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19/03/2019

CEFET – RJ – UNIDADE DE ANGRA DOS REIS

Instalações Industriais

Professor: Marcelo Farias


E-mail: marcelofarias.cefet@gmail.com

CEFET – RJ – UNIDADE DE ANGRA DOS REIS

Normas e Nomenclaturas em
Plantas Industriais

Disciplina: Instalações Industriais


Professor: Marcelo Farias

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Normalização
Definição ABNT:
Atividade que estabelece, em relação a problemas existentes ou
potenciais, prescrições destinadas à utilização comum e
repetitiva com vistas à obtenção do grau ótimo de ordem em um
dado contexto.

Consiste, em particular, na elaboração, difusão e implementação


das Normas.

A normalização é, assim, o processo de formulação e aplicação


de regras para a solução ou prevenção de problemas (eng), com
a cooperação de todos os interessados, e, em particular, para a
promoção da economia global.

Normalização
Produtos, componentes, idéias, layouts ou esquemas são hoje representados
na forma de esboços pelo projetista ou designer e transformados em
desenhos de produção por CADistas. Muito pouco pode ser realizado em
uma indústria sem que um desenho seja previamente aprovado e
disponibilizado para produção.

Em resumo, o desenho de projeto se tornou um meio


universal de apresentação de produtos e/ou processos
amparado por normas internacionais e/ou nacionais,
representando um contrato legal entre fornecedor e cliente.

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Normalização

Os Principais objetivos:

Normalização
Cenário Atual:
A atividade de normalização, por muito tempo, cada país
desenvolvia o seu conjunto de normas para orientar o seu
mercado interno.

Com a globalização dos mercados e o estabelecimento de novas


bases para a competitividade das empresas, a normalização
ganhou uma nova importância, assumindo um papel decisivo nas
economias modernas como uma ferramenta que apoia a oferta
de produtos e serviços competitivos, seguros, eficientes, eficazes
e que refletem essas necessidades e expectativas da sociedade.

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Normas Técnicas
Estabelecem as expectativas em relação a um produto, processo,
serviço ou sistema de gestão, quanto a requisitos de qualidade,
de desempenho, de segurança, ambientais, de procedimentos,
de formas, de dimensões, de classificações e de terminologias,
cuja observância não é obrigatória.

Ela é um instrumento que torna possível a globalização dos


mercados e o estabelecimento de novas bases para a
competitividade das empresas.

A norma técnica é a materialização da atividade de normalização.

As normas técnicas são encontradas em todos os lugares e


fazem parte do nosso dia a dia.

Normas Técnicas
Voluntariedade das Normas

Tipicamente, as normas são de uso voluntário, isto é, não são


obrigatórias por lei, mas quase sempre é usada por representar o
consenso sobre o estado da arte de determinado assunto, obtido
entre especialistas das partes interessadas.

No entanto é possível fornecer um produto ou serviço que não


siga a norma aplicável no mercado determinado.

Em diversos países há obrigatoriedade de segui-las, pelo menos


em algumas áreas (para o caso brasileiro, é o Código de Defesa
do Consumidor).

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Níveis de Normalização

A ABNT é o Foro Nacional de Normalização por reconhecimento da sociedade brasileira desde a sua fundação,
em 28 de setembro de 1940, e confirmado pelo governo federal por meio de diversos instrumentos legais.

Entidade privada e sem fins lucrativos, a ABNT é membro fundador da


International Organization for Standardization (Organização Internacional de
Normalização - ISO), da Comisión Panamericana de Normas Técnicas (Comissão Pan-Americana de
Normas Técnicas - Copant) e da Asociación Mercosur de Normalización (Associação Mercosul de Normalização
- AMN). Desde a sua fundação, é também membro da International Electrotechnical Commission (Comissão
Eletrotécnica Internacional - IEC).

A ABNT é responsável pela elaboração das Normas Brasileiras (ABNT NBR), elaboradas por seus Comitês
Brasileiros (ABNT/CB), Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e Comissões de Estudo Especiais
(ABNT/CEE).

Desde 1950, a ABNT atua também na avaliação da conformidade e dispõe de programas para certificação de
produtos, sistemas e rotulagem ambiental. Esta atividade está fundamentada em guias e princípios técnicos
internacionalmente aceitos e alicerçada em uma estrutura técnica e de auditores multidisciplinares, garantindo
credibilidade, ética e reconhecimento dos serviços prestados.

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Normas Técnicas para Tubulações


No caso específico do projeto de tubulações industriais, as
principais normas e códigos de uso corrente são:

Projeto de Instalações Industriais

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Projeto de Instalações Industriais


Projeto de processo: projeto básico de funcionamento da instalação como um todo, incluindo-se seleção
do processamento químico, estudo dos balanços de massa e energia, seleção dos tipos e dimensionamento
básico dos equipamentos principais e determinação das tubulações de processo.

Projeto de utilidades: projeto de processo dos diversos sistemas de utilidades da instalação industrial:
geração de vapor, eletricidade, ar comprimido, tratamento e distribuição de água, tratamento e distribuição de
efluentes, etc.

Projeto de construção civil: plano diretor, terraplenagem, leiaute geral, vias de acesso, drenagem
pluvial, arquitetura industrial, instalações prediais, fundações, estruturas metálicas e de concreto.

Projeto de tubulações

Projeto de caldeiraria: projeto mecânico e especificação de vasos de pressão, tanques, torres, reatores,
fornos, caldeiras (geradores de vapor), trocadores de calor, chaminés e outros.

Projeto de máquinas: seleção e especificação de bombas, compressores, turbinas, motores de


combustão interna, motores elétricos, máquinas transportadoras, condicionadores de ar e outros.

Projeto de eletricidade: projeto de toda a rede elétrica e linhas de transmissão, incluindo seleção e
especificação de geradores, transformadores e equipamentos dos sistemas de potência.

• Projeto de instrumentação: projeto de todos os sistemas de medição e controle, incluindo a seleção


e especificação dos respectivos instrumentos.

Projeto de Tubulações Industriais


Documentação técnica de um projeto de tubulações

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Projeto de Instalações Industriais


Documentação técnica de um projeto de tubulações PETROBRAS N-1692
• Fluxograma • Listas de material de tubulação
• Lista de Linhas • Resumo de material de tubulação
• Plantas de tubulação • Requisições de material de tubulação
• Índices de plantas de tubulação • Padronizações de material de tubulação
• Dados de tubulação no limite de bateria • Listas de suportes de tubulação
• Desenhos isométricos • Listas de purgadores de vapor
• Índices de isométricos • Listas de linhas com isolamento térmico
• Plantas de locação de suportes • Listas de sistemas de aquecimento
• Desenhos de suportes, apoios e • Listas de plataformas de operação
restrições metálicas de tubulação • Notas gerais do projeto de tubulação
• Desenhos de diagramas de cargas • Memórias de cálculo
sobre suportes de tubulação • Especificações técnicas de soldagem,
• Desenhos de detalhes de tubulação fabricação e montagem
• Desenhos de instalações subterrâneas • Listas dos documentos de projeto de
• Desenhos de arranjo de plataformas de tubulação
operação
• Plantas de locação de sistemas de
aquecimento de tubulação

Projeto de Instalações Industriais


Documentação técnica de um projeto de tubulações PETROBRAS N-1692

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Projeto de Instalações Industriais


IDENTIFICAÇÃO DE ELEMENTOS INDUSTRIAIS

Todo projeto industrial deve apresentar uma sistemática de identificação de


equipamentos, tubulações, válvulas e instrumentos. Essa codificação, também
conhecida como TAG, facilita o desenvolvimento de todas as etapas de execução
do projeto, construção, montagem e manutenção da instalação. Não existe uma
norma geral que especifique a codificação a ser utilizada nos projetos industriais.
Adotaremos o padrão PETROBRAS de identificação empregado, por exemplo, nos
setores de E&P (Exploração e Produção) e ABAST (Refino).

Identificação de Elementos Industriais


Documentos técnicos de engenharia PETROBRAS N-1710.

Todos os documentos técnicos que compõem o projeto de uma instalação industrial


deverão conter em sua legenda ou cabeçalho uma codificação constituída por sete
grupos básicos, separados por hífen, conforme exemplo:

I-ET-3010.66-1200-200-PCP-001

Grupo 0: Código de identificação do idioma. Caso o documento se encontre em


português, omite-se este grupo. Adota-se I para o idioma inglês, A para o alemão,
F para o francês, L para o italiano, E para o espanhol e D para outros
idiomas.
Grupo 1: Código da categoria do documento técnico
Grupo 2: Número de identificação da instalação industrial
Grupo 3: Grupo de algarismos que identifica a área ou sistema dentro da instalação
industrial.
Grupo 4: Número de identificação da classe de serviço.
Grupo 5: Código da origem do documento (Anexo V) (Saber se a norma é da
Petrobras ou terceirizada).
Grupo 6: Número de ordem cronológica do documento técnico.

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Documentos técnicos de engenharia


PETROBRAS N-1710.
ANEXO V

Identificação de Elementos Industriais


Documentos técnicos de engenharia PETROBRAS N-1710.

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Identificação de Elementos Industriais


PETROBRAS N-1521.
Equipamentos:

Segundo a Norma, todos os equipamentos devem ser identificados individualmente


por uma combinação alfanumérica composta dos seguintes elementos.

M-B-122301A

Grupo 0: Símbolo identificador da classe do equipamento auxiliar. Caso o


equipamento seja principal, omite-se este grupo.
Grupo 1: Símbolo identificador da classe do equipamento principal
Grupo 2: Número de identificação da área de atividade com quatro algarismos
Grupo 3: Número sequencial do equipamento com dois algarismos.
Grupo 4: Letra maiúscula adicionada ao final da série numérica no caso de
equipamentos iguais, localizados em uma mesma área e com função similar.

Identificação de Elementos Industriais


Equipamentos: PETROBRAS N-1521.

Exercício:
Identifique os equipamentos com os seguintes TAG’s:
• TQ-630005;
• V-122301;
• FT-123303A;
• P-221102B;
• P-Z-123301A-01;
• CI-533601A.

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Identificação de Elementos Industriais


PETROBRAS N-1522.
Tubulações (Setor de Abastecimento):
Segundo a norma PETROBRAS N-1522, todas as tubulações devem ser
identificadas individualmente por um código alfanumérico composto por cinco grupos
dispostos horizontalmente, separados por hífen, conforme descrito a seguir.
8”-PE-2112-005-Ac
Primeiro grupo: Número representativo do diâmetro nominal da tubulação. Para tubulações com diâmetros
nominais definidos pelas normas ASME B 36.10M, ASME B 36.19M e API Spec. 5L, este número deve ser
expresso em polegadas; nos demais casos, deve ficar a critério do projetista, sujeito à aprovação da
PETROBRAS.
Segundo grupo: Notação simbólica indicativa da classe de fluido conduzido pela tubulação . Quando houver
uma mistura de fluidos com características semelhantes, deve-se usar a designação genérica (por exemplo: HC
para hidrocarbonetos em geral, PQ para produtos químicos não especificados). Quando o fluido for gás
natural, condensado ou vapor, o símbolo deve ser seguido do valor da pressão máxima de trabalho
admissível (PMTA) da linha, com o valor inteiro mais próximo expresso em kgf/cm2 (por exemplo: V11 para
vapor a 10,5 kgf/cm2, G50 para gás natural a 49,7 kgf/cm2).
Terceiro grupo: Número de identificação da área de atividade.
Quarto grupo: Número de três algarismos que indica a ordem sequencial da tubulação, dentro da unidade ou
área, podendo ser deixados alguns números não utilizados para futuras inclusões de novas tubulações do
mesmo fluido.
Quinto grupo: Notação simbólica indicativa da padronização do material da linha de tubulação, dada pelas
normas PETROBRAS N-76 e N-2444 ou pela padronização de material adotada no projeto,
em casos excepcionais, aprovados pela PETROBRAS.

Identificação de Elementos Industriais


Tubulações (Setor de Abastecimento): PETROBRAS N-1522.

Exercício:
Identifique as tubulações com os seguintes TAG’s:
• 6”-C4-2211-003-Ab;
• 10”-AB-2112-021-Ab;
• 4”-HC-2112-008-Ca;
• 10”-HC-22A-025-Bc (não conformidade com a N-1710).

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Identificação de Elementos Industriais


PETROBRAS N-1522.
Tubulações (Setor de Abastecimento):

Identificação de Elementos Industriais


Tubulações (Setor de E&P – Exploração e Produção): PETROBRAS N-1522.
ET-200

20”-PC-B9-022-IP

• Primeiro grupo: Diâmetro nominal da linha, normalmente expresso em polegadas.


• Segundo grupo: Sigla do fluido de trabalho segundo a ET-200.
• Terceiro grupo: Especificação da tubulação segundo a ET-200 definindo a classe de
pressão e o material empregado.
• Quarto grupo: Número de ordem da linha com três ou quatro algarismos.
• Quinto grupo: Indicação do isolamento térmico, quando necessário. Adota-se
HC para conservação de energia a quente, CC para conservação de energia a
frio, PP para proteção pessoal, IP para isolamento e proteção.

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Identificação de Elementos Industriais


Tubulações (Setor de E&P – Exploração e Produção): PETROBRAS N-1522.
ET-200

Exercício:
Identifique as tubulações com os seguintes TAG’s:
• 18”-PC-B9-015;
• 10”-F-B3H-0088;
• 1 ½”-SW-FRP-0069;
• 12”-HW-C3-0032-IP.

Identificação de Elementos Industriais


Válvulas: PETROBRAS N-76.
N-2444
As normas PETROBRAS N-76, N-2444 e N-2668 apresentam identificações N- 2668
específicas para válvulas, tubos, conexões, flanges, uniões, juntas, parafusos e
porcas para as diversas padronizações de material de tubulação. Na prática, no
entanto, tal codificação não é empregada nos desenhos que compõem o projeto de
uma instalação industrial, não havendo nenhuma regra clara de composição do TAG
de uma válvula.
Uma regra usual utiliza uma combinação alfanumérica composta dos seguintes
elementos.

VES-154-04

Grupo 1: Símbolo identificador do tipo de válvula. Por exemplo, a norma


PETROBRAS N-2668 adota as seguintes abreviações: (Tenha em mente,
entretanto, que na prática esta simbologia é raramente aplicada.)

Grupo 2: Número sequencial da válvula com no máximo cinco algarismos.

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Identificação de Elementos Industriais


Válvulas: PETROBRAS N-76.
N-2444
N- 2668

Identificação de Elementos Industriais


Instrumentação:

• Grupo V: Código de identificação da variável medida.


• Grupo M: Código do modificador da variável medida.
• Grupo F: Código de identificação da função do instrumento.
• Grupo N: Código do modificador da função do instrumento
• Grupo XXXX: Número de identificação da área de atividade.
• Grupo YYY: Número sequencial da malha com três algarismos.
• Grupo Z: Letra maiúscula adicionada ao final da série numérica no caso de
instrumentos com a mesma especificação, localizados em uma mesma área e
com função similar.

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Instrumentação:

Instrumentação:

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Instrumentação:

Exercício de identificação de
Instrumentação:

FLUXOGRAMAS

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FLUXOGRAMAS

FLUXOGRAMAS

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FLUXOGRAMAS

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