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XANXERÊ, 2018
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XANXERÊ, 2018
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AGRADECIMENTOS
RESUMO
O queijo é um alimento muito consumido no Brasil, seja pela sua durabilidade na geladeira,
podendo ficar meses sem estragar, ou pelo seu sabor, que é diferente para cada tipo de queijo.
Os queijos mais consumidos no Brasil são: Parmesão; Prato; Mussarela; Colonial; e Minas
Frescal. Além desses tipos de queijos existem também outros, com diferentes sabores, mas
que não são muito consumidos no Brasil, como por exemplo o Roquefort e o Camembert. O
objetivo do trabalho foi realizar um experimento que consistia na produção de queijos
mussarela utilizando diferentes tipos de ervas finas como tempero e, posteriormente, realizar
uma pesquisa tendo como base a análise sensorial dos diferentes sabores de queijo produzido.
As ervas utilizadas foram orégano, combo de alho, cebola e salsa e alecrim. Todos os queijos
foram produzidos nas dependências do Laticínio São Domingos, situado na cidade de São
Domingos / SC. A produção foi consideravelmente complicada, pois a mistura da massa do
queijo mussarela com as ervas finas era complicada, devido ao fato de que a massa é dura e
não se mistura fácil com outras substâncias. Após a produção, salga e maturação dos queijos,
20 pessoas foram convocadas para participar de uma pesquisa que buscou avaliar qual queijo
agradava mais ao público. O queijo condimentado com orégano se sobressaiu obtendo um
total de 55% (por cento) de aprovação, seguido pelo queijo temperado com o combo de alho,
cebola e salsa (30%) e pelo queijo temperado com alecrim (15%). 80% dos participantes da
pesquisa alegaram que pagariam mais por um queijo temperado com ervas finas, enquanto
20% dos participantes disseram não pagar mais pelo queijo. Os queijos condimentados com
ervas finas agradaram bastante os participantes da pesquisa. Porém o dono do laticínio no qual
o experimento foi realizado alegou que a produção à mão não é rentável ao laticínio, pois
requer muito mais serviço e muito mais tempo de preparo dos queijos. Podem ser adquiridas
máquinas que realizam a mistura da massa com os condimentos, porém possuem um alto
valor e não seria rentável a modificação do laticínio para a produção dos queijos
condimentados, pois isto iria requerer mais funcionários e mais tempo de serviço por dia, o
que levaria à um aumento salarial dos funcionários.
SUMÁRIO
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.........................................................................................17
2.5.2 Mussarela........................................................................................................................19
2.5.5 Prato................................................................................................................................20
2.5.6 Colonial...........................................................................................................................20
4 DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO............................................................................23
4.2 Laticínio.............................................................................................................................23
4.2.1 História............................................................................................................................24
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................................30
6 REFERÊNCIAS...................................................................................................................31
ANEXOS..................................................................................................................................33
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1 INTRODUÇÃO
Segundo o site Portal Educação, o queijo existe há pelo menos 6 mil anos. Conta a lenda
que o primeiro queijo teria sido descoberto acidentalmente por um mercador árabe durante
uma cavalgada, o qual teria levado um cantil feito de estômago de carneiro com leite de cabra
dentro. Após um tempo o mercador abriu o cantil e percebeu que o leite que estava no cantil
havia se transformado em uma massa branca e a presença de um liquido de coloração
amarelada, o soro. O processo ocorreu devido à presença de enzimas no estômago do
carneiro, as quais acabaram realizando a coagulação do leite.
Dados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Estado de Minas Gerais (Silemg)
apontam que Minas Gerais são, atualmente, a maior bacia leiteira do país, além disso também
possuem uma grande produção de queijo, alguns estilos típicos, como o Queijo Minas e
Minas Frescal, altamente apreciados atualmente pelos seus sabores.
A média de consumo no Brasil gira em torno de 5,4 quilogramas por pessoa por ano,
segundo Fábio Scarcelli, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Queijo (Abiq).
A média é muito baixa se comparada a outros países, como por exemplo a Argentina e
Uruguai, que possuem uma média de aproximadamente 11 quilogramas per capita.
Os tipos de queijos mais consumidos no Brasil são: Parmesão, Mussarela, Muzzarella
de Búfala, Minas Frescal, Prato e Colonial (CHALITA, 2012). Esses são os queijos mais
comuns no país, porém existem outros tipos, com diferentes processos de fabricação e
diferentes tempos de maturação, aspectos esses que agregam valor aos queijos, como por
exemplo: o Roquefort, o Gorgonzola, Camembert, Provolone, entre outros (FURTADO E
SBAMPATO, 2000).
O queijo mais comum e também mais consumido no Brasil é o Mussarela, que provém
do italiano Mozzarella. Atualmente, se utiliza do leite de vaca na produção deste tipo de
queijo, porém, inicialmente era feito com leite de Búfala.
O queijo Mussarela é rico em vitamina B12, nutriente o qual participa no metabolismo
de ácidos graxos e aminoácidos. Além disso, apenas 50 gramas do alimento, representam 25%
da necessidade diária de cálcio e 22% da quantidade recomendada por dia de proteínas
(MARCHIORI, 2006)
O objetivo deste trabalho foi a realização do estágio no setor de produção de derivados
do leite visando a aquisição de experiência profissional. O experimento foi realizado no
laticínio São Domingos, situado na cidade de São Domingos – SC, objetivando a fabricação
de “peças” de queijo mussarela (leite de vaca) utilizando como tempero diferentes tipos de
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ervas finas: orégano; alecrim; e combo de alho, cebola e salsa. A intenção foi realizar uma
pesquisa de análise sensorial com diferentes pessoas visando obter a opinião pública sobre os
diferentes sabores de queijos produzidos, bem como o valor agregado ao queijo temperado
com ervas finas em relação ao queijo mussarela comum.
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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Sabe-se atualmente que em meio à agitação da vida moderna vão surgindo novas
doenças e a qualidade de vida da população acaba caindo. Na maioria das vezes, a solução
para este problema está na formulação de uma dieta mais equilibrada, na qual o leite participa
como um dos principais alimentos (CORRÊA e HOLLER, 2011).
Segundo Corrêa e Holler, para a manutenção da vida e o crescimento das crianças, aluns
aminoácidos são necessários, eles são: fenilalanina, histidina, isoleucina, leucina, lisina,
metionina, treonina, triptofano e valina. Todos estes aminoácidos estão contidos no leite. O
leite apresenta cálcio, proteínas, vitaminas, potássio, aminoácidos, açúcar, fósforo, minerais,
gordura e água, os quais são componentes necessários ao desenvolvimento dos órgãos, ossos e
também à saúde.
O leite também auxilia no crescimento, regulagem do sistema nervoso e no aumento da
resistência à infecções (TOMBINI e DALLACOSTA, 2012)
Produtos de boa qualidade dependem de matéria-prima de boa qualidade, por isso o leite
destinado à fabricação deve ser de boa qualidade, e essa qualidade está diretamente
relacionada às condições de sanidade do rebanho e à produção higiênica do leite, englobando
o local de ordenha, o ordenhador, o vasilhame, o acondicionamento, a conservação e o
transporte do mesmo (BRAGANÇA e SOUZA, 2001).
ordenha devem ser lavados após cada ordenha, evitando assim a proliferação de
microrganismos.
O maior contaminador pode ser o próprio ordenhador, sendo assim recomenda-se que o
ordenhador siga alguns parâmetros básicos, são eles: manter unhas e cabelos curtos; usar boné
ou toca descartável; higienizar as mãos antes de início de cada ordenha; mante o uniforme
sempre limpo; evitar hábitos como fumar comer e cuspir dentro da sala de ordenha nem antes
da realização da ordenha ( NETTO e BRITO, 2006).
2.5.2 Mussarela
Este é um dos queijos mais consumidos do Brasil, também por estar presente nas pizzas.
É um queijo de massa filada, macio e relativamente úmido. O queijo acabado apresenta, em
média, a seguinte composição: 43% a 46% de umidade; 22% a 24% de gordura; teor de sal
variando entre 1,6% a 1,8% e pH entre 5,1 e 5,3.
A mozzarella foi introduzida no Brasil em 1922, pelo conde Matarazzo, que trouxe da
Itália vinte e duas búfalas e dois machos para a produção de mozzarella para consumo próprio
(SILVA, 2002). Para a produção de uma boa muzzarella, o leite de búfala deve possuir uma
ótima composição físico-química, condição microbiológica adequada, ausência de odores,
sabor normal e ausência ou baixíssimo conteúdo de toxinas (INTRIERI et. al 1998).
2.5.5 Prato
2.5.6 Colonial
O queijo colonial, também conhecido como queijo serrano é produzido com leite cru, é
semiduro e possui sabor forte. Sua casca é fina, uniforme, lisa, macia e apresenta uma cor
amarelo-palha. Sua estrutura interna é esbranquiçada com pequenas olhaduras não
distribuídas uniformemente (SOUZA, 2003).
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O estágio foi realizado na Escola Agrícola La Salle, que tem como suas atividades
principais a produção de grãos, principalmente nas culturas do milho (silagem e grão) e soja.
Contando com a produção animal, gado leiteiro, gado de corte (confinamento) e aves de
postura e corte. Contando com 181 hectares na propriedade em Xanxerê – SC e 26 hectares de
reserva legal no município de Faxinal dos Guedes – SC, 89694-000. Para atividades práticas e
aquisição de conhecimentos.
A sala de produção agroindustrial, na qual o estágio foi realizado, encontra-se anexa à
sala de ordenha. O ambiente conta com: uma pia dupla, para a lavagem dos equipamentos de
trabalho; uma pia simples, para higienização das mãos; formas utilizadas na enformagem das
massas de queijo; panelas para o cozimento da massa; mesa de produção, utilizada como base
para a enformagem dos queijos; bancada de mármore para sustentação dos equipamentos de
serviço; geladeira; fogão à gás e prensa para os queijos. Além disso ainda conta com
ventilador e exaustor, torneira com bico para acoplar mangueira e janelas que possibilitam a
troca de ar do ambiente.
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4 DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO
4.2 LATICÍNIO
4.2.1 História
O Laticínio São Domingos foi criado em 1995, por Luiz Debortoli e Osnir Favaretto,
porém atualmente o único proprietário é o sr. Luiz Debortoli.
Em 2015, um acidente acabou iniciando um incêndio que acabou totalmente com o
laticínio, porém, ele foi reconstruído logo em seguida e as produções iniciaram novamente.
A produção dos queijos foi realizada com o auxílio de um funcionário, o qual manuseou
a massa e introduziu os condimentos.
Foram encontradas dificuldades na introdução das ervas finas na massa, pois a massa do
queijo mussarela é grossa e pegajosa, o que dificultava a mistura dos condimentos com a
massa do queijo. No total foram produzidos três queijos, cada um com um condimento
diferente utilizado.
As quantidades de cada condimento utilizado na produção foram as seguintes: orégano
– 1 grama/peça de queijo; alho, cebola e salsa – 2,5 gramas/peça de queijo e alecrim – 1,71
gramas/peça de queijo.
O processo de mistura das ervas finas com a massa do queijo foi padrão para todos os
queijos, a massa era dispersa em cima da mesa e o tempero era distribuído igualmente por
toda parte na massa, posteriormente era realizada a modelagem, que ajudava na fixação das
ervas finas na massa.
As formas geométricas dos queijos ficaram diferentes, para melhor identificação dos
sabores através da análise externa.
Para a condimentação deste queijo foi utilizado um pacote que continha 6 gramas de
alecrim, o qual também foi adquirido no mesmo mercado que o produto anterior.
Para a condimentação deste queijo foi utilizado um pacote que continha 30 gramas de
temperos misturados, os quais contribuíam para a formação de um combo de alho, cebola e
salsa. Ambos os temperos foram comprados no mesmo mercado.
Após a secagem e maturação dos queijos produzidos foi realizada uma pesquisa que
buscou a avaliação dos queijos condimentados com ervas finas. Nesta pesquisa participaram
um total de 20 pessoas. Todas residem no município de São Domingos – SC e foram
consultadas antecipadamente por mim para saber se aceitariam participar da pesquisa.
A análise sensorial foi realizada com um total de 20 pessoas. Todas estavam cientes da
pesquisa antes de participar.
Após a degustação de um pedaço de cada sabor de queijo, foi pedido aos participantes
que escolhessem o sabor que mais lhe agradava, posteriormente foi realizada uma disputa
entre os 3 diferentes tipos de queijos, analisando qual se sobressaía entre os demais e
agradaria o maior número de pessoas.
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Uma pesquisa com 20 pessoas diferentes, certamente gera opiniões diferentes em ambos
os participantes. Foi pedido aos que participaram da pesquisa, quantos deles pagariam mais
caro por um queijo temperado com ervas finas e o resultado foi surpreendente, 80% do total
dos participantes concordou que pagaria um preço considerável a mais por uma peça de
queijo “diferenciado”, temperado com ervas finas. Este “preço considerável” representa em
média 10% a mais sobre o preço de um queijo mussarela convencional.
O gráfico à seguir representa o número de pessoas que concordaram que pagariam 10%
a mais em uma peça de queijo condimentado, levando em conta o tempo agregado na
produção dos queijos condimentados e o dinheiro gasto com condimentos:
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Gráfico 02 – Relação das pessoas que concordam na agregação de valor aos queijos condimentados
A mistura da massa do queijo com as ervas finas é difícil, pois a massa é dura e dificulta
a fixação dos condimentos. Esse problema dificulta a produção dos queijos e o tempo que o
funcionário precisa para conseguir misturar a massa com os condimentos é grande, se feito à
mão.
O dono concorda que os queijos temperados produzidos possuem um sabor muito mais
intenso e são mais saborosos que os queijos normais, porém afirma que para a produção em
larga escala seriam necessárias máquinas que realizassem a mistura da massa com os
condimentos, pois o trabalho à mão não seria rentável a um laticínio que produz muitas peças
de queijo, como este. Também, segundo ele, a compra das máquinas representaria um grande
investimento ao laticínio, os gastos demorariam para serem compensados e os funcionários
deveriam receber aumento salarial devido ao aumento do serviço exercido na produção dos
queijos.
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
6 REFERÊNCIAS
ANEXOS
25 26 27 28 29 30
A M P A A SA
31 32 33 34 35 36
A A SA P SA A