racismo
O racismo, de modo mais claro ou disfarçado, com mais consciência ou de forma sub-
consciente, habita em quase todo o homem, por muito que se afirme o contrário. O conceito,
embora se centre no termo «raça» e se procure circunscrever à oposição entre brancos e
negros, pode-se alargar a todas as formas de segregação que incluam os grupos étnicos e
religiosos. Não é só o «apartheid» na África do Sul ou a dificuldade em aceitar que um negro se
coloque ao lado do branco; a perseguição aos judeus pela Inquisição ou pelo nazismo, o
desprezo pelo cigano ou a destruição dos índios revela o espirito racista. E se é verdade que a
educação criou nas pessoas uma repulsa, a maneira de ser e de estar no mundo levou à
separação entre os humanos,
O racista advoga a superioridade da sua raça e procura tornar escravos os que a ela
não pertencem ou, então, tenta provocar-lhes o extermínio. Se recuarmos no tempo, vemos
como no século XIX, nos Estados do Sul dos EUA, se justificava a escravatura: «(...) O negro
não é mais do que uma criança mais desenvolvida fisicamente e como tal deve ser tratado.
(...)Em segundo lugar, o negro não tem conceito de previsão; é incapaz de guardar no Verão,
pensando nas necessidades do Inverno, nem de juntar na juventude, com vista às necessida -
des da velhice. E assim se convertem numa sobrecarga insuportável para a sociedade. A socie-
dade tem, pois, o direito de evitar esse encargo e só poderá consegui-lo se se mantiver a
escravatura. (...)»Também Hitler mandou para os campos de extermínio milhões de judeus e
outros povos considerados de «raça inferior».
Portugal muitas vezes se assumiu racista, como o comprovam as práticas do Santo
Ofício ou a escravidão dos africanos. É Oliveira Martins quem afirma ser absurda a educação
dos negros, «não só perante a história como também perante a capacidade mental dessas
raças inferiores».
Por muito que se tente mentalizar o homem, será difícil erradicar esta concepção de
que uns são melhores, mais válidos e capazes do que os outros, uma vez que há marcas de
pigmentação, de feições ou de espiritualidade que as distinguem.
Tema – Terrorismo
Tema – A Moda
A atmosfera terrestre tem características “sui generis” para permitir a flora e a fauna
conhecidas e que, com a vida do homem, marcam para o planeta um lugar especial no
sistema solar.
Qualquer atentado à atmosfera poderá ser perigoso para a sobrevivência das espécies
e de todo o ecossistema, com a provável destruição do globo. A poluição, a devastação
florestas e a eliminação dos espaços verdes, a redução da camada de ozono, o efeito de
estufa, começam a ameaçar a vida na Terra.
Os rios servem hoje, muitas vezes, para local de esgoto das fabricas, das vilas e das
cidades. Há rios, em centenas de quilómetros do seu curso, onde os peixes não conseguem
sobreviver. Há rios que, de hora a hora, mudam de cor, conforme as descargas dos poluentes
das empresas que crescem nas suas margens, sem qualquer estação de tratamento.
A Amazónia, denominada “o pulmão do mundo”, e muitas outras florestas e espaços
verdes têm vindo a ser devastados a favor de espaços para construir.
A camada de ozónio começa a ser destruída, com os clorofluorocarbonetos usados nos
aerossóis e outras indústrias que criamos para o que apelidamos de bem-cslar.
É importante para o homem de hoje o desenvolvimento da indústria a todos os níveis
Deve, porém, ser ainda mais importante a conservação da existência do homem, a defesa da
sua qualidade de vida e do planeta em que habita. Melhorar, pelo desenvolvimento, condições
de bem-estar, ou tentar uma resposta para o crescimento da população e para as suas
necessidades, não pode, de modo algum, implicar a destruição da nossa atmosfera. Progresso
não é a poluição dos fios, dos mares e do ar; progresso não à a destruição da camada de
ozónio que nos protege; progresso não é a substituição das florestas ou espaços.--verdes por
cimento armado. Se os complexos industriais e habitacionais, as vias de comunicação, a
exploração das fontes energéticas, são importantes e necessárias, n«ao é admissível que se
destrua o "habitat” de todos nós. É necessário respeitar a natureza, saber fruir o que ela nos
oferece, ter vontade política, social e humana para planificar e executar o que entendemos por
desenvolvimento sem abrirmos o caminho para o irremediável suicídio, para o holocausto
deste globo terrestre.