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FACULDADE MARTHA FALCÃO – WYDEN

ADMINISTRAÇÃO

FELICITA SOARES MURILHO 152120493

FINANÇAS CORPORATIVAS:
FUNÇÃO FINANCEIRA NAS ORGANIZAÇÕES E INVESTIMENTOS

Manaus – AM
2019

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FELICITA SOARES MURILHO 152120493

FINANÇAS CORPORATIVAS:
FUNÇÃO FINANCEIRA NAS ORGANIZAÇÕES E INVESTIMENTOS

Trabalho apresentado ao curso de


Administração, da Faculdade Martha Falcão –
Wyden, para avaliação e obtenção de nota
parcial na disciplina de Administração
Financeira.

Professor: Sylvanio Medeiros

Manaus – AM
2019
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Sumário

1. Introdução............................................................................................................................ 4

2. Atuação das Finanças Corporativas .................................................................................... 5


2.1. A relação com a contabilidade ......................................................................................... 6
2.2. O papel da ética ............................................................................................................ 6
2.3. Objetivo da empresa .................................................................................................... 7
2.4. Regime de caixa e competência ................................................................................... 9
2.5. Análise marginal .......................................................................................................... 9
3. Melhores Práticas em Decisões de Investimentos............................................................. 11
3.1. O processo de investimento de capital ....................................................................... 11
3.2. Investimentos, estratégia e lucros econômicos .......................................................... 13

4. Conclusão .......................................................................................................................... 14

5. Referências Bibliográficas ................................................................................................ 15

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1. Introdução

A área de finanças é ampla e dinâmica, afetando diretamente a vida de todas as


pessoas e organizações. Em todos os profissionais que atuam em áreas de responsabilidade,
como contabilidade, sistemas de informação, administração, marketing, operações e outras,
necessitam de conhecimentos básicos da função de administração financeira.

Todos os administradores, independente das especialidades de suas tarefas,


precisam justificar necessidades de contratação de mão-de-obra, negociar orçamentos
operacionais, lidar com avaliação de desempenho financeiro e vender propostas, escolher
investimentos e matéria-prima entre fornecedores, ao menos parcialmente, há uma análise com
base em seus méritos financeiros. Administradores que compreendem o processo decisório na
área financeira estarão mais capacitados a tratar de questões financeiras e, por seguinte,
conseguirão obter mais facilmente os recursos necessários para atingir seus objetivos.

O pensamento financeiro está presente no dia a dia de pessoas comuns também, por
exemplo, a compra mensal no supermercado, uma escolha de investimento pessoal ou decisões
que envolvem um grande investimento, como as compra de uma casa própria ou um veículo.
Todas as situações anteriores, envolve um controle de recursos e pesquisas entre concorrentes
para realizar bons negócios, ou seja, é fundamental uma avaliação para que o dinheiro seja
gerido apropriadamente.

As empresas investem em ativos que geram fluxos de caixa e lucros. As empresas


financiam esses ativos e contraem empréstimos, retendo e reinvestindo fluxos de caixa, e
vendendo cotas adicionais de ações a seus acionistas. O administrador, ou gestor financeiro,
precisa resolver duas questões de ampla dimensão: qual investimento a empresa deve fazer?
Como esse investimento será financiado?

O sucesso de uma organização depende de sua habilidade aproveitar todos os seus


gestores e funcionários de modo a agregar valor. Uma boa governança corporativa e incentivos
apropriados estimulam as pessoas a se reunir para aumentar valor.

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2. Atuação das Finanças Corporativas
Colocando em palavras claras e sem rodeios, pode-se definir finanças como as artes
e a ciência da gestão do dinheiro e preocupa-se com os processos, as instituições, os mercados
e os instrumentos associados à transferência de dinheiro entre indivíduos, empresas e órgãos
governamentais. O fato de praticamente todos os indivíduos e organizações receberem ou
levantarem, gastarem ou investirem dinheiro, torna a compreensão do campo de finanças é
essencial não somente para pessoas que trabalham com atividades financeiras, mas para
melhores decisões financeiras pessoais.

O porte e a relevância da função de administração financeira dependente do


tamanho da empresa. Nas pequenas empresas, a função financeira é geralmente desempenhada
pelo departamento de contabilidade, à medida que é expandida, essa função se transforma em
um departamento ligado diretamente ao presidente da empresa e com supervisão de um direto
financeiro.

Há outras funções de grande relevância nas finanças corporativas: o tesoureiro, que


normalmente tem a responsabilidade de gestão das atividades financeiras, como planejamento
financeiro e captação de fundos, tomada de decisões de investimento, gestão de caixa,
atividades de crédito, de fundo de pensão e administração da área de câmbio; e o controller,
que lida com atividades contábeis,, como a contabilidade gerencial, gestão de assuntos fiscais,
contabilidade financeira e contabilidade de custos. O foco de atenção do tesoureiro tende a ser
caráter mais externo, enquanto o do controller tende a ter caráter mais interno.

O campo das finanças está estreitamente relacionado ao da economia, uma vez que,
os administradores financeiros precisam compreender a estrutura econômica e está atento para
as consequências da variação dos níveis de atividade econômica e das mudanças de política
econômica, além de está preparado para usar as teorias econômicas como diretrizes para o
funcionamento eficiente da empresa, por exemplo, análise de oferta e demanda, estratégias de
maximização de lucro e teoria da formação de preços. O princípio econômico fundamental
usada na administração financeira é a análise marginal, ou seja, o princípio de que uma decisão
financeira deve ser tomada somente quando os benefícios adicionais superarem os custos
adicionais.

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2.1. A relação com a contabilidade

Uma das principais funções do contador, é produzir e divulgar dados para


mensuração de desempenho da organização, avaliando sua posição financeira, e para
pagamento de impostos. Essas demonstrações financeiras são preparadas de forma que se possa
reconhecer as receitas no momento de venda, com pagamento recebido ou não, e reconhecer as
despesas quando são realizadas, esse enfoque é chamado de regime de competência.

O administrador financeiro, por outro lado, dá ênfase aos fluxos de caixa, na entrada
e saída de caixa, ele mantém a solvência da empresa planejando os fluxos de caixa, reconhece
as receitas e despesas somente n oque diz respeito as entradas e saídas efetivas, visto que, uma
empresa precisa ter um fluxo de caixa suficiente para saldar suas obrigações. Assim sendo, o
administrador financeiro deve ir além das demonstrações financeiras para identificar problemas
existente ou futuros. Claramente, os contadores estão cientes da importância dos fluxos de
caixa, assim como os administradores financeiros usam e compreendem as demonstrações
financeiras baseadas no regime de competência.

Outra diferença básica entre finanças e contabilidade tem a ver com a tomada de
decisão. Os contadores dão alta atenção à coleta e apresentação de dados financeiros, os
administradores financeiros avaliam as demonstrações contábeis, produzem dados adicionais e
tomam decisões com base em sua avaliação dos retornos e riscos correspondentes.
Evidentemente os contadores tomam decisões importantes e os gestores financeiros também
trabalham com dados, mas os focos de atenção da contabilidade e da área de finanças são
distintos.

2.2. O papel da ética

Atualmente, a comunidade empresarial, em geral, e a comunidade financeira, em


particular, estão preocupadas com a instituição e aplicação de padrões de ética, tendo como
finalidade principal, motivar as empresas e os participantes do mercado a obedecer tanto ao
conteúdo quanto ao espírito das leis e normas da prática empresarial e profissional. Em sua
maioria, os líderes empresariais acreditam que as empresas fortalecem sua posição aso manter
padrões éticos.

Robert A. Cooke, recomenda em sua publicação Business Ethics: A Perspective,


que as seguintes perguntas sejam utilizadas para avaliar a viabilidade ética de uma ação
proposta:
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i. A ação é arbitrária ou caprichosa? Concentra-se injustamente em um indivíduo ou
grupo?
ii. A ação viola os direitos morais de algum indivíduo ou grupo?
iii. A ação está de acordo com os padrões aceitos?
iv. Existem alternativas de ação que tenderiam a causar menos dados efetivos ou
potenciais?

A análise de tais perguntas antes de prosseguir com alguma ação pode ajudar a
assegurar sua viabilidade ética. Cooke sugere que, antes de uma decisão proposta ser tomada,
seu impacto deve ser avaliado sob vários pontos de vista:

i. Esta ação está violando os direitos de algum grupo de interesse?


ii. A empresa tem algum dever superior com algum grupo de interesse?
iii. A decisão beneficiará algum grupo de interesse em detrimento de outro?
iv. Se houver prejuízo a qualquer grupo de interesse, como ele deve ser compensado,
se isso for possível?
v. Qual é a relação entre os acionistas e outros grupos de interesse?

Cada vez mais as empresas estão lidando diretamente com as questões éticas por
meio da instituição de políticas éticas e exigindo que os funcionários obedeçam a elas. É comum
as organizações investirem em seminários e programas de treinamento em ética. O
administrador financeiro deve identificar bens e serviços que agregue valor sem tomar medidas
ilegais ou antiéticas ou até descuidar de questões ambientais e de sustentabilidade.

2.3. Objetivo da empresa

As atividades do administrador financeiro devem ser realizadas de modo que se


atinjam os objetivos dos acionistas, sendo próspero nesse esforço, também estará alcançando
os objetivos financeiros e profissionais, desse modo, os administradores financeiros precisam
conhecer os objetivos dos proprietários da empresa, ou simplesmente, objetivos gerais da
organização.

Algumas pessoas acham que o objetivo da empresa é sempre maximizar o lucro. As


sociedades por ações comumente medem os lucros em termos de lucro por ação (LPA), o que
representa o resultado obtido no período para cada ação ordinária (espécie de ação que tem
direito a voto e não tem preferência especial no recebimento de dividendos ou em caso de
falência). Os valores de LPA são calculados dividindo-se o lucro total do período, disponível
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aos acionistas ordinários da empresa, pelo número de ações ordinárias. Mas será que a
maximização do lucro é um objetivo razoável para acionistas? Não, pelas seguintes razões:
ignora a distribuição dos resultados no tempo; ignora os fluxos de caixa disponíveis aos
acionistas e; ignora os riscos.

Lucros não levam necessariamente a fluxos de caixa para os acionistas. Os


proprietários da empresa recebem fluxos de caixa sob a forma de pagamento de dividendos em
dinheiro pela empresa ou com a venda de suas ações a preço superior ao de compra. Um LPA
mais alto não significa necessariamente que o conselho de administração de uma empresa
votará pelo aumento do pagamento de dividendos.

Uma das premissas básicas da administração financeira é que existe uma relação de
compensação entre retorno (fluxo de caixa) e risco. Retorno de risco são determinantes básicos
do preço da ação, o qual representa a riqueza dos acionistas na empresa. O fluxo de caixa e o
risco afetam o preço da ação de maneiras distintas: um fluxo maior de caixa está associado a
um preço mais alto da ação; risco maior tende a resultar em preço mais baixo, o acionista deve
se sentir recompensado pelo risco mais alto.

Como a maximização do lucro não permite atingir os objetivos dos proprietários da


empresa, ela não deve ser o objetivo da atuação do administrador financeiro, mas sim
maximizar a riqueza de seus proprietários, em nome dos quais ela é gerida. A riqueza dos
proprietários, numa sociedade de ações, é medida pelo preço da ação, que se baseia na
distribuição dos resultados (fluxos de caixa) no tempo, em sua magnitude e em seu risco.

Quando examinada cada alternativa de decisão financeira ou ação possível em


termos de impacto sobre o preço da ação da empresa, os administradores financeiros devem
aceitar somente aquelas alternativas que tendem a aumentar o preço da ação. Como o preço da
ação representa a riqueza da organização, a maximização sesse preço maximizará a riqueza dos
proprietários.

Embora a meta principal seja a maximização da riqueza dos acionistas, muitas


empresas ampliam seu foco de atenção para incluir outros grupos de interesse, que podem ser
compostos por funcionários, clientes, fornecedores, credores, proprietários e outros com
vínculo econômico direto com a organização. A meta não é maximizar o bem-estar desses
grupos, e sim mantê-lo. Espera-se um benefício de longo prazo para os acionistas, com a
manutenção de relações positivas com os grupos de interesse.

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2.4. Regime de caixa e competência

A diferença entre regime de caixa e regime de competências é uma questão


extremamente importante que influencia diretamente no cotidiano de um profissional de
finanças, isso porque tais regimes oferecem diferentes pontos de vista sobre o negócio, sendo
assim, utilizados com objetivos distintos.

Os eventos ou lançamentos contábeis são movimentações que afetam o patrimônio


da empresa, o regime de caixa e regime de competência são maneiras diferentes de realizar o
registro desses eventos. No regime de caixa, é levado em conta as receitas e os gastos logo na
data de recebimento ou pagamento, sem levar em consideração o momento em que as operações
são realizadas. O regime de competência é capaz de apresentar de maneira mais fiel a situação
financeira em que a empresa se encontra, considerando gastos quando são gerados, e não
quando são pagos.

Essa seria uma diferença simples, mas que é muito importante ser conhecida nas
finanças corporativas, assim como muitos outros conceitos contábeis.

2.5. Análise marginal

Esse conceito tem origem econômica, a análise marginal é uma ferramenta muito
importante para auxiliar o planejamento estratégico de uma empresa, permite que a organização
compare os custos incorridos aos benefícios obtidos por estratégias financeiras. Sua lógica é
comparar os custos de aplicação de várias medidas com o sues respectivos resultados, visando
aumentar a lucratividade.

A análise marginal é utilizada para auxiliar a tomada de decisões em uma


organização, permite a avaliação de custos e benefícios, tem o objetivo de maximizar a
lucratividade, tem sua origem no livro “Principles of Economics” do economista Gregory
Mankiw, no princípio chamado de “Rational People Think at the Margin” (traduzido como
“Pessoas racionais pensam na margem”). Segundo Mankiw, “as pessoas racionais sistemáticas
e propositadamente fazem o melhor que podem para alcançar seus objetivos, dadas as
oportunidades disponíveis”.

Na gestão financeira, a expressão mais utilizada para esse conceito é “análise de


custo-benefício”, mas usando como requisito básico uma unidade de medida comum, que dá
possibilidade de que os efeitos das decisões negociais sejam comparados a uma linha de fundo:

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o gerente identifica benefícios e custos futuros previstos, e a linha define as ações para
maximizar os benefícios líquidos.

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3. Melhores Práticas em Decisões de Investimentos
As empresas precisam de procedimentos para assegurar que todos os projetos e
propostas de investimentos tenham uma avaliação consistente, por isso é fundamental conhecer
como as organizações elaboram planos de orçamentos para investimentos de capital, como
autorizam projetos específicos e como verificam se tudo é cumprido conforme prometido.

Os gerentes tendem a entender se o que poderá contribuir para que um projeto tenha
sucesso ou venha a fracassar, assim, deve-se ter a capacidade de reconfigurar o projeto para
aumentar a sua possibilidade de sucesso. Entendo os motivos para fracasso do projeto, pode-se
decidir se é ou não válida a tentativa de eliminar as possíveis causas do insucesso. Algumas
despesas suplementares destinadas a estudos de mercado possam esclarecer certas dúvidas
sobre o grau de aceitação por parte dos consumidores.

Se o projeto tiver um Valor Presente Líquido (VLP) negativo, por exemplo, quanto
mais cedo for identificado, melhor será, mesmo que o projeto seja levado adiante, é esperado
que se saiba quais são os sinais de perigo e as medidas a serem adotadas.

3.1. O processo de investimento de capital

Na maior parte das empresas de grande porte, o processo de investimento começa


com a elaboração do orçamento de capital anual para investimentos, que é a lista de projetos
planejados para o ano seguinte. As propostas dos projetos são elaboradas nas próprias unidades
e são analisadas pelos gestores das divisões para, depois, seguirem para os gestores de nível
hierárquico superior e suas equipes de planejamento.

De modo geral, hipóteses inconsistentes imiscuem-se paulatinamente nos planos de


despesas. É por isso que a maior parte das empresas começa o processo orçamentário
estabelecendo previsões sobre os indicadores econômicos, como a inflação e o crescimento do
Produto Nacional Bruto (PNB), bem como previsões de itens particulares, que são importantes
para os seus negócios, tais como desenvolvimento do setor imobiliário ou as cotações das
matérias-primas. Essas previsões são, portanto, utilizadas como base para o orçamento dos
investimentos.

A maioria das empresas, também, exige a alocação de destinação de fundos para


cada uma das propostas. Esses pedidos incluem previsões detalhadas, análises de fluxos de
caixa descontados e informações que deem suporte à proposta. Muitos projetos de

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investimentos carregam uma etiqueta de alto preço, alguns, com formato do negócio daqui a 20
ou 30 anos. Outras empresas, definem limites em relação a dimensão dos projetos. Assim, a
provação final dos pedidos de destinação de fundos tende a ser reservada aos executivos da alta
administração.

A monitoração do progresso de grandes projetos é através da pós-auditoria logo


após os projetos de investimentos começarem a entrar em operação. Esses procedimentos
identificam problemas que precisam de reparo, confirmam a exatidão das previsões e sugerem
questões que deveriam ser feitas antes de o projeto ser empreendido.

Há diversos métodos com os quais as empresas tentam identificar e avaliar as


ameaças ao sucesso de um projeto. O primeiro é a análise de sensibilidade. Nesse caso, o gestor
considera, isoladamente, cada previsão ou pressuposição que influencia os fluxos de caixa e
recalcula o VPL em valores otimistas e pessimistas dessa variável. O projeto é “sensível” à
variável se o intervalo resultante de VPLs for amplo, sobretudo no lado pessimista. A análise
de sensibilidade geralmente recai em uma análise do ponto de equilíbrio, que identifica os
valores de equilíbrio de variáveis-chave.

As análises de sensibilidade e do ponto de equilíbrio são fáceis, e identificam as


previsões e pressuposições que efetivamente contam para o sucesso ou fracasso do projeto. As
variáveis importantes, no entanto, não se alteram isoladamente. Por exemplo, quando os preços
das matérias-primas são mais altos do que o previsto, é provável que os preços dos produtos
também sejam elevados. A resposta lógica é a análise de cenários, que examina os efeitos no
VPL quando se alteram diversas variáveis ao mesmo tempo.

Esse tipo de análise estuda um número limitado de combinações de variáveis. Se


você deseja se aprofundar ainda mais e examinar todas as possíveis combinações,
provavelmente terá de recorrer à simulação de Monte Carlo. Nesse caso, será preciso construir
um modelo financeiro do projeto e especificar a distribuição de probabilidades de cada variável
que determina fluxos de caixa.

Os bons gestores prestam grande atenção nessas opções ao avaliarem um projeto.


Uma maneira cômoda de analisar as opções reais e as suas consequências nos fluxos de caixa
consiste na criação de uma árvore de decisão. Ela identifica os principais fatores suscetíveis de
afetar o projeto e as medidas adequadas a serem tomadas. Então, partindo do futuro para o
presente, torna-se possível definir a medida que deve ser tomada para cada eventualidade.

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As árvores de decisão podem ajudar a identificar o impacto possível das opções
reais nos fluxos de caixa de um projeto, mas negligenciamos bastante o problema da avaliação
das opções reais.

3.2. Investimentos, estratégia e lucros econômicos

Todos os bons gestores financeiros desejam descobrir e empreender projetos com


valor presente líquido positivo. Eles calculam o VPL cuidadosamente. Mas os VPLs podem ser
positivos por duas razões: (a) a empresa pode, genuinamente, esperar obter lucros econômicos
e (2) há distorções ou erros nas previsões dos fluxos de caixa. Os bons gestores são conscientes
desses “falsos positivos” e tentam garantir que as probabilidades joguem a seu favor ao investir
em áreas em que a empresa tem claras vantagens competitivas. Dão atenção especial à estratégia
corporativa, que tenta identificar competências distintivas, e a introduz em mercados nos quais
podem ser gerados lucros econômicos. Eles evitam a expansão onde não existam vantagens
competitivas e os lucros econômicos pareçam improváveis. Não projetam no futuro os preços
correntes favoráveis dos produtos sem antes verificar se a entrada no mercado ou a expansão
dos concorrentes poderão acarretar que os preços caiam.

Os lucros que excedem o custo de oportunidade do capital são conhecidos como


lucros econômicos. No longo prazo, a competição elimina os lucros econômicos. Ou seja, em
um equilíbrio competitivo de longa duração, nenhum competidor pode se expandir e ganhar
mais do que o custo de capital do investimento.

Algumas vantagens competitivas se mantêm por mais tempo. Elas incluem patentes
ou tecnologias proprietárias; reputação, inserida em, por exemplo, marcas comerciais
respeitadas; economias de escala que os clientes não conseguem acompanhar; mercados
protegidos em que os concorrentes não conseguem entrar; e ativos estratégicos que não são
facilmente copiados pelos competidores.

Com o aumento da concorrência global, as empresas já não podem confiar tão


facilmente na estrutura de um setor de atividade para obter ganhos elevados. Os gestores,
portanto, também têm de ter certeza de que a empresa está posicionada dentro do seu setor para
assegurar uma vantagem competitiva. No mundo atual, as estratégias bem-sucedidas que
combinam proporções diferentes de liderança de custos, diferenciação de produtos e foco em
um nicho de mercado parecem ser a chave para obter uma posição única em um setor de
atividade.
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4. Conclusão
A administração financeira é o conjunto de ações que envolvem o controle,
planejamento e análise de todas as movimentações financeiras de uma empresa, residência ou
conta bancária. Este tipo de administração permite que o investimento de capital seja realizado
de maneira mais racional e otimizada, gerando lucro e economia.

A administração financeira pode ser destrinchada em algumas ações, são elas:


análise, planejamento financeiro, promoção da boa utilização de recursos financeiros, análise
de crédito, avaliação do fluxo de caixa e acompanhamento dos prazos. Com essas ações, o
responsável pela administração financeira se torna capaz de tomar algumas decisões
relacionadas ao dinheiro, escolher os melhores investimentos e avaliar os retornos obtidos.

Pelo benefício que a contabilidade proporciona à gestão financeira e pelo íntimo


relacionamento de interdependência que ambas têm é que se confundem estas duas áreas, já
que as mesmas se relacionam proximamente e geralmente se sobrepõem. São indiscutivelmente
necessárias as informações do balanço patrimonial, no qual se contabilizam os dados da gestão
financeira, que devem ser analisados detalhadamente para a tomada de decisão.

Os contadores admitem a extrema importância do fluxo de caixa, assim como o


administrador financeiro se utiliza do regime de competência, mas cada um tem suas
especificidades e maneira de descrever a situação da empresa, sem menosprezar a importância
de cada atividade já que uma depende da outra no que diz respeito à circulação de dados e
informações necessárias para o exercício de cada uma.

A análise de investimentos envolve decisões de aplicação de recursos com prazos


longos (maiores que um ano), com o objetivo de propiciar retorno adequado aos proprietários
desse capital. O orçamento de capital requer uma estimativa de fluxos de caixa livres que serão
obtidos com o projeto de análise. As previsões de investimentos em ativos, de vendas, também
de preços, de custos e despesas devem ser elaboradas da forma mais realista a acurada possível.

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5. Referências Bibliográficas
BREALEY, Richard A. Princípios de finanças corporativas. Richard A. Brealey, Stewart C.
Myers, Franklin Allen; tradução: Celso Roberto Paschoa ; revisão técnica: João Carlos Douat.
– 10. ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre: AMGH, 2013.

GITMAN, Princípios de Administração Financeira. Perason: 10 ed. São Paulo

ROSS, Stephen. Administração financeira: versão brasileira de corporate finance [recurso


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Alegre: AMGH, 2015.

Gazeta do Povo. Finanças empresariais. Fae Business School. Curitiba: Associação


Franciscana de Ensino Senhor Bom Jesus, 2002.

FILHO, Pedro. Administração financeira [recurso eletrônico] / Pedro Salanek Filho. – Dados
eletrônicos (1 arquivo: 5 megabytes).– Curitiba: Instituto Federal do Paraná, 2012.

BLB Brasil. Regime de caixa e regime de competência. Disponível em:


<https://www.blbbrasil.com.br/blog/regime-de-caixa-e-regime-de-competencia/>. Acesso em:
08 abr. 2019.

REIS, Tiago. Análise Marginal. Disponível em:


<https://www.sunoresearch.com.br/artigos/analise-marginal/>. Acesso em: 06 abr. 2019.

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