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PREFÁCIO
Mas, depois de tudo isto, ainda há lugar para um manual para instrução de
Primeiros Socorros? A resposta é simples: SIM!
O que faz a grande diferença é quem está por trás deste livro, qual o seu
olhar e a sua experiência sobre o assunto tratado, o que é que você pode passar
para o papel o que não se encontra em livros, mas a experiência lhe ensinou.
SUMÁRIO
CAPÍTULO I
ANATOMIA, FISIOLOGIA E USO DE EPI.
Conceito de anatomia e divisão do corpo ----------------------------------------Pág. 9
Sistema esquelético ------------------------------------------------------------------- Pág. 9
Sistema circulatório ------------------------------------------------------------------ Pág. 11
Sistema nervoso ---------------------------------------------------------------------- Pág. 13
Sistema respiratório ----------------------------------------------------------------- Pág. 13
Sistema digestório ------------------------------------------------------------------- Pág. 15
Sistema urinário ---------------------------------------------------------------------- Pág. 16
Sistema tegumentar ---------------------------------------------------------------- Pág. 16
Sinais vitais ---------------------------------------------------------------------------- Pág. 18
Utilização de EPI --------------------------------------------------------------------- Pág. 21
CAPÍTULO II
AVALIAÇÃO E ATENDIMENTO.
Formas de consentimento --------------------------------------------------------- Pág. 23
Definição de trauma e emergências clínicas ---------------------------------- Pág. 23
Algoritmo de atendimento ---------------------------------------------------------- Pág. 25
Vítimas inconscientes --------------------------------------------------------------- Pág. 26
Vítimas conscientes ----------------------------------------------------------------- Pág. 31
CAPÍTULO III
SUPORTE BÁSICO DE VIDA.
Parada cárdio-respiratória --------------------------------------------------------- Pág. 33
Obstrução das vias aéreas -------------------------------------------------------- Pág. 35
Desfibrilador externo automático ------------------------------------------------- Pág. 38
CAPÍTULO IV
HEMORRAGIAS, FERIMENTOS E ESTADO DE CHOQUE.
Estado de choque e classificação ------------------------------------------------ Pág. 40
Reconhecimento ---------------------------------------------------------------------- Pág. 41
Tratamento ----------------------------------------------------------------------------- Pág. 42
Hemorragias e Ferimentos --------------------------------------------------------- Pág. 42
Tratamento para hemorragias externas e internas -------------------------- Pág. 43
Ferimentos no crânio ---------------------------------------------------------------- Pág. 44
Ferimentos na face ------------------------------------------------------------------ Pág. 45
Ferimentos na orelha ---------------------------------------------------------------- Pág. 46
Ferimentos no nariz ------------------------------------------------------------------ Pág. 46
Ferimentos no pescoço ------------------------------------------------------------- Pág. 46
Ferimentos no tórax ----------------------------------------------------------------- Pág. 47
Ferimentos no abdômen ------------------------------------------------------------ Pág. 48
CAPÍTULO V
TRAUMAS MÚSCULO-ESQUELÉTICOS.
Fraturas --------------------------------------------------------------------------------- Pág. 50
Luxação --------------------------------------------------------------------------------- Pág. 51
Entorse ---------------------------------------------------------------------------------- Pág. 51
Trauma de crânio --------------------------------------------------------------------- Pág. 52
Trauma de tórax ---------------------------------------------------------------------- Pág. 54
Trauma de bacia ---------------------------------------------------------------------- Pág. 55
Trauma de coluna -------------------------------------------------------------------- Pág. 56
Fraturas na cintura escapular ----------------------------------------------------- Pág. 58
Fraturas em membros superiores e inferiores -------------------------------- Pág. 58
Fraturas expostas -------------------------------------------------------------------- Pág. 59
CAPÍTULO VI
QUEIMADURAS E CHOQUE ELÉTRICO.
Queimaduras e classificação ------------------------------------------------------ Pág. 62
Queimaduras graves----------------------------------------------------------------- Pág. 64
Procedimentos ------------------------------------------------------------------------ Pág. 64
Choque elétrico ----------------------------------------------------------------------- Pág. 65
Quadro clínico e tratamento ------------------------------------------------------- Pág. 66
CAPÍTULO VII
EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
Angina e infarto agudo do miocárdio -------------------------------------------- Pág. 68
Acidente vascular cerebral --------------------------------------------------------- Pág. 69
Desmaio -------------------------------------------------------------------------------- Pág. 70
Convulsão ------------------------------------------------------------------------------ Pág. 70
Asma ou bronquite ------------------------------------------------------------------- Pág. 71
Diabetes -------------------------------------------------------------------------------- Pág. 72
CAPÍTULO VIII
ANIMAIS PEÇONHENTOS
Definição -------------------------------------------------------------------------------- Pág. 75
Ação do veneno ---------------------------------------------------------------------- Pág. 75
Condutas ------------------------------------------------------------------------------- Pág. 76
Raiva ------------------------------------------------------------------------------------ Pág. 77
Conduta --------------------------------------------------------------------------------- Pág. 78
CAPÍTULO IX
AFOGAMENTO
Classificação do afogamento ------------------------------------------------------ Pág. 80
Tratamento ----------------------------------------------------------------------------- Pág. 82
Prevenção ------------------------------------------------------------------------------ Pág. 83
CAPÍTULO X
PARTO
Sinais de parto ------------------------------------------------------------------------ Pág. 85
Conduta --------------------------------------------------------------------------------- Pág. 86
Complicações de parto ------------------------------------------------------------- Pág. 87
Conduta --------------------------------------------------------------------------------- Pág. 87
CAPITULO I
OBJETIVOS DO CAPÍTULO
CAPÍTULO I
CONCEITO DE ANATOMIA
POSIÇÃO ANATÔMICA
SISTEMA ESQUELÉTICO
Figura 2
MÚSCULOS
MÚSCULO ESQUELÉTICO
SISTEMA CIRCULATÓRIO
Figura 3
O SANGUE
CORAÇÃO
No átrio direito, através das veias cavas inferior e superior, chega o sangue
venoso do corpo. O sangue passa pelo ventrículo direito e, deste, vai ao tronco
pulmonar e, em seguida através das artérias pulmonares direita e esquerda dirige-
se aos pulmões, onde ocorrerá a troca gasosa. Neste processo o CO2 é liberado
dos capilares pulmonares para o meio ambiente e o O2 é absorvido do meio
ambiente para os capilares pulmonares. Estes capilares confluem para formar as
veias pulmonares, que levam sangue rico em O2 para o átrio esquerdo. Deste, o
sangue passa para ventrículo esquerdo e, em seguida vai para a artéria aorta, que
inicia sua distribuição pelo corpo.
SISTEMA NERVOSO
SISTEMA RESPIRATÓRIO
SISTEMA DIGESTÓRIO
CANAL ALIMENTAR
SISTEMA URINÁRIO
SISTEMA TEGUMENTAR
Figura 8
SINAIS VITAIS
PRESSÃO ARTERIAL
PULSO
TEMPERATURA
RESPIRAÇÃO
FREQÜÊNCIA
Foto 1
CAPITULO II
AVALIAÇÃO E ATENDIMENTO
• .
OBJETIVOS DO CAPÍTULO
CAPÍTULO II
AVALIAÇÃO E ATENDIMENTO
AVALIAÇÃO INICIAL
INCONSCIENTE CONSCIENTE
TRANSPORTE
TRANSPORTE
EXAME DETALHADO
EXAME DETALHADO
AVALIAÇÃO CONSTANTE
COLETA DE DADOS
Foto 2.3
Foto 2.5
Foto 2.4
B – respiração
Utilizando a técnica do ver, ouvir e
sentir, o socorrista deverá observar a boa
respiração do paciente colocando seu ouvido
próximo à boca e o nariz com o rosto voltado
para o tórax a fim de sentir os movimentos de
expansão e contração e ouvir os ruídos
respiratórios (foto 2.6).
Foto 2.6
C – circulação
Na avaliação do comprometimento ou
falência do sistema circulatório, o socorrista
deverá verificar o pulso carotídeo em
crianças e adultos e pulso braquial em
lactentes. Durante a verificação da
circulação deve-se observar a presença de
hemorragias que comprometem a
funcionalidade do sistema circulatório (foto
2.7).
Foto 2.7
Foto 2.8
Foto 2.12
Foto 2.17
CAPÍTILO III
OBJETIVOS DO CAPÍTULO
CAPÍTILO III
SUPORTE BÁSICO DE VIDA
Foto 3.3
Utilizando a técnica do ver, ouvir e sentir para verificar a respiração durante um
intervalo de no mínimo 05 (cinco) segundos e de no máximo 10 (dez) segundos. Se
a vítima não respira, deverão ser efetuadas duas insuflações de resgate e observar
se há elevação torácica. Se o tórax não se elevar, o socorrista deverá reposicionar a
cabeça e liberar novamente as vias aéreas e realizar duas respirações de resgate
(fotos 3.4, 3.5 e 3.6).
Foto 3.11
Nas paradas não testemunhadas pelo socorrista, este deverá iniciar um ciclo de
RCP (reanimação cárdio-pulmonar) para depois providenciar o acionamento do
Corpo de Bombeiros e o DEA.
TRATAMENTO
Foto 3.12
Foto 3.20
Foto 3.29
Foto 3.30
CAPÍTULO IV
OS OBJETIVOS DO CAPÍTULO
CAPÍTULO IV
ESTADO DE CHOQUE
Classificação:
• Hipovolêmico
Tipo mais comum que o socorrista vai encontrar. Sua característica básica é a
diminuição acentuada de sangue e pode ser causado pelos seguintes fatores:
- Perda direta de sangue (hemorragia externa e interna);
- Perda de plasma como em casos de queimaduras, contusões e lesões
traumáticas;
- Perda de líquido pelo trato gastrointestinal provocando desidratação (vômito
e diarréia)
• Cardiogênico
Decorre da incapacidade do coração bombear sangue de forma efetiva. Pode
ser causado pelos seguintes fatores:
- Infarto agudo do miocárdio;
- Arritmia cardíaca;
- insuficiência cardíaca congestiva.
• Neurogênico
Causado por falha do sistema nervoso em controlar os vasos sanguíneos
causada por lesões na medula espinhal.
• Anafilático
O choque anafilático é uma reação alérgica aguda que ocorre quando um
indivíduo entra em contato uma segunda vez com algum agente. Os pacientes
extremamente alérgicos são mais susceptíveis a esse tipo de estado de choque que
pode ser causado pelos seguintes fatores:
- Picada de insetos;
- Alimentos;
- medicamentos;
- inalantes ambientais etc.
• Séptico
Condição anormal e grave causada por uma infecção generalizada. Nessa
infecção é liberada toxinas na circulação provocando dilatação dos vasos
sanguíneos.
Reconhecimento
• Pele pálida, fria e úmida;
• Pulso fraco e rápido (maior que 100 bpm);
• Respiração curta e rápida;
• Pressão sistólica menor que 90 mmhg;
• Perfusão capilar periférica lenta ou nula;
• Tontura e desmaio;
• Sede, tremor e agitação;
• Náuseas e vômitos;
• Rosto e peito vermelho, coçando, queimando, dificuldade respiratória,
edemas de face, lábios e língua (anafilático).
Condutas
• Tratar a causa (ex. estancar uma hemorragia, quando possível);
• Monitorar sinais vitais;
• Ministrar O2 se possível;
• Posicionar o paciente deitado, com as pernas elevadas desde que não
apresente TCE ou problemas cardíacos;
• Afrouxar suas roupas;
• Manter a vítima aquecida;
• Choque anafilático: transportar o paciente imediatamente para o hospital a fim
de obter cuidados médicos imediatos. Deve-se levar amostras do alimento,
rótulos da medicação, etc., desde que não haja perda de tempo.
HEMORRAGIAS
Hemorragia ou sangramento é a perda repentina de sangue do sistema
circulatório.
A resposta inicial do sistema circulatório à perda aguda de sangue é um
mecanismo compensatório, ou seja, ocorre vasoconstrição cutânea, muscular e
visceral para tentar manter o fluxo sanguíneo para os órgãos mais importantes para
a manutenção da vida. Ocorre, também, um aumento da freqüência cardíaca para
tentar manter o débito cardíaco. Assim, a taquicardia é muitas vezes o primeiro sinal
de choque hipovolêmico.
FERIMENTOS
São definidos como resultados de agressões sofridas por partes moles do
corpo oque provoca lesão tecidual. Sempre associado a um ferimento existe uma
hemorragia.
TRATAMENTO PARA HEMORRAGIAS EXTERNAS
FERIMENTOS NO CRÂNIO
Foto 4.7
TRATAMENTO
Foto 4.9
FERIMENTO NA FACE
FERIMENTO NA ORELHA
• Verificar se o sangramento provém do canal auditivo. Se não for
estanque a hemorragia;
• Se o ferimento for na orelha, fazer curativos compressivos;
• Em caso de avulsão, colocar o retalho no local e estabilizar com
curativo compressivo;
• Existe a possibilidade de TCE ou lesão na coluna;
FERIMENTO NO NARIZ
• Garanta a liberação das vias aéreas;
• Em caso de avulsão colocar o retalho no local;
• Em caso de epistaxe, colocar o paciente sentado com a cabeça
ligeiramente inclinada para frente e procurar recurso hospitalar;
FERIMENTO NO PESCOÇO
FERIMENTO NO TÓRAX
Ferimentos penetrantes no tórax podem produzir lesões abertas da parede
torácica. Estas lesões são mais freqüentes e resultam de agressões por armas de
fogo, armas brancas e objetos empalados.
A gravidade da lesão é proporcional ao tamanho da parede torácica atingida.
A perfuração do tórax ou lesões pulmonares podem levar o paciente ao
pneumotórax, ou seja, o ar passa para a cavidade torácica e se acumula entre o
pulmão e a pleura, causando compressão e impedindo que o pulmão se expanda, o
que compromete a respiração do paciente.
O ar que se acumula, entre a pleura e o pulmão, não tem acesso aos alvéolos
pulmonares, portanto não se difunde para a corrente sanguínea.
TRATAMENTO
• Manter as vias aéreas liberadas;
• Ministrar oxigênio;
• Fazer curativo oclusivo, prendendo três pontos com papel alumínio ou
plástico estéril a fim de criar um efeito de válvula permitindo a saída do
ar que está no espaço pleural e obstruindo a entrada de ar para este
espaço (foto 4.16);
• Transportar a vítima para o hospital deitada sobre o lado da lesão.
FERIMENTO ABDOMINAL
Lesões abdominais podem ser provocadas por objetos penetrantes ou
traumas fechados. Os ferimentos penetrantes, como por exemplo, os causados por
armas brancas ou de fogo são mais evidentes que os decorrentes de traumas
fechados. A evisceração ocorre quando um segmento do intestino ou outro órgão
abdominal passa através de uma ferida para fora da cavidade abdominal ficando
exposto (foto 4.17).
TRATAMENTO
CAPÍTULO V
TRAUMAS MUSCÚLO-ESQUELÉTICOS
OS OBJETIVOS DO CAPÍTULO
CAPÍTULO V
TRAUMA MÚSCULO-ESQUELÉTICO
FRATURAS
É uma ruptura total ou parcial da estrutura óssea, ou seja, o osso perde a sua
solução de continuidade e, em termos populares significa osso quebrado. Existem
quatro tipos de fraturas, conforme abaixo descritas:
LUXAÇÃO
SINAIS E SINTOMAS
ENTORSE
SINAIS E SINTOMAS
TRAUMA CRÂNIO-ENCEFÁLICO
Foto 5.1
SINAIS E SINTOMAS
TRATAMENTO
TRAUMA DE TÓRAX
SINAIS E SINTOMAS
• Respiração superficial;
FRATURAS DE COSTELAS
TRATAMENTO
Nas fraturas de uma ou duas costelas, desde que não haja instabilidade
torácica, coloque o braço da vítima sobre a área afetada sem comprimir e estabilize
com ataduras ou bandagens.
TÓRAX INSTÁVEL
O tórax instável geralmente é causado por um impacto no esterno ou na
parede lateral do tórax. Ex: Na colisão frontal de um veículo, o condutor, devido a
desaceleração abrupta, choca violentamente o esterno contra a coluna de direção
devido à continuação do movimento. A parede posterior do tórax continua em
movimento causando uma dobra dos arcos costais e estes fraturam. O tórax instável
ocorre quando duas ou mais costelas adjacentes são fraturadas em pelo menos dois
lugares. O segmento perde o suporte ósseo e a fixação na caixa torácica.
TRATAMENTO
TRAUMA DE BACIA
TRATAMENTO
TRAUMA DE COLUNA
SINAIS E SINTOMAS
TRATAMENTO
TRATAMENTO
TRATAMENTO
• Nas fraturas fechadas, a tentativa de reduzir a fratura deverá ser feita
uma única vez. Se encontrar resistência ou a vítima reclamar de muita
dor, imobilize na posição encontrada;
• Nas fraturas em articulações, entorses e luxações imobilizar na posição
encontrada;
• Checar pulso e perfusão capilar antes e depois da imobilização;
• A imobilização deverá atingir uma articulação acima e outra abaixo da
fratura;
• Em fraturas de úmero, além da utilização de talas, o socorrista deverá
estabilizar o movimento da cintura escapular;
• Nas fraturas de fêmur poderá ser utilizado uma tala de tração, desde
que a fratura não seja localizada na cabeça do fêmur ou ser exposta;
• O enfaixamento deverá ser executado sempre da extremidade para a
raiz do membro e nunca ao contrário;
Foto 5.11
FRATURAS EXPOSTAS
TRATAMENTO
• Fazer um curativo no local para impedir o sangramento e reduzir o
risco de infecções (foto 5.13);
• Não tentar recolocar o osso exposto na posição anatômica;
• Imobilizar na posição encontrada;
• Estabilizar a ponta do osso (foto 5.13);
• Movimentar a fratura o mínimo possível;
• Não limpar ou passar qualquer produto na ponta do osso;
• Monitorar os sinais vitais e prevenir o choque.
CAPÍTULO VI
OS OBJETIVOS DO CAPÍTULO
• Definir o conceito de queimaduras;
• Definir as queimaduras quanto à
profundidade;
• Definir as queimaduras quanto à
extensão;
• Saber como tratar as diversas
queimaduras;
• Descrever o choque elétrico;
• Formas de tratamento.
CAPÍTULO VI
QUEIMADURAS
Agente causador
• Físico - Chamas, vapor, objetos aquecidos, água quente, etc.;
• Eletricidade – corrente elétrica e descargas atmosféricas;
• Radiação – sol, aparelhos de raios-X, raio ultravioleta;
• Químicos – ácidos, álcalis (bases), álcool, gasolina etc.
• Biológico – Lagarta de fogo, águas vivas, medusas, urtiga.
Profundidade
Figura 10
Procedimentos
• Tornar o local seguro;
• Começar a Avaliação Inicial;
• Banhar o local com água fria;
• Utilizar compressa úmida somente quando a pele estiver íntegra e a
queimadura não atingir mais de 9% da área corporal;
• Utilizar curativo seco e estéril;
• Não passar nada no local e não furar as bolhas a fim de evitar infecções;
• Retirar partes das roupas não queimadas, e as queimadas aderidas no local,
recortar em volta;
• Cobrir as regiões queimadas com plástico estéril ou papel alumínio;
• Retirar os adornos;
• Estabelecer a extensão e profundidade das queimaduras;
• Ministrar O2 se possível;
• Prevenir o choque.
CHOQUE ELÉTRICO
Acidente causado pelo contato com a corrente de alta e baixa tensão elétrica.
A energia elétrica é convertida em calor quando entra em contato com a pele,
causando uma lesão térmica.
A lesão é auto limitada, ou seja, uma vez interrompida a corrente não causa
mais danos.
Vias de corrente
Podemos ter várias vias de corrente, sendo as mais comuns:
• mão – mão
• mão – pé
• pé – pé
Quadro clínico
A lesão cutânea é mínima quando comparada às
lesões profundas. Temos um ponto de entrada
QUEIMADURAS
(contato) e um ponto de saída (terra).
A corrente elétrica provoca alterações na
ALTERAÇÕES
despolarização cardíaca, podendo levar a arritmias,
CARDÍACAS
fibrilação e parada cardíaca.
Condutas
• Local seguro;
• Começar a avaliação inicial;
• Ministrar O2 se possível;
• Iniciar RCP se necessário;
• Tratar as queimaduras no ponto de entrada e saída da corrente elétrica.
• Queimaduras por choque elétrico, lembre-se, as lesões internas são mais
graves que as externas;
• Transportar para o Hospital.
CAPÍTULO VII
EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
OS OBJETIVOS DO CAPÍTULO
• Definir o conceito de emergências
clínicas;
• Identificar angina, infarto, desmaio,
acidente vascular cerebral, desmaio,
convulsão dentre outras;
• Formas de tratamento;
CAPITULO VII
EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
ANGINA
Sinais e sintomas
• Dor localizada (Esforço ou Emoção);
• Comumente dura de 2 a 15 min;
• Mal-estar intenso.
Figura 10
Condutas
• Confortar e acalmar o paciente;
• Manter a vítima em repouso e em posição confortável;
• Informar-se sobre o uso de vasodilatadores;
• Monitorar sinais vitais;
• Transportar para o hospital.
Lesão que pode levar a necrose (morte) de parte do músculo cardíaco devido
à falta de nutrientes e oxigênio por um período prolongado. Isso acontece devido ao
estreitamento ou obstrução da artéria coronária doente.
Sinais e sintomas
• Dor com forte intensidade e
prolongada (mais de 20 a 30 min.);
• Dor pode irradiar para áreas
adjacentes ao coração;
• Mal-estar (náuseas, vômitos,
sudorese e palidez);
Figura 11
• Perda da consciência, evolução do
estado de choque cardiogênico.
Condutas
• Mantê-la confortável, em repouso absoluto;
• Monitorar sinais vitais;
• Afrouxar as vestes apertadas;
• Iniciar RCP se necessário;
• Ministrar O2 se possível;
• Transportar para o hospital.
Sinais e sintomas
• Cefaléia, tontura, confusão mental;
• Alteração do nível de consciência;
• Hemiplegia (paralisia unilateral do
corpo);
• Desmaio, alteração visual, convulsão;
Condutas
• Assegurar abertura de vias aéreas;
• Monitorar sinais vitais;
• Manter o paciente em posição de recuperação;
• Ministrar O2, se possível;
• Proteger a vítima em caso de convulsão;
• Transportar para o hospital.
SÍNCOPE OU DESMAIO
Sinais e sintomas
Perda curta da consciência.
Condutas
• Afastar o paciente do local agressor;
• Monitorar sinais vitais;
• Manter o paciente deitado com os membros inferiores elevados;
• Afrouxar as vestes;
• Transportar para o hospital.
CONVULSÃO
Sinais e sintomas
• Perda da consciência;
• Abalos musculares;
Condutas
• Proteger a vítima e afastar objetos que possa machucá-la;
• Afrouxar as roupas apertadas;
• Não introduzir nada pela boca;
• Colocar o paciente deitado em decúbito lateral;
• Se em 5 minutos não passar, conduzir para o hospital.
ASMA OU BRONQUITE
Sinais e sintomas
• Dificuldade respiratória;
• Ruídos respiratórios audíveis;
• Uso de toda musculatura do tórax;
Figura 13
• Ansiedade e agitação;
• Cianose dos lábios;
• Tosse, catarro.
Condutas
• Afastar a vítima do local agressor;
• Repouso na posição sentado;
• Ministrar O2 se possível;
• Monitorar sinais vitais;
• Transportar para o hospital.
DIABETES
Doença de caráter hereditário ou adquirido caracterizada pela deficiência de
insulina, hormônio produzido pelo pâncreas. O paciente apresenta manifestações de
fome e sede exagerada, diurese freqüente e abundante, perda de peso e fraqueza.
Condutas
• Manter o paciente em repouso;
• Oferecer açúcar (através de sucos ou refrigerantes);
• Prevenir o estado de choque;
• Ministrar O2, se possível;
• Transportar para o hospital.
Sinais e sintomas
• Respiração normal ou superficial;
• Pele pálida, fria e úmida;
• Taquicardia e hipertensão;
• Hálito sem odor característico;
• Cefaléia e náuseas;
• Sensação de fome exagerada;
• Desmaio, convulsões ou coma.
Condutas
• Manter o paciente em repouso;
• Oferecer açúcar (através de sucos ou refrigerantes);
• Prevenir o choque e ministrar O2 se possível;
• Prevenir-se para o vômito;
• Transportar para o hospital.
CAPÍTULO VIII
ANIMAIS PEÇONHENTOS
OS OBJETIVOS DO CAPÍTULO
• Identificar as emergências com
animais peçonhentos;
• Ação do veneno de alguns animais;
• Formas de tratamentos para os
diversos tipos de ataque;
• Definir raiva e tratamento.
CAPÍTULO VIII
ANIMAIS PEÇONHENTOS
Ação do veneno
De modo geral, o veneno atua em todos os órgãos do corpo, mas sua ação é
mais freqüente e ocasiona maiores complicações nas áreas: (1) neurológica
(depressão), (2) hematológica (hemorragias), (3) nefrológica (insuficiência renal) e
(4) cardiovasculares (hipotensão e choque).
Foto 6.2
Foto 6.3
Foto 6.4
Conduta
• Iniciar a avaliação;
• Monitorar sinais vitais;
• Ministrar O2 se possível;
• Lavar o local da picada;
RAIVA
A raiva é uma doença causada por um vírus que ataca o sistema nervoso
central. O agente causador da raiva pode infectar qualquer animal de sangue
quente, porém só irá desencadear a doença em mamíferos como, cachorro, gato,
morcego e primatas.
Sinais e sintomas
• Pruridos no local da mordida;
• Cefaléia e irritabilidade;
• Náuseas, vômitos e mal estar moderado;
Na fase de excitação surge:
• Espasmos musculares intensos na faringe e laringe;
• Dores fortes quando deglute água (hidrofobia);
• Alucinações, insônia, agressividade em uma minoria de casos:
• Paralisia muscular, asfixia e morte arrastada.
Condutas
CAPITULO IX
AFOGAMENTO
OS OBJETIVOS DO CAPÍTULO
• Definir o conceito de afogamento;
• Descrever a classificação do
afogamento quanto ao tipo de água,
causa e gravidade;
• Identificar as vítimas de afogamento
conforme a gravidade;
• Saber tratar cada caso.
CAPÍTULO IX
AFOGAMENTO
CLASSIFICAÇÃO DO AFOGAMENTO
GRAU TRATAMENTO
Vale frisar que o líquido que costuma ser expelido, após a retirada da vítima
da água, provém do estômago e não dos pulmões, por isso, sua saída deve ser
natural. Não se deve provocar vômito pois pode gerar novas complicações.
CAPÍTULO X
PARTO
OS OBJETIVOS DO CAPÍTULO
• Identificar os sinais de parto
iminente;
• Condutas no auxílio ao parto;
• Sinais de complicação de parto e
condutas específicas;
CAPÍTULO X
PARTO
Conduta
• Colocar a paciente deitada em decúbito dorsal;
• Utilizar cobertores, lençóis ou toalhas dobradas embaixo das
nádegas mantendo o quadril elevado aproximadamente 5 cm
do local em que estiver deitada;
• Retirar as roupas que possam dificultar o nascimento do
Foto 7.1 lactente;
• Lembrar que a mãe deve estar em um local discreto e
confortável durante o processo;
• Lavar as mãos com água e sabão e utilizar luvas
esterilizadas do kit obstétrico;
• Posicionar alguém próximo a cabeça da mãe para encorajá-
Foto 7.2
la e confortá-la;
• Durante a passagem do bebê, na fase inicial do coroamento,
o socorrista poderá utilizar os dedos, médio e indicador de
ambas as mãos efetuando uma leve compressão no períneo,
Foto 7.3 para evitar a laceração desta região;
• Colocar uma das mãos abaixo da cabeça do lactente, a
outra por cima e faça um pequeno deslocamento para cima e
para baixo, a fim de liberar a passagem dos ombros;
Conduta
• Fazer análise da gestante;
• Monitorar os sinais vitais;
• Não tentar forçar a saída nem recolocar as partes do corpo no interior
da gestante;
• Procurar acalmar a parturiente;
• Colocar a paciente deitada em decúbito lateral esquerdo, ou na posição
mais confortável;
• Transportar para o hospital (maternidade)
BIBLIOGRAFIA
1. AMERICAN HEART ASSOCIATION, SBV PARA PROFISSIONAIS DE SAUDE.
Prous Science, São Paulo, Brasil Fev 2006.
10. THYGERSON, ALTON, Primeiros Socorros, Editora Randal Fonseca LTDA – 2002.
11. MARTINS, FELIPE JOSÉ AIDAR. A primeira Resposta: Manual de Socorro Básico
de Emergência. 7ª Ed. Belo Horizonte: Cruz Vermelha Brasileira, 2001.