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Os antecedentes e o processo de criação das primeiras escolas de Serviço Social no

Brasil. É dentro da visão da Igreja, que surge às primeiras escolas de Serviço Social,
pois a questão social, a luta contra a desigualdade social é uma preocupação assumida
pela Igreja dentro. O problema social no começo do século XX começa a ser assumido
pelos Católicos brasileiros, o que é feito pela ação da hierarquia e organização do
laicato. Dá necessidade de uma ação mais coerente e organizada, surgem grupos,
associações que por suas vezes organizam cursos de formação social e de semanas
sociais, entre outros, para formação de seus quadros. Muitas das escolas de Serviço
Social nascem dessa maneira entre elas as de São Paulo e Rio de Janeiro. A escola de
Serviço Social de São Paulo nasceu do centro de estudos e ação social, CEAS. O centro
surge de um grupo de moças preocupadas com a questão social e que participam
ativamente no curso de formação social organizadas pelas cônegas regulares de Santo
Agostinho, sendo dirigido por Mademoisselle Adêle de Loneaux, a finalidade básicas do
CEAS será o estudo e a difusão da doutrina social da Igreja e a ação social dentro de
uma mesma diretriz. Após a organização da ação Católica, o CEAS com entidade deixa
a direção da ação Católica para preocupar-se com a organização da Escola de São Paulo,
em vista disso o CEAS envia para a Bélgica duas sócias para cursarem a Escola de
Serviço Social, e quando voltam a nosso país, ultimam os preparativos para o
surgimento da primeira escola de Serviço Social no Brasil, em 1936. Um dos motivos
básicos para a fundação da escola foi à necessidade sentida de uma melhor preparação
para ação social dos quadros militantes da ação católica. No Rio de Janeiro embora por
caminhos diferentes, mas sob o mesmo pano de fundo, em 1937 temos a segunda escola
de Serviço Social no país através do impulso do Cardel Dom Leme, este enfatiza a
necessidade da formação social, baseada na idéia da ação católica desenvolveu uma
programação de semanas sociais, curso de formação e outras atividades baseada na
doutrina da igreja. Em junho de 1937 funda-se no Rio de Janeiro o Instituto de
Educação Familiar e Social. A fundação da Escola do Rio contou com uma equipe da
congregação das filhas de Maria, chegada ao Brasil em abril de 1937 vindas da França,
ligadas às experiências sociais cristãs no seu país, que influenciaram o desenvolvimento
da escola nessa perspectiva.

A atuação dos primeiros assistentes sociais estará voltada essencialmente para a


organização da assistência, para a educação popular e para a pesquisa social. Seu
público preferencial e quase exclusivo se constituirá de famílias operárias especialmente
de mulheres e crianças que consistirão nas visitas domiciliares, encaminhamentos,
distribuição de auxílios materiais e a formação moral e doméstica através de cursos e
círculos. No setor público em São Paulo se centrará no Departamento de Serviço Social,
já no setor particular teve maior amplitude e solidez bem como iniciativas do próprio
CEAS. No Rio de Janeiro, no setor público as ações se concentrarão no juízo de
menores e serviços de assistência dos menores da prefeitura, na área particular em
instituições sólidas de forma limitada através da política de encaminhamento dos casos
considerados inadequados, já na associação Lar Proletário as atividades serão
concentradas em creches, maternidades e escolas primárias de formação moral para o
lar. Na Imprensa Nacional atuarão junto aos empregados através de cursos de formação
profissional, serviços médicos e casos individuais. Como Pesquisadoras Sociais através
de inquéritos familiares irão realizar levantamentos nos bairros operários sobre sua
condição sanitária, econômica, moral e política. Nas Empresas nos serviços exteriores
atuando junto à mulher e a criança, na direção de creches, formação moral, higiene e
concessão de benefícios. Já no serviço médico centra-se na puericultura, na profilaxia de
doenças transmissíveis e hereditárias, dentre outros. Na assistência judiciária atuam para
reajustar famílias ou indivíduos bem como serviços técnicos e estatísticos. No
departamento de Serviço Social do Estado de São Paulo atuarão como comissionarias de
menores abandonados, delinqüentes etc.

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