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1. Os ancestrais da enunciação
1.2.1. A Dêixis
1.2.2. Modalidades
Exemplo: categorias que remetem à pessoa (eu, ele, nós...), ao espaço (aqui, lá ...) e ao
tempo (agora, então ...)
b) constatação de que o sistema linguístico (língua) se deixa apreender somente pelo seu
emprego. Essa questão se evidencia quando se propõem as funções da linguagem, e
verifica-se que não é possível estabelecer uma função da ordem da língua (referencial,
denotativa) em oposição a outras da ordem do discurso (conativa, emotiva).
A autora afirma que a oposição língua/fala tem de ser superada e não substituída
por novas dicotomias, tais como:
Língua/Discurso
Enunciado/Enunciação
Língua/Produtos textuais
Sentido/Referência
Semântica/Pragmática (situação)
Conteúdo proposicional/Modalidades e atos de linguagem
Sentido literal/derivado (posto/pressuposto, dito/implícito/subentendido)
A autora afirma que recolocar a semântica no quadro da interação verbal (troca verbal)
“é recusar os modelos que se pretendem exteriores aos sujeitos e neutros em relação à
produção e ao reconhecimento. É afirmar que as operações de construção e reconstrução
de sentido pelo emissor e receptor não são necessariamente reversíveis e que há, por
consequência, lugar para estudar a especificidade dos processos de produção e de
reconhecimento (...) daí um interesse pelos fenômenos como lapsos, ambiguidade,
desvio de sentido, paráfrase etc.”
a) assertor direto/indireto
Exemplo:
João disse-me que Paulo lhe havia dito que você tinha vindo
A autora chama atenção para uma possível conexão entre as teorias linguísticas da
enunciação e as teorias não-linguísticas da linguagem.