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CUIDADOS DURANTE A EXECUÇÃO DE FUNDAÇÕES

• Asfalhas de execução constituem o segundo maior


responsável pelos problemas de comportamento das
fundações.
Fundações e Empuxos de Terra

• Em casos especiais existe a necessidade de


realização de ensaios complementares nas fundações
para comprovar sua adequação e segurança.

• Deveria constituir-se em prática corrente e regular


a certificação dos serviços de fundações com a
realização de ensaios de acompanhamento e controle
dos materiais e processos, bem como verificação de
integridade e desempenho das fundações prontas.
FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS

Os problemas de execução de fundações diretas são


enquadrados em duas categorias:
Fundações e Empuxos de Terra

1. Aqueles envolvendo aspectos relacionados com o solo


de apoio da fundação;

2. Os relacionados com a estrutura dos elementos de


fundação.
Problemas envolvendo o solo de apoio:

• Elementos de fundação apoiados em solos de diferentes


comportamentos (corte/aterro ou perfis irregulares de espessura
variável) provocando recalques diferenciais e até a ruptura da
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fundação;

• Amolgamento de solo (destruição da estrutura do solo com a


consequente redução de resistência) no fundo da vala, causado pela
falta de cuidado na escavação e limpeza, ou à falta de limpeza de
material caído das paredes ou remanescente de escavação,
provocando recalques incompatíveis com o projeto;

• Reaterros mal executados sem a devida compactação resultando


em recalques inesperados;
• Substituição de solos por outros não apropriados ou executados de
maneira tecnicamente inadequada resultando em instabilidade das
fundações e possibilitando a penetração de águas pluviais;

• Sapatas executadas em cotas diferentes com desmoronamento ou


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alívio da fundação apoiada no nível superior, provocados pela


posterior escavação para a sapata situada na cota inferior, (ABNT
NBR 6122/2010);

• Sapatas executadas em cota superior a tubulações em projeto ou já


existentes no terreno. A posterior escavação para implantar tubulações
ou reparar vazamentos compromete o funcionamento das fundações.
No caso de implantação de tubulação em reaterro mal executado pode
ocorrer a deformação do reaterro provocando vazamentos na
tubulação ocasionando carreamento de solo, retirando o apoio da base
da fundação;
Problemas quanto à estrutura do elemento de fundação:

• Qualidade inadequada do concreto com resistência abaixo do valor de


projeto;

• Ausência de regularização com concreto magro do fundo da cava de


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fundação, para posterior construção de sapata, com contaminação do


concreto e recobrimento inadequado da armadura, resultando em
degradação a médio e longo prazos;

• Elemento de fundação executado com dimensões e geometria


diferentes do projeto resultando em tensões incompatíveis com a
estrutura ou com o solo;

• Adensamento deficiente e vibração inadequada do concreto, resultando


em peças sem a geometria ou integridade projetadas e falta de
recobrimento de armadura;
• Presença de água na cava durante a concretagem, prejudicando a
qualidade e integridade da peça em execução. A concretagem deve
ser realizada sem nenhuma ocorrência de água, ou deve ser utilizado
o processo de concretagem submersa para a obtenção de elemento
íntegro de fundação;
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• Falha de concretagem dos pilares enterrados (vibração insuficiente),


mal posicionamento dos estribos e ferragem muito densa podem
provocar o estrangulamento dos pilares;

• Armaduras mal posicionadas ou insuficientes e problemas com


recobrimento provocam o mal funcionamento estrutural da peça;
FUNDAÇÕES PROFUNDAS

1. ESTACAS

• Erros de locação, com estacas executadas fora da posição de projeto,


causando solicitações não previstas em vigas de equilíbrio e blocos de
coroamento, ou nas próprias estacas.
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• Desvios e perda de verticalidade devido a ocorrência de matacões e


pedaços de rochas, ou mesmo desatenção durante a cravação;

• Uso de estacas com dimensões diferentes daquelas especificadas em


projeto, resultando em diminuição na capacidade de carga do elemento;

• Substituição de estacas por outras disponíveis na obra, buscando


equivalência de efeitos.
Exemplo: estaca premoldada prevista com certa dimensão substituída
por outras de dimensão menor, sem cálculo prévio, resultando na
modificação do centro de gravidade do estaqueamento e portanto
alterando a distribuição da carga pelas estacas existentes;
• Falha na limpeza do topo da estaca para vinculação ao bloco,
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originando deformações durante o carregamento; ou casos de demora


na execução da concretagem do bloco, sem nova limpeza da cabeça
das estacas, em locais onde pode haver contaminação ou presença de
sujeira na interface dificultando a aderência;
• Erro na colocação ou mesmo no dimensionamento da ferragem de
espera no topo da estaca para conexão com o bloco de coroamento;
• Cota de arrasamento diferente daquela prevista em projeto resultando
em emendas ou comprometimento da ferragem de espera do pilar;
• Estacas moldadas no local com concreto em desacordo com a
qualidade estabelecida em projeto (traço inadequado);

• Energia utilizada na cravação da estaca insuficiente para a


execução do serviço. Martelo muito leve em relação ao peso da
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estaca produz nega ou impossibilidade de cravação sem que o


comprimento atingido seja suficiente para a transmissão da carga ao
solo;

• Excesso de energia ou o uso de martelos com peso acima do


necessário pode provocar danos estruturais ao corpo da estaca
prejudicando o seu desempenho como elemento de fundação;

• A cravação de estacas em solos granulares pode provocar a


compactação do maciço levando a uma alteração do comprimento de
estacas pela dificuldade de cravação;
• Levantamento de elementos já cravados pela execução de novos
elementos de um mesmo bloco, causando perda no desempenho da
fundação;

• Deslocamento lateral de estacas provocado pela cravação de novas


estacas próximas a antiga;
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• Perda de resistência de maciços de solos argilosos saturados devido


ao processo de amolgamento da camada;

• Estacas cravadas antes que o concreto atinja sua resistência máxima;

• Execução de estaca muito próxima a outra recém concretada


provocando problema de integridade do fuste.
• Esmagamento da cabeça da estaca ou fissuramento por falha de
proteção ou mesmo excesso de energia de cravação;

• Choque excêntrico do martelo de cravação pelo uso de capacete


inadequado para o tipo de estaca a ser cravada;
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• Nas estacas moldadas um dos principais problemas refere-se à


qualidade da dosagem do concreto utilizado na confecção da estaca.
Estrangulamento do fuste ocasionado pela retirada incorreta do tubo de
revestimento;

• Limpeza insuficiente do fundo da escavação provocando perda de


resistência de ponta da estaca;

• Presença de água na perfuração por ocasião da concretagem sem o


emprego de lama bentonítica;
2. TUBULÕES

• Solo da base do tubulão com tensão admissível inferior á carga de


trabalho de projeto;
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• Dimensão e geometria incorreta ocasionando tensões diferentes das


projetadas para a obra;

• Instabilidade (desmoronamento) do solo durante a execução,


resultando em elementos concretados sobre material desmoronado
ocasionando mau desempenho da fundação;

• Presença de água durante a concretagem, prejudicando a qualidade e


integridade do elemento de fundação;
•Mau adensamento ou vibração do concreto provocando falha na
integridade do tubulão;

• Falha no posicionamento da armadura ou quantidade ferragem


insuficiente;
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• Concreto utilizado fora da especificação de projeto em termos de


resistência ou mesmo de quantidade de abatimento;

• Ausência ou quantidade insuficiente de ferragem de ancoragem no


topo do tubulão.

Fonte: Patologia das Fundações - Milititsky, Consoli e Schnaid

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