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Equilíbrio de solubilidade

Solubilidade
É a quantidade máxima de soluto que se pode dissolver numa certa
quantidade de solvente, a uma dada temperatura e pressão.
Solubilidade se sais em água:
Regra geral - “semelhante dissolve semelhante”:

Um líquido constituído Um líquido constituído por moléculas


por moléculas polares (ex: água) é o apolares (ex: tetracloroeteno -
melhor solvente para substâncias Cl2C=CCl2 - lavagem a seco) dissolve
cujas unidades estruturais bem compostos de moléculas
sejam moléculas polares e iões. apolares como C6H14 - gordura.

Molécula Polar - se a densidade da nuvem electrónica não for uniforme, originando pelo
menos um polo positivo e um negativo
A solubilidade de sais em água resulta da interacção entre moléculas de
água polares e os iões do cristal a dissolver, dependendo de 3 forças:
1- Forças de atracção entre moléculas de água e iões do sólido.
2- Forças de atracção entre as cargas opostas dos iões no sólido.
3- Forças de atracção entre as moléculas de água.
Se predominar a força 1, o composto é muito soluvel em água.
Se predominarem as forças 2 e 3 a solubilidade do sólido em água é
pequena.
Formação de solução
saturada - quando a uma
determinada temperatura,
não é possível dissolver
mais soluto numa solução.
Atinge-se uma situação de q
equilíbrio dinâmico
heterogéneo - há trocas
recíprocas entre os iões da  A velocidade de dissolução e de
rede cristalina e a solução. precipitação igualam-se.
Variação da solubilidade de alguns sais
em água, em função da temperatura

A- Influência da temperatura na
solubilidade dos sais:
•Para a maioria dos sais, a solubilidade
aumenta com a temperatura.
•Há poucos casos em que a solubilidade
diminui com a temperatura EX: sulfato de
cério e sulfato de sódio.
B - A influência da pressão na solubilidade
de um sal é praticamente desprezável.
Constante do produto de solubilidade (Ks)
• Expressão de Ks para um sal pouco solúvel PbI2
H2O
PbI2 (s) ⇔Pb2+ (aq) + 2I- (aq)
Produto de solubilidade:
Ks = [Pb2+] x [I-]2
(PbI2, não consta na expressão
por se tratar de um sólido puro.)
Ks só depende da temperatura; Ks está relacionada com a concentração dos
iões dada pela estequiometria da reacção.
A concentração dos iões em solução está relacionada com a solubilidade
do sal (s) pelos coeficientes estequiométricos.
PbI2 (s) ⇔Pb2+ (aq) + 2I- (aq)
Conc. Inicio 0 0
Conc. final s 2s Ks = s x (2s)2 = 4s3
• A comparação de solubilidade pode ser através:
- do Ks, se os compostos tiverem igual estequiometria;
- de s, nas outras situações.
• Alteração da solubilidade de um sal
- Efeito da variação da temperatura:
A solubilidade de sais pouco solúveis, tem o mesmo tipo de variação que o seu
Ks.
A solubilidade de sais muito solúveis depende da temperatura conforme o gráfico.
- Efeito do ião comum:
Pb2+ (aq) + 2I- (aq) ⇔ PbI2 (s)
Se se adicionar aos reagentes uma solução de KI, verifica-se o aparecimento
de um precipitado amarelo (PbI2), que significa que a reacção evoluiu no
sentido directo.

A solubilidade de uma substância pouco solúvel diminui quando à
solução inicial se adiciona um outro soluto que contêm um dos seus
iões - efeito do ião comum
Solubilidade de gases em água
A- Variação da solubilidade com a temperatura

B- Variação da solubilidade com a pressão


Quando se aumenta
P2>P1 => solubilidade gás B > a pressão de um gás,
solubilidade do gás A a temperatura
constante, a
solubilidade aumenta
Precipitação selectiva de sais
A- Obtenção de PbI2 e PbCl2 a partir de reacções de precipitação

Equação iónica:
2Na+(aq) + 2I-(aq) + Pb2+(aq) + 2NO3-(aq) ⇔ PbI2(s)+2Na+(aq)+2NO3-(aq)
Equação iónica efectiva da
2I-(aq) + Pb2+(aq) ⇔ PbI2(s) Ks = 1,39 x 10-8
formação do precipitado 

Equação iónica efectiva da


Ks = 1,62 x 10-5
formação do precipitado  2Cl (aq) + Pb (aq) ⇔ PbCl2(s)
- 2+
B- Na junção de Pb(NO)3 a uma solução onde se encontra NaCl (aq) e NaI (aq),
qual precipita primeiro, o PbI2 ou o PbCl2 ?

Como têm a mesma estequiometria, a comparação da solubilidade faz-se


usando os valores de Ks:
Ks (PbI2) = 1,39X10-8 < Ks (PbCl2) = 1,62 x 10-5 => PbI2 precipita primeiro, pois é
menos solúvel.

C- Quando se evapora o solvente numa solução de vários sais, estes vão


precipitando por ordem - cristalização ou precipitação fraccionada ou selectiva
Ex: à medida que a àgua do mar evapora, a ordem de precipitação pode ser:
carbonato de cálcio (calcite), carbonato de cálcio e de magnésio (dolomite);
sulfato de cálcio; cloreto de sódio; sais de potássio e outros sais de magnésio.
Dureza total da água: Corresponde à soma das concentrações de iões cálcio
e magnésio nela contidos.
A dureza expressa-se em miligramas de carbonato de cálcio por litro (ppm de
CaCO3)
Dureza temporária da água: é devida aos iões hidrogenocarbonato
dissolvidos na água e que podem ser eliminados por fervura.

•Carbonato de cálcio e a dolomite são pouco solúveis em água, no entanto a


presença de CO2 atmosférico dissolvido aumenta a solubilidades destes sais.

Alterações de pressão e de temperatura levam a variações da [CO2] na água

Leva a variações nas [Ca2+] e [Mg2+]
A - Origem das águas duras e macias:
• Águas duras - provêm de solos calcários e dolomíticos, pois apresentam
elevadas concentrações de iões Ca2+ e Mg2+ em solução.
•Águas macias - provêm de solos basálticos, areníticos e graníticos, pois
apresentam, normalmente, baixas concentrações de iões Ca2+ e Mg2+ em
solução.

B - Inconvenientes da utilização de uma água dura:


Abastecimento público exige controlo desta dureza, para se evitar:
•Problemas de saúde;
•Entupimento nas canalizações devido às incrustações;
•Perigos de rebentação;
•Consumos exagerados de energia;
•Custos acrescidos pela necessidade de aditivos na lavagem doméstica.
C- Formas de remover depósitos de calcário
• Adição de iões cálcio na forma de cal apagada (Ca(HO)2) - esta base forte
converte os hidrogenocarbonatos solúveis (de cálcio, de magnésio e outros
que se encontram na água) em carbonatos insolúveis, que podem ser
removidos por filtração. Processo usado nas ETA.
Ca(HCO3)2 (aq) + Ca(HO)2 (aq)  2CaCO3 (s) + 2H2O (l) (pag.205)

• A adição de pequenas quantidades de HCl que dissolve o carbonato de


cálcio.
CaCO3 (s) + 2HCl (aq)  CaCl2 (aq) + H2O (l) + CO2 (g)
solúvel

D- Formas de minimizar os efeitos da dureza de uma água


•Uso de aditivos (substâncias tensioactivas) para protecção das máquinas de
lavar, que impedem a formação do calcário.
•Uso de “amaciadores”.
•Uso de sal nas máquinas de lavar (substituem os iões Ca2+ por iões Na+).
•Uso de dispositivos com leitos de resinas de permuta iónica (substituem os
iões Ca2+ e Mg2+ por iões Na+).
Processos usados para desmineralização das águas do mar (Dessalinização):

•Destilação - consiste em aquecer a água à temperatura de 110ºC, passando o


seu vapor num circuito em que na parte final condensa.

•Osmose inversa - a água é bombeada a alta pressão passando através de


membranas semipermeáveis separando os sais da água. A água tem que ser
pré-tratada para remover partículas que possam colmatar as membranas.

Vantagens da destilação em relação à osmose inversa:


-Na destilação não é necessário fechar a instalação(para limpar ou trocar
peças) com tanta frequência como acontece com a osmose inversa.

-A destilação necessita de menos pré-tratamentos do que a osmose inversa


(uso de coagulantes para evitar o seu depósito na membrana).
-A destilação é uma tecnologia menos dispendiosa que a osmose inversa, em
termos de equipamentos
-A destilação tem menores custos energéticos.

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