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Grafitismo: a arte do grafite

Chamamos de grafite inscrições ou desenhos rabiscados à mão sobre um muro, uma parede, um
monumento, uma estátua ou sobre qualquer elemento que esteja na via pública. Em resumo, os grafiteiros
pretendem intervir na cidade, aplicando a sua linguagem em espaços públicos. O objetivo é, principalmente,
tecer uma crítica social. O trabalho que os grafiteiros produzem vive na dualidade entre a poluição visual e a
obra artística. Norman Mailler, um consagrado escritor norte-americano, definiu o grafite como: "uma rebelião
tribal contra a opressora civilização industrial."

Grafite vs Pichação

Há quem se pergunte se o grafite é arte ou se trata de mera pichação. Tendemos a acreditar que o ato de
pichar está intimamente ligado ao vandalismo e à noção de destruição da via pública, enquanto que o grafite
está relacionado à uma conotação mais positiva. O grafitismo é considerado uma arte de rua elaborada a partir
de uma técnica mais complexa. Ele é tido por muitos como um ramo das artes visuais. Uma grande diferença
entre o grafite e a pichação se dá em termos de conteúdo: em geral o grafite está relacionado à uma imagem e a
pichação se foca em uma escrita de um indivíduo ou de um grupo que assina muitas vezes um texto de caráter
político. A pichação está frequentemente associada à poluição visual e à marginalidade. Enquanto o grafite é
boa parte das vezes feito com a autorização do proprietário do imóvel, a pichação se dá majoritariamente sem
autorização.

Os tipos de grafite

O grafite costuma ser dividido em dois grupos:

 spray art, promovida com o uso de spray, em geral de modo rápido, utilizando formas ou
palavras simples e breves;
 stencil art, feita a partir de um cartão com formas recortadas que são colocadas no local
desejado e recebem o spray de tinta. A tinta passa pelos orifícios do desenho, que é retirado
posteriormente.

A história do grafite

Inscrições em paredes públicas são conhecidas desde a época do Império Romano. No entanto, a arte do
grafite ganhou força especialmente durante a década de 1970 em Nova Iorque quando um grupo de jovens
resolveu desenhar marcas na cidade. Um ano chave para o grafite foi maio de 1968, quando na capital francesa
surgiu um movimento contracultural que usou os muros para inscrever trabalhos de caráter político ou mesmo
poético.

O grafite no Brasil

O grafite ingressou no país no final da década de 1970 especialmente no Estado de São Paulo influenciado
pela cultura norte-americana.Vale lembrar que vivíamos um período marcado pela censura provocada pela
ditadura militar, por isso os grafiteiros foram extremamente corajosos e transgressores.

As gírias do grafite

Tag é a assinatura do grafiteiro / Piece é um grafite onde se usa mais de 3 cores / Toy é o nome dado a um
grafiteiro iniciante / Spot é o lugar onde o grafite é feito.
Origami
O origami, expressão que provém do japonês e significa arte de dobrar o papel – ‘ori’ descende do verbo
‘oru’, com o sentido de dobrar, e ‘gami’ nasce do vocábulo ‘kami’, denotando papel -, é uma arte muito antiga,
criada pelos membros da Corte Imperial do Japão. Aí ela era considerada um entretenimento, mas ao longo da
história, ao se tornar acessível à massa, foi convertida em uma arte.

Nesta técnica é comum utilizar-se folhas de papel no formato quadrado, nas quais os cortes estão ausentes.
Nelas são realizadas algumas poucas dobras no estilo geométrico, que dispostas de formas variadas, compõem
imagens complexas, as quais resultam na representação de entes ou objetos os mais diferentes.

Para se alcançar este visual não é preciso recorrer a recortes ou colagens, embora estes recursos não sejam
proibidos na composição do origami. Nesta arte não há regras dogmáticas, e sim liberdade de ação, a qual
produz, muitas vezes, inúmeros desafios para a imaginação, que busca então a criação de modelos renovados.

Desde os tempos ancestrais do cultivo desta técnica - de 1603 a 1897, no Período Edo -, o origami japonês
se revelou despreocupado com normas severas e meras convenções. Hoje esta arte não é privilégio dos
japoneses, pois ela se disseminou por todo o Planeta. Até mesmo no Ocidente já se tornou convencional a
criação do origami.

Historicamente a prática do origami foi se popularizando à medida que o papel, antes um bem de alto valor
aquisitivo, converteu-se em um objeto cada vez mais barato. Os pobres, mesmo assim, valorizavam esta
mercadoria e economizavam no seu uso, preservando pequenos pedaços de papel e transformando-os em obra-
prima para a confecção do origami.

Desta forma ele se tornou uma arte popular. Sempre foi estimulante testemunhar a transformação de uma
mera fração de papel em objetos os mais variados, pássaros ou flores, apenas com determinadas dobras em sua
superfície. Inicialmente não existiam normas para sua criação, pois a técnica era passada de uma geração para
a outra.

A primeira obra contendo regras para a elaboração do origami foi lançada em 1797 com o título Hiden
Senbazuru Orikata. Nele se ensinava como dobrar o papel de forma a produzir a imagem de uma ave indiana
sagrada. A presença desta arte é encontrada inclusive em impressões na madeira, como em um trabalho que data
de 1819, ‘Um mágico transforma folhas em pássaros’.

O origami é disseminado no Japão a partir da publicação do livro Kan no mado, em 1845, contendo cerca
de 150 figuras criadas a partir do Origami. Além dos japoneses, os Mouros também cultivavam esta arte,
introduzindo-a na Espanha após a Invasão Árabe, no século VIII. Deste país a técnica atinge a América do Sul,
espalha-se pela Europa e posteriormente desembarca nos Estados Unidos.

Esta arte contribui muito também para a educação, pois ela atua ativamente no aprimoramento intelectual
das crianças. Isto porque demanda alta concentração, incentiva a capacidade de fantasiar e aperfeiçoa as
habilidades manuais.
Arte Renascentista na Itália

Entre os anos de 1300 e 1650, a arte renascentista desenvolve-se na Itália. Naquele momento, as
artes estavam submissas aos dogmas e pensamentos católicos. Portanto, afirma-se que o Renascimento foi um
período revolucionário em que os artistas buscavam um maior entendimento sobre a humanidade, a natureza
e o mundo. Entre outras características, os renascentistas foram fortemente influenciados pela filosofia, ciência
e literatura produzida na Grécia e na Roma Antiga. A arte renascentista demarcou a passagem entre o fim da
Idade Média para o começo da Idade Moderna. O Renascimento surgiu em Toscana, cidade localizada entre
Florença e Siena. Tempo depois, foi disseminado por outros países da Europa.

Naquela época, apesar do início do rompimento com dogmas da Igreja, os artistas eram patrocinados
pelo mecenato, pessoas com prestígio e poder econômico que fomentavam a produção artística no intuito de
melhorar a própria imagem. Dentro deste grupo, estavam mercadores ricos, príncipes e, até mesmo, cardeais
e papas. Muitos artistas foram beneficiados pelos mecenas, como Rafael, Michelangelo, entre outros.

A arte renascentista possuía características como: natureza e homem como centro das preocupações,
utilização do chiaroscuro, perspectiva e proporcionalidade no intuito de produzir obras com rigor científico,
representação das emoções do ser humano, racionalidade e idealização da harmonia e da beleza (arte greco-
romana). Além disso, percebe-se a valorização dos prazeres espirituais e terrenos (Hedonismo), a preocupação
em retratar a realidade da maneira mais fiel possível (Naturalismo) e a valorização do livre-arbítrio.

Um dos nomes mais importantes foi Leonardo da Vinci, que não se contentou com a produção de obras
em apenas uma área, tendo dedicado sua vida à ciência, música, poesia, matemática, engenharia, escultura e
pintura. Porém, foi na pintura que ficou mais conhecido. Entre suas obras, consideradas marcos da Arte
Renascentista, estão a “Última Ceia” e a “Monalisa”.

No que se refere à arquitetura produzida naquela época, tudo era feito com base em cálculos. Os
renascentistas fazem uso da geometria euclidiana, que, com base na obra de Euclides de Alexandria, propõe
construções em duas e três dimensões. A influência da arte grega continua presente neste campo com os
seguintes tipos de coluna: coríntia, jônica e dórica. São construídas vilas, igrejas e palácios onde se percebem
arcos de volta-perfeita, composições simples e um desprendimento da arquitetura em relação à pintura e à
escultura. Um dos arquitetos mais importantes do renascimento foi Fillipo Brunelleschi. Entre suas obras,
destacam-se a Catedral de Santa Maria Del Fiore e a Capela Pazzi, localizadas em Florença.
Cultura Brasileira
A Cultura Brasileira é o resultado da miscigenação de diversos grupos étnicos que participaram da
formação da população brasileira.
A diversidade cultural predominante no Brasil é consequência também da grande extensão territorial e
das características geradas em cada região do país.
O indivíduo branco, que participou da formação da cultura brasileira, fazia parte de vários grupos que
chegaram ao país durante a época colonial.
Além dos portugueses, vieram os espanhóis, de 1580 a 1640, durante a União Ibérica (período o qual
Portugal ficou sob o domínio da Espanha).
Durante a ocupação holandesa no nordeste, de 1630 a 1654, vieram flamengos ou holandeses, que
ficaram no país, mesmo depois da retomada da área pelos portugueses. Na colônia, aportaram ainda os
franceses, ingleses e italianos.
Entretanto, foi dos portugueses que recebemos a herança cultural fundamental, onde a história da
imigração portuguesa no Brasil confunde-se com nossa própria história.
Foram eles, os colonizadores, os responsáveis pela formação inicial da população brasileira. Isso
decorreu do processo de miscigenação com índios e negros africanos, de 1500 a 1808. Durante três séculos,
os portugueses eram os únicos europeus que podiam entrar livremente no Brasil.

A Formação da Cultura Brasileira

A formação da cultura brasileira resultou da integração de elementos das culturas indígena, do português
colonizador, do negro africano, como também dos diversos imigrantes.

Cultura Indígena

Foram muitas as contribuições dos índios brasileiros para a nossa formação cultural e social. Do ponto
de vista étnico, contribuíram para o surgimento de um indivíduo tipicamente brasileiro: o caboclo (mestiço de
branco e índio).
Na formação cultural, os índios contribuíram com o vocabulário, o qual possui inúmeros termos de
origem indígena, como pindorama, anhanguera, ibirapitanga, Itamaracá, entre outros. Com
o folclore, permaneceram as lendas como o curupira, o saci-pererê, o boitatá, a iara, dentre outros.
A influência na culinária se fez mais presente em certas regiões do país onde alguns grupos indígenas
conseguiram se enraizar. É exemplo a região norte, onde os pratos típicos estão presentes, entre eles, o tucupi,
o tacacá e a maniçoba.
Raízes como a mandioca é usada para preparar a farinha, a tapioca e o beiju. Diversos utensílios de caça
e pesca, como a arapuca e o puçá. Por fim, diversos utensílios domésticos, foram deixados como herança, entre
eles, a rede, a cabaça e a gamela.

Cultura dos Imigrantes

Os imigrantes deixaram contribuições importantes na cultura brasileira. A história da imigração no


Brasil começou em 1808, com a abertura dos portos às nações amigas, feita por D. João.
Para povoar o território, vieram famílias portuguesas, açorianas, suíças, prussianas, espanholas, sírias,
libanesas, polonesas, ucranianas e japonesas, as quais se estabeleceram no Rio Grande do Sul.
O grande destaque foram os italianos e os alemães, que chegaram em grande quantidade. Eles se
concentraram na região sul e sudeste do país, deixando importantes marcas de suas culturas, principalmente
na arquitetura, na língua, na culinária, nas festas regionais e folclóricas.
A cultura vinícola do sul do Brasil se concentra principalmente na região da serra gaúcha e de campanha,
onde predomina descendentes de italianos e alemães.
Na cidade de São Paulo, o grande fluxo de italianos fez surgir bairros como o Bom Retiro, Brás, Bexiga
e Barra Funda, onde é marcante a presença de italianos. Com eles vieram as massas típicas como a macarronada,
a pizza, a lasanha, o canelone, entre outras.

Cultura Africana
O negro africano foi trazido para o Brasil para ser empregado como mão de obra escrava. Conforme as
culturas que representavam (ritos religiosos, dialetos, usos e costumes, características físicas etc.) formavam
três grupos principais, os quais apresentavam diferenças acentuadas: os sudaneses, os bantos e o malês.
(sudaneses islamizados).
Salvador, no nordeste do Brasil, foi a cidade que recebeu o maior número de negros, e onde sobrevivem
vários elementos culturais.
São exemplos o “traje de baiana”, com turbante, saias rendadas, braceletes, colares, a capoeira e
os instrumentos de música como o tambor, atabaque, cuíca, berimbau e afoxé.

De modo geral, a contribuição cultural dos negros foi grande:


Na alimentação, vatapá, acarajé, acaçá, cocada, pé de moleque etc;
Nas danças (quilombos, maracatus e aspectos do bumba meu boi)
Nas manifestações religiosas (o candomblé na Bahia, a macumba no Rio de Janeiro e o xangô em alguns
estados do nordeste).

Cultura Portuguesa
Portugal foi o país europeu que exerceu mais influência na formação da cultura brasileira.
Os portugueses realizaram uma transplantação cultural para a colônia, destacando-se a língua
portuguesa, falada em todo o país, e a religião marcada por festas e procissões.
As instituições administrativas, o tipo de construções dos povoados, vilas e cidades e a agricultura fazem
parte da herança portuguesa.
No folclore brasileiro é evidente o grande número de festas e danças portuguesas que foram
incorporadas ao país. Entre elas, a cavalhada, o fandango, as festas juninas (uma das principais festas da cultura
do nordeste) e a farra do boi.
As lendas do folclore (a cuca e o bicho papão), as cantigas de roda (peixe vivo, o cravo e a rosa, roda
pião etc.) permanecem vivas na cultura brasileira.

Arte Popular Brasileira – História da Arte – O que é?


A Arte Popular se configura como forma de expressividade de artistas do povo. É constituída por
artefatos, peças artísticas e escritos produzidos por pessoas, as quais não se atribui nenhum conhecimento
acadêmico ou letrado.

Artistas populares nunca frequentaram nenhuma faculdade de arte ou instituição que pudesse lhes
certificar ou especializar. São simples representantes do povo, que possuem uma habilidade ou dom e o
desenvolveram.
Esta arte se traduz em uma rica diversidade de valorosas e belas obras, oriundas das mãos de gente
simplória que não teve nenhum ensinamento ou orientação para executarem o trabalho artístico.
Arte Popular: Tipos de Produção
Diversos tipos de produção são feitos por estes artesãos. Entre estes estão a pintura, as esculturas,
literatura, etc. Eles não realizam suas obras na condição de profissionais. Elas são criadas nos dias de folga,
nos intervalos dos trabalhos, e até mesmo nos momentos do lazer.

Eles são dedicados e amam sua arte. Porém, nem sempre, esta constitui seu ganha-pão, pois os trabalhos
que conseguem vender para feiras, pequenas lojas e raros compradores, não é suficiente para seu sustento.

Artistas Populares Brasileiros


Para criar suas obras os artistas populares baseiam-se nos hábitos, mitos da região, folclore e na
cultura do lugar. Transferem para suas obras todos os seus sentimentos, valores e até mesmo as dificuldades.
Talvez seja este fato que faz com que sejam tão significativas e de considerada importância estética.

No Brasil muitos destes talentos vindos do povo, tornaram-se famosos representantes da arte. Um
deles é Antônio Francisco Lisboa, conhecido pelo codinome “Aleijadinho”. Ele é era um típico
representante do povo. Sua obra é de grande beleza e reconhecida excelência e passeia do Barroco ao
popular.

O Brasil é repleto de Arte Popular


Outros artistas populares do Brasil são: Mestre Vitalino, Zé Caboclo de Caruaru, Heitor dos
Prazeres do Rio de Janeiro, Severino de Iracunhaem, Manezinho Araújo de Pernambuco, Cizin do Ceará,
Maria Auxiliadora da Silva de São Paulo. Mas existem muitos outros. Cada qual com sua especialidade,
retrata em suas obras um tantinho de cada brasileiro.

São santinhos, cangaceiros, esculturas do Padre Cícero, baianas, bonecas, animais, pinturas. A
maioria se volta para os temas religiosos. A arte sacra é retratada frequentemente por eles. Mas há também
as expressões regionais e as que homenageiam as tradições da terra.

Arte Popular X Artesanato


Muitos estudiosos discutem a questão da diferença entre artesanato e arte popular. Muitos dizem
que há, sim, diferença entre as duas atividades. Esclarecem que a arte popular necessita de espírito criativo,
cheio de inspiração. Coisa que pode faltar ao artesão, que pode simplesmente reproduzir.

Segundo estes, enquanto o artesanato é trabalhado no campo do concreto, da reprodução e da


matéria. O artista entra pela abstração. Uma pequena diferença se é que realmente existe. No entanto, a
verdade é que ambos precisam de talento e de sensibilidade. Nos dois casos, não há como criar sem possuir
um especial dom para tal.

A Arte popular teve suas primeiras manifestações na Antiga Roma. E hoje representa uma parte
do patrimônio cultural dos países. É parte da construção da identidade de um povo. Apresenta ao mundo
sua cultura, suas crenças e mitos.

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