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Aula – 24/07 - DIREITO EMPRESARIAL

Estrutura do direito empresarial:


1. Parte geral (regras - sociedade simples. - Diferente de contrato
gerais) - sociedade empresarial civil.
- empresário - tipos societários - Espécies.
- empresa - sociedade limitada 6. Direito falimentar
- nome empresarial - sociedade anônima - Falência/ recuperação de
- estabelecimento 3. Títulos de crédito empresas.
empresarial - Classificação/ espécie. 7. Micro empresa e
- auxiliares do 4. Propriedade industrial Empresa de pequeno porte
empresário - Marca/patente. - Constituição e
2. Direito societário 5 . Contratos empresarias fiscalização/ Simples Nacional.

Legislação Empresarial
- CF. art. 170 (livre iniciativa/ livre comércio). - Dec. Lei 57633/66: Letra de câmbio e nota
- CC – Art.s 966 – 1.195. promissória.
- Código Comercial – 2ª parte. - Dec. Lei 5774/66 – duplicatas.
- Lei 89p34/94: registro de empresas mercantis. - Lei 9276/66 – propriedade industrial.
- Lei 8241/91 – Lei de locação. - Lei 11.101/05 – falência e recuperação judicial.
- Lei 6404/64 – Lei das S.A. - Lei 9841/99 e L.C 123/06 – Lei das M.E e E.P.P.
- Lei 7357/85: Lei do cheque. - CPC: Art.s 133, 137, 599, 609, 861, 862,865, 866.

Aula – 27/07
Direito Empresarial - Conceito
Trata-se do conjunto de regras (normas e princípios) que disciplina as atividades empresarias, títulos de crédito e
outras matérias que possam interessar ao direito empresarial.
Evolução histórica do direito empresarial
Compreende três períodos
1. Subjetivo: neste período o comércio é a base do direito comercial, sendo irrelevante o ato que o comerciante
pratica. É marcado pela criação de corporações de artes e ofícios, pelo direito costumeiro que perdurou do século
XII ao século XVII. Direito costumeiro. Qualquer ato do empresário é regido pelas corporações.
2. Objetivo: A base do direito comercial neste período é o Ato de comércio (teoria dos atos de comércio. Teve
início com o Código comercial francês (napoleônico) – 1807, expressando que aquele que praticasse atos
especificados em lei era considerado comerciando, independente se o ato fosse acidental ou cotidiano. Este
inspirou a criação do Código Comercial Brasileiro de 1850 e Regimento 737/50 (1807 a 1942).
3. Empresa: A empresa é vista como a base do direito. Este período teve início com o Código Civil Italiano de
1942 inspirando assim, o Código Civil Brasileiro de 2002. Marcou a Unificação do Direito Privado (Civil +
Comercial).
EMPRESA
Para Alberto Asquini empresa é fenômeno econômico poliédrico, que adquire três perfis:
1. Subjetivo: O termo empresa pode ser substituído por sociedade empresária. Ex: Lei 8.934/94 – Lei do Registro
de Empresas Mercantis (Sociedade empresária).
2. Objetivo: O termo empresa pode ser compreendido como estabelecimento empresarial. Ex: Art. 863, CPC.
3. Funcional: O termo empresa é utilizado como atividade empresarial. Este é o perfil adotado pelo Código
Civil e pelo Direito Empresarial.

Aula – 31/07
Noções introdutórias
1. Empresa # atividade empresarial (funcional) – Código Civil.
Para o Código Civil a empresa sempre será atividade empresarial.

2. Empresário individual # Sócio.

Empresário individual é pessoa física de responsabilidade ilimitada sobre suas dívidas,


sendo diferente do conceito de sócio, que é colaborador na união de esforços para a
formação de uma sociedade empresária.

3. Empresário é gênero que comporta três espécies:

1°: empresário individual – Pessoa Física – responsabilidade ilimitada


2°: sociedade empresarial- Pessoa Jurídica – responsabilidade
3°: Eireli – 980-A C.C – Pessoa Jurídica – responsabilidade limitada.

Código Civil – Art. 966

Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção
ou a circulação de bens ou de serviços.

Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou
artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de
empresa.

Elementos de constituição do empresário

1. Profissionalismo:

Para ser empresário é preciso ser profissional, exigindo-se assim três elementos:

Habitualidade (reiteração de atos) / pessoalidade (agir em nome próprio, existindo ai a


diferença para o sócio) / domínio de informação (conhecimento da atividade).

Assim, o sujeito que pratica um ou outro ato empresarial não é considerado empresário.

2. Atividade econômica: necessita perseguir o lucro/ lucro como atividade fim.


3. Organizada: concentra quatro fatores:

Capital (próprio/alheio), insumo (matéria prima), mão de obra (direta – empregado


/indireta - terceirizado), tecnologia (aperfeiçoamento profissional do empresário).

4. Produção/ circulação de bens/serviços: produção de bens (indústria), circulação de


bens (comércio), produção de serviço (bancos), circulação de serviço (agências de
turismo).
Aula 03/08

Quem não é empresário

1. Profissionais liberais e intelectuais: ainda que utilizem de auxílio de colaboradores,


não são empresários.

*O elemento de empresa surge quando a atividade empresarial passa a ser exercida por outras
pessoas.

Art. 966 CC - § único: (profissionais liberais e intelectuais – salvo se constituir elemento de


empresa).
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção
ou a circulação de bens ou de serviços.

Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica,
literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão
constituir elemento de empresa.

2. Sociedade Simples: Art. 997 CC.

Art. 997. A sociedade constitui-se mediante contrato escrito, particular ou público, que, além de cláusulas
estipuladas pelas partes, mencionará...

3. Cooperativa: Art.982 CC. e Art. 18 Lei 5.764/71.

Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem por objeto o exercício
de atividade própria de empresário sujeito a registro; e, simples, as demais.

Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade por ações; e,
simples, a cooperativa.

Por conta da determinação do § único do artigo 982, a cooperativa sempre será sociedade
simples.

Não obstante ser sociedade simples, o registro da cooperativa se dá na junta comercial.

Art. 18. Verificada, no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, a contar da data de entrada em seu protocolo,
pelo respectivo órgão executivo federal de controle ou órgão local para isso credenciado, a existência de condições
de funcionamento da cooperativa em constituição, bem como a regularidade da documentação apresentada, o
órgão controlador devolverá, devidamente autenticadas, 2 (duas) vias à cooperativa, acompanhadas de documento
dirigido à Junta Comercial do Estado, onde a entidade estiver sediada, comunicando a aprovação do ato
constitutivo da requerente.

Da atividade rural: não será empresária, salvo se aquele que exerce a atividade optar por se inscrever nos
órgãos de registro do empresário (Cartório de registro de pessoa jurídica e Junta comercial).

Art. 971: O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, pode, observadas as
formalidades de que tratam o art. 968 e seus parágrafos, requerer inscrição no Registro Público de Empresas
Mercantis da respectiva sede, caso em que, depois de inscrito, ficará equiparado, para todos os efeitos, ao
empresário sujeito a registro.
Art. 984: A sociedade que tenha por objeto o exercício de atividade própria de empresário rural e seja
constituída, ou transformada, de acordo com um dos tipos de sociedade empresária, pode, com as formalidades
do art. 968, requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da sua sede, caso em que, depois de
inscrita, ficará equiparada, para todos os efeitos, à sociedade empresária.

Registro de empresa: obrigatório, meramente declaratório, não é elemento do empresário.

Art. 967: É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas


Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade.

Requisitos – Art. 968. CC.

Filias e sucursais – Art. 969. CC.

Art. 970, CC. Art. 1179, §2°, CC e Art. 170, IX CF – Tratamento especial para
empresário rural e pequenos empresários.

Sociedade de fato: Art. 986, CC.

Sociedade em conta de participação (art. 991, CC).

Aula – 07/08
Art. 972 – CC: Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da
capacidade civil e não forem legalmente impedidos.

- Agente capaz – Objeto lícito – forma prescrita e não defeso em lei.

Art. 973 - CC: A pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria de empresário, se a exercer,
responderá pelas obrigações contraídas.

Art. 974-CC: Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a empresa antes
exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança (vedação).

- impedimento (incapaz) – proibição (capaz).

1. Impedimento: empresário individual e sociedade empresária.

A) empresário individual

Incapaz – em regra o incapaz nunca poderá iniciar a atividade empresarial, entretanto poderá
continuar a atividade empresária aquele que apresentar incapacidade superveniente ou por
razão de herança. Deverá ser assistido/representado.

Alvará judicial – autorizar, registrar bens, nomear gerente.

Art. 974 (...) §1°: Nos casos deste artigo, precederá autorização judicial, após exame das
circunstâncias e dos riscos da empresa, bem como da conveniência em continuá-la, podendo a
autorização ser revogada pelo juiz, ouvidos os pais, tutores ou representantes legais do menor ou
do interdito, sem prejuízo dos direitos adquiridos por terceiros.
Sociedade empresária: §3°, art.974 CC.

O incapaz pode ser sócio desde que assistido/representado, não pode administrar,
capital integralizado.

*Subscrito realizado integralizado (promessa).

Todos os atos deverão ser registrados na Junta Comercial.

2. Proibidos
- falidos/ condenados por crime falimentar (art. 102, Lei de Falência e
Recuperação de Empresa).
- funcionários públicos (art. 117, Lei 8112/90). Obs: não pode ser empresário
individual, porém pode ser sócio.
- auxiliares do empresário (trapicheiro, adm. armazém geral...) (IN.DREI
n°110/09).
- devedores do INSS.
- estrangeiros: jazidas e recursos minerais (art. 17, §2°, CF).
Jornalístico, radiodifusão, som e imagem (art. 222 CF).
Transporte aéreo nacional (art. 216, CBA).

O responsável pelo incapaz que não puder ser empresário deverá nomear um
gerente para a atividade empresarial. A nomeação do gerente não exime o
responsável da atividade empresarial.

Os proibidos de exercer a atividade empresarial são pessoas capazes, mas que a


lei veda o exercício da atividade empresarial.

São eles:

- o falido ou o condenado por crime falimentar, funcionários públicos, auxiliares


do empresário, devedores do INSS e os estrangeiros, que poderão ser
empresários desde que residam no Brasil há mais de 10 anos, mas não poderão
exercer as seguintes atividades: jazidas, recursos minerais e energia hidráulica
(art. 17, §2°, CF). Empresas jornalísticas e de radiodifusão, som e imagem (art.
222 CF). Serviço de Transporte aéreo doméstico (art. 216, CBA).

Aula – 10/08

Art. 973. CC - A pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria de empresário,


se a exercer, responderá pelas obrigações contraídas. (não pode alegar a própria torpeza).
Art. 976. A prova da emancipação e da autorização do incapaz, nos casos do art. 974, e a
de eventual revogação desta, serão inscritas ou averbadas no Registro Público de Empresas
Mercantis.

Parágrafo único. O uso da nova firma caberá, conforme o caso, ao gerente; ou ao


representante do incapaz; ou a este, quando puder ser autorizado.

Obs: o emancipado não é incapaz.

Art. 977. Faculta-se aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou com terceiros, desde que
não tenham casado no regime da comunhão universal de bens, ou no da separação obrigatória.

Art. 978. O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja
o regime de bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus
real.

Art. 979. Além de no Registro Civil, serão arquivados e averbados, no Registro Público de
Empresas Mercantis, os pactos e declarações antenupciais do empresário, o título de doação,
herança, ou legado, de bens clausulados de incomunicabilidade ou inalienabilidade.

Art. 980. A sentença que decretar ou homologar a separação judicial do empresário e o ato
de reconciliação não podem ser opostos a terceiros, antes de arquivados e averbados no Registro
Público de Empresas Mercantis.

Aula 14/08

Registro do empresário, sociedade empresária e Eireli (Lei 8934/94).

Finalidade do registro – art.s 1° e 2°.

Art. 1º O Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins, subordinado às normas gerais prescritas
nesta lei, será exercido em todo o território nacional, de forma sistêmica, por órgãos federais e estaduais, com as
seguintes finalidades:

I - dar garantia, publicidade, autenticidade, segurança e eficácia aos atos jurídicos das empresas mercantis,
submetidos a registro na forma desta lei;

II - cadastrar as empresas nacionais e estrangeiras em funcionamento no País e manter atualizadas as informações


pertinentes;

III - proceder à matrícula dos agentes auxiliares do comércio, bem como ao seu cancelamento.

1. Dar garantia aos atos mercantis.


2. Dar publicidade.
3. Dar autenticidade.
4. Dar segurança.
5. Cadastrar os empresários do Brasil (NIRE).
6. Matricular os auxiliares do empresário.

Art. 2º Os atos das firmas mercantis individuais e das sociedades mercantis serão arquivados no Registro Público
de Empresas Mercantis e Atividades Afins, independentemente de seu objeto, salvo as exceções previstas em lei.
Parágrafo único. Fica instituído o Número de Identificação do Registro de Empresas (NIRE), o qual será atribuído
a todo ato constitutivo de empresa, devendo ser compatibilizado com os números adotados pelos demais cadastros
federais, na forma de regulamentação do Poder Executivo.

Registro – Sinrem

DNRC – Departamento Nacional de Registro do Comércio – atual DREI

Art. 4º O Departamento Nacional de Registro do Comércio (DNRC), criado pelos arts. 17, II, e 20 da Lei nº
4.048, de 29 de dezembro de 1961, órgão integrante do Ministério da Indústria, do Comércio e do Turismo, tem
por finalidade:

1. Função normativa
2. Função fiscalizadora
3. Função Consultiva
4. Cadastro Nacional do Empresário.

Órgão Federal

Função supletiva de registro do empresário

Juntas Comerciais

1. Efetuar registro dos empresários.


2. Elaborar tabela de preços dos serviços.
3. Matricular auxiliares do empresário.
4. Elaborar regimentos internos.
5. Registrar Assentamento de usos e costumes mercantis.

Órgão Estadual

Dupla Subordinação (DREI – técnica/ Estado – administrativo) *DF.

01 por Estado – sede capital – delegacias regionais – convênios com instituições sem fim lucrativo.

Aula – 17/08
Estrutura das Juntas Comercias – Art. 5° - Lei 8.934

A estrutura das juntas comerciais é organizada em cinco órgãos:

Presidência - órgão de direção da junta comercial e possui personalidade representativa. O


presidente é nomeado pelo governador nos Estados e pelo ministro da indústria e do comércio
do DF, sendo este escolhido entre os vogais da junta comercial.

Plenário – órgão deliberativo superior da junta comercial. Composto por no mínimo 11 vogais e
no máximo 23 vogais. É responsável por julgar processos administrativos denegados pelas turmas.

Turmas – Trata-se de órgãos deliberativos de 1ª instância. Sendo compostas por três vogais que
julgam atos denegados pela secretária geral. Os vogais são remunerados por atos, possuindo
mandatos de 4 anos, havendo a possibilidade de serem reconduzidos 1 vez. Metade dos vogais
são indicados por associações comerciais e entidades patronais, sendo que 1 representa a União e
4 representam as entidades de classe.

Art. 5º Haverá uma junta comercial em cada unidade federativa, com sede na capital e jurisdição
na área da circunscrição territorial respectiva.

Art. 9º A estrutura básica das juntas comerciais será integrada pelos seguintes órgãos:

I - a Presidência, como órgão diretivo e representativo; (arts. 22, 23, 24).

II - o Plenário, como órgão deliberativo superior; (ver art. 10).

III - as Turmas, como órgãos deliberativos inferiores;

IV - a Secretária-geral, como órgão administrativo;

V - a Procuradoria, como órgão de fiscalização e de consulta jurídica.

1. Presidência: órgão de direção da junta comercial. Presidente é um vogal escolhido pelo


governador. *DF – Ministro da Indústria e Comércio.

2. Plenário: 2ª Instância da junta comercial. É responsável pelos recursos da junta comercial.


Composto pelo mínimo de 11 vogais e máximo de 23 vogais.

3. Turmas: 1ª Instancia da junta comercial. Responsável por julgar atos denegados pela
secretaria da junta comercial. Composta por três vogais.

Art. 11 até 17:

* Vogais/ são remunerados e tem mandatos de 4 anos, podendo ser reduzido (art. 16).

*Metade dos vogais são indicados por entidades patronais e associações comerciais.

* Um vogal representa a união.

* Quatro vogais representam entidades de classe (economista, contabilista, administradores,


advogados).

4. Secretaria geral (arts. 9°, iv, 25 e 26): Trata-se do órgão administrativo da junta comercial.
Responsável pelo registro do empresário. Administra a junta comercial.

5. Procuradorias (arts. 27 e 28): possuem função fiscalizadora, função consultiva, representa


judicialmente a junta comercial interna e externamente, formada por um ou mais procuradores do
estado, chefiada pelo procurador-geral do estado.

Ver livro Andre Luiz Santa Cruz.


Aula 28/08/2018

1. Personificação da sociedade (art. 985, CC).

Art. 985. A sociedade adquire personalidade jurídica com a inscrição, no registro próprio e na forma da lei, dos
seus atos constitutivos (arts. 45 e 1.150).

Sujeito ativo/ Sujeito passivo/ separação patrimonial

(Sociedade empresaria/Eireli).

2. Benefícios do empresário – fiscais/falimentares.

3. Força probatória dos livros (art. 226 CC).

Art. 226. Os livros e fichas dos empresários e sociedades provam contra as pessoas a que pertencem, e,
em seu favor, quando, escriturados sem vício extrínseco ou intrínseco, forem confirmados por outros
subsídios.

Documentos sem registro não fazem provas em favor do empresário.

4. Proteção do nome empresarial – (art. 33 e 34 de Lei 8.934/94).


Art. 59 da Lei 8934/94 – sociedade com prazo determinado.
Art. 60 da Lei 8934/94 – sociedades inativas.
Arts. 52 até 67 – disposições finais
Art. 56 – documentos não podem sair da junta comercial.
Art. 58 – Exceção ao art. 56

Aula 04/09/2018
BALANÇOS

Todo empresário, em regra, precisará apresentar dois balanços por ano:

Art. 1.179. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de


contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em
correspondência com a documentação respectiva, e a levantar anualmente o balanço
patrimonial e o de resultado econômico.

1. Balanço Patrimonial – Art. 1.188, CC – Ativo/passivo. É o balanço que demonstra o


ativo e o passivo patrimonial do empresário.

Art. 1.188. O balanço patrimonial deverá exprimir, com fidelidade e clareza, a situação
real da empresa e, atendidas as peculiaridades desta, bem como as disposições das leis
especiais, indicará, distintamente, o ativo e o passivo.

2. Resultado econômico – Lucros/perdas. É o balanço que demonstra os lucros e as


perdas anuais do empresário. Os balanços deverão ser lançados no livro diário.
Art. 1.189. O balanço de resultado econômico, ou demonstração da conta de lucros e
perdas, acompanhará o balanço patrimonial e dele constarão crédito e débito, na forma
da lei especial.

Os balanços são lançados no LIVRO DIÁRIO.

*Quando se trata de pequenos empresários: Os pequenos empresário por conta


do tratamento especial que a lei concede, são dispensados da apresentação de
balanços, conforme arts. 970 CC e 1.179 §2° CC.

Art. 970. A lei assegurará tratamento favorecido, diferenciado e simplificado ao empresário


rural e ao pequeno empresário, quanto à inscrição e aos efeitos daí decorrentes.

Art. 1.179. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de


contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em
correspondência com a documentação respectiva, e a levantar anualmente o balanço patrimonial
e o de resultado econômico.

(...)

§ 2o É dispensado das exigências deste artigo o pequeno empresário a que se refere o art.
970.

Obs: Lei 123/06 – 60 mil anual – simples nacional.

* Instituições financeiras – deverão apresentar seus balanços semestralmente.

Lei 4.595/1964 – Art. 31.

Art. 31. As instituições financeiras levantarão balanços gerais a 30 de junho e 31 de dezembro


de cada ano, obrigatoriamente, com observância das regras contábeis estabelecidas pelo Conselho
Monetário Nacional.

*Balanço especial de determinação para o caso dissolução parcial de sociedade


empresária.

- Ação de apuração de haveres (comum no direito societário), sócio retirante e o


patrimônio da sociedade empresarial à época da dissolução.

(Arts. 604 até 606 CPC).

AULA – 11/09/2018

Prepostos do empresário – Art. 1.169 até 1.178 CC.

São prepostos do empresário: o gerente (facultativo); o contabilista (obrigatório). Estes


prepostos não poderão se fazer substituir, salvo com a autorização expressa do empresário, bem
como não poderão fazer concorrência com o empresário, sob pena de responsabilização por
perdas e danos.

Por conta da teoria da aparência, documentos entregues ao preposto em nome do


empresário e não reclamados serão tidos como ato perfeito. O preposto poderá ser contratado de
forma direta com vínculo empregatício ou de forma indireta sem vínculo empregatício.

O preposto gerente é autorizado realizar todos os atos do empresário, salvo os atos proibidos
por lei. O empresário poderá limitar, mas para isso deverá registrar a limitação na junta comercial,
salvo se a limitação for de conhecimento notório do preposto (limitação por escrito).

As informações lançadas pelo contador produzem efeitos como se fossem lançadas pelo
empresário, desde que dentro do estabelecimento empresarial. Em caso de lançamento fora do
estabelecimento comercial será preciso verificar a responsabilização do contabilista e do
empresário. No entanto, a responsabilidade perante terceiros será sempre solidária.

1. Regras gerais

Art. 1.169. O preposto não pode, sem autorização escrita, fazer-se substituir no desempenho da preposição,
sob pena de responder pessoalmente pelos atos do substituto e pelas obrigações por ele contraídas.

Art. 1.170. O preposto, salvo autorização expressa, não pode negociar por conta própria ou de terceiro, nem
participar, embora indiretamente, de operação do mesmo gênero da que lhe foi cometida, sob pena de responder
por perdas e danos e de serem retidos pelo preponente os lucros da operação. (não pode fazer concorrência).

Art. 1.171. Considera-se perfeita a entrega de papéis, bens ou valores ao preposto, encarregado pelo preponente,
se os recebeu sem protesto, salvo nos casos em que haja prazo para reclamação. (Teoria da Aparência).

2. Regras para o gerente (facultativo)

Art. 1.172. Considera-se gerente o preposto permanente no exercício da empresa, na sede desta, ou em sucursal,
filial ou agência.

Contratação direta – com vínculo. Contratação indireta – sem vínculo.

Art. 1.173. Quando a lei não exigir poderes especiais, considera-se o gerente autorizado a praticar todos os atos
necessários ao exercício dos poderes que lhe foram outorgados.

Autorização.

Parágrafo único. Na falta de estipulação diversa, consideram-se solidários os poderes conferidos a dois ou mais
gerentes.

Art. 1.174. As limitações contidas na outorga de poderes, para serem opostas a terceiros, dependem do
arquivamento e averbação do instrumento no Registro Público de Empresas Mercantis, salvo se provado serem
conhecidas da pessoa que tratou com o gerente.

Limitação.
Precisa ser arquivado na Junta Comercial, salvo, se o preposto tinha conhecimento da limitação.

Parágrafo único. Para o mesmo efeito e com idêntica ressalva, deve a modificação ou revogação do mandato ser
arquivada e averbada no Registro Público de Empresas Mercantis.
Art. 1.175. O preponente responde com o gerente pelos atos que este pratique em seu próprio nome, mas à conta
daquele.

Responsabilidade. Preposto que age em nome próprio, mas a ordem do patrão. Responsabilidade solidária.
Atuação em Juízo – Somente de atividade resultante de sua função.

Art. 1.176. O gerente pode estar em juízo em nome do preponente, pelas obrigações resultantes do exercício da
sua função.

3. Regras para o contabilista (obrigatório)

Art. 1.177. Os assentos lançados nos livros ou fichas do preponente, por qualquer dos prepostos encarregados de
sua escrituração, produzem, salvo se houver procedido de má-fé, os mesmos efeitos como se o fossem por aquele.

Parágrafo único. No exercício de suas funções, os prepostos são pessoalmente responsáveis, perante os
preponentes, pelos atos culposos; e, perante terceiros, solidariamente com o preponente, pelos atos dolosos.
(Responsabilidade solitária perante terceiros).

Art. 1.178. Os preponentes são responsáveis pelos atos de quaisquer prepostos, praticados nos seus
estabelecimentos e relativos à atividade da empresa, ainda que não autorizados por escrito.

Parágrafo único. Quando tais atos forem praticados fora do estabelecimento, somente obrigarão o preponente
nos limites dos poderes conferidos por escrito, cujo instrumento pode ser suprido pela certidão ou cópia autêntica
do seu teor.
AULA – 14/09/2018

NOME EMPRESARIAL

O nome empresarial é um nome pelo qual o empresário se apresenta ao mercado, não podendo este nome ser
alienado, podendo ter duas estruturações:

Firma: Art. 1.155 e Art. 1.156, CC - só pode ter como base o nome civil do empresário ou de um dos sócios da
sociedade empresaria, acrescido ou não do ramo de atividade. Em regra, a firma identifica o empresário ou a
sociedade empresária em que há sócios com responsabilidade ilimitada (empresário individual, sociedade em nome
coletivo e comandita simples). No entanto se a sociedade limitada, a comandita por ações ou a Eireli optarem
poderão escolher como nome empresarial.

Denominação: Tem por base o elemento fantasia e o ramo da atividade acompanhados da expressão S/A ou da
palavra companhia (CIA). As sociedades anônimas só podem adotar denominação, mas a lei autoriza que as S/A’s
possam utilizar o nome do fundador acompanhado da expressão S/A ou CIA.

A ação para discussão/ anulação do nome empresarial é a ação anulatória do artigo 1.167 – CC.

No caso de adoção da firma como nome empresarial, toda vez que um sócio falecer, for excluído ou retirar-se da
sociedade seu nome não poderá mais continuar na firma.

Art. 1.155. Considera-se nome empresarial a firma ou a denominação adotada, de conformidade com este Capítulo,
para o exercício de empresa.

“Fima”: completo – nome civil + ramo de atividade (não obrigatório).

Parágrafo único. Equipara-se ao nome empresarial, para os efeitos da proteção da lei, a denominação das sociedades
simples, associações e fundações.

Art. 1.156. O empresário opera sob firma constituída por seu nome, completo ou abreviado, aditando-lhe, se quiser,
designação mais precisa da sua pessoa ou do gênero de atividade.
Denominação: Art. 1.160

Art. 1.160. A sociedade anônima opera sob denominação designativa do objeto social, integrada pelas expressões
"sociedade anônima" ou "companhia", por extenso ou abreviadamente.

*Opção por firma ou denominação.

- Sociedade limitada (art. 1.158, CC)

- Comandita por ações (Art. 1.161, CC)

- EIRELI (Art. 980-A, § 1°, CC).

Sociedade em conta de participação – não pode ser firma, nem denominação.

Art. 1.162. A sociedade em conta de participação não pode ter firma ou denominação.

O nome não pode ser igual a outro do mesmo registro.

Art. 1.163. O nome de empresário deve distinguir-se de qualquer outro já inscrito no mesmo registro.

Parágrafo único. Se o empresário tiver nome idêntico ao de outros já inscritos, deverá acrescentar
designação que o distinga.

Inalienabilidade do nome (direito personalíssimo): Prova

Art. 1.164. O nome empresarial não pode ser objeto de alienação.

Parágrafo único. O adquirente de estabelecimento, por ato entre vivos, pode, se o contrato o permitir, usar
o nome do alienante, precedido do seu próprio, com a qualificação de sucessor.

Retirada do nome: morte, exclusão, retirada.

Art. 1.165. O nome de sócio que vier a falecer, for excluído ou se retirar, não pode ser conservado na firma
social.

Proteção ao nome.

Art. 1.166. A inscrição do empresário, ou dos atos constitutivos das pessoas jurídicas, ou as respectivas
averbações, no registro próprio, asseguram o uso exclusivo do nome nos limites do respectivo Estado.

Parágrafo único. O uso previsto neste artigo estender-se-á a todo o território nacional, se registrado na
forma da lei especial.

Ação anulatória.

Art. 1.167. Cabe ao prejudicado, a qualquer tempo, ação para anular a inscrição do nome empresarial feita
com violação da lei ou do contrato.

Cancelamento do nome.

Art. 1.168. A inscrição do nome empresarial será cancelada, a requerimento de qualquer interessado,
quando cessar o exercício da atividade para que foi adotado, ou quando ultimar-se a liquidação da sociedade que
o inscreveu.

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