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Curso: Direito Noite

Belém/PA
2019

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ANA CAMILA SOUZA PEREIRA -17016569
WILIENE DA SILVA FAVACHO – 17027582
MIRIAN TEIXEIRA FERREIRA – 17026689
RITA NERYSSA CORRÊA DE ARAUJO – 17026780
LUANA PATRICIA NASCIEMENTO DUARTE - 17027714

CIÊNCIA POLÍTICA E TEORIA DO ESTADO


Nicolau Maquiavel

Belém/PA
2019
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ANA CAMILA SOUZA PEREIRA -17016569
WILIENE DA SILVA FAVACHO – 17027582
MIRIAN TEIXEIRA FERREIRA – 17026689
RITA NERYSSA CORRÊA DE ARAUJO – 17026780
LUANA PATRICIA NASCIEMNTO DUARTE - 17027714

NICOLAU MAQUIAVEL
Biografia
Principais Ideias
Obras
Referências

Belém, 22 de abril de 2019

EXAMINADOR

________________________________________
Prof. (Nelio Ribeiro Moreira)
Faculdade Mauricio de Nassau/Belém

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BIOGRAFIA.

Nicolau Maquiavel (1469-1527) foi um filósofo político, historiador, diplomata e escritor


italiano, autor da obra-prima "O Príncipe". Foi profundo conhecedor da política da época,
estudou-a em suas diferentes obras. Viveu durante o governo de Lourenço de Médici.
Realista e patriota definiu os meios para erguer a Itália.
Nicolau Maquiavel nasceu em Florença, Itália, no dia 3 de maio de 1469. Sua família de
origem Toscana participou dos cargos públicos por mais de três séculos. Filho de Bernardo
Maquiavel, jurista e tesoureiro da província de Marca de Ancona e de Bartolomea Nelli, que
era ligada às mais ilustres família de Florença.
Interessado pelos problemas de seu tempo, Maquiavel participou ativamente da política de
Florença. Com 29 anos, tornou-se secretário da Segunda Chancelaria durante o governo de
Piero Soderim. Tinha a seu cargo questões militares de ordem interna como a redação de
documentos oficiais. Ocasionalmente, realizou missões diplomáticas envolvendo a França,
Alemanha, os Estados papais e diversas cidades italianas, como Milão, Pisa e Veneza.
Entre 1502 e 1503, Maquiavel exerceu o cargo de embaixador junto a César Bórgia,
estadista inescrupuloso e capitão das forças papais. Dominava o governo papal e usava
todos os meios para conquistar novas terras e estender o domínio da família Bórgia na Itália.
Os cinco meses como embaixador junto a César Bórgia o encheu de admiração.

O PENSAMENTO DE MAQUIAVEL.

Maquiavel nunca chegou a escrever a sua frase mais famosa: “os fins justificam os meios”.
Mas com certeza ela é o melhor resumo para sua maneira de pensar. Seria praticamente
impossível analisar num só trabalho , todo o pensamento de Nicolau Maquiavel , portanto,
vamos analisá-lo baseados nessa máxima tão conhecida e tão diferentemente interpretada.
Ao escrever O Príncipe, Maquiavel expressa nitidamente os seus sentimentos de desejo de
ver uma Itália poderosa e unificada. Expressa também a necessidade ( não só dele mas de
todo o povo Italiano ) de um monarca com pulso firme, determinado que fosse um legítimo
rei e que defendesse seu povo sem escrúpulos e nem medir esforços. Em O Príncipe,
Maquiavel faz uma referência elogiosa a César Bórgia, que após ter encontrado na recém
conquistada Romanha , um lugar assolado por pilhagens , furtos e maldades de todo tipo,
confia o poder a Dom Ramiro de Orco. Este, por meio de uma tirania impiedosa e inflexível
põe fim à anarquia e se faz detestado por toda parte. Para recuperar sua popularidade, só
restava a Bórgia suprimir seu ministro. E um dia em plena praça , no meio de Cesena,
mandou que o partissem ao meio. O povo por sua vez ficou , ao mesmo tempo, satisfeito e
chocado. Para Maquiavel , um príncipe não deve medir esforços nem hesitar, mesmo que
diante da crueldade ou da trapaça, se o que estiver em jogo for a integridade nacional e o
bem do seu povo. “ sou de parecer de que é melhor ser ousado do que prudente, pois a
fortuna( oportunidade) é mulher e, para conservá-la submissa, é necessário (...) contrariá-la.
Vê-se , que prefere, não raramente, deixar-se vender pelos ousados do que pelos que agem
friamente. Por isso é sempre amiga dos jovens, visto terem eles menos respeito e mais
ferocidade e subjugarem-na com mais audácia”. Para Maquiavel, como renascentista que
era, quase tudo que veio antes estava errado. Esse tudo deve incluir os pensamentos e as
idéias de Aristóteles. Ao contrário deste, Maquiavel não acredita que a prudência seja o
melhor caminho. Para ele, a coerência está contida na arte de governar. Maquiavel procura
a prática. A execução fria das observações meticulosamente analisadas, feitas sobre o
Estado, a sociedade. Maquiavel segue o espírito renascentista, inovador. Ele quer superar o
medieval. Quer separar os interesses do Estado dos dogmas e interesses da igreja.
Maquiavel não era o vilão que as pessoas pensam. Ele não era nem malvado. O termo
maquiavélico tem sido constantemente ml interpretado. “Os fins justificam os meios”
.Maquiavel , ao dizer essa frase, provavelmente não fazia idéia de quanta polêmica ela

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causaria. Ao dizer isso, Maquiavel não quis dizer que qualquer atitude é justificada
dependendo do seu objetivo. Seria totalmente absurdo. O que Maquiavel quis dizer foi que
os fins determinam os meios. É de acordo com o seu objetivo que você vai traçar os seus
planos de como atingi-los.

PRINCIPAIS IDEIAS.

A suprema obrigação do governante é manter o poder e a segurança do país que governa,


ainda que para isso ele tenha que derramar sangue.
(Os fins justificam os meios).
-A conduta do príncipe ( governante) deve ser de acordo com a situação. (Se a ocasião
exigir que mate alguém, assim o deve fazer).
-Não importa o que o governante faça em seus domínios, desde que seja para manter-se
com autoridade.
-O príncipe (governante) não precisa ter qualidades, mas sim deixar parecer ao povo que
ele tem. (Ele deve ser “falso”).
-Todas as pessoas são movidas exclusivamente por interesses egoístas e ambições de
poder pessoal. (O governante deve manter-se alerta com todos).
-A natureza humana é corruptível e, por isso, a razão humana é sempre uma razão
pragmática, calculista e utilitarista. Por isso, o ser humano é capaz de corromper sempre
que os desejos se sobrepõem. (Sempre que alguém tiver o desejo e uma oportunidade de
roubar assim o fará).
-O governante nunca deverá confiar na lealdade dos seus súditos. (Todos os indivíduos são
corruptíveis).
-O governante deve supor que todos os homens são potencialmente seus rivais e, por isso,
deve tratar de lançar uns contra os outros em proveito próprio. (Todos são seus adversários
políticos).
-O governante deve fazer o mal todo de uma única vez, e o bem aos poucos para que se
esqueça do mal que foi feito e lembre sempre do bem.
-Para o governante, é melhor ser considerado como miserável do que como gastador.
-Um Estado tem que se expandir e desenvolver ou cair na ruína.
-Enfim, as ideias de Maquiavel fizeram da política ou a arte de governo uma função
totalmente separada da ética e da moral, ou seja, a política deve ser um fim em si mesmo.

Concepção de Política em Maquiavel


Política: pela primeira vez é mostrada como esfera autônoma da vida social
Não é pensada a partir da ética nem da religião: rompe com os antigos e com os cristãos
Não é pensada no contexto da filosofia: passa a ser campo de estudo independente
Vida política: tem regras e dinâmica independentes de considerações privadas, morais,
filosóficas ou religiosas
Política: é a esfera do poder por excelência
Política: é a atividade constitutiva da existência coletiva: tem prioridade sobre todas as
demais esferas
Política é a forma de conciliar a natureza humana com a marcha inevitável da história:
envolve fortuna e virtu.
Fortuna: contingência própria das coisas políticas: não é manifestação de Deus ou
Providência Divina
Há no mundo, a todo o momento, igual massa de bem e de mal: do seu jogo resultam os
eventos (e a sorte).
Virtu: qualidades como a força de caráter, a coragem militar, a habilidade no cálculo, a
astúcia, a inflexibilidade no trato dos adversários.
Pode desafiar e mudar a fortuna: papel do homem na história.

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Concepção de Estado em Maquiavel
Não define Estado: infere-se que percebe o Estado como poder central soberana que se
exerce com exclusividade e plenitude sobre as questões internas externa de uma
coletividade
Estado: está além do bem e do mal: o Estado é
Estado: regulariza as relações entre os homens: utiliza-os nos que eles têm de bom e os
contém no que eles têm de mal
Sua única finalidade é a sua própria grandeza e prosperidade
Daí a idéia de "razão de Estado": existem motivos mais elevados que se sobrepõem a
quaisquer outras considerações, inclusive à própria lei
Tanto na política interna quanto nas relações externas, o Estado é o fim: e os fins justificam
os meios.

OBRA.

O Príncipe
A obra “O Príncipe”, escrita por Maquiavel em 1513, e publicada postumamente em 1532, se
transformou em sua obra-prima. O livro, um manual sobre a arte de governar, foi inspirado
no estilo político de César Bórgia um dos mais ambiciosos comandantes italianos, que ficou
conhecido por seu poder e atrocidades que cometeu para conseguir o que queria. Maquiavel
viu nele o modelo para os demais governantes da época.
A obra revela a preocupação de Maquiavel com o momento histórico da Itália, fragilizada
pela falta de unidade nacional e alvo de invasões e intrigas diplomáticas. Indignado com a
decadência política e moral da Itália, o autor dirige conselhos a um príncipe imaginário, com
o único objetivo de unificar a Itália e criar uma nação moderna e poderosa.
Para Maquiavel, o importante era realizar o desejo projetado, mesmo sob qualquer forma de
governo – monarquia ou república, e por qualquer meio, inclusive a violência. Considerava
os fatores morais, religiosos e econômicos, que operavam na sociedade como forças que
um governante hábil poderia e deveria utilizar para construir um estado nacional forte.
Assim, o príncipe com seu exército nacional que substituísse as precárias forças
mercenárias, deveria ser capaz de estender seu domínio sobre todas as cidades italianas,
acabando com a discórdia.
A Volta à Florença
Em 1519, anistiado, volta à Florença, sob as graças dos Médici. Em 1520, conseguiu do
Cardeal Gíulio de Médici a função remunerada de escrever a “História de Florença”, um
tratado em estilo clássico, que ficou consagrado como a primeira obra da historiografia
moderna.
Em 1526, é encarregado pelo papa Clemente VII de inspecionar as fortificações de Florença
e organizar um exército permanente para sua cidade, sob o comando de Giovanni Delle
Bande. Em 1527, o saque de Roma pelo imperador Carlos V, do Sacro Império Romano-
Germânico, restabeleceu a república em Florença. Maquiavel, visto como favorito dos
Médici foi excluído de toda atividade política.
Nicolau Maquiavel faleceu em Florença, Itália, no dia 22 de julho de 1527. Seu corpo foi
sepultado na Igreja da Santa Cruz, em Florença. Morreu sem ver seu sonho realizado, pois
a unificação da Itália só se completaria no século XIX.

CURIOSIDADES

Na linguagem figurada, a expressão “maquiavelismo” significa astúcia e perfídia, e


maquiavélico é o indivíduo que não se importa com os meios que escolhe para atingir seus
propósitos.
Maquiavel, o importante analista político se transformou em dramaturgo para criticar a
sociedade e os costumes de seu tempo em duas comédias: “A Mandrágora” (1518) e
“Clizia” (1525), e também na novela “Belgaphor”, uma sátira sobre o casamento.

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REFERÊNCIAS.

- Biografia de Nicolau Maquiavel


Autor: Ridolfi, Roberto
Editora: Musa Editora
Temas: Biografia, História, Política
- Maquiavel - filósofo do poder
Autor: King, Ross
Editora: Objetiva
Temas: Biografia, Política, História

- Maquiavel - um homem incompreendido


Autor: White, Michael
Editora: Record
- MAQUIAVEL, Nicolau. A arte da guerra; A vida de Castruccio Castracani; Belfagor, o
arquidiabo; O príncipe. 3. Ed. Tradução Sérgio Bath. Brasília: Editora da UnB, 1987.

Leia mais: https://www.sabedoriapolitica.com.br/products/maquiavel-nicolau/


- O Príncipe. Tradução de Maria Júlia Goldwasser. São Paulo: Martins Fontes, 2004.

Leia mais: https://www.sabedoriapolitica.com.br/products/maquiavel-nicolau/

- RIDOLFI, Roberto. Biografia de Nicolau Maquiavel. Tradução de Nelson Canabarro. São


Paulo: Musa, 2003. (Ler os Clássicos, 9).

Leia mais: https://www.sabedoriapolitica.com.br/products/maquiavel-nicolau/

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