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ALTERNATIVA DE SUPRIMENTO DE
ÁGUA SUBTERRANEA NA AMAZÔNIA
POR MEIO PERFURAÇÃO DE POÇOS
PELA ENGENHARIA MILITAR
Rio de Janeiro
2003
2
Rio de Janeiro
2003
3
Aprovado em
BANCA EXAMINADORA
___________________________________________________________
Ten Cel Dower Jerônimo Morini Borges – Dr. Presidente
Escola de Comando e Estado-Maior do Exército
___________________________________________________________
Maj QEM/FC Marcelo Carvalho Prates – Mestre Membro
Instituto Militar de Engenharia
_____________________________________________________________
Cap QEM/FC Sandro Filippo – Mestre Membro
Instituto Militar de Engenharia
5
AGRADECIMENTOS
Ao meu estimado sogro Tio Edgard e minha sogra tia Cleide, pelo apoio, carinho,
incentivo e amor prestados em todos os momentos da minha vida. Minha eterna
gratidão.
Aos meus irmãos, Jane, Fernando, Carlos, Janice, Jaqueline e Márcia, aos cunhados
e cunhadas, pelo apoio, carinho, incentivo e amizade. Minha eterna gratidão.
À minha sobrinha Thamyle que sempre esteve próxima nos momentos decisivos.
Meu carinho e gratidão.
Ao Cel QEM/FC Álvaro Vieira, Maj QEM/FC Marcelo Carvalho Prates, Cap QEM/FC
Sandro Filippo e ao professor José Carlos César Amorim pelo prestimoso apoio
prestado durante toda a pesquisa, fornecendo importantes informações e mapas
referente ao assunto.
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RESUMO
RESEÑA
La provisión de agua para a población mundial es un asunto cada vez más presente
en el noticiero internacional, con proyección de insuficiencia en un futuro próximo,
considerándose las reservas actuales. Respecto a las operaciones militares, ese
problema ha sido levantado apenas en casos de escasez, sin considerarse que el
Rtratamiento de agua quedaría comprometido en un conflicto, restando como
alternativa la utilización de las aguas subterráneas. Valiéndose de su experiencia
como oficial en varias Organizaciones Militares de Ingeniería del Ejército,
particularmente en la región Amazónica, el autor diserta sobre el asunto, desde los
aspectos técnicos de captación, consumo y localización de las aguas subterráneas,
discurriendo sobre consideraciones respecto al potencial de la región amazónica,
destacando las más recientes técnicas existentes en el área comercial, que puedan
ser utilizadas en operaciones, y tratando, por fin, de la doctrina de empleo de la
Ingeniería del Ejército de Campaña, y de la doctrina de logística militar del Ejército. A
partir del estudio, se concluye por la necesidad del empleo de la ingeniería militar en
la perforación de pozos en la región amazónica, visando garantizar la continuidad
del apoyo logístico en las Operaciones Militares.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
LISTA DE TABELAS
LISTA DE ABREVIATURAS
E Ex Engenharia de Exército
OM Organização Militar
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.................................................................................. 12
2 REFERENCIAL CONCEITUAL........................................................ 14
2.1 TEMA................................................................................................ 14
2.2 PROBLEMA...................................................................................... 15
2.3 JUSTIFICATIVA................................................................................ 15
2.4 CONTRIBUIÇÃO DA PESQUISA..................................................... 15
3 REFERENCIAL TEÓRICO............................................................... 17
3.1 CICLO DAS ÁGUAS......................................................................... 17
3.1.1 As águas no planeta....................................................................... 20
3.1.2 O consumo de água........................................................................ 21
3.1.3 O recurso hídrico subterrâneo....................................................... 24
3.1.3.1 Água subterrânea no abastecimento público.................................... 24
3.1.3.2 A importância da água para abastecimento..................................... 26
3.1.3.3 Principais vantagens das águas subterrâneas................................. 28
3.1.3.4 Existência na América Latina............................................................ 28
3.1.3.5 Existência no Brasil........................................................................... 30
3.2 POÇOS............................................................................................. 31
3.2.1 Tipos................................................................................................. 31
3.2.2 Métodos............................................................................................ 32
3.2.3 Funcionamento da perfuração dos poços.................................... 33
3.3 PETROLOGIA................................................................................... 35
3.4 HIDROGEOLOGIA............................................................................ 37
4 REFERENCIAL METODOLÓGICO................................................. 41
4.1 OBJETIVOS...................................................................................... 41
4.2 HIPÓTESE........................................................................................ 42
4.3 VARIÁVEIS....................................................................................... 42
4.4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS........................................ 43
5 AMAZÔNIA – CONSIDERAÇÕES HIDROGEOLÓGICAS............. 44
5.1 A PROVÍNCIA AMAZONAS.............................................................. 44
5.2 A IMPORTÂNCIA DA ÁGUA SUBTERRÂNEA................................. 45
5.2.1 Água torna-se negócio atrativo: estão de olho nas privatizações..... 45
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1 INTRODUÇÃO
A água faz parte do patrimônio do planeta. cada continente, cada povo, cada
nação e cada região são plenamente responsáveis aos olhos de todos.
A água potável será a próxima disputa nos meados deste século numa projeção
internacional da sua demanda.
Os recursos naturais para transformar água doce em água potável são lentos,
frágeis e muito limitados. assim sendo, a água deve ser manipulada com
racionalidade, preocupação e parcimônia.
Pelo fato das águas superficiais serem visíveis, muitas pessoas imaginam que
os rios, barragens e lagos devem ser a maior fonte de atendimento das necessidades
do homem. na verdade, um pouco mais de 97% da água doce disponível na terra
encontra-se no subsolo e, portanto menos de 3% da água potável disponível no
planeta provêm das águas de superfície. ressalta-se o fato de que na maioria dos
casos, a qualidade das águas subterrâneas é superior a das águas superficiais,
devido a exposição destas últimas à agentes contaminadores.
Além da enorme diferença de quantidade, as águas subterrâneas apresentam
outras vantagens sobre as águas superficiais, resultando em um menor custo de
captação ao seu potencial natural e estratégico, à captação e distribuição, aos
impactos ambientais e ao consumo humano.
Considerada a destacada presença de lençóis subterrâneos no brasil,
principalmente na região amazônica face as suas características, e pouco serem
utilizados pelas tropas em operações militares.
O assunto sobre o qual versa o presente trabalho e a alternativa de suprimento
de águas subterrâneas na amazônia através da perfuração de poços pela engenharia
militar, é o que constitui o tema sobre o qual se assenta este estudo.
A problematização, enfoque central do estudo realizado, consolidou-se na
seguinte questão: como o exército brasileiro otimizaria a busca de alternativa de
suprimento de água na amazônia face as suas complexas necessidades?
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2 REFERENCIAL CONCEITUAL
2.1 TEMA
A delimitação deste tema que viabilizou a pesquisa, alicerçou-se na análise de
alternativa de suprimento de água na Amazônia pela Engenharia Militar através da
construção de poços.
O projeto conduz ao estudo e, conseqüentemente, à análise da estrutura
necessária para criação de uma equipe de perfuração de poços nas Companhias de
Engenharia de Construção na Amazônia.
A presente conjuntura mundial de escassez de água potável, aliada às
complexas necessidades do Exército de Campanha em Operações Militares, exige a
procura de alternativas para obtenção deste suprimento essencial.
A Amazônia é uma região onde a maior parte de seu subsolo é sedimentar e
guarda grande potencial hídrico que, por meio da perfuração de poços artesianos
propiciará a obtenção de suprimento de água potável.
Basicamente, a pesquisa foi norteada pelo estudo das possibilidades de
emprego do Exército Brasileiro por meio de sua Engenharia Militar na captação de
alternativa de suprimento de água na Amazônia através da perfuração de poços.
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2.2 PROBLEMA
A problematização, enfoque central do estudo, consolidou-se na seguinte
questão: como o Exército Brasileiro otimizaria a busca de alternativa de suprimento
de água na Amazônia fase as suas complexas necessidades?
Considerando as experiências adquiridas com o emprego da Engenharia Militar
na perfuração de poços na região Amazônica, direciona o presente projeto na
alternativa da problematização acima sugerida.
2.3 JUSTIFICATIVA
As necessidades de produção e distribuição de água potável apresentam
problemas complexos no Exército de Campanha em face da demanda das
organizações hospitalares, instalações de banho e lavanderias, padarias e
instalações de recompletamento e recreação, originando que se disponha de meios
especializados apropriados e se busque a máxima utilização dos recursos locais
(BRASIL, 2000). No escalão Ex Cmp e superiores a Engenharia assume o
planejamento e a execução dessa atividade, em face do volume do trabalho
requerido.
Os custos de tratamento d'água são muito elevados, face ao nível de qualidade
das águas superficiais. Devido à implantação de pelotões e destacamentos em
pontos críticos do teatro operacional amazônico, com suas diversas finalidades,
ocorre que muitas vezes não se encontram rios de apoio próximos, dificultando o
abastecimento de água.
Uma equipe de perfuração de poços tem condições de perfurar em terreno
sedimentar, num curto espaço de tempo, proporcionando um excelente meio
alternativo de suprimento de água potável de excelente qualidade, tendo em vista a
sua origem mineral.
Neste contexto, conclui-se que a criação de uma equipe de perfuração de
poços nas Companhias de Engenharia de Construção facilitará, como meio
alternativo, o apoio logístico às necessidades das tropas empregadas no teatro
operacional amazônico.
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3 REFERENCIAL TEÓRICO
Antes de se dar início à análise da problematização, que constitui a base do
presente trabalho, uma revisão da literatura tratando sobre os assuntos aqui
enfocados, torna-se impositiva.
Para tal, buscou-se levantar os conceitos atualizados, tanto sobre a água
subterrânea, quanto sobre poços, petrologia e hidrologia, de forma a procurar
identificar com simplicidade e clareza estes campos do conhecimento científico.
As águas que ficam em cima da terra são as águas superficiais e as que ficam
debaixo da terra preenchendo seus vazios são denominadas águas subterrâneas.
Tipos de Consumo
a) Uso doméstico: bebida, banhos, limpeza em geral e etc;
b) Uso comercial: lojas, bares, restaurantes, postos e etc;
c) Uso industrial: água como matéria-prima, para resfriamento, consumida no
processo e etc;
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Nas cidades brasileiras o consumo per capita varia em média de 100 a 400
litros/hab.dia, de acordo com o porte da cidade conforme tabela a seguir:
População (n. Consumo “per capita”
Parte da cidade
habitantes) (1/hab.dia)
Menores Até 5.000 100 – 150
Pequenas 5000 – 25.000 150 – 200
Médias 25.000 – 100.000 200 – 250
Maiores > 100.000 250 – 300
Tabela 2 Consumo per capita em função da população.
FONTE: FILIPPO (2000).
A estimativa do consumo diário de água para cada tipo de atividade pode ser
encontrada na tabela a seguir:
Consumo
Tipo de prédio Unidade
litro/dia
Serviço Doméstico
Apartamento em geral per capita 200 a 300
por quarto de 200
Residências empregada 250
Residências populares e rurais per capita 120 a 150
Alojamento provisório de obra per capita 80
Apartamento de zelador per capita 600 a 1000
unid.
Serviço Público
Edifícios de escritórios e por ocupante efetivo 50 a 80
comerciais per capita 150
Escolas, internatos per capita 50
Escolas, externatos per capita 100
Escolas, semi-internatos por leito 250
Hospitais e casas de saúde por hóspede 250 a 350
Hotéis com coz. E lavanderia por hóspede 120
Hotéis sem coz. E lavanderia por kg de roupa seca 30
Lavanderias por soldado 150
Quartéis por cavalo 100
Cavalariças por refeição 25
Restaurantes por m² de área 5
24
Ainda segundo Filippo (2000), a utilização das águas subterrâneas remonta aos
primórdios da civilização, sendo explorados através de poços rasos escavados, cujos
vestígios mais antigos datam de 12.000 antes de Cristo. O início da arte de perfurar
poços é atribuído aos chineses e assinala-se que em 5.000 antes de Cristo já
perfuravam poços até profundidades de centenas de metros. Até a década de 50, as
águas subterrâneas eram, em geral, consideradas como um bem natural de uso
doméstico/industrial precário. O surto de desenvolvimento sócio-econômico
verificado após o término da II Guerra Mundial e a crescente deterioração das águas
dos rios e lagos, engendrou a rápida evolução da importância das águas
subterrâneas, a ponto de serem consideradas, atualmente, como um recurso de
grande valor econômico, vital ou estratégico. A evolução do conhecimento científico
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3.2 POÇOS
Conforme EBARA [20--], toda perfuração através da qual se obtém água de um
aqüífero é, genericamente, chamada de poço. Há muitas formas de classificá-los. A
classificação aqui utilizada, foi baseada em sua profundidade, pois a mesma
determina, de uma forma geral, o método construtivo, além de ser um fator
importante nas considerações sobre poluição da água subterrânea.
Para que um poço seja chamado de artesiano, é necessário que seja perfurado
em aqüífero artesiano, ou seja, é aquela que perfura camadas impermeáveis do
terreno onde a água está submetida a pressões superiores à atmosfera.
3.2.1 Tipos
Pode-se classificar os poços da seguinte maneira: abas (1991), Poços Rasos
Poço Escavado – É a mais antiga forma de exploração da água subterrânea,
estando presente em civilizações muito antigas. São poços cilíndricos, abertos
manualmente, com o uso de picareta e pá. Às vezes são usados fogachos (pólvora)
para romper blocos de rocha mais resistentes.
Entretanto, este expediente é desaconselhável em virtude do perigo que
acarreta, sendo proibido por lei a pessoas não autorizadas a lidar com explosivos.
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Poço escavado é o tipo mais utilizado pela população rural brasileira e, recebe
nomes distintos, dependendo da região: cisterna, cacimba, cacimbão, poço
amazonas, poço caipira, ou simplesmente poço. Só podem ser escavados em
material não muito resistentes, geralmente solo e depósitos sedimentares pouco
consolidadas. Certos arenitos friáveis podem ser escavados manualmente (ABAS,
1991).
Para que o operário possa trabalhar no fundo do poço, seu diâmetro deve ser
grande, indo de 1 a 2 metros, ficando na média de 1,50 metro. À medida que o
buraco se aprofunda são necessários pelo menos dois operários. Um fica no fundo
do poço escavando enquanto o outro fica na superfície, retirando o material através
de balde preso à ponta de uma corda que vai sendo enrolada num sarilho. O sarilho
nada mais é do que um eixo que gira sobre duas forquilhas, acionado por uma
manivela. Após atingir o nível d'água, a escavação continua, até que não se consiga
mais esvaziar a água que está afluindo ao poço (ABAS, 1991).
Os poceiros profissionais possuem algumas ferramentas que aumentam a
segurança do trabalho, como o sarilho mecânico, com trava que não permite seu
retorno acidental (ABAS, 1996). É um trabalho muito perigoso e só deve ser feito por
pessoa treinada.
3.2.2 Métodos
Para a ABAS (1991), são métodos mais utilizados na perfuração de poços:
Percussão – a rocha é perfurada através da batida constante de uma
ferramenta chamada trépano, presa a um cabo de aço, que é movimentado para
cima e para baixo, através de um balancim acionado por motor. As pancadas do
trépano esmigalham a rocha e os fragmentos resultantes, misturados com água do
próprio poço ou colocada se este ainda estiver seco, dão origem a uma lama. Estes
são retirados do poço através de uma ferramenta chamada caçamba. Esta lama que
se forma, além de facilitar a retirada do material triturado, serve como meio de
refrigeração do trépano.
A perfuração por percussão é indicada para formações bem consolidadas ou
rochas dura, e profundidades não superiores a 250 metros. Em formações pouco
consolidadas as paredes podem entrar em colapso, o que obriga o uso de
revestimento à medida que o poço se aprofunda, o que cria dificuldades adicionais
para a continuidade do trabalho.
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Rochas metamórficas
As rochas metamórficas têm origem na ação da pressão, temperatura ou de
soluções químicas em rochas pré-existentes. A ação desses fatores provoca
alterações em suas estruturas e/ou composições químicas formando uma nova rocha
diferente da original.
As rochas metamórficas mais comuns são os gnaisses, xistos, filitos, mármores,
etc. Este tipo de rocha ocupa aproximadamente 15% da crosta terrestre.
3.4 HIDROGEOLOGIA
Conforme EBARA [200-], os seguintes conceitos básicos são importantes para
um melhor entendimento do assunto.
a) Aqüíferos – São pacotes rochosos que podem reservar e fornecer água a
uma determinada construção ou meio natural.
b) Aqüícludos – São formações que conseguem reter quantidades
consideráveis de água, porém não tem a capacidade de transmiti-la. É o caso das
argilas que tem grande capacidade de retenção de água e não permitem seu
escoamento. Atuam geralmente como confinantes de um aqüífero.
c) Aqüítardos – São formações geológicas que armazenam água, mas a
transmitem de forma muito lenta. Em condições extremas podem ser considerados
como aqüíferos pobres ou servir como elemento de recarga de um aqüífero.
d) Aqüífugos – São formações inalteradas ou maciças que não contém água e
não conseguem transmiti-la, tais como: rochas ígneas, metamórficas e alguns tipos
de rochas sedimentares, inalteradas e sem fraturamento.
Tipos de Aqüíferos – Os aqüíferos podem ser classificados tomando-se por
base a forma de circulação da água subterrânea e a pressão hidrostática contida.
• Aqüíferos porosos – são aqüíferos que aproveitam a permeabilidade e
porosidade original da rocha. Ex. arenitos;
• Aqüíferos fissurados – são aqüíferos que aproveitam a porosidade e
permeabilidade conferidas a rocha através de fissuras ou fraturas – Ex. granitos
fraturados;
• Aqüíferos livres ou freáticos – são aqüíferos que apresentam a maior parte da
superfície da água em contato com a pressão atmosférica. Sua superfície
piezométrica é chamada superfície freática ou lençol freático.
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4 REFERENCIAL METODOLÓGICO
4.1 OBJETIVOS
No momento das operações militares no Teatro de Operações Amazônico, o
objetivo geral deste estudo foi o de identificar maior viabilidade de utilização da
alternativa de suprimento de água subterrânea na Amazônia através da perfuração
de poços pela Engenharia Militar.
Para atingir o referido objetivo geral, foi necessário realizar um detalhamento
das ações a serem realizadas, as quais podem ser consubstanciadas em questões.
Com base na pesquisa bibliográfica e documental, as questões investigadas foram
as seguintes:
a) Qual a importância de água subterrânea como suprimento no conceito
estratégico operacional?
b) Qual as características da região Amazônica como reserva desse potencial
hídrico subterrâneo e sua atual utilização?
c) O que são poços, quais os tipos de perfuração, e quais os equipamentos
utilizados?
d) Como o Exército Brasileiro, por meio da Engenharia Militar, utiliza a
perfuração de poços para a exploração de águas subterrâneas na Amazônia?
e) Que aperfeiçoamentos podem ser introduzidos na doutrina de apoio logístico
pela Engenharia Militar para maior utilização de suprimento de águas subterrâneas
na Amazônia?
Tais questões basicamente definiram as ações realizadas no decorrer do
42
4.2 HIPÓTESE
4.3 VARIÁVEIS
O tema da presente dissertação, que é a alternativa de suprimento de águas
subterrâneas na Amazônia através da perfuração de poços pela Engenharia Militar,
apresenta variados aspectos sujeitos à medição, e que, portanto constituem variáveis
no estudo ora realizado.
Os elementos centrais da investigação são, respectivamente, a alternativa de
suprimento de águas subterrâneas na Amazônia e a perfuração de poços pela
Engenharia Militar.
As alternativas de suprimento de água potável são variantes. A que foi
considerada de interesse ao presente estudo foi a alternativa de águas subterrâneas.
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• Leptospirose;
• Amebíase;
• Hepatite;
• Ascaridíase;
• Giardíase.
b) Doenças transmitidas por vetores que se relacionam com a água:
• Malária;
• Febre Amarela;
• Dengue;
• Elefantíase;
• Esquistossomose.
Água Esgoto
Pop.
ESTADO Pop. % atendida Pop. % atendida
(proj 1989)
atendida total urbana atendida Total urbana
Roraima 247.000 142.730 57,78 83,91 14.971 6,06 8,8
Amapá 380.000 185.090 48,7 56,62 9.730 2,56 2,98
Amazonas 1.949.000 1.315.392 67,52 96,04 53.740 2,76 3,92
Pará 5.611.000 2.192.084 39,07 68,55 141.046 2,51 4,41
Rondônia 1.572.000 402.160 25,58 49,22 10.000 0,64 1,22
Acre 414.000 152.740 36,89 75,7 17.827 4,3 8,84
Maranhão 5.295.000 1.585.325 29,94 65,66 351.000 6,63 14,74
Mato-
2.065.000 1.208.370 58,51 76,08 145.035 7,02 9,13
Grosso
Brasil 152.944.000 100.500.098 65,71 86,22 44.075.415 29,82 37,81
Tabela 5 Nível atendimento de água e esgoto na Amazônia
FONTE: ABES (1990 APUD FILIPPO, 2000).
50
Ainda segundo Filippo (2000), situação não muito diferente é encontrada nos
Pelotões e Companhias do Exército na Amazônia, em especial aqueles localizados
nas áreas mais distantes. Quando existe algum tratamento, este se resume ao
tratamento expedito de campanha, ou utilizam-se equipamentos de tratamento
comprados de empresas de outras regiões (estações compactas), nem sempre
adequados, com alto custo de aquisição e transporte de difícil manutenção, conforme
pode ser visualizado na figura abaixo. A figura 15, corresponde a uma estação
instalada na Companhia Especial de Fronteira (CEF) do 3º BIS em Clevelândia do
Norte / Oiapoque (AP).
Carbônico
Dureza 4,6 4,8 5,4 4,4 4,2 3,2 5 3,2 5 4,8 5 5
Alumínio 0,1 0,2 0,1 0,4 0,2 0,1 0,1 0,1 0,2 0,2 0,2 0,2
Sólidos totais 3 2,4 1,2 1,4 2,3 3,1 5 1 1,7 1,6 2 2,1
AUS = ausente - Jan/Jun: cheia do rio - Jul/Dez: vazamento do rio
Tabela 7 Análise físico-química de amostra do Rio Negro
FONTE: COSAMA, 2000 APUD FILIPPO, 2000.
E Ex
EM Geral(1) EM Pessoal
Outras Su E sp (4)
Legenda:
(1) No EM, além das seções normais de um EM de G Cmdo, existe a Seção Técnica.
(2) Nº variável de Gpt E (no mínimo 1), que enquadram as U Eng e as SU Esp.
(3) Nº variável de U Eng, conforme a necessidade.
56
Nas operações, a engenharia apóia a arma base para deter e/ou destruir as
forças inimigas, criando condições para passagem à ofensiva.
Apóia às ações em profundidade, na área de segurança, na área de defesa
avançada e na área de retaguarda.
A produção de água tratada no escalão Exército e Brigada, é uma tarefa
realizada pelas unidades logísticas, com seus próprios meios (pessoal e material) de
engenharia.
2º Gpt E Cnst
Manaus/ AM
1ª / 1º BE Cnst
5º BE Cnst 6º BE Cnst 7º BE Cnst 8º BE Cnst
São Gabriel da
Porto Velho/ RO Boa Vista/ RR Rio Branco/ AC Santarém/ PA Cachoeira/ AM
7 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
REFERÊNCIAS
CARIDE, Daniela. Água torna-se negócio atrativo. Gazeta Mercantil, São Paulo, 4
maio 1999.
TEIXEIRA, Wilson et al. Decifrando a terra. [S. l.]: Oficina de textos, 2001.