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Itajaí
2009
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
Paulo Roberto de Maria
ITAJAÍ, 2009
1
Paulo Roberto de Maria
_______________________________________
UNIVALI – CTTMar
Presidente da banca
_______________________________________
UNIVALI – CTTMar
Orientadora
______________________________________
Avaliador
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PERMISSÃO PARA PUBLICAÇÃO
Autorizo que este Trabalho de Conclusão de Curso de minha autoria e cujo tema é
Método de construção de embarcações de fibra por vacuum bagging, seja publicado
na página do curso de Tecnologia em Construção Naval do site da Universidade do
Vale do Itajaí (www.univali.br) e no Blog da Naval
(http://navalunivali.wordpress.com/).
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DECLARAÇÃO DE ISENÇÃO
Assinatura do acadêmico:__________________________________
4
AGRADECIMENTOS
vida.
5
RESUMO
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO......................................................................................................11
2. OBJETIVOS..........................................................................................................14
2.3. JUSTIFICATIVA............................................................................................14
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA............................................................................15
3.1. Resinas..........................................................................................................17
3.2. Fibras...........................................................................................................19
materiais utilizados.....................................................................................22
3.5.1. Planos.................................................................................................25
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3.5.2.1 Espessura do molde........................................................................26
3.5.6. Laminação..........................................................................................28
3.6.1. Insumos..............................................................................................30
3.6.4. Desmoldagem....................................................................................35
5. CONCLUSÃO........................................................................................................42
6. REFERENCIAS......................................................................................................43
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Lista de Figuras
Figura 13 - Aplicação da fita selante (tacky tape) por todo perímetro do molde.......36
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Figura 19 - O filme de vácuo é maior que o tamanho do molde, então devem ser
feitas dobras ou pregas do excesso do material em torno do molde.........................38
Figura 20 – Deve-se colocar fita selante (tacky tape) dentro da dobra do filme de
vácuo, para que não haja passagem de ar................................................................38
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1. INTRODUÇÃO
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costumam ser chamados de PRF (Plástico Reforçado com Fibra) que advém do
inglês FRP (fiber reinforced plastic).
Isto não é fácil para qualquer tipo de indústria. Construir bem e gerar lucros é
matéria das mais difíceis quando o produto em questão chama-se barcos (NASSEH,
2007).
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vácuo retira o ar restante na estrutura do material e o calor contribui para a cura do
material (COMPOSITE ABOUT, 2009).
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2 - OBJETIVOS
f. Pesquisa dos estaleiros de Santa Catarina que trabalham com este processo.
2.2.3. JUSTIFICATIVA
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3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
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À medida que o comprimento da fibra aumenta, o reforço causado pela fibra
se torna mais efetivo. Quanto a sua orientação, a melhor combinação de
propriedades é obtida quando a distribuição das fibras é uniforme (CALLISTER,
2002). Desta maneira o projetista e/ou construtor pode direcionar as fibras de forma
que se possa melhorar a resistência individual de cada camada. Este processo é
chamado ortotropia e a vantagem é que desta forma é possível ajustar os materiais,
as especificações de cada peça e o tipo de processo de moldagem, além de fazer
uma combinação que seja mais resistente para o barco (BARRACUDA
TECHNOLOGIES).
A fase matriz formada pela resina é o meio pelo qual uma tensão
externamente aplicada é transmitida e distribuída às fibras já que apenas uma
pequena proporção da carga aplicada é suportada pela fase matriz. A segunda
função da matriz é unir e proteger as fibras individuais em relação aos danos
superficiais como um resultado da abrasão mecânica ou reações químicas com o
ambiente (CALLISTER, 1991).
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Figura 2 - Comportamentos tensão-deformação de fibra e matriz (a) e do material
compósito (b). Fonte: (CALLISTER, 2002).
3.1 – Resinas
As resinas poliéster, éster vinílicas e epóxi são as mais usadas na área naval
sendo que estas resinas são do tipo termofixas, pois, depois de catalisadas e
curadas tornam-se insolúveis e infundíveis. (NASSEH, 2004) Esses três tipos de
resina têm características distintas e conseqüentemente preços diferentes que
também devem ser avaliados quando se faz a escolha do material (LUBIN, 1982).
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de operação, do tempo de vida a qual a estrutura foi projetada e do processo em que
a resina será utilizada (NASSEH, 2004). Qualquer que seja a resina escolhida, esta
deve apresentar boas propriedades mecânicas e adesivas para prevenir a fratura ou
o descolamento da fibra/resina quando o material é forçado, além disso, a resina
deve apresentar uma boa resistência à degradação (FRANCO, 2008).
3.2 - Fibras
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A Figura 3 mostra a comparação entre a resistência especifica
(resistência/densidade) e o módulo especifico (modulo /densidade) de diversos tipos
de fibras e alguns materiais metálicos. Pode-se observar uma grande diferença na
resistência específica à tração das fibras em relação aos materiais metálicos (aço e
alumínio). A fibra de vidro do tipo E, por exemplo, tem resistência mais baixa quando
comparada com as outras fibras, mas chega a ser cinco vezes mais resistente que o
aço.
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consiste em um aglomerado de filamentos picados e dispostos sem ordem, mas que
pode ter a aparência de um tecido com a adição de um agregante químico, Suas
propriedades mecânicas são moderadas, sendo usada, geralmente, para o
acabamento externo por produzir uma superfície lisa e uniforme. O tecido é feito a
partir das fibras trançadas continuamente, formando uma rede quadriculada que
propicia melhores propriedades mecânicas ao material compósito. Tanto o tecido
como a manta podem ser encontrados em diferentes gramaturas, e podem ser
utilizados simultaneamente e em várias camadas. Essa versatilidade do uso permite
que sejam obtidas propriedades mecânicas mais elevadas para um dispositivo
modelado com o uso de várias camadas de fibra (LUBIN, 1982).
A fibra de vidro tipo E tem baixo teor alcalino, boa resistência à tração e boa
rigidez, mas, como é produzida em grandes volumes, a fibra perde quase metade da
sua resistência original devido à abrasão provocada pelas fibras em contato uma
com as outras, no tempo em que estão sendo processadas. É um bom isolante
elétrico e é a fibra que tem a menor resistência, mas, mesmo assim, atua como um
reforço efetivo (NASSEH, 2007; ALVES, 2006).
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chamado print thru (impressão da fibra na parte externa do laminado), a peça pode
ficar muito pesada, ocorrer liberação de uma maior quantidade de estireno para o ar
e a peça pode ter uma aparência de mão-de-obra desleixada. Se for utilizada uma
baixa quantidade de resina, o laminado pode ficar seco e com bolhas de ar. Por isso,
pode ocorrer a delaminação e o colapso estrutural do laminado. Estes efeitos podem
ser corrigidos, mas o excesso de remendos, a peça também pode apresentar uma
aparência de mão-de-obra desleixada.
Fibra Resina
OBS: Com o processo vacuum bagging pode-se ter uma redução de 33,36% no
peso da estrutura.
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3.3 – Materiais Sandwich
O material de núcleo deve produzir uma boa linha de colagem com a resina
de laminação ou adesivo. Deve possuir uma boa resistência à fadiga; resistir à
corrosão e à deterioração causada pelo meio ambiente; ser resistente à água, e o
mais importante, não deve absorver ou reter umidade. Existe uma grande
quantidade de núcleos disponíveis, como, por exemplo, a madeira balsa e o
compensado naval, além de uma variedade de materiais de espuma sintética e
colméias tipo honeycomb (NASSEH, 2007).
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espaços internos, entre outros requisitos. Ao optar-se por um projeto devem ser
consideradas as qualidades mais importantes para o proprietário (NASSEH, 2004).
3.5.1 – Planos
Segundo Chaves (2000), são três os fatores que determinam a espessura do molde:
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embarcações, é comum que a primeira camada de manta seja colocada no sentido
transversal e a segunda no sentido longitudinal, e as camadas seguintes devem
alternar o sentido das fibras (NASSEH, 2004).
O gelcoat é uma mistura de resina com cargas minerais (talco, por exemplo).
È utilizado para criar superfícies com melhor acabamento final nos dispositivos
moldados em fibra de vidro e proteger o laminado de intempéries (SCOTT, 1996).
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Figura 5 - Aplicação do gelcoat com spray no molde da embarcação
Fonte: http://barracudatec.com.br/news/05jan-2.jpg
3.5.6 – Laminação
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A figura 6 demonstra como é feito o processo vacuum bagging.
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Todo o material utilizado é descartável e não pode ser reaproveitado o que
encarece um pouco o processo. Os materiais descartáveis ou consumíveis devem
resistir à temperatura de cura da resina. Existem materiais descartáveis ou
consumíveis projetados para 80, 120, 180, 200 e até 300 ou 400ºC. Estes materiais
também devem ter uma boa resistência a perfurações, elevada resistência química
para suportar o ataque de vapores dentro do sistema e boa resistência mecânica.
Deve-se ter muito cuidado na escolha de cada um destes materiais, pois o custo
destes produtos não ultrapassa uma pequena parcela da construção de um barco e
a falha de um deles pode ocasionar a perda de todo o laminado (NASSEH, 2007).
3.6.1 – Insumos
a) Bolsa de Vácuo
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especificações dos fabricantes, as condições de armazenamento das bolsas de
vácuo para que não ocorram danos na bolsa. A baixa umidade, por exemplo, pode
tornar a bolsa frágil ou quebradiça (FRANCO, 2008).
É um filme plástico com perfurações, usado em conjunto com o peel ply. Este
filme visa a remoção do ar e dos gases resultantes da. Os filmes perfurados estão
disponíveis em uma grande variedade de tamanhos e diâmetros e serão escolhidos
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dependendo da pressão, viscosidade e tempo de cura da resina (WEST SYSTEM,
2004). A característica principal deste filme é assegurar que o fluxo dos gases ocorra
normalmente, mesmo sob a ação da pressão aplicada durante a cura (CÂNDIDO et
al., 2001).
A fita selante, também conhecida como fita pegajosa ou tacky tape, é usada
para fornecer um selo hermético entre o molde e a bolsa de vácuo. A fita selante
deve aderir bem à superfície do molde, mas, deve ser um pouco flexível, quanto à
aderência para ser re-posicionada caso seja necessário (LAVENDER LTDA, 2009).
f) Bombas de Vácuo
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As bombas de vácuo de palhetas rotativas são utilizadas para aplicações em
baixo e médio vácuo, são bombas compactas e de alto rendimento (PFEIFFER
VACUUM, 2009).
Aplicações:
o Engenharia de processos;
o Para todas as aplicações em baixo e médio vácuo;
o Bomba de pré-vácuo para as bombas turbomoleculares e bombas
roots;
o Aplicações gerais em laboratório;
o Instrumentos de análises;
o Laboratórios químicos.
Aplicações:
o Engenharias de processos;
o Para estações e sistemas de bombeamento;
o Laboratórios;
o Pesquisa e Desenvolvimento;
o Analíticos;
o Química;
o Detecção de vazamento;
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que envolvem a necessidade de bombeamento a seco, gases inertes e não-
reativos (PFEIFFER VACUUM, 2009).
Aplicações:
o Espectrômetros de massas
o Detectores de vazamento
o Microscópios eletrônicos
o Embalagem a vácuo
o Produção de lâmpadas e tubos
o Revestimentos
o Robótica
o Sistemas diferenciais de vedações
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3.6.3 – Cura da resina
Pode ser retirada uma amostra do laminado para determinar o tempo exato de
cura da resina, e, conseqüentemente para a retirada da bolsa de vácuo (NASSEH,
2007). Quando a resina estiver curada é realizado o corte dos excessos de fibra
(rebarbas), tomando todo o cuidado necessário para não danificar o molde e a peça
moldada (NASSEH, 2004).
3.6.4 – Desmoldagem
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Figura 10 - Corte das fibras na forma
Figura 11 - Aplicação da cera desmoldante.
desejada para a colocação no molde.
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Figura 14 – Aplicação da camada de fibra de Figura 15 – Aplicação da resina epoxy.
vidro.
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Figura 18 - Montagem da bolsa de vácuo Figura 19 - O filme de vácuo é maior que o
sobre o molde. tamanho do molde, então devem ser feitas
dobras ou pregas do excesso do material em
torno do molde.
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Figura 22 – Aplicação do vácuo no laminado. Figura 23 – Fixação do vacuômetro.
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3.3- Vantagens e desvantagens do sistema vacuum bagging
o a estrutura entrelaçada do material em fibra faz com que o material tenha uma
maior resistência;
o não há limites para o tamanho das peças a serem produzidas por este
processo.;
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2. Sul Fibras – Camboriú
3. Brava Estaleiro – Itajaí
4. Fibralux – Balneário Camboriú
5. Fibrafort – Itajaí
6. Schaefer Yachts – Palhoça
7. Brasboats – Palhoça
8. Evolution Boats – Biguaçú
9. Floripa Náutica – Palhoça
10. ILS – Iates Latitude Sul – Joinville
11. Seaway Boats – Bombinhas
12. Kastigar & Lenzi Yachts – Balneário Piçarras
13. Krause Estaleiro – Palhoça
14. Armada Yachts – Palhoça
15. FS Boats – São José
16. Sea Crest – São José
17. Estaleiro Fibra Online – Navegantes
18. Catarina Yachts – Navegantes
19. Mariner Boats – Navegantes
20. Nova Onda – Joinville
21. Sunline Boats – Biguaçu
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5 - CONCLUSÃO
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6 - REFERÊNCIAS
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%20and%20Techniques%20for%20Room-Temp%20Applications-230.html. Arquivo
capturado em 08 de outubro de 2009.
15. MATHEUS, Marco Antônio. Fiberglass: aprenda fibra de vidro. Ed. Legis
Summa, 2002.
16. MAYER, Sérgio; CÂNDIDO, Geraldo M.; REZENDE, Mirabel C.. Influência do
Condicionamento Ambiental na Resistência à Tração de Compósitos de
Carbono/Epóxi Reparados. Revista Polímeros: Ciência e Tecnologia, julho-
setembro, vol. 13, n. 3, 2003.
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20. PFEIFFER VACUUM [online]. Disponível em: http://www.pfeiffer-
vacuum.com.br/cnt/pt/885/. Arquivo capturado em 05 de dezembro de 2009.
22. SCOTT, Robert J., Fiberglass Boat Design and Construction. The society
of Naval Architects and Marine Engineers, New Jersey 1996.
23. SHIGLEY, Joseph E.; MISCHKE, Charles L.; BUDYNAS, Richard G.. Projeto
de Engenharia Mecânica. 7ª edição: Bookman, 2005.
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