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2. Princípio da legalidade
Exemplo: Não estava previsto em lei que fazer grafite no muro de particulares é
crime, e nem possui punição para tal. Um indivíduo pratica tal ato em um dia. No
outro, uma lei é instaurada estabelecendo pena de até 05 anos para quem vandalize
o muro alheio. O indivíduo não pode ser condenado pelo que fez no dia anterior,
apenas pelo que possa vir a fazer depois de publicada a lei.
1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.
Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime,
cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória.
- Processual: ninguém pode ser processado duas vezes pelo mesmo crime;
- Material: ninguém pode ser condenado pela segunda vez em razão do mesmo
fato;
- Execucional: ninguém pode ser executado duas vezes por condenações
relacionadas ao mesmo fato.
Foi desenvolvido por Claus Roxin. Para o autor, a finalidade do Direito Penal
consiste na proteção subsidiária de bens jurídicos. Logo, comportamentos que
produzam lesões insignificantes aos objetos jurídicos tutelados pela norma penal
devem ser considerados penalmente irrelevantes (minimis non curat praetor - o
pretor não cuida de coisas pequenas). A aplicação do princípio produz fatos
penalmente atípicos, ou seja, fatos não tem previsão legal no Código, não há
descrição. Não podendo ser considerado crime e, portanto, não é punível.
Por conta desse princípio, não se pune a autolesão, salvo quando se projeta a
prejudicar terceiros, como no art. 171, § 2º, V, do CP (autolesão para fraudar
seguro); a tentativa de suicídio (nosso CP somente pune a participação no suicídio
alheio — art. 122); o uso pretérito de droga (o porte é punido porque, enquanto o
agente detém a droga, coloca em risco a incolumidade pública).
7. Princípio da ofensividade
Ele pode ser definido como uma "exigência" para que apenas fatos ofensivos (que
venham a causar injuria, lesão, ou seja, de maneira concreta considerado perigoso)
a bens jurídicos relevantes ele poderá vir a ser considerado crime ou sofrer uma
futura sanção.
Esse princípio existe para que o direito penal não possa tutelar valores meramente
morais, religiosos, ideológicos ou éticos, mas somente atos atentatórios a bens
jurídicos fundamentais e reconhecidos na Constituição Federal, ou seja, apenas os
bens jurídicos realmente vitais para a vida em sociedade, elencados na Constituição,
podem ser resguardados pela intervenção penal.
Para Teles (2004 p. 46) “são bens jurídicos a vida, a liberdade a propriedade, o
casamento, a família, a honra, a saúde, enfim, todos os valores importantes para a
sociedade” e ainda “bens jurídicos são valores éticos sociais que o Direito seleciona,
com o objetivo de assegurar a paz social, e coloca sob a sua proteção para que não
sejam expostos a perigo de ataque ou a lesões efetivas.”(TOLEDO, 1994, p. 16).
O Direito Penal só deve preocupar-se com a proteção dos bens mais importantes e
necessários à vida em sociedade. Em suma, diz que o Direito penal deve intervir na
esfera de direitos da pessoa somente quando for estritamente necessário. Logo, A
intervenção penal é legítima apenas quando a criminalização de uma conduta
constitui meio indispensável para proteção de determinado bem ou interesse.
Conduto em situações tais qual a pena de morte onde uma grande parte da
população permitiria e se adequaria a tal medida ela ainda se encontra proibida e
não é permitida com e continua punível já que tal pena se encontra proibida pela
Constituição Federal, salvo em casos de uma guerra externa.
É o principio ao qual a pessoa é responsável pelos seus próprios atos para que
desta forma não exceda seus próprios limites, tendo isso em vista, isenta outros
membros de um grupo no qual determinado individuo que inflige a ação em si, pois
ele era o responsável pelos atos que ele veio a cometer.
Exemplo: O motorista que, conduzindo seu veículo pela preferencial, passa por um
cruzamento, confia que o outro automóvel, que se encontra na via secundária,
aguardará sua passagem.
Exemplo: Uma pessoa que fora acusada de latrocínio só poderá ser dita culpada
depois de transito em julgado.
É um principio que afirma que ninguém pode ser punido se não tiver agido com dolo
ou culpa. A culpabilidade é diferente de crime culposo, esse princípio é um
pressuposto para a imposição da pena.
Características da culpabilidade