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| f WE CAPITULO 15 Pintura 15.1 Introdugae 15.2 Sistemas de Pintura 15.2.1 Sistemas de Tintas Liquidas 15.2.1.]Tintas & Base de Solventes 152.1.2 Tintas & Base d'égua 15.2.2 Métodos de Aplicagio de Tinta Liquids ‘Ar atomizado Pistola Convencional (baixa vazito ¢ baixa pressto) Pistola HVLP (alto volume e baixa pressto) Pistola de Airless Pistola de Ar Assistido Pintura Eletrostitica Pintura Ulra-sénica 18.2.3 Sistemas de Pintura a PO 15.2.4 —Métodos de Aplicagto de Pintura a P6 15.3 Perfil da Exposigaio Ocupacional 15.3.1 Concentragves de Névoas e Solventes 15.3.2 Tamanho das Particulas da Névoa de Tinta 15.4 Teonologia de Controle 15.4.1 Sistemas de Pinturas e Técnicas de Aplicagao 15.4.2 Projeto do Local de Trabalho, Priticas de Trabalho e Vigilancia Médica 15.4.3 Ventilagto 1544 Protegdo Respiratéria Referéncias 15.1. INTRODUGAO Processos de pintura so usados amplamente na indiistria para se conseguir um reves- timento de superficie, protegendo contra a corrosdo, aparéncia, isolamento elétrico, protegdo anti-chama ¢ para outros fins especiais, A aplicagao ampla desta tecnologia, de oficinas de reparo a pintura automatizada de automéveis, inclui mais de meio milhgo de trabalhadores nos Estados Unidos. Deste mimero, 200.000 trabathadores esto empregados nas oficinas de lanternagem de carros. Embora 0 estado de saide dos pintores ainda nao tenha sido bem definido, os estudos jé concluidos sugerem efeitos agudos e erdnicos no sistema nervoso central, complicagoes hematologicas ¢ excessiva mortalidade por cancer. Além disso, pode 287 EEE——— 248 PINTURA ocorrer sensibilizacao respiratdria nas formulagdes que utilizam epoxi e ésteres do cido carbamico (uretano) ¢ sensibilizagio dérmica pode ser causada pela amina do catalizador em pinturas por pulverizagio. Preocupagdes com 0 meio ambiente e regulamentagées nos Estados Unidos resul- taram em mudangas importantes nos sistemas de pinturas. Em 1985 um porta-voz de ‘uma industria declarou que as novas tintas em p6 e tintas insohiveis somavam 40% do mercado industrial, enquanto que o mercado de revestimentos industriais tradici- ‘onais & base de solventes declinava 5% a cada ano (Anon. 1985). Naquela época, 0 setor manufatureiro estava defasado em relagdo ao setor de construgdes quanto a0 ritmo de substituigao pelos sistemas mais recentes. Uma década mais tarde esta situ- agao mudou e as fabricas apresentam um erescimento acelerado na substituigao de tintas 4 base de solventes. 15.2 SISTEMAS DE PINTURA © termo tinta é usado comumente para identificar uma variedade de revestimentos orgénicos incluindo tintas, vernizes, esmaltes ¢ lacas, A tinta convencional é a mistu- rade um pigmento inorganico disperso em um meio que consiste de um ligante (rest- na) ¢ um solvente, além de massas especiais para encorpamento e aditivos. © verniz um produto sem pigmentos & base de éleo ¢ resina natural em solvente, que se seca primeiro pela evaporagdo do solvente e entio pela oxidagdo da resina ligante, Exis- fem também disponiveis vernizes com base em resinas sintéticas. Um verniz pigmentado 6 chamado esmalte. Lacas sto revestimentos nos quais os solventes eva- poram, deixando uma camada fina que pode ser redissolvida no solvente original 'A formulagao mais recente para tinta em pé a seco contém alta quantidade de tinta ‘em pé e baixa quantidade de solvente. O pd, que representa a formulagto completa da tinta incluindo resina, pigmento ¢ aditivos, & transportado de um reservatorio para a pistola de pulvetizagio por pressio de ar comprimido. Na pistola, uma carga elétrica 6 oplicada a cada uma das particulas da tinta, Este pd seco ¢ soprado suavemente sobre a pega de trabalho aterrada eletricamente e, apés 0 revestimento, as partes S80 levadas a estufa para a fusto da camada de pé resultando em um revestimento conti- nuo (AFP, 1990). Esta téenica oferece umm acabamento de alta qualidade ¢ ao mesmo tempo elimina a exposigéo do trabalhador aos solventes. Resinas de aplicagao térmi ca, usadas para decoragiio e revestimento de protegtio, tém como base 0 epoxi, 0 poli ésier e resinas acrilicas. Em locais criticos, aplica-se camadas espessas de resinas termoplisticas. 45.2.1 Sistemas de Tinta Liquida 15.2.1.1 Tintas 4 Base de Solventes. As tintas convencionais & base de solventes consistem de um veiculo, massa ¢ aditivos (Tabela 15.1). O veiculo representa 0 total do contetido liquido da tinta ¢ inclu o ligante ¢ 0 solvente. O ligante, que ¢ 0 ingredi- ‘ente de formago da pelicula, pode ser um dleo natural ou uma resina, incluindo 0 leo de linhaga e materiais éleo-resinosos ou umn material sintético como as resinas alquidicas (Tabela 15.2). Os sistemas de solventes sao variados ¢ complexos. Os solventes orgdnicos mais comuns incliem 0s hidrocarbonetos alifiaticos e aromaticos, Ccetonas, ileoois, glicdis e éteres/ésteres glicdis, Estes solventes tém pressio de vapor alta ¢ representam o componente mais critico de exposigio do trabalhador na maioria 152 SISTEMASDEPINTURA 249 ‘TABELA 15.1 Componentes da tinta ‘Componente principal Componentes Finalidade Veiculo Ligante Resina para a formago de filme Solvente Dissotvente para ajuste da viscosidade Massas Massas em geral Capacidade de cobertura, encorpamento, cor igmentos Opacidade, cor Dilatadores Massas para 0 encorpamento Aditivos Secadores Aceleracao da secagem ou da cura Biocida Prevengéo do crescimento de mofo ou fungos Agentes planificadores _Proporeionar pouco Lustro Estabilizadores Proteger contra calor e radiagio UV Anticrosta Evitar a formagao de crosta na lata das técnicas de pinturas. Sistemas de tintas em pé (baixo solvente) representam a contribuigdo principal para a teduca0 da exposicao a solvente. Historicamente, as massas de encorpamento, incluindo pigmentos e dilatadores, tém sido considerados um risco significativo & saiide no processo de pintura (Tabela 15,3). Entre os pigmentos brancos comuns inelui-se a betonita e a porcelana, o talco, ‘0 didxido de titinio e 0 dxido de zinco. Entre os pds de minerais usados como dilatadores para controlar a viscosidade, textura e brilho inclui-se 0 talco, a argila, 0 carbonato de TABELA 152 Resinas para pinturas Re Métodos de fabricagio Acrilica ‘Compostos de polivinilideno derivados de ésteres de acrilico e acido metacrilico. Uma resina comum polimetilmetacrilada Alquidica Interagao entre um dcido policarboxilico ou de gordura ou seu anidrido (eg, anidrido fulico), um alcool polihidrico (eg, glicerol e um éleo vegetal ou seu dcido gorduraso. Amina Formada pela condensayo polimerizagao de um aldeiddo com uma amina ‘ou amido—as resinas principais sao uréia-formaldeida ¢ polimeros formaidcide-melamina. Epoxi Produzida pela condensagto polimerizagao entre epicloridrina ¢ difenilol- propano (bisfenol A). Fendlica Resinas de baixo peso molecular formadas quando um componente aromitico com um grupo hidroxita agregado ao miicleo do benzeno reage ‘com um aldeido como o formakieido na presenca de um catalizador. Poliuretano Polimeros formadas pela reagio de isocianatos com compostos hidroxi Se um diisocianato reage com um alifitico glicot (diol) forma-se um polimero finear. Lm polimero conectad transversalmente é formado quando ‘0 diisocianato reage com sigua e polidleos como os dleos vegeiais, poligsteres e poliéteres. Vinit Um hidrogénio de etenos monosubstituidos (i.., etileno) substituide pelo hiidroxit-cloreto, acetato ou outros grupos. Os principais ligantes de tintas sho o cloreto de polivinil e aestato de polivinil. Copolimeros so também usados como figantes

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