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Órgão oficial de divulgação d'A Associação de Estudos Euclidianos

SE/94
Nº 3 - Ano II
Jan - Fev/94 A AEE elabora projeto para
a Semana Euclidiana de 94
O Com uma proposta de realização da SE/94, a diretoria d'A AEE se
prepara para apresentá-la em reunião com a prefeitura de Rio Par-
onforme anunciamos do.

B C na última edição, A
Associação de
O texto do projeto
Dos objetivos brasileiro.
A Semana Euclidiana pode Da proposta
Estudos Euclidianos configurar-se como uma ma- Assim como precariamente
já pensa na SE/94. neira extremamente frutífera realizado no ano de 1993, o

e O projeto que será


levado a São José
para apreciação da
prefeitura está
de fomentar a discussão entre
os jovens acerca de muitos te-
mas importantes da atualida-
de já refletidos na obra
euclidiana. Dessa forma, o
ciclo de estudos proposto pel'A
AEE configura-se da seguinte
maneira: 1) presença de inte-
lectuais das mais diversas áre-
as relacionadas com o

r
pensamento e a obra de euclidianismo, tais como soci-
pronto. Nossa Euclides da Cunha se presta- ólogos, jornalistas, escritores,
proposta prevê a riam como veículo de acesso a historiadores, cientistas polí-
realização de um essa discussão, criando um ticos e todos os que tiverem
movimento vivo e atuante com interesse em participar de uma
Seminário com verdadeiro espírito cultural. discussão aprofundada sobre

r temáticas que trans-


cendam o próprio
euclidianismo,
discutindo questões
É imprescindível, portanto,
a abolição do “euclidianismo”
que não transcende as própri-
as fronteiras, fechando-se no
temas euclidianos; 2) pales-
tras diárias intercaladas com
debates nos quais serão discu-
tidos pelos próprios alunos os
hermetismo digno do sentimen- temas abordados pelos

a nacionais, sem se
restringir a aspectos
elementares da vida
e da obra de
to religioso dogmático de ado-
ração do “suposto ídolo”. A
grande qualidade, sem dúvi-
da, do pensamento euclidiano
reside exatamente no seu po-
palestrantes, com a presença e
intervenção dos mesmos; 3)
transformação da maratona
cultural em uma prova eminen-
temente dissertativa nos mol-

n Euclides da Cunha.
A rigor, o projeto
já deveria ter sido
apresentado numa
tencial de acender as discus-
sões mais diversas e questio-
nar as posições, mesmo as mais
arraigadas.
Com base nessa idéia é que A
des já adotados em Semanas
Euclidianas anteriores, com a
ressalva de que a liberdade de
expressão deve atingir os limi-
tes máximos; 4) publicação das

t
AEE elaborou um projeto que melhores dissertações, se pos-
reunião programada julgamos inovador para trans- sível, na imprensa local e, com
para o final de formar a Semana Euclidiana certeza, no órgão de informa-
outrubro. Mas essa na maior oportunidade da vida ção d'A AEE distribuído gra-
reunião teve que ser desses jovens desenvolverem, tuitamente a todos os

e
mantendo contato com inte- maratonistas cadastrados,
cancelada, em lectuais de renome internaci- participantes desde 1975 e
virtude do faleci- onal, o espírito crítico e, as- outros interessados; 5) remu-
mento do pai do sim, adotarem as suas própri- neração compatível com a im-
as opiniões sobre as mais di- portância dos palestrantes e
prefeito de São versas questões. É objetivo d'A com o nível das palestras, atra-
José. Ela agora está AEE, ao elaborar tal propos- vés de patrocínios e bolsas que
(Edição fechada no marcada para o dia ta, que o ciclo de estudos da eventualmente poderão ser
Semana Euclidiana transfor- conseguidas; 6) estrutura para
momento em que a 26/2 (ver página 3). me-se num evento cultural em hospedagem e transporte dos
onça foi beber água) Ao lado, um resumo nível nacional, de maneira
do texto do projeto. inédita no panorama cultural (continua na pág.3)
2 - O Berrante

EDITORIAL
Datas
Atendendo a pedidos
estaremos divulgando, a partir
Sente-se antes de ler!
Você que se surpreendeu com a chega- espaço para o diálogo com a moçada.
desta edição, os dias dos da d'O Berrante nº 2, certamente cairá da Sim, por mais prestimosos que preten-
aniversários de nossos cadeira ao receber O Berrante nº 3. Con- damos ser, nem tudo é perfeito. Afinal, O
colegas, além de outras datas trariando todas as expectativas mais de- Berrante é o periódico mais sem periodi-
importantes. Pedimos testáveis, nosso a-periódico (pasmem!) cidade de que se tem notícia. Mas só o
desculpas se deixarmos alguém está outra vez nas mãos dos maratonistas. tempo e o engajamento de mais pessoas -
de fora, pois não temos Poderia ser além dos abnegados de sempre - neste
cadastrados os aniversários de pouco, fosse só trabalho é que poderá transformar A
todo mundo. Se você quiser "Estamos a isso. Mas, incrí- AEE e seu jornal em referência obrigató-
incluir o seu na lista, nos
escreva.
meio caminho de vel, nosso queri- ria (uau!) para a sociedade brasileira.
do órgão oficial O momento é de pensar no futuro.
Janeiro. Dia 5: Cristina mais uma Sema- de informação e Estamos a meio caminho de mais uma
Accorsi (Jundiaí). Dia 12: na Euclidiana. É prazer dobrou Semana Euclidiana. É hora de planejar
Siliane, a Bonitinha (São Paulo).
Dia 13: Prof. Paulo Dantas. Dia hora de começar de tamanho.
Nossa segunda
o reencontro e começar a reviver a ma-
gia. Até lá teremos muito que trabalhar
17: William Gonçales (Osvaldo a reviver a ma- edição, pode-se para que a SE deste ano seja melhor que
Cruz). Dia 19: Prof. Oswaldo
Galotti. Dia 20: Adriano Leite
gia." dizer, foi um su- a de 93. Os maratonistas não devem só
cesso. Recebe- reclamar. Devem se mobilizar para que a
(Franca). Dia 23: Regiane mos cartas, tele- nossa presença e o nosso espaço sejam
(Jundiaí), nossa querida “tia”. fonemas, cartões; maratonistas desapa- respeitados.
Dia 31: Daniela (São Paulo) e recidos há muito ressucitaram das cinzas Que Euclides nos guie (e nos livre das
Alessandra , a Lezinha de e deram ares de sua graça. O que nos garras de Félix, o malvado)!
Lorena. levou a investir mais alguns reais no André L.L. Daibes
Fevereiro. Dia 1º: Raquel Projeto Antônio Conselheiro, dando mais Presidente d'A AEE
Antonio (Jundiaí). Dia 2:
Cristiane Reda (Campinas). Dia
9: Guareide (Jundiaí). Dia 18:
Cartas
Adriana Cintra (Franca). Dia Saudades da SE nos aplicou uma injeção de ânimo Osvaldo Cruz, SP
Esse foi o primeiro “O Berrante” e coragem. A sua sugestão é muito boa, e aí
20: Prof. Stênio Esterer. Dia 21:
que eu recebi e adorei, apesar de Luciana Martinez Ceccato, São está a coluna de Datas ao lado.
Wandréia (Penápolis) e Lilian
Merli (Jundiaí). ter sido fechado aos 46 do 2º Paulo, SP *
tempo. Acho, inclusive, que ele é Continuem com ânimo e Mané, O Berrante é muito animal!
Voltando a janeiro, não
digno de prorrogação. coragem. Afinal, metade do tempo Pô, mas precisava pôr a nota do
poderíamos nos esquecer da
O texto que fala sobre a SE de 87, que faltava para a próxima SE já “contar parafuso”? As
data mais importante de todas.
intitulado “O dia seguinte”, caiu correu. O tempo passa, o tempo maratonistas não arriscam mais.
No dia 20, Euclides da Cunha,
“como uma luva” para mim. É voa... Perdi a moral com elas.
o Imortal, completa 128 anos de
vida! Volta Euclides!!! E incrível o tédio que nós (a Daniella, Jornal “animal” P.S.: Não seria melhor: “Volta
parabéns a todos. também de SP, e eu) sentimos no Recebi no começo do mês S’Anninha”?!?
dia seguinte à nossa chegada às (novembro) “O Berrante”. Super- Alex Rocha, São Sebastião da
Frases cavernas.
Todo o pessoal do “Miguel de
fudega, “animal” mesmo esse
jornal. Euclides deve ter dado
Grama, SP
O caso do “contar parafuso”
"Ou progredimos ou desapa- Cervantes” que participou da SE cambalhotas na tumba, ou melhor, (Frases, O Berrante nº 2) já
recemos" “adorou” a gororoba, os colchões na herma, com aquele passatempo era público. Quem sabe as
Frase-lema dos maratonistas de 3 cm cedidos com “muita boa do Alex, hein? maratonistas não se
na SE/86 vontade” e, é claro, o banheiro do Os Cânticos Euclidianos interessam por essa proveitosa
O maratonista é antes de alojamento, que é uma “coisa de merecem umas fitas, quem sabe a atividade. Pedir a volta de
tudo um forte! outro mundo.” Por todas essas moda no verão não seja a corno S’Anninha ao invés de Euclides
Frase-lema dos maratonistas razões todos nós queremos voltar music! também não é má idéia. Existem
na SE/87 pra lá no ano que vem. P.S.: Seria legal colocar n’O certos euclidianos que
"What shall do a man but to Aqui vão os agradecimentos do Berrante uma coluna com os adorariam...
merry..." pessoal do Miguel (incluindo as aniversariantes de cada mês, fica
Frase-lema dos maratonistas professoras Célia e Conceição) a a sugestão. P.S: Por motivos de espaço
na SE/88 toda essa Associação fudega que William Gonçales Cardoso, as cartas foram editadas
O Berrante - 3
2º CLICHÊ/SEMANA EUCLIDIANA 93
O texto do projeto
Divulgados os (continuação)
palestrantes também condizen- Paulo Sérgio Pinheiro (soció-
tes com a importância do even- logo e cientista político), Alaôr
ganhadores da to; 7) estrutura de apoio aos
palestrantes mais especifica-
mente no que diz respeito aos
Caffé Alves (advogado e pro-
fessor), Luiz Sérgio Modesto
(advogado e cientista políti-

Maratona
São José do Rio Pardo fez a "festa" ao levar as
equipamentos utilizados nas
suas palestras tais como im-
pressos e equipamentos audio-
visuais; 8) realização de pe-
co), Lilia Schwarcz (cientista
política e professora), Maria
Lúcia Montes (cientista políti-
ca e professora), Francisco
quenos eventos nos colégios e Foot Hardman (professor),
quatro primeiras colocações cidades tradicionalmente par- Roberto Ventura (jornalista),
Associação de Estudos Cardoso (Osvaldo Cruz) -
A Euclidianos obteve uma
lista parcial com os cinco
primeiros classificados na mara-
nota 7,6.
Paulo Herculano, segundo co-
ticipantes para despertar o in-
teresse pelo evento entre os
possíveis maratonistas e, prin-
cipalmente, promover um pri-
Valentim Faccioli (professor),
Edgard Carone (historiador),
José Ênio Casalechi (historia-
dor), Osvaldo Gallotti (médi-
tona da SE/93. São José do Rio locado, é sócio d'A AEE desde meiro contato desses alunos co e euclidianista), Walnice
Pardo surpeendeu a todos ao co- 1989, quando participou de sua com o movimento d'A AEE. Es- Nogueira Galvão (professo-
locar quatro maratonistas nesse primeira maratona. William ses eventos dependeriam ex- ra), Marilena Chauí (sociólo-
grupo de vencedores. Eis a lista Gonçales, o terrível de Osvaldo clusivamente do apoio da dire- ga), Elvis César Bonassa (jor-
dos nomes e suas respectivas Cruz e único dos cinco primeiros ção das escolas e das prefeitu- nalista), Fernando Moraes
ras; 9) para os participantes (escritor), Dalmo Dallari (ad-
notas: que não é riopardense, participou
de cidades onde não for possí- vogado e professor), Goffredo
1º) Fausto Salvadori Filho de duas SE's (92/93). Os outros da Silva Telles (jurista),
vel realizar os eventos supra,
(Sanzé) - nota 10; três alunos, inclusive o vencedor, seria enviado um manual con- Eduardo Suplicy (economista
foram estreantes em 93. tendo as informações básicas e senador), Mário Covas (se-
2º) Paulo Sérgio Hercula- A Associação procurou, junto à necessárias ao maratonista nador), Gilberto Dimenstein
no (Sanzé) - nota 8,4; Casa Euclidiana, obter o restante para que ele pudesse, de forma (jornalista), José Roberto
3º) Marco Aurélio da lista de classificação. No en- completa e atuante, participar Battochio (advogado e pres.
Gumieri Valério (Sanzé) - tanto isso não foi possível ao dos debates e discussões do da OAB).
menos até o momento de fecha- ciclo. Acreditamos que as pro- Dentro do projeto d'A AEE
nota 8; postas dos itens 8 e 9 reduzirão serão necessários, para 6 dias
mento desta edição.
4º) Luciano Riboli Raddi A AEE parabeniza os cinco co- a necessidade de palestras de palestras, 12 palestrantes
(Sanzé) - nota 7,7; introdutórias no corpo do ci- convidados. No que diz respei-
legas pelo desempenho que obti-
clo de estudos e colaborarão to à estadia e alimentação dos
5º) William Gonçales veram.
sobremaneira para a elevação palestrantes entedemos que de-
do nível dos debates e pales- verão ser instalados no Hotel
4º CLICHÊ/CONVOCAÇÃO tras. Manauara em quartos indivi-
Da realização duais e receber uma alimenta-
Reunião dos maratonistas Para proferir as palestras
propomos intelectuais, na sua
ção diferenciada em algum res-
taurante da cidade.
Dias 26 e 27 de fevereiro maioria, do estado de São Pau-
lo, pois além do aspecto econô-
Estimamos em 100 o número
de maratonistas participantes,
mico vantajoso é no nosso esta- alojados em ginásio de espor-
São José do Rio Pardo do que concentram-se os maio-
res estudiosos dos assuntos de
tes e recebendo refeições estilo
"bandeijão".
Bem na hora em que fechávamos a edição, a notícia foi Dessa forma, estimamos
interesse, sobretudo nas uni-
confirmada: está marcado para a data e o local acima um tão versidades estaduais (USP, como custo total para a reali-
sonhado encontro de maratonistas. Durante essa reunião Unicamp, Unesp). Não descar- zação do ciclo de estudos a
AAEE vai apresentar o Projeto SE/94 para as autoridades tamos, no entanto, os intelec- quantia de US$ 5.000 onde já
tuais de outros estados, ou ou- estão incluídas as despesas
municipais de São José do Rio Pardo. Marque a sua presença tros que tenham a contribuir concernentes à estruturação
e participe desse debate. Se estiver interessado em participar, mesmo não estando ligados a das palestras e divulgação do
entre em contato com nossa redação o quanto antes (Rua nenhuma instituição de ensino evento.
superior. (Obs.: você pode escrever para
Antonio Abdo, 99, CEP 04164-060, São Paulo, SP. Tel.: Listamos algumas sugestões O Berrante também para opi-
(011) 946-5573). Ou simplesmente apareça por lá. Todos a de nomes, alguns, inclusive, já nar sobre este projeto, fazendo
Sanzé do Rio Pardo. Oh, fudega! contactados e que demonstra- novas sugestões que poderão
ram interesse em participar: ser incluídas).
4 - O Berrante
ARTIGO I ARTIGO II
Declaração
de amor a
Encontro de
São José do
nganam-se nossos detratores se pretensos Dom Quixotes. Ora, em que
Rio Pardo E acham que nos deixamos vencer pese todo o idealismo admirável que
Fiquei em São José do Rio pelos acontecimentos da última Miguel de Cervantes imprimiu ao seu
Pardo do dia 8 ao dia 12. Nesta Semana Euclidiana, devido a este nosso fidalgo de la Mancha, e que nos perdoem
cidade principiei-me sob muitas silêncio dos últimos tempos. Aliás, não os professores de literatura hispânica e
angústias e momentos de nos deixamos vencer e nem sequer nos em particular nossos diletos amigos do
alegria, conheci muitas pessoas intimidamos com eles. Acontece que a Colégio Miguel de Cervantes, Dom
lindas por dentro e por fora, Semana Euclidiana, a convivência com Quixote era, no final das contas, apenas
senti muito em deixá-los sem me
aqueles estudantes que ainda se um velhinho senil meio doido, e que foi
despedir, mas motivos de saúde
obstinam a ir a São José do Rio Pardo, vencido pelos moinhos de vento.
fizeram-me partir.
Conheci ali também pessoas isso inocula na Não nos deixamos
que viviam próximas a mim, as gente um lirismo tal seduzir, porém, pelo
quais eu não sabia que eram tão que, caso não "Querem nos transfor- canto da sereia do
especiais. A cidade provou da permitíssemos que veni, vidi veci, pela
minha ira e da minha angústia e esse lapso de mar numa horda de prepotência fácil
só em casa percebi que guardo- tempo ocorresse, daqueles que se
a dentro de mim. Triste foi voltar seria possível que
hunos sanguinários, julgam donos da
à realidade e não poder trazer,
além das fotos, todos aqueles
f ô s s e m o s cujo único objetivo é verdade, que se
d e m a s i a d o crêem absolutos e
momentos inesquecíveis.
indulgentes com destruir os pilares do pior, onipotentes em
A cidade talvez tenha ficado
triste pois esperará que outro q u e m culto euclidiano" seus nichos de
ano venha, para que também os definitivamente vaidade. Temos
mesmos ou outros jovens não o merece. absolutamente claro
despertem-na à noite ou no dia A extensa polêmica causada em torno que sozinhos não somos nada e que a
para a vida, cantarolando da nossa participação, da participação Semana Euclidiana só pode ser feita em
músicas, desfrutando de suas d’A Associação de Estudos Euclidianos cooperação, porque ela é antes de tudo
praças em constante paquera, nas atividades acadêmicas da Semana isso: cooperação. Já no editorial de O
essa mocidade por quem pulsa Euclidiana 93 foi, diríamos, a única Berrante (nº 1, out./dez. 1992) escrevemos,
seu cobiçado coração.
novidade relevante da área. Essa a esse propósito: A solução para esses
São José do Rio Pardo,
polêmica, que teria sido absolutamente problemas (da Semana Euclidiana) passa,
agradeço a todos que me
fizeram cientes do teu existir. estéril não fosse seu mérito de ser obrigatoriamente, pela troca de experiência
polêmica, teve lances bizarros, que entre aqueles que a inventaram (e que até
Cilene Xavier Silva beiraram o nonsense clássico dos filmes agora a prestigiam) e aqueles que, agora,
(Jundiaí) dos Três Patetas (N. do A. - com diferença pretendem se esforçar para que ela evolua.
Maratonista participante da apenas no número de patetas...) ou a É isso que está sendo ignorado talvez
SE/93 comicidade ingênua dos desenhos do deliberadamente por nossos pretensos
(Continuamos esperando pela Gato Félix. A tentativa de nos constituir antagonistas (sic). Querem nos constituir
sua colaboração. Mande sua em anátemas do culto euclidiano (sic) numa horda de hunos sanguinários, cujo
carta para O Berrante com
produziu jóias do quilate de “isso é coisa único objetivo é destruir os pilares do
sugestões, críticas, opiniões
de comunistas e petistas radicais”; “assim culto euclidiano e se possível, não fazer
etc. Você também pode
mandar seus artigos, poemas, você atrapalha meu serviço” e, pérola prisioneiros, arrastando o nome de
contos, crônicas, quadrinhos das pérolas, a mimosa comparação de Euclides da Cunha pela lama e entoando
e adjacências para serem nossas gentis pessoas com os moinhos cânticos em louvor ao Conselheiro
publicados. Participe!) de vento a serem combatidos por (como se estivéssemos nos deparando
O Berrante - 5
3º CLICHÊ/NOTAS

paralelos Reformada a
Casa Euclidiana
A Casa Euclidiana finalmente
"... haverá muitos chapéus e poucas cabeças..." foi reformada no final do ano
(Antônio Conselheiro) passado. A AEE constatara, há
mais de um ano, graves proble-
com um antagonismo Euclides/ de Direito da USP, um dos mais mas na conservação do prédio.
Conselheiro, o que é totalmente promissores teóricos da semiótica Na cozinha havia, inclusive, uma
absurdo!), quando o que pretendemos é aplicada ao Direito, muito menos enorme fenda em uma das pare-
tão somente unir nossas cabeças e atacar Francisco Foot Hardman, da Unicamp, des, por onde já quase podia
outras frentes de trabalho. grande conhecedor da realidade passar uma cabeça. Foram fei-
A história do que ficou conhecido por brasileira e da obra euclidiana, dentre tos inúmeros apelos para sensi-
bilizar as autoridades, a fim de
Seminário Paralelo (sic) ilustra bem o tipo outros, que se dignaram a vir até São
obter recursos para uma refor-
de pensamento burocrático-autoritário José do Rio Pardo apenas pelo prazer da ma urgente.
que regeu nossas relações neste último ciência, e que traçaram para um pequeno No fim do ano passado a Se-
agosto. Planejado a princípio para ser e improvisado, porém seleto público, um cretaria Estadual de Cultura li-
um seminário destinado a universitários esclarecedor painel de como a mesma berou os recursos necessários
e ex-maratonistas, aqueles que já sabem arbitrariedade que autorizou a à reforma. Os reparos na cozi-
quantos parafusos tem na ponte, em Campanha de Canudos e à época de nha estão prontos e já foi auto-
quantas cidades Euclides morou, quem Euclides permeou a história da república, rizada a descupinização do pré-
disse a frase “é tempo de murici, cada um atravessou ditaduras e golpes de estado, dio e dos móveis.
cuide de si” - público usualmente não chegou aos nossos dias e até se podia AAEE registra
atendido pelas atividades da Semana respirar ainda no ano da graça de 1993,
Euclidiana até o momento - o Seminário às margens do Rio Pardo. Ele se tornou novos sócios
Nos meses de novembro e
Brasil de Euclides e o Nosso: Contrastes paralelo porque, devido aos inúmeros
dezembro A Associação de Es-
e Confrontos se propunha a discutir desencontros e contratempos ainda na tudos Euclidianos recebeu a ins-
não esses fatos fundamentais da obra fase de preparação da programação e crição de mais dois novos sóci-
euclidiana, porém do seminário em si, os. São eles Luciana Martinez
apenas se, a partir fomos totalmente Ceccato (São Paulo) e Émerson
da obra e do tempo "Não nos assustamos varridos da face Charnet (Gavião Peixoto). Se-
de Euclides, e oficial da Semana jam bem-vindos!
lastreados pela
com caras feias. Por- Euclidiana. Você, que ainda não se asso-
visão pioneira que que a prática bárbara Nunca quisemos ciou, está esperando o quê?
Recorte logo a ficha de inscri-
ele nos deu, o Brasil ser paralelos (sic).
mudou ou não, e se de cortar as cabeças Quisemos sim
ção da página 7 (tire xerox, se
não quiser estragar seu maravi-
sim ou se não, para dos inimigos não se usa ocupar o espaço lhoso jornal), preencha com le-
melhor ou pior - que sabemos que tra legível (pelo amor de
discussão essa que mais" podemos. Da mesma Euclides!) e envie para a Secre-
também se constituía forma que não taria Geral (Rua Luís Mori, 217,
em um nicho desistimos não CEP 18611-250, Botucatu, SP).
temático inexplorado. Essa abertura foi desistiremos. Porque temos o apoio dos Reserve logo o seu lugar no
mal compreendida e mal aceita: “Para lúcidos de São José do Rio Pardo e de céu.
que vir à Semana Euclidiana se não é fora. Porque não nos assustamos com Campeão de
para falar de Euclides? Isso é bobagem!” caras feias. Porque a prática bárbara de
Para nossa sorte, não acharam bobagem cortar as cabeças dos inimigos não se berrante
Márcio Della Torre, um
personagens como Paulo Sérgio usa mais. Porque o tempo de muitos
boiadeiro de São José do Rio
Pinheiro, do Núcleo de Estudos da chapéus e poucas cabeças não é
Pardo, é tri-campeão brasileiro
Violência da USP, a maior autoridade chegado. de berrante. A nota saiu no
brasileira em direitos humanos hoje, Mário Eduardo B.Baldini telejornal da Globo SPJá, em
nem Luís Sérgio Modesto, da Faculdade Secretário Geral d'A AEE 12/1. Tudo a ver, não?
6 - O Berrante
*** Peixoto). Os periódicos da sua ***
Notícias Os maratonistas do Colégio
Miguel de Cervantes, após o
Unesp/Araraquara são “animais”
em rock underground. Quem se
Por motivos financeiros, a AEE
deixou de enviar O Berrante nº 2
das regresso à caverna, tiveram
oportunidade de apresentar em
interessar pela coisa pode ligar
para (0162) 22-1044.
para uma parte de nossos colegas.
Sendo assim, eles o estão
sua escola algumas exposições *** recebendo agora, junto com o nº
cavernas sobre Euclides (vida e obra), os
maratonistas e a SE em geral,
O fogo dos maratonistas,
durante a SE, para receber as
3. Pedimos desculpas pelo atraso,
e informamos que aceitamos
revivendo um pouco do letras de nossas músicas era tanto doações em dinheiro, cheque e
“espírito” euclidiano. que previmos chuva de pedidos espécie.
A greve de mais de dois meses *** de exemplares de Cânticos ***
dos professores da rede pública, O Alex, lá de São Sebastião da Euclidianos. Estranhamente até E o Femp, hein? Pois é, já falamos
em São Paulo, atrapalhou Relva (numa boa) avisa que vai hoje não nos chegou pedido dos problemas que tivemos e que
decisivamente o esquema de invadir as ondas do ar da cidade algum. O que está havendo com nos impediram de convocar a
realização das Semaninhas com a sua piratíssima, porém livre, a moçada? Ainda há tempo de moçada para o Festival, em
Euclidianas. Assim, o projeto das Corsário Gospel, em FM 102 mudar isso. Utilize o cupom da p. setembro. A única maratonista
Semaninhas de Franca e Lorena MHz. 7 para fazer o seu pedido, testemunha foi a Raquel, nossa
ficou para o ano que vem. Outras *** mandando-o para a redação de O secretária-adjunta (isso porque
cidades estão na lista. O nosso Agradecemos pelas Berrante. O cupom também pode ela é riopardense). Pelo que
secretário geral, Mário, já planeja publicações estudantis que nos ser utilizado para você pedir as ficamos sabendo, o Femp deste
a Semaninha de Botucatu. enviou o Émerson (Gavião camisetas d’A Associação. ano foi o melhor de todos...

HISTÓRIA
início a galera mais próxima come- Eis que, no Carnaval do ano
POR QUE PAROU? çou a nos acompanhar. No dia
seguinte o pessoal do fundo tam-
seguinte, Luís Caldas mais
Moraes Moreira (que também já
bém aderiu, depois a turma do fez um encerramento do Femp, em
PAROU POR QUE? outro lado. No fim do Festival
eram cinco mil vozes num grito
86) pegaram a força de nosso
refrão, fizeram música dele e o
A SE sempre produziu "causos" memoráveis, só: Por que parou?... Parou por levaram para cima dos trios elétri-
que são relembrados e recontados pelos que?... Foi de arrepiar! cos na Bahia. E, se pintou no
Na Semana Euclidiana do ano Carnaval da Bahia, então é coisa
maratonistas de todos os tempos seguinte (88), esse sucesso foi boa e sucesso garantido. A moda
ntre os maratonistas existe todos estavam em frente à Praça relembrado. E novamente um mês se espalhou rapidamente por todo
E um consenso de que em 1987
tivemos uma das melhores -
Matriz tocando violão e cantan-
do. De repente o fôlego ameaçou
depois, no V Femp, os
maratonistas estiveram presen-
o país, como tinha de ser.
Esta história seria apenas uma
senão a melhor - Semanas acabar, e baixa um grande silên- tes para fazer a festa. A essa altu- coincidência? Talvez. As origens
Euclidianas dos últimos tempos. cio. Os maratonistas se entreo- ra os organizadores do Festival já daquilo que se convenciona cha-
Foi um ano em que, mais do que lham, não querem ser derrotados haviam institucionalizado o nos- mar de cultura popular são sem-
nunca, tudo poderia acontecer. pelo cansaço. Alguém pergunta: so grito de guerra, projetando-o pre muito difíceis de se localizar.
Uma história merece destaque. "Por que parou?" Um outro sai no no palco através de um canhão de Pode ser que em algum outro lu-
Quem não conhece o famoso re- apoio: "É isso aí, parou por que?" laser. E o seu sucesso se repetiu. gar, antes ou depois dos
frão Por que parou/Parou por E já que tudo tem que virar brin- Aí veio o detalhe. Todo ano é maratonistas, esse grito de guer-
que? De uns anos para cá tornou- cadeira, o coro de vozes foi au- contratado um show para realizar ra tenha surgido, e se sabe lá
se muito comum ouví-lo em meio mentando e, sem querer, se criava o encerramento do Femp. Em 88 como. A história que acabo de
aos mais diferentes lugares: ba- ali um novo grito de guerra dos esse show foi feito pelo músico contar é só uma teoria (uma hipó-
res, shows, estádios de futebol, maratonistas. Sim, porque daí em baiano Luís Caldas. E aquele pú- tese, dirão os mais pentelhos).
ginásios esportivos etc. Mas o diante, se o astral da moçada bai- blico que não lhe dava refresco, Mas é uma teoria viável e coeren-
que muito poucos sabem é que, xava, alguém puxava um Por que gritando Por que parou/Parou te com os fatos verídicos aqui
bem antes disso virar moda, os parou/Parou por que e os âni- por que incansavelmente, não narrados.
maratonistas já faziam a festa des- mos eram logo reestabelecidos. poderia deixar de chamar a sua
de a SE/87. Um mês depois veio o IV Femp, atenção. Luís Caldas chegou a
E haja fôlego para agüentar e um bom número de colegas es- parar uma música para ouvir me- Marcelo Lopes
aquela Semana. As fudegas pin- teve presente. A qualquer inter- lhor o nosso grito de guerra. Nós Editor ih-responsável d'O
tavam em qualquer hora e lugar. valo, por menor que fosse, os gritávamos e ele tentava de algu- Berrante e testemunha ocular
Numa daquelas madrugadas, já insaciáveis maratonistas solta- ma forma nos acompanhar na gui- das Semanas Euclidianas e dos
por volta das quatro da manhã, vam o seu grito de guerra. No tarra. Foi a glória! Femp's de 87 e 88
O Berrante - 7

A ASSOCIAÇÃO DE
Secretaria Geral
Rua Luis Mori, 217
ESTUDOS
CEP 18611-250 - Botucatu, SP EUCLIDIANOS Foto

FICHA DE INSCRIÇÃO DE ASSOCIADO


Nome:
Endereço:
Bairro: Cidade:
Estado: CEP: Telefone: ( )
Data de nascimento: / / R.G.:
Ano em que participou da SE:
Profissão:
Nome da escola que representou:
Endereço:

Assinatura:
Preencha com letra legível. Devolva à Secretaria Geral. Mande uma foto extra se desejar que lhe seja enviada a Carteirinha da Associação.

FICHA DE PEDIDOS
Desejo receber:
A Associação de
( ) Um exemplar de Cânticos Euclidianos
Estudos ( ) Uma camiseta d'A Associação de Estudos Euclidianos
Euclidianos Tamanho: ( )P ( )M ( )G
Nome:
Remeta para a Secretaria Geral
Rua Luis Mori, 217 Endereço:
CEP 18611-250 - Botucatu, SP CEP: Cidade: Estado:
Telefone: ( )

Expediente CEP 05410-002, São Paulo, SP, Raquel (São Paulo/São José do Números atrasados e
tel.: (011) 282-5545; Secretaria Rio Pardo), 1º tesoureiro: Newton correspondência em geral:
O Berrante - Editor ih- Geral: Rua Luís Mori, 217, CEP (Brasília), 2º tesoureiro: Newber contatar a redação d’O Berrante.
responsável: Marcelo Lopes - 18611-250, Botucatu, SP, tel.: (São Paulo/Botucatu), Diretor de Cartas e artigos enviados para
Redação: Rua Antonio Abdo, 99, (0149) 22-4129. Diretoria d’A Comunicação: Marcelo (São publicação poderão ser editados
V. das Mercês, CEP 04164-060, AEE - Presidente: André (São Paulo), Diretor de Assuntos em função do espaço disponível.
São Paulo, SP, tel.: (011) 946- Paulo), 1º-2º-3º vice-presidente: Estratégicos: Danilo (Franca), Os artigos assinados não refletem
5573. A Associação de Estudos Humberto (São Paulo/Franca), Diretor de Assuntos Aleatórios: necessariamente a opinião do
Euclidianos - Presidência: Rua Secretário Geral: Mário Rildo (São Paulo), Diretor de jornal. Tiragem: 150 exemplares.
Alves Guimarães, 1255, ap. 6, (Botucatu), Secretária Adjunta: Porra-Nenhuma: Elvis (Brasília). *****
8 - O Berrante
CANUDOS

Memória perigosa
No Centenário de Canudos se resgata a figura de Antônio Conselheiro, agora um herói e não
mais um vilão, como registrou a História. Símbolo da resistência e da luta dos sertanejos, o
Conselheiro é também o símbolo d'A AEE. Segue um resumo de matéria escrita por Júlio José
Chiavenato sobre Canudos e o Conselheiro, transcrita da revista Sem Fronteiras (outubro/93)
ntônio Vicente Mendes Maciel - Antônio posse de suas terras ociosas.

A Conselheiro para a historiografia, Bom Jesus


para o povo - é um dos personagens mais
caluniados do Brasil. Fanático, louco, su-
persticioso, traidor, ignorante, arruaceiro...
Em 1893, seguido por muita gente, o Bom
Jesus chega às margens do rio Vaza-Barris,
no sertão da Bahia, onde funda sua comuni-
dade: o Belo Monte - que os poderosos
Dos documentos oficiais, esses rótulos pas- depois chamarão de Canudos. Tem início ali
saram para os livros de história. Apenas re- o mais importante movimento social sertane-
centemente começou a mudar a imagem falsa jo nordestino. No Belo Monte todos vivem
que construíram para o Conselheiro. em comum: a terra é para todos, assim como
Nasceu em Quixeramobim, no Ceará, em é para todos o que ela produz. Plantam, criam
1830. Aos 6 anos, fica órfão de mãe. Menos de cabras, vendem peles, fazem queijo, fabricam
dois anos depois, o pai se casa novamente, e objetos de chifre e osso. Que exemplo mais
o menino será maltratado pela madastra. Lem- terrível para os latifundiários! O Bom Jesus e
brará da infância como um "período de dor", sua gente provam que a terra, repartida, ali-
mas aprende matemática, geografia, latim e menta a todos. No Belo Monte não há fome
francês. nem pobreza.
Depois de várias peripécias sai pelo mundo, A notícia corre pelo imenso sertão. Gente de
perambulando pelo sertão. Vai vivendo e todo canto vem juntar-se ao povo livre do
conhecendo os sertanejos, os sem-terra, os Belo Monte. No seu auge, a cidade chega a
posseiros perseguidos pela polícia. Mostra possuir cerca de 25 mil habitantes, constitu-
as injustiças, defende os fracos, condena os indo uma das maiores cidades nordestinas da
ricos. Fala a verdade: é um homem perigoso! época. Então, o poder acorda. Começa a re-
Não demora, prendem o Bom Jesus. E já pressão. Primeiro, espalha pelo país o boato
começam a chamá-lo, ironicamente, de "An- de que, no sertão da Bahia, um fanático "des-
tônio Conselheiro". As autoridades o exibem via" o povo e promove arruaças, roubando
como um louco que tem mania de dar conse- fazendas. Fazendeiros, clero e governo se
lhos. Mas o povo sabe quem é o Bom Jesus. unem para destruir esse "comunismo" peri-
Não é louco quem diz que Deus fez a terra para goso no sertão. Se o Belo Monte não for
todos. O povo se revolta contra a sua prisão. destruído, outros surgirão pelo Brasil inteiro.
As autoridades dizem que ele matou a mulher Na luta para exterminar o Belo Monte, além
e a própria mãe. Prova-se que é mentira. Livre, das armas, usa-se a mentira. Dizem que se
ele volta para junto do seu povo. Não é louco, trata de um foco monarquista, financiado por
e muito menos um vagabundo com "tendên- estrangeiros para derrubar a República. A
cia acentuada para a atividade mais inquieta gente do Bom Jesus luta até o fim. Derrota três
e mais estéril, o descambar para a vadiagem expedições. Por fim, a força bruta vence. Um
mais franca", como afirma Euclides da Cunha, exército de mais de 10 mil homens invade o
autor de "Os Sertões". Belo Monte, arrasando tudo.
É um líder do povo. Depois da "vitória" do exército, sobram
O povo viu os bons morrerem pela indepen- cerca de 4 mil crianças. A grande maioria é
dência, e a independência não veio. Ou che- vendida. As meninas, para serem prostitutas.
gou apenas para os ricos continuarem explo- Os meninos, para trabalhar como escravos.
rando. Assistiu o 13 de Maio e continuou O exemplo de Belo Monte começa a ser
sendo escravo dos donos da terra. Depois ressucitado. Seus humildes habitantes pro-
veio a República, mas tudo continuou como varam ser possível construir uma sociedade
antes: o coronel mandando e garantindo a justa. E por isso foram massacrados.

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