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FACULDADE BOAS NOVAS DE CIÊNCIAS


TEOLÓGICAS, CURSO DE CIÊNCIAS TEOLÓGICAS

Jorge Albert dos Santos Conceição

LIVROS PROFÉTICOS

MANAUS
2016
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Jorge Albert dos Santos Conceição

LIVROS PROFÉTICOS
Trabalho final apresentado para obtenção de título
de graduação. Curso de Ciências Teológicas da Faculdade
Boas Novas – FBN, Turma Modular para Pastores II,
Turma II.

Orientador: Prof. Msc. Fanuel Santos

MANAUS
2016
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Profeta Maiores

Antigo Testamento compreende ao todo 17 livros, chamados proféticos por causa do


seu conteúdo e porque foram escritos por profetas de Iavé, homens que viveram durante o
período monárquico de Israel, ao longo de mais de quatro séculos aproximados É importante
ressaltar aqui que o que foi dito e escrito por estes homens de Deus do passado, os profetas de
Israel, não é apenas material literário restrito àquele período, mas as verdades espirituais que
encontramos escritos nestes livros são também para nosso tempo, de modo que muito podemos
aprender e apreender para nossa vida de devoção a Deus, relacionamento com e na Igreja e
também na vivência cotidiana, social. Nestes livros, nos debruçamos sobre os cinco profetas
maiores, como são chamados os livros de Isaías, Jeremias, Lamentações de Jeremias, Ezequiel
e Daniel.
Os profetas bíblicos ainda falam, depois de mais de 2.400 anos! As profecias que foram
transmitidas por estes homens de Deus formam a base teológica e cristológica do próprio Novo
Testamento. São, portanto, a base para assuntos teológicos, desenvolvidos no Novo
Testamento, da mais alta importância e profundidade, tais como Soteriologia, Antropologia,
Hamartiologia, as Dispensações, Escatologia. Mas o que acontece é que esses livros, apesar de
serem tão vitais para nossa compreensão teológica do Novo Testamento e da Bíblia como um
todo, são muitas vezes ignorados por nós, Igreja de Cristo. Esperamos que através do estudo
contido neste livro, você possa reconhecer a importância dos livros proféticos do Antigo
Testamento e dedicar-se a lê-los e estudá-los.
Mas vemos nos profetas uma preocupação maior por temas da sua vivência diária, da
sua realidade social: a situação do culto a Iavé, do órfão, da viúva, do estrangeiro, da violência
social, da confiança no Senhor ao invés da confiança em alianças estrangeiras e outros temas
contemporâneos ao profeta. O interesse de Deus, em relação ao seu povo, era que eles ouvissem
a sua voz pela mediação profética. Os profetas eram aqueles homens escolhidos e vocacionados
por Deus para transmitir a mensagem divina que poderia conduzir o povo à uma vida justa e
santa, se eles considerassem essa mensagem em seus corações. Essa mensagem, todavia, nos
alcança hoje! Tudo o que foi escrito, foi escrito para nosso ensino, escreveu Paulo referindo-se
ao Antigo Testamento. Jesus baseou seu ensino, seu evangelho, também nos livros proféticos.
Portanto, concluímos com isso, que essa mensagem, mesmo que originalmente destinada a um
povo numa alocação histórica, tem aplicabilidade para nós hoje, em pleno século 21.
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Profetas Menores

Profetas Menores compõe-se dos seguintes livros: Oseias, Joel, Amos, Obadias, Jonas,
Miqueias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias. Essa estrutura vem da
Bíblia Hebraica e, posteriormente, da Vulgata Latina. A Septuaginta antiga versão grega do
Antigo Testamento apresenta nos seis primeiros livros uma disposição diferente da Hebraica,
dispondo os livros assim: Oseias, Amos, Miqueias, Joel, Obadias e Jonas.
É importante ressaltar que o valor e a autoridade dos escritos dos Profetas Menores em
nada diferem dos Profetas Maiores. Tal classificação é puramente pedagógica, visando tão
somente facilitar a compreensão da presença de uma estrutura literária nos livros proféticos do
Antigo Testamento. Não obstante, ambas as coleções são uma só Escritura e têm a mesma
autoridade Jr 26.18 cf. Mq 3.12; Rm 9.25-27 cf. Os 1.10; 2.23; Is 10.22,23.
Essa designação “profetas menores” é referente à classificação feita pela igreja latina,
que de forma didática, separou esses livros pela extensão de seu conteúdo, e da mesma forma
que os profetas maiores, os profetas menores foram igualmente inspirados por Deus, e têm tanta
autoridade quanto os demais.
A profecia é preditiva, ou seja, apresenta informações sobre o que há de acontecer no
futuro. Mas dizer o que ainda vai acontecer, para que tenhamos a certeza de que Deus realmente
falou por meio dos profetas, é apenas uma das funções da profecia. Os profetas, inspirados por
Deus, olharam para o futuro, mas também para os seus próprios dias. Eles denunciaram os
pecados do povo quando esse se desviava dos caminhos do Senhor. Amós, por exemplo, clamou
contra as pessoas ricas de sua época, que de forma injusta, tomavam terras dos mais pobres,
deixando-os não apenas sem abrigo, mas também sem condições de ter trabalho cotidiano.
Obadias condenou a participação dos edomitas em um ataque contra Judá, pois tinham
ascendência comum, e como irmãos, jamais poderiam viver com animosidade. Miqueias
clamou para que o ritualismo não fosse superior à obediência, e para que seu povo não pensasse
que poderia manter os rituais e serem desobedientes a Deus. Jonas foi mandado a pregar aos
ninivitas, e aquela geração se arrependeu. Na geração seguinte, tornaram a fazer as coisas
erradas que Deus abominava, e Deus usa Naum para decretar o juízo àquela nação.
Esses são exemplos necessários para que não olhemos os profetas apenas como aqueles
que profetizaram sobre o futuro, mas que olharam para a sociedade em seus dias e proclamaram
a Palavra do Senhor, a fim de que seus contemporâneos se arrependessem e se voltassem de
coração ao Deus de Abraão, Isaque e Jacó. Os profetas nos mostram que o povo de Israel
precisava se arrepender de seus pecados, para finalmente, serem aceitos por Deus.
Portanto, estudar os profetas menores é um dever dos cristãos que desejam ter suas vidas
alinhadas com a vontade de Deus no que tange à vida pessoal e às práticas diárias.

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