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RESUMO ABSTRACT
Os animais de estimação, atualmente, estão assu- The pets currently are assuming a different
mindo um papel diferenciado nas relações intra- role in intra-family relationships, especially
familiares, principalmente tendo em vista o antro- with regard to anthropomorphism. Thus, the
pomorfismo. Assim, o presente estudo teve como present study aimed to analyze the spending
objetivo analisar os gastos envolvendo animais de involving pets, in private households in the
estimação nos domicílios particulares na área do area of the Grande Méier, in Rio de Janeiro,
Grande Méier, no Rio de Janeiro, no ano de 2007, in 2007, identifying the relationship with the
identificando as relações existentes com o compor- owner’s behavior. Was observed that there is
tamento do proprietário. Foi observado que existe a tendency of those owners who have great-
uma tendência daqueles proprietários que possuem er anthropomorphic bond with their animals
maior vínculo antropomórfico com seus animais spend more on their pets. Thus suggesting the
de gastarem mais com esses, sugerindo, assim, a existence of a relationship of affection for
existência de um consumo por afetividade, em que consumption, where the owners seek to give
os proprietários buscam dar o que presumem ser what they believe is presumably better for
melhor para seus animais de estimação. their pets.
Palavras-chave: Animais de estimação; Gastos Keywords: Estimate animals; Family spend-
familiares; Antropomorfismo. ing; Anthropomorphism.
1 Introdução diárias, ou visualiza seu animal como
um fator que gera segurança. Isso repre-
Atualmente, com o crescimento senta os dois lados da relação entre ho-
do setor de serviços e a ampla mercado- mem e animal: o “antropomofismo dos
rização da sociedade, tem-se, constan- animais de estimação” versus “o animal
temente, novas formas de consumo. O como recurso de utilidade prática ou
mercado envolvendo os animais de esti- econômica”.
mação segue tal movimento, e, segundo Antes de identificar o papel do
Oliveira (2006), o fator impulsionador animal no contexto familiar, deve-se
desse mercado é a relação entre homem lembrar que o processo da transição de-
e animal de estimação. mográfica do Brasil é diferente dos paí-
Nesse contexto, os animais de ses desenvolvidos, pois os padrões po-
estimação assumem um papel diferen- pulacionais brasileiros modificaram-se
ciado nas relações intrafamiliares nas mais rapidamente (BRITO, 2008). Fo-
residências, de modo que o proprietário ram observados fatores como a redução
identifica o seu animal como membro da mortalidade, a redução da fecundi-
da família, participando das atividades dade e uma maior longevidade (CHAC-
1
Mestre em Estudos Populacionais e Pesquisas Sociais pela Escola Nacional de Ciências Estatísticas (ENCE), Brasil. Professor da Universidade Federal
do Amazonas. E-mail: roberto_carvalho@ufam.edu.br.
2
Doutora em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Brasil. Pes-
quisadora da Escola Nacional de Ciências Estatísticas. E-mail: lavinia.pessanha@ibge.gov.br.
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RELAÇÃO ENTRE FAMÍLIAS, ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO, AFETIVIDADE E CONSUMO:
ESTUDO REALIZADO EM BAIRROS DO RIO DE JANEIRO 623
KIEL, 2004), bem como a construção como o consumo de produtos para ani-
de novos arranjos familiares, devido à mais de estimação pode refletir uma re-
redução do número de membros da fa- lação afetiva entre estes e seus donos.
mília, ao aumento do número de casais Assim, neste estudo foi considerada a
sem filhos e aos arranjos monoparentais relação homem e animal em dois aspec-
(ARRIAGADA, 2001). Notou-se, ain- tos: o antropomorfismo dos animais e o
da, uma tendência de verticalização das tratamento dos animais de estimação na
moradias (NUCCI, 1999). Tais aspectos perspectiva utilitária ou econômica. Es-
têm gerado uma série de influências em sas categorias são baseadas na propos-
diferentes áreas da atividade humana. ta de Konecki (2007). Para o autor, no
Essas transformações na estrutu- “antropomorfismo”, definido pela re-
ra demográfica brasileira também estão lação de indivíduos com seus animais,
relacionadas a uma mudança na relação podem ser visualizados diversos bene-
das famílias com seus animais de es- fícios para ambas as partes, bem como,
timação, já que as famílias lidam com o fato de os proprietários considerarem
seus animais de estimação como se fos- seus animais como “sujeitos” com qua-
sem “membros da família” ou “objeto lidades humanas ou como membros da
de consumo”. Em alguns casos, depen- família. Já no comportamento do pro-
dendo da relação afetiva do proprietá- prietário de situar o animal na “pers-
rio, os animais ocupam uma posição de pectiva utilitária ou econômica”, visua-
destaque no domicílio e acabam por re- lizando-o como um recurso, em que o
ceber um “direito de escolha” (HILL et convívio com o animal traz benefícios
al., 2008; KENNEDY; MCGARVEY, ao seu proprietário, não são atribuídas
2008). Nesse contexto, Oliveira (2006) quaisquer características humanas aos
sugere que as relações entre seres hu- animais.
manos e cães são reflexos da moderni- Segundo Serpell (2003, p. 1-2),
zação das cidades e da individualização, o “antropomorfismo é definido como a
cada vez mais presente na cultura da so- atitutude de atribuição de estado men-
ciedade ocidental. Segundo Kennedy e tal humano (pensamentos, sentimentos,
McGarvey (2008), é possível que, com motivações e crenças) a animais não
as novas composições familiares, os humanos”, sendo esta uma caracterís-
animais venham a assumir ainda mais tica quase universal presente entre os
posições de destaque no contexto domi- cuidadores de animais, inclusive entre
ciliar. os proprietários de animais de estima-
Assim, considera-se que a inves- ção. Dentro desta perspectiva, enqua-
tigação das particularidades que envol- dram-se aqueles proprietários que veem
vem o proprietário e seu animal de esti- seus animais de estimação como mem-
mação e das características domiciliares bros da família, que recebem alguma
relacionadas ao consumo abrangendo forma de carinho e proteção, chegan-
estes animais seja algo que irá auxiliar do, em alguns casos, a serem tratados
a compreender o comportamento desse como “filhos” (COHEN, 2002; CORN-
consumidor. Tal investigação é o objeti- WELL et al., 2008; HILL et al., 2008;
vo deste estudo. HOLBROOK, 2008; KENNEDY, MC-
GARVEY, 2008; MOSTELLER, 2008;
2 Referencial teórico SHELL, 1986). Neste caso, o papel des-
ses animais, no contexto familiar, é o de
2.1 Famílias, animais de estimação e satisfazer às necessidades humanas de
consumo companhia, amizade, amor incondicio-
nal e afeto (DOTSON; HYATT, 2008).
Nesta seção, apresenta-se um Smith (2009) denomina como Pet
referencial teórico que sugere o modo Love essa relação entre homem e animal
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de estimação marcada por um alto nível presente, mas que está tornando-se mais
de cuidado, durante um longo período de evidente devido ao grande crescimento
tempo, em que os animais de estimação do comércio que envolve produtos para
estão inclusos nas normas do “amor” animais de estimação. A relação com
familiar, bem como no ideal de amiza- animais ganha intensidade quando se
de por parte do proprietário. Eckstein torna objeto de exploração de diversas
(2000) afirma que os benefícios da rela- campanhas de marketing, inclusive no
ção com um animal de estimação surgem que se refere à medicina, através das
pelo ato deste fornecer amor, segurança clínicas veterinárias e do uso de me-
e/ou suporte emocional para os membros dicamentos para animais domésticos.
da família. Já Cohen (2002) sugere que Nogueira Jr. e Nogueira (2009) relatam
os animais de estimação estão firmemen- que o processo de antropomorfismo dos
te ligados ao círculo familiar por forne- animais leva os proprietários a trata-
cer conforto e companhia. rem-nos com bastante atenção e carinho
Mosteller (2008) apresenta três e que a compra da ração, por exemplo,
subtipos de relações, inicialmente des- termina por ser uma forma de transpa-
critos por Hirschman (1994), entre ho- recer essa afetividade, pois os donos
mens e os animais de estimação. No acabam comprando alimentos com pre-
primeiro deles, os animais são apre- sumida maior qualidade a fim de pro-
sentados com uma extensão da pessoa porcionar uma vida mais saudável e
(Self), de modo que o comportamento prolongada ao seu animal de estimação.
do animal é utilizado para representar Verifica-se, nesse caso, uma relação de
as características do comportamento consumo por afetividade, como propos-
do proprietário, como, por exemplo, to por Miller (2002).
um cão dócil e amável com crianças Quando o animal de estimação é
dá a impressão que seu dono tem essas visto como recurso utilitário ou econô-
mesmas características. No segundo, os mico, o convívio com este traz benefí-
animais são tratados como extensão da cios somente para seus proprietários, já
família, não sendo considerados como que estes consideram aqueles tão somen-
posse, mas sim como um membro fami- te como animais, sem lhes atribuir qua-
liar, participando de atividades diárias lidades humanas. Nesse tipo de relação,
da família, como: assistir televisão, ter os proprietários apresentam uma postura
acesso a todos os locais do domicílio emocionalmente distanciada, eliminan-
e, até mesmo, ser motivo de festas fa- do uma aproximação mais intensa (KO-
miliares. No terceiro, o animal é tido NECKI, 2007). No entanto, tal relação
como um amigo e desperta grande ape- não significa uma relação de maus tratos,
go emocional em seu proprietário. pois os proprietários podem tratar bem
Cavanaugh, Leonard e Scammon seus animais, sem que, necessariamente,
(2008) sugerem que as relações entre tenham uma relação afetiva.
humanos e animais de estimação termi- Nesses casos, podem ser incluí-
nam por criar novas oportunidades de dos aqueles proprietários que utilizam
mercado (como, por exemplo: rações, os animais para fins de “trabalho”, isto
presentes, brinquedos, roupas, servi- é, aqueles que têm um cão por motivo
ços, entre outros), as quais, por sua vez, de segurança ou que adquirem um gato
podem revelar aspectos importantes da para reduzir a presença de outros ani-
identidade e autoestima do proprietário, mais indesejados no domicílio, sendo
bem como esclarecer a relação entre beneficiados pela capacidade de caça do
identidade e consumo. animal. Assim, são diversas as situações
Vlahos (2008) afirma que essa em que animais são adquiridos pelo be-
relação de afetividade entre animais nefício instrumental proporcionado e
domésticos e seus donos esteve sempre não necessariamente pelo fato de o in-
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0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Tabela 5 – Comparação dos valores gastos em reais com animais de estimação, de acordo com
o comportamento do proprietário, na área de Grande Méier, em 2007
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(continuação)
Tabela 6 – Comparação dos valores gastos em reais com animais de estimação, de acordo com
o nível de antropomorfismo, na área de Grande Méier, em 2007
IC(µ ) 95%
Ação do proprietário Status X̂ s( X ) N̂ i
(em reais) Limite Limite
inferior superior
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50
44.82
45
40 38.39
35
Porcentagem
30
25
20
15 11.40
10
5 1.67 2.60
1.13
0
Segurança Companhia Diversão Terapia Reprodução Outros
Motivo de aquisição dos cães
Figura 2 – Distribuição percentual dos motivos de aquisição dos cães, na área do Grande Méier, em 2007.
Fonte: Microdados da Pesquisa Domiciliar sobre cães e gatos: humanização e padrões de consumo – IBGE/
ENCE/CDHP (2007).
Na tabela 7, são apresentados os cílios tipo casa, apesar de o valor médio
dados referentes aos gastos dos proprie- (R$ 207,13) dos gastos realizados pelos
tários que residem no domicílio tipo proprietários que adquiriam os cães por
casa, de acordo com o motivo de aqui- motivo de companhia ser maior do que
sição dos cães. os demais, não se observou diferença
Ressalta-se, conforme a Tabela 7, entre as médias pela análise dos inter-
que, no caso de cães criados em domi- valos de confiança.
Tabela 7 – Comparação dos valores gastos pelos proprietários de animais de estimação, conforme os
principais motivos de aquisição dos cães, na área do Grande Méier, em 2007
IC(µ ) 95%
Motivo de aquisição X̂ s( X ) N̂ i
(em reais) Limite Limite
inferior superior
Segurança 184,06 65,20 55,50 312,62 494
Companhia 207,13 49,87 108,80 305,46 692
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Tabela 8 – Parâmetros estimados para os modelos referentes aos Ln´s dos gastos médios
mensais domiciliares com higiene, alimentação, saúde e gasto total com animais de estimação
Ln do gasto Ln do
Ln do gasto Ln do gasto
Parâmetros com alimen- gasto com
com higiene total
tação saúde
Intercepto N.S. 1,614 N.S. 1,149
Total de cães no domicílio 0,131 0,314 0,141 0,257
Total de gatos no domicílio N.S. 0,251 N.S. 0,167
O animal utilizou acessórios
0,449 N.S. N.S. 0,358
pelo menos uma vez
O animal ganhou guloseimas
0,258 0,219 N.S. 0,233
pelo menos uma vez
Há pelo menos um animal de
0,413 0,279 0,363 0,233
pedigree no domicílio
Tipo de arranjo familiar: uni-
0,349 0,236 N.S. 0,321
pessoal
Arranjo familiar: monoparental N.S. 0,245 N.S. 0,238
Ln da renda mensal domiciliar 0,302 0,236 0,363 0,328
Há pelo menos um animal de
-0,183 N.S. N.S. N.S.
médio porte no domicílio
Há pelo menos um animal de
N.S. N.S. 0,355 N.S.
grande porte no domicílio
Motivo de aquisição: reprodu-
N.S. -0,982 N.S. -0,616
ção
Total de homens no domicílio N.S. N.S. -0,149 N.S.
Motivo de aquisição: diversão N.S. N.S. -0,274 N.S.
O animal tem permissão de
N.S. -0,313 N.S. N.S.
circular no domicílio
O animal utilizou roupas pelo
N.S. -0,160 N.S. N.S.
menos uma vez
Forma de aquisição: comprou
N.S. 0,266 N.S. N.S.
em um pet shop
Há pelo menos um animal de
N.S. -0,184 N.S. N.S.
raça no domicílio
Sexo do chefe do domicílio N.S. -0,153 N.S. N.S.
N.S. – Não significativo ao nível 0,05.
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