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Laboratório de Física I
Introdução ao Laboratório
Esta é uma aula introdutória. Nela, discutiremos como será o trabalho durante o curso, como
serão os relatórios, critérios de avaliação etc. Além disso, faremos uma breve revisão sobre
notação científica, operações com potências de 10, ordem de grandeza e algarismos
significativos.
1 Introdução
O curso de Laboratório de Física foi estruturado de modo a acompanhar, aproximadamente, o
conteúdo do curso teórico correspondente. No entanto, em alguns momentos, os experimentos
serão feitos depois ou antes da aula teórica, mas sem prejuízo para o aprendizado. Quando
realizada antes, a prática atua como importante base sobre o assunto que ainda será visto, depois,
como complemento da teoria.
2 O relatório
Os resultados dos experimentos e a sua discussão serão apresentados em relatórios, entregues
uma semana após a realização da atividade prática. Ele deverá ser claro e objetivo, sendo
assim, seja organizado e preciso na coleta de dados durante o experimento, pois ela influenciará
na qualidade do seu relatório.
Apresentaremos a seguir um modelo de relatório; esse formato não é único, mas irá auxiliá-
lo em seus primeiros trabalhos.
5. Fundamentos teóricos: é a base teórica que você utilizou para a realização do experi-
mento. Aqui você apresentará os conceitos físicos envolvidos na prática, trata-se de uma
pesquisa em livros, artigos e também na internet. Sempre faça referência ao material uti-
lizado e cuidado com cópias diretas de sites (muitas vezes você acaba colocando teoria
que não é necessária, além de incompleta e com muitos erros conceituais.) Sempre
leia o que você escreve!
/*
-1
-*
%1
%*
1
*
* *+1 % %+1 - -+1 / /+1 0 0+1 1 1+1 2
$#8@7)A4B
8. Conclusões: para escrever suas conclusões sobre o experimento, você deve recorrer aos
seus objetivos iniciais: eles foram atingidos? Quais os problemas encontrados?
3.1 Potência de 10
O diâmetro do Sol é aproximadamente 1.392.000.000 m; conforme o modelo de Rutherford, o
raio do próton é aproximadamente 0,000000000000001 m. Números assim não são corriqueiros
em nosso dia a dia e, por isso, é muito comum escrevê-los em potências de 10. Um número
grande em potência de 10 tem a forma:
X · 10n (1)
10 20
mm
10 20
cm
Na regua milimetrada, a barra esta entre o oitavo e o nono milimetro; por estimativa, podemos dizer
Figura
que sua medida e 8,42: Cada
mm. Noteinstrumento de 4medida
que o algarismo possui
e duvidoso, poisuma precisão.nao possui a
o instrumento
precisao necessaria para determina-lo (ja que a regua nao possui divisoes menores que 1 mm). O
Na régua milimetrada, a barra está entre o oitavo e o nono milímetro; por estimativa,
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pode-
mos dizer que sua medida é 8,4 mm. Note que o algarismo 4 é duvidoso pois o instrumento
não possui a precisão necessária para determiná-lo (a régua não tem divisões menores do que
1 mm). O algarismo 8 é chamado de correto e o instrumento permite sua medida. A mesma
medida na régua com divisões em centímetros, pede uma estimativa já no primeiro algarismo.
Nela, sabemos apenas que a barra é maior do que 5,0 mm e isso nos permite estimar algo em
torno de 8,0 mm ou 9,0 mm; quando o primeiro algarismo já é duvidoso, a medida não possuirá
algarismos corretos.
Os algarismos corretos e o primeiro duvidoso de uma medida serão chamados de algaris-
mos significativos. Assim, a primeira medida possui dois algarismos significativos enquanto a
segunda apenas um. Ao efetuar algum cálculo com vários números e cada um deles possuir uma
precisão diferente, adote sempre o menor número de algarismos significativos para a resposta
final e, para arredondar o resultado, use a seguinte regra: se o primeiro número desprezado
depois do último algarismo significativo é maior ou igual a 5, acrescentaremos uma unidade no
último algarismo significativo, ou seja, os números 4,345 e 5,623, com duas casas decimais,
ficariam 4,35 e 5,62. A seguir, algumas observações importantes:
1. As constantes que aparecem nas expressões devem ser consideradas com infinitos alga-
rismos significativos. Ao se operar com elas, basta aplicar as regras considerando esse
fato;
5 Prefixos e unidades
1 nanômetro 1 nm 10−9 m
1 micrômetro 1µm 10−6 m
1 milímetro 1mm 10−3 m
1 centímetro 1cm 10−2 m
1 quilômetro 1 km 103 m
1 nanosegundo 1 ns 10−9 s
1 microssegundo 1µs 10−6 s
1 milissegundo 1 ms 10−3 s
6 Exercícios
1. Usando a definição 1 milha = 1,61 km, calcule o número de quilômetros em 5 milhas.
3. Calcule o tempo em nanosegundos que a luz leva para percorrer uma distância de 1 km
no vácuo.
4. A densidade do chumbo é 11,3 g/cm3 . Qual é esse valor em quilogramas por metro
cúbico?
7. A milha é uma unidade de comprimento muito usada nos Estados Unidos e na Europa.
Sabendo que 1 mi é aproximadamente igual a 1,61 km, calcule o número de metros qua-
drados existentes em uma milha quadrada.
onde c é a velocidade da luz no vácuo. Determine E para um corpo que possui massa
m = 9, 11 × 10−31 kg (a massa do elétron com três algarismos significativos). A unidade
no sistema internacional para energia é Joule (J). Dado: c = 2, 99792458 × 108 m/s.
10. Você pode estimar o total de dentes na boca de todos (alunos, funcionários e acadêmicos)
no seu campus? (Sugestão: quantos dentes há em sua boca? Conte-os!)
Referências
[1] Ramalho Junior, R.; Ferraro, N. G.; Soares, P. A. T. Os fundamentos da Física - 1, Editora
Moderna, 2003.
[2] Young, H. D.; Freedman, R. A.; Ford, A. Lewos. Sears & Zemansky - Física I, Editora
Pearson, 2009.