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COMO IDENTIFICAR UM RISCO DE DESLIZAMENTO

Se você observar rachaduras ou fendas em alguma


encosta, o surgimento de minas d’água, a inclinação
anormal de postes ou árvores fique atento. Estes são
sinais de que a qualquer momento podem ocorrer
deslizamentos de terra na encosta.

Avise imediatamente o corpo de bombeiros ou a defesa


civil e os moradores próximos da área afetada para que
saiam de casa em caso de chuva.
Evite a construção em zonas de risco e peça
sempre permissão da prefeitura de sua cidade
para escavar em encostas.

Outra forma de evitar o deslizamento é não


desmatando ou reflorestando as áreas de encosta,
mas isso deve ser feito com a ajuda de algum
profissional que poderá indicar quais tipos de
plantas podem ser utilizadas no local.
Geralmente árvores ou plantas com raízes curtas
como a bananeira ou que acumulam água
próxima a raiz como os coqueiros tendem a
piorar a situação.

Já gramíneas, capim e algumas qualidades de


leguminosas ou outras plantas com raízes
profundas tendem a manter a coesão do solo e
protegê-lo evitando deslizamentos.
USO PARA DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS

A implantação de polos, complexos e zonas industriais, que tem


por objeto a geração de produtos e de energia (bens tangíveis e
intangíveis), propicia o aparecimento de resíduos, escórias e
subprodutos, muitos dos quais passíveis de reciclagem no
próprio processamento, outros aproveitáveis em setores
diversos, mas que nem sempre encontram aceitação no
mercado, e outros, ainda, que são simplesmente lançados no
ambiente atmosférico e aquático ou no próprio solo (Calderoni,
1997).
Poluição do solo

Deteriorização das
condições ambientais,
que pode alcançar o ar,
a água e o solo.
Dentro de um enfoque ambiental e sanitário:

“Solo é o principal suporte para a vida e bem-


estar, constituindo-se em um recurso
natural vital e limitado, embora facilmente
destrutível.”
(Gunther, 2004)
USO DO SOLO

▪ Os atuais padrões de uso do


solo associam-se, geralmente,
descargas acidentais ou
voluntárias de poluentes no
solo e águas, deposição não
controlada de produtos que
podem ser resíduos perigosos,
lixões e/ou aterros sanitários
não controlados, deposições
atmosféricas resultantes das
várias atividades, etc.
POLUIÇÃO DO SOLO

A poluição do solo e do
subsolo consiste na
deposição, disposição,
descarga, infiltração,
acumulação, injeção ou
aterramento no solo ou no
subsolo de substâncias ou
produtos poluentes, em
estado sólido, líquido ou
gasoso.
POLUENTES DO SOLO

Poluentes Origem Efeitos

Solos originalmente ácidos ou Aumenta a solubilidade de metais e


Acidez alterados pelas chuvas ácidas ou outra inviabiliza a vida no solo para animais
forma de poluição e vegetais

Contaminação por esgoto humano ou Pode conter bactérias patogênicas ao


Microrganismos
animal homem e animais
Tóxicos (nitritos) cancerígenos para o
Uso de adubos minerais, lodo de homem. Vegetais florescem menos.
Nitratos e fosfatos
esgoto, esterco e estábulos Alteram o ciclo do N2. Eutrofização da
água
Normalmente presentes nos solos Tóxicos para o homem. O chumbo
(alumínio, cádmio) ou advindos do lodo acumula-se nos ossos. O mercúrio
Metais de esgoto e resíduos industriais. ataca o sistema nervoso. O zinco
Pesticidas (mercúrio), em tintas interfere no processo de fotossíntese.
(cádmio), na gasolina (chumbo) Biomagnificação
Evaporação da água de irrigação. Depósitos salinos são tóxicos para
Sais (salito negro)
Extrusão da água do mar muitas plantas
Metano é altamente explosivo e o CO2
Gases de aterro Locais de disposição de lixo é asfixiante. No solo podem restringir o
crescimento das plantas
POLUIÇÃO NATURAL

Não associada à atividade humana, pode dar-se por meio de:

▪ erosão;
▪ desastres naturais (inundações, terremotos, maremotos, vendavais,
etc.);
▪ atividades vulcânicas;
▪ áreas com elementos inorgânicos
(principalmente metais) ou com irradiação natural;
POLUIÇÃO ARTIFICIAL

De origem antrópica, pode ocorrer por:


▪ urbanização e ocupação do solo;
▪ atividades agropastoris, ligadas à agricultura e pecuária;
▪ atividades extrativas: mineração;
▪ armazenamento de produtos e resíduos, principalmente
perigosos;
▪ acidentes no transporte de cargas: derrame ou vazamento de
produtos ou resíduos perigosos;
▪ lançamento de águas residuárias (esgotos sanitários e afluentes
industriais);
▪ disposição de resíduos sólidos de diversas origens, com destaque
para os industriais em termos de significância de poluição.
Fontes de poluição do solo
Desmatamento
Desmatamento

▪ Disseminação de pragas nas lavouras;

▪ Potencializa fenômenos de lixiviação, erosão e


desertificação;

▪ Alterações do microclima (chuvas mais


frequentes e mais intensas).
Fontes de poluição do solo
Fertilização
Fertilização

▪ Troca do adubo natural  Acumulam-se nos


pelo sintético: vegetais que ao serem
consumidos pelo
▪ Excesso de nitrato no solo homem transformam-
que são arrastados pela se em nitritos tóxicos.
chuva e eutrofizam as
águas;  Acarreta
principalmente
alterações no ciclo do
nitrogênio.
Fontes de poluição do solo
Monocultura
Monocultura

▪Simplificação dos ecossistemas:

Exploram a terra sempre da mesma forma


e não permite a ciclagem completa dos
ciclos de materiais.
Fontes de poluição do solo
Irrigação
Irrigação
salinização

Solos rasos Drenagem ineficaz

Grande evaporação Subida do lençol freático

Deposição de sais nas Cloretos oriundos das


camadas superficiais camadas profundas

Formação do salino negro


SALINIZAÇÃO

As principais causas da salinização nas áreas irrigadas são


os sais provenientes de água de irrigação e/ou do lençol
freático, quando este se eleva até próximo à superfície do
solo.

O termo salinidade se refere à presença, no solo, de sais


solúveis. Quando a concentração de sais se eleva ao ponto
de prejudicar o rendimento econômico das culturas, diz-se
que tal solo está salinizado.
SALINIZAÇÃO

A salinização do solo afeta a germinação e a densidade


das culturas, bem como seu desenvolvimento vegetativo,
reduzindo sua produtividade e, nos casos mais sérios,
levando à morte generalizada das plantas.

O processo de salinização (concentração de sais na


solução do solo) ocorre, de maneira geral, em solos
situados em região de baixa precipitação pluviométrica e
que possuam lençol freático próximo da superfície.
Fontes de poluição

Mineração

Cassiterita

Minério de ferro
Mineração

▪ MINAS À CÉU ABERTO


▪ MINAS SUBTERRÂNEAS
▪ SONDAS DE PERFURAÇÃO

• Cavas:
remoção de grandes volumes de solo;
formação de buracos e depressões de uso duvidoso (no
perímetro urbano muitos se tornam lixões).
Fontes de poluição do solo
Queimadas
Queimadas

▪ Feita de forma descontrolada provoca:

▪ Pelo calor excessivo


▪ elimina microrganismos responsáveis pela
fertilidade do solo;
▪ elimina totalmente a possibilidade de algumas
plantas voltarem a se desenvolver.

▪ Promove volatilização de substâncias


▪ nutritivas e coloidais responsáveis pela textura
granular do solo.
Fontes de poluição do solo
Agrotóxicos
Agrotóxicos

Toxidez – seletividade – persistência

Toxidez – capacidade de eliminar pragas;

Seletividade – capacidade de eliminar apenas uma


determinada espécie;

Persistência – capacidade de se manter ativo no ambiente.


Agrotóxicos

Consequências:

▪ Destroem a microflora e microfauna dos solos;

▪ Acumulam-se nos ecossistemas, podendo perdurar por


vários anos;

▪ Contaminam os alimentos através de resíduos


remanescentes no solo;

▪ Poluem indistintamente a água, o ar e o solo.


Fontes de poluição
Crescimento
demográfico
Fontes de poluição
Extração da
argila
Fontes de poluição
Indústrias
Fontes de poluição
Esgotos
domésticos

Fatores que aumenta a contaminação:

• Fossas e sumidouros;
• Local da construção;
Fontes de poluição
Cemitérios

Fatores que aumenta a


contaminação:

• Localização da
necrópole;
• Idade da sepultura;
• Tipo de solo;
Fontes de poluição
Lixões

Fatores que aumenta a


contaminação:

• Produção do chorume;
• Tipo de solo
E-lixo

▪ Estima-se que em um ano sejam descartados 315


milhões de computadores pessoais em todo o
planeta.

▪ 0,4 m x 315.000.000 = 126 mil quilômetros em linha !!!


+ de 4 voltas na terra!!!

▪ 6 kg x 315.000.000 = 1.890.000 TONELADAS !!


E-lixo
▪ E-lixo cresce de 3% a 5% ao ano (3 vezes mais rápido que os demais lixos)

▪ 5% do lixo de uma cidade média europeia é E-lixo

▪ De 1998 a 2010 o e-lixo vai duplicar na Europa

▪ Em 500 milhões de computadores tem-se:


• Mais de 3 bilhões de quilos de plástico
• 700 milhões de quilos de chumbo
• 1,5 milhões de quilo de cádmio
• 1 milhão de quilos de cromo
• 300 mil quilos de mercúrio
Principais ameaças do E-LIXO
▪ Chumbo
▪ Onde: monitores, soldas e outros componentes
▪ Como: sistema nervoso, rins, sistema reprodutivo, sistema endócrino
(efeitos no desenvolvimento cerebral de crianças), efeitos graves em
animais e plantas

▪ Cádmio
▪ Onde: detectores infravermelho, resistores, semicondutores
▪ Como: afeta irreversivelmente a saúde (em especial os rins)
▪ Mercúrio
▪ Onde: sensores, termostatos, relays, chaves circuitos impressos,
baterias, vídeos planos etc.
▪ Como: Danos no cérebro, rins, feto ... Tem efeito cumulativo nos
organismos vivos, ex: através do consumo de peixe contaminado.
Principais ameaças do E-LIXO !!!!

▪ Anti-corrosivo (hexavalent chromium;chromium VI)


▪ Onde: nos Circuitos integrados
▪ Como: Extremamente tóxico, efeitos no DNA
▪ Plásticos (PVC)
▪ Onde: Cabos de computadores
▪ Como: Tóxico quando submetido a alta temperatura
▪ Bário
▪ Onde: Monitor CRT, para proteger contra radiação
▪ Como: Inchação cerebral, enfraquecimento muscular, coração, fígado.
▪ Carbono preto
▪ Onde: Tonner
▪ Como: câncer, irritação respiratória.
USO PARA DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS

A poluição pode vir também de acidentes no


transporte, no caso de trens e caminhões,
vazamentos de gasodutos e oleodutos e etc.
Os poluentes originados nos processos
industriais, quando sólidos, são classificados
de acordo com a sua periculosidade e de
suas características, sendo objetos de
normas, regulamentos e legislação
pertinente, assim também acontece com os
resíduos líquidos e gasosos.
LISTA DE CONTAMINANTES CETESB
▪ Iodo de esgotos; ▪ Processamento de produtos químicos;
▪ Iodo orgânicos industriais ou outros ▪ Docagem e reparação de embarcações;
tipos de resíduos;
▪ Reparação de veículos automotores;
▪ Silvicultura;
▪ Lavagem a seco e tinturaria;
▪ Extrativismo e mineração;
▪ Manufatura de cerâmica e vidro;
▪ Agricultura em geral e horticultura;
▪ Hospitais;
▪ Aeroportos;
▪ Aterros e outras instalações de
▪ Atividades de processamento de tratamento e disposição de resíduos;
animais;
▪ Estocagem de resíduos perigosos;
▪ Processamento de asbestos;
▪ Produção e teste de munições;
▪ Atividades de lavra e processamento
de argila; ▪ Refinarias de petróleo;
▪ Enterramento de animais mortos por ▪ Fabricação de tintas;
doenças; ▪ Processamento de papel, celulose e
▪ Cemitérios; impressão;
▪ Estocagem de produtos de tratamento de Iodos;
químicos, petróleo e derivados;
▪ Construção Civil;
▪ Produção de energia;
▪ Curtumes e associados;
▪ Estocagem ou disposição de
material radioativo; ▪ Produção de pneus;
▪ Ferrovias e pátios ferroviários; ▪ Produção, estocagem e
utilização de preservativos de
▪ Manutenção de rodovias; madeira;
▪ Processamentos de borracha; ▪ Processamento de ferro e aço;
▪ Ferros-velhos e depósitos de ▪ Laboratórios etc.
sucata (pneus, pilhas etc.);
▪ Tratamento de efluentes e áreas
Assim também ocorre com as categorias de
contaminantes associados às áreas contaminadas:
▪ Agentes biológicos (bactérias e vírus patogênicos);
▪ Compostos alifáticos (tricloroetano, tetracloroetileno,
compostos de bromo);
▪ Compostos aromáticos (pentaclorofenol, bifenilas
policloradas (PCBs), dibenzodioxinas policloradas
(PCDDs), dibenzofuranos policlorados (PCDFs));
▪ Gases explosivos e inflamáveis (eteno, butano, metano,
hidrogênio, monóxido de carbono, ácidos cianídrico,
fosfina, ácido sulfídrico);
▪ Gases tóxicos (dióxido de carbono (CO₂),
monóxido de carbono (CO), ácido cianídrico
(HCN), cloro, fosfina (PH₃), ácido sulfídrico (H₂S),
dióxido de enxofre (SO₂));
▪ Hidrocarbonetos alifáticos (óleos minerais,
hidrocarbonetos com baixo peso molecular);
▪ Hidrocarbonetos monoaromáticos (benzeno,
tolueno, xileno);
▪ Hidrocarbonetos poliaromáticos (naftaleno,
pireno, fluoranteno, antraceno);
▪ Materiais combustíveis (óleos combustíveis,
solventes, papéis, grãos, óxidos gastos, pós
metálicos);
▪ Metais fitotóxicos (cobre, zinco, níquel, boro);
▪ Metais zootóxicos (cádmio, chumbo, mercúrio,
arsênio, berílio);
▪ Sais inorgânicos reativos (sulfatos, sulfetos, cianetos,
amônia);
▪ Substâncias corrosivas (ácidos e bases, materiais
reativos);
▪ Substâncias radioativas (radônio, rádio, césio ¹³⁷,
actinídeos etc.).
Partindo de um ponto de vista biológico e de saúde pública é
preciso lembrar que os resíduos líquidos domésticos têm
importância sanitária para o solo.

Estima-se, por exemplo, que um grama de fezes pode


albergar em média 10 milhões de vírus, 1 milhão de
bactérias, mil cistos de parasitas e 100 ovos de parasitas.

Portanto, a eventual presença desses seres no solo poderá


trazer sérias consequências ao ser humano.
Quando falamos em transporte de agentes biológicos no
solo, temos que saber que vários fatores influenciam nisso.

Os vírus e as bactérias, por exemplo são facilmente


adsorvidos pela argila sob condições apropriadas;

Quanto maior o teor de argila no solo, acompanhada de


outras condições, maior é a sua capacidade atenuar a
presença desses patógenos. Assim também ocorre com a
matéria orgânica.

A matéria orgânica solúvel compete com os microrganismos


na ocupação de sítios de adsorção nas partículas do solo,
advindo desse fato a menor capacidade de adsorção dos
vírus; inclusive podendo provocar a desadsorção.
O pH ácido favorece a adsorção dos vírus, enquanto solos
com pH básico propiciam a desadsorção desses seres que
estiveres adsorvidos.

O lixo doméstico, se disposto a céu aberto em barrancas de


rios, lixões e vazadouros, encostas de montanhas etc.,
constitui via de acesso de agentes patógenos para o homem.

Essas vias podem ser direta, quando o ser humano entra em


contato com os resíduos, ou indiretas, por meio do transporte
pelos insetos (moscas, mosquitos, baratas, besouros) ou
roedores , suínos, aves que são as fontes primárias, os
vetores dos agentes etiológicos.
O lixo doméstico e dos serviços de saúde, segundo o médico
Zanon, citado por Rocha e Neder (1997), podem apresentar:

 Escherichia coli, Klebsiella sp, Enerobacter sp, Proteus sp,


Pseudomonas sp, Bacillus sp, Staphylococcus,
Streptococcus sp, Salmonella sp e Poliovírus que,
dependendo das condições, podem sobreviver até 10 dias
no lixo.

Um trabalho realizado com variedades de moscas na


Faculdade de Saúde Pública, em 1957, por Coutinho e
colaboradores indicou que a Musca domestica, Stomoxys
calcitrans, Muscina sp de espécies das famílias
Sarcophagidae e Callyphoridaede dípteros, capturados em
vários locais da cidade de São Paulo, eram vetores de
agente etiológicos, isto é, de seres patógenos, dentre eles
bactérias (Escherichia coli) e amebas.

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