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Mecânica Quântica é a parte da física que estuda o movimento das partículas muito pequenas.

O conceito de partícula "muito pequena" relaciona-se com as dimensões nas quais começam-
se a notar efeitos como a impossibilidade de conhecer com infinita acuidade e ao mesmo
tempo a posição e a velocidade de uma partícula (veja Princípio da incerteza de Heisenberg),
entre outras. A ditos efeitos chama-se "efeitos quânticos". Assim, a Mecânica Quântica é a que
descreve o movimento de sistemas nos quais os efeitos quânticos são relevantes.
Experimentos mostram que estes são relevantes em escalas de até 1000 átomos. A escala que
regula os efeitos quânticos é o raio de Bohr.

As conclusões mais importantes desta teoria são:

Em estados ligados, como o elétron girando ao redor de um átomo, a energia não se troca de
modo contínuo, mas sim em múltiplos inteiros de uma unidade de energia. A idéia de que
estados ligados têm níveis de energias discretas é devida a Max Planck.

O de ser impossível atribuir ao mesmo tempo uma posição e uma velocidade exatas a uma
partícula, renunciando-se assim ao conceito de trajetória, vital em Mecânica Clássica. Ao invés
da trajetória, o movimento de partículas em Mecânica Quântica é descrito por meio de uma
função de onda, que é uma função da posição da partícula e do tempo. A função de onda é
interpretada por Max Born como uma medida da probabilidade de se encontrar a partícula em
determinada posição em determinado tempo. Esta interpretação é a mais aceita pelos físicos
hoje, no conjunto de atribuições da Mecânica Quântica regulamentados pela Escola de
Copenhaga. Para descrever a dinâmica de um sistema quântico deve-se, portanto, achar sua
função de onda, e para este efeito usam-se as equações de movimento, propostas por Werner
Heisenberg e Erwin Schrödinger independentemente.

Apesar de ter sua estrutura formal basicamente pronta desde a década de 1930, a
interpretação da Mecânica Quântica foi objeto de estudos por várias décadas. O principal é o
problema da medida em Mecânica Quântica e sua relação com a não-localidade e causalidade.
Já em 1935, Einstein, Podolski e Rosen publicaram seu Gedankexperiment, mostrando uma
aparente contradição entre localidade e o processo de Medida em Mecânica Quântica. Nos
anos 60 J. S. Bell publicou uma série de relações que seriam respeitadas caso a localidade — ou
pelo menos como a entendemos classicamente — ainda persistisse em sistemas quânticos.
Tais condições são chamadas desigualdades de Bell e foram testadas experimentalmente por
A. Aspect em favor da Mecânica Quântica. Como seria de se esperar, tal interpretação ainda
causa desconforto entre vários físicos, mas a grande parte da comunidade aceita que estados
correlacionados podem violar causalidade desta forma.

Tal revisão radical do nosso conceito de realidade foi fundamentada em explicações teóricas
brilhantes para resultados experimentais que não podiam ser descritos pela teoria Clássica,
que incluem:

Espectro de Radiação do Corpo negro, resolvido por Max Planck com a proposição da
quantização da energia.

Explicação do experimento de dupla fenda, no qual eléctrons produzem um padrão de


interferência condizente com o comportamento ondular.

Explicação do efeito fotoelétrico por Albert Einstein, onde propõe que a luz também se
propaga em pacotes de energia definida, os fótons.

O Efeito Compton, no qual se propõe que os fótons podem se comportar como partículas,
quando sua enegia for grande o bastante.
O desenvolvimento formal da teoria foi obra de esforços conjuntos de muitos físicos e
matemáticos da época como Erwin Schrödinger, Werner Heisenberg, Einstein, P.A.M. Dirac,
Niels Bohr e John von Neumann, entre outros (de uma longa lista). Em geral, a região de
origem da Mecânica Quântica pode localizar-se na Europa Central, na Alemanha e Áustria,
bem como a Inglaterra, e no contexto histórico do primeiro terço do século XX.

Max Karl Ernst Ludwig Planck (Kiel, Alemanha, 1858 - Göttingen, Alemanha, 1947) foi um
físico alemão considerado o pai da teoria quântica.

Depois de estudar em Munique, Planck obteve seu doutorado em 1879 em Berlim. Voltou para
Munique em 1880 a fim de lecionar na universidade local, seguindo para sua cidade natal Kiel
em 1885. Ali casou-se com Marie Merck em 1886. Em 1889 Planck seguiu para a Universidade
de Berlim e após dois anos foi nomeado professor de Física Teórica, sustituindo Gustav
Kirchhoff.

Em 1899 descobriu uma nova constante fundamental, chamada em sua homenagem


Constante de Planck, e que é usada, por exemplo, para calcular a energia do fóton. Um ano
depois descobriu a lei da radiação térmica, chamada Lei de Planck da Radiação. Esta foi a base
da teoria quântica, que surgiu dez anos depois com a colaboração de Albert Einstein e Niels
Bohr. De 1905 a 1909, Planck atuou como diretor-chefe da Deutsche Physikalische Gesellschaft
(Sociedade Alemã de Física). A sua mulher morreu em 1909, e um ano depois casou-se Planck
novamente, com Marga von Hoesslin.

En 1913, foi nomeado reitor da Universidade de Berlim.

Como consequência do nascimento da física quântica, foi premiado em 1918 com o Prêmio
Nobel de Física. De 1930 a 1937 Planck foi o presidente da Kaiser-Wilhelm-Gesellschaft zur
Förderung der Wissenschaften (KWG, Sociedade para o Avanço da Ciência do Imperador
Guilherme).

Durante a Segunda Guerra Mundial, Planck tentou convencer Hitler a dar liberdade aos
cientistas judeus. O filho de Planck, Erwin, foi executado no dia 20 de julho de 1944, acusado
de traição relacionada a um atentado para matar Hitler. Morre em 4 de outubro de 1947 em
Göttingen. A seguir o instituto KWG foi renomeado como Max-Planck-Gesellschaft zur
Förderung der Wissenschaften (MPG, Sociedade Max Planck para o Progresso da Ciência).

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