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Índice

1. Introdução ........................................................................................................................... 2

2. Orçameto do Estado............................................................................................................ 3

3. Ciclo Orçamental ................................................................................................................ 3

4. As regras de organização do orçamento ............................................................................. 5

5. A apresentação das despesas e das receitas no orçamento ................................................. 5

6. Conclusão ........................................................................................................................... 8

7. Referência bibliográfica ..................................................................................................... 9


1. Introdução

O presente trabalho com tema orçamento do Estado, pretende-se fazer uma abordagem do
orçamento do Estado. Em particular dos subtemas que compõem noção e âmbito de orçamento,
ciclo orçamental, as regras de organização de orçamento e as apresentações das despesas e
receitas orçamentais.

O Governo, após executar o orçamento do Estado, organiza toda a informação sobre as receitas
que cobrou e as despesas que pagou num documento que se chama Conta Geral do Estado, que
é remetido à Assembleia da República (AR) e ao Tribunal Administrativo (TA). O Tribunal
analisa esta conta e emite o respectivo relatório e parecer, para a AR que os usa na análise e
aprovação da conta.

Objetivo Geral: abordar de forma clara e objetiva o orçamento de estado.

Objetivo Específicos: apresentar o ciclo orçamental, as despesas e receitas do orçamento.

Metodologia: Neste estudo, utilizamos inicialmente a pesquisa em fontes bibliográficas,


através da busca por documentos que tratassem da temática de forma explicativa. Tratando-se
de trabalhos no âmbito da reflexão teórica, tais documentos são basicamente textos: livros,
artigos, etc.

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2. Orçameto do Estado

É o instrumento que documenta a atividade financeira do Estado, contendo a receita e o cálculo


das despesas autorizadas para o funcionamento dos serviços públicos e outros fins projetados
pelos governos.

Noção e âmbito de Orçamento

O Estado necessita, delimitar e regular as suas finanças. Neste caso, precisa de uma lei que
submeta a disciplina da sua receita e da sua despesa.

Ao lado dos elementos contábeis, imprescindíveis à sua configuração, o orçamento moderno


tornou-se uma complexo instituto de caráter jurídico, governamental, econômico e técnico.

Jurídico porque deflui da disciplina constitucional e infraconstitucional que lhe irroga.

Governamental, indica através de documentos, o modo de elaboração, aprovação e execução


dos planos e programas de obras, serviços, encargos financeiros etc.

Econômico, pois revela-se pela apreciação da conjuntura econômica e financeira, assumindo


forma de uma previsão da gestão orçamentária do Estado.

Técnico, uma vez que envolve o estabelecimento dos requisitos exigidos à prática dos fins
indicados nos itens anteriores, a classificação clara e racional de receitas e despesas, os
processos estatísticos para cálculo aproximado dos gastos e das compensações, apresentação
gráfica e contábil do documento orçamentário.

Assim, diz-se orçamento o instituto de carácter jurídico, governamental, econômico e técnico,


traduzido numa lei, cuja responsabilidade é programar, planejar e aprovar obras, serviços e
encargos públicos, bem como estipular plano financeiro anual para as entidades
constitucionais, com previsão da receita e autorização da despesa.

3. Ciclo Orçamental

O ciclo orçamental pode ser definido como um processo contínuo e dinâmico, por meio do qual
se identificam cinco etapas: elaboração, aprovação, execução do orçamento, auditoria e
avaliação do orçamento.

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Elaboração

A elaboração é fase do processo de construção da proposta orçamental por programa de


governo, ação e unidade orçamental. Nessa fase se estima a receita e se estabelecem as
despesas, apresentadas de forma padronizada e discriminadas conforme as várias classificações
exigidas nos dispositivos legais.

Aprovação

A aprovação deve obedecer ao prazo instituído na Constituição, que determina que o orçamento
deva ser votado e aprovado. Para cada ano deve ser elaborado o orçamento respectivo com
detalhes sobre receitas e despesas a serem realizadas. Depois de ser elaborado, o orçamento
deve ser aprovado, juntamente com o Plano Económico e Social (PES), pela Assembleia da
República (AR) antes de ser executado.

Execução

A execução do orçamento começa quando o governo inicia a realizar os gastos e a colectar as


receitas autorizadas pela Lei Orçamental. Entretanto, na prática orçamentos não são sempre
implementados da forma exacta como foram aprovados. Desvios podem acontecer como
resultado de alterações das condições anteriormente usadas como pressupostos.

A execução do orçamento permite também que seja produzida informação e documentação


comprovativa de que (não) foi possível atingir ou ultrapassar as metas definidas no orçamento.
Esses documentos servem para elaborar a CGE. Documentos que podem ser produzidos nesta
fase são os seguintes: relatórios anuais, semestrais sobre despesas e receitas, entre outros
documentos de suporte.

Auditoria e avaliação

É o último estágio do processo orçamental inclui várias atividades que têm o objetivo de medir
se os recursos públicos foram ou não usados efectiva e eficientemente.

As despesas devem ser sujeitas a revisão regular por profissionais de uma instituição
independente como uma empresa de auditoria. Os resultados de pesquisa da instituição de
auditoria devem ser submetidos ao poder legislativo que deve exigir que o executivo seja
responsável pelas suas práticas orçamentais.

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4. As regras de organização do orçamento

Anualidade

Conforme este princípio, o exercício financeiro é o período de tempo ao qual se referem a


previsão das receitas e a fixação das despesas.

Unidade

Este princípio tem como objetivo evitar mais de um orçamento dentro de uma mesma unidade
ou ente governamental, fazendo com que em cada exercício financeiro todas as receitas
previstas e todas as despesas fixadas.

Universalidade

Segundo este princípio, deve conter todas as receitas previstas e as despesas fixadas de todos
os poderes, entidades, fundos e fundações instituídas e mantidas pelo poder público.

Especificação

O princípio de especificação tem como objetivo impedir a inclusão de dotações globais para
atender as despesas. Assim, toda a despesa deve ser identificada no mínimo por elemento,
permitindo um maior controle da execução orçamental.

Equilíbrio

Por princípio do equilíbrio, entende-se que em cada exercício financeiro, o montante da despesa
não deve ultrapassar a receita prevista para o período. Uma razão fundamental para defender
esse princípio é a convicção de que ele se constitui num meio eficaz de limitar o crescimento
dos gastos governamentais.

5. A apresentação das despesas e das receitas no orçamento

Receita Estado – todos os recursos monetários ou em espécie, seja qual for a sua fonte ou
natureza, postos à disposição do Estado.

Empréstimos Internos – empréstimos que o Estado contrai dentro do País.

Empréstimos Externos – empréstimos que o Estado contrai fora do País.

Donativos – ofertas que o Estado recebe de organizações ou países.

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O total das receitas mobilizadas pelo Estado, em 2015, foi de 214.702.282 mil Meticais,
distribuídos da forma apresentada no quadro abaixo.

Recursos do Orçamento do Estado

Categorias Valores Peso (%)


Receitas do Estado 155.892.975 72,6
Donativos 18.677.390 8,7
Empréstimos Externos 30.999.653 14,4
Empréstimos Internos 9.132.264 4,3
Total 214.702.282 100

Despesa Pública é o gasto, pelo Estado, de recursos monetários ou em espécie, seja qual for a
sua proveniência ou natureza, com garantia daquelas em que o beneficiário se encontra
obrigado à reposição dos mesmos.

Apresentação do Orçamento da Despesa, Segundo a Classificação Funcional

Sectores Prioritários Dotação Execução


Actualizada
Valor %
Educação 45.563 41.815 91,8
Saúde 21.560 18.399 85,3
Infra-estruturas 28.743 21.592 75,1
Agricultura e Desenvolvimento Rural 13.193 11.366 86,1
Sistema Judicial 4.609 4.238 92,0
Outros Sectores Prioritários 6.130 5.035 82,1
Total Sectores Prioritários 119.799 102.446 85,5
Restantes Sectores 73.851 71.846 97,3
Despesa Sem Encargos da Dívida e Operações 193.650 174.292 90,0
Financeiras
Encargos da Dívida 7.622 7.622 100,0
Operações Financeiras 25.154 18.577 73,9
Despesa Total 226.425 200.491 88,5

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Como se pode ver neste quadro, a execução dos sectores económicos e sociais, em termos
globais, foi de 85,5% e a dos restantes sectores, de 97,3%. A despesa total foi de 88,5%, com
as operações financeiras a registarem 73,9% e os encargos da dívida, 100,0%.

Encargos da dívida abrangem as transações que conduzem à variação de ativos e passivos


mobiliários e financeiros do Estado.

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6. Conclusão

Ao decorrer do trabalho concluiu-se que objetivo de aprender mais sobre análise aplicada do
orçamento é aumentar a nossa capacidade e de uma organização de ter impacto na sociedade.
Os governos enfrentam os mesmos tipos de problemas como quaisquer cidadãos quando
elaboram o seu orçamento. Eles usam recursos limitados e fazem decisões difíceis quando
decidem como gastar o dinheiro. Governos precisam prestar atenção nos seus gastos

A lei do orçamento do Estado é lei que autoriza o Governo a cobrar receitas e utilizá-las nas
despesas. Se num determinado ano, o valor das despesas for maior que o das receitas, está-se
perante um Défice Orçamental.

A Assembleia da República, pela Lei n.◦2/2015, de 7 de Maio, autorizou o Governo a arrecadar


receitas e realizar despesas do funcionamento como salários dos funcionários, combustíveis,
água e luz, etc, e de investimento como a construção de estradas e pontes, escolas, centros de
saúde, etc.

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7. Referência bibliográfica

Renzio, P. (2009). Sociedade Civil e Monitoria de Orçamento Público. IESE, Maputo

Governo de Moçambique. (2009). Lei de Orçamento de Estado. http://www.dno.


gov.mz/docs/OE09/Lei_OE2009_Texto.pdf

Governo de Moçambique. (2010). Lei de Orçamento de Estado. http://www.dno.


gov.mz/oe10.html

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