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Texto 02: Determinismo ecológico

Autor: Anna Roosevelt

# Diz que a pobreza de recursos ambientais na Amazônia limitou o desenvolvimento das


sociedades indígenas impedindo, assim a concentração e o crescimento populacional e a
intensificação econômica, fatores esses considerados pré-requisitos para o desenvolvimento
da complexidade cultural.

Identifica que a floresta tropical, de solos pobres, ácidos e lixiviados teriam propiciado um
habitat pobre para a subsistência humana, e que estaria limitada a horticultura de coivara e
captura de fauna. Mostra assim que a Amazônia não poderia produzir recursos para suprir a
populações humanas densas e organizadas em assentamentos.

Assumindo que os povos da Amazônia eram subdesenvolvidos por causa dos seus habitats, os
teóricos concluíram que a ‘’civilização’’ foi trazida para a região a partir de ambientes mais
favoráveis, que seriam civilizações das Terras Altas áridas e temperadas dos Andes e
Mesoamerica.

# Porem esta teoria está equivocada em vários aspectos, eles interpretam a história da
Amazônia como uma história de invasões vindas de fora e não como um processo de
desenvolvimento interno.

A pesquisa e métodos de escavação e a analise combinavam materiais de períodos diferentes,


comprimindo artificialmente a sequência arqueológica, apesar disso a abordagem norte
americana exerceu grande influência entre pesquisadores brasileiros.

Meio ambiente: Visão tradicional do meio adaptativo da Amazônia como a floresta tropical
úmida de terra firme associa sua suposta pobreza a ação de muitas chuvas e de altas
temperaturas. Porém essa definição do meio adaptativo é inadequada, pois há extensas áreas
diferentes no que concerne adaptação humana.

É importante reconhecer os biomas amazônicos sazonais, ricos em nutrientes, como tendo


implicações adaptativas diferentes daquelas do bioma clássico, pobre em nutrientes tinham
recursos vegetais e animais em abundância para subsistência humana e não teriam sido
barreira para o forrageio.

História: Se o meio ambiente da Amazônia não está limitado a solos pobres de floresta tropical
úmida, mas inclui também áreas extensas de solos ricos, de vegetação aberta e de fauna
abundante, então não seria de se esperar qualquer limitação ao uso intenso da terra ou
desenvolvimento nativo. Essas populações não eram culturalmente atrasadas e
desenvolveram importantes inovações culturais. Desenvolveram-se sociedade de ceramistas
mais antigas do novo-mundo três mil anos antes da cerâmica aparecer no seio da civilizações.

Durante os últimos anos 200 anos antes da conquista sociedades complexas habitavam solos
ricos, tendo a densidade populacional atingindo níveis muito altos e alcançaram uma
estabilidade que persistiu por mais de mil anos.

Primeiros forrageadores: Cientistas do sec XIX encontraram evidências para existência de


forrageadores.
Artefatos lícitos tem sido encontrado em abundância de peixes e de mariscos nas planícies e
estuários da Amazônia propiciou o estabelecimento de aldeias bem grande, por volta de 4000
anos após as primeiras culturas pré-ceramicas terem chegados a região. Embora seja sabido
que a Amazônia tenha tido cerâmica cedo do que outras áreas das Américas, porque isso
contradiria suas expectativas com relação a história americana, que diz que a cerâmicas
amazônicas explicadas por influência de fora.

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