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Pela primeira vez em 15 anos, MST não invade fazendas no Dia das Mulheres

Este ano, a jornada foi marcada por atos públicos em capitais, como São
Paulo e Salvador, sem a ocupação de prédios e áreas públicas ou particulares
Por Estadão Conteúdo
access_time8 mar 2019, 20h40
Sorocaba — Na primeira mobilização nacional durante o governo do presidente Jair
Bolsonaro, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)realizou
atos nesta sexta-feira (8), pelo Dia Internacional da Mulher nos principais Estados
do País sem invadir uma única fazenda. Em 15 anos, é a primeira vez que isso
acontece.
No ano passado, durante a jornada de março, mulheres do MST invadiram a
fazenda do então presidente Michel Temer (MDB), no interior de São Paulo, o porto
de Natal, a fábrica da Nestlé em São Lourenço (MG), a sede da Companhia
Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), além das sedes do Incra em Brasília e em
outras capitais, em ações que exigiram intervenção policial.
Este ano, a jornada foi marcada por atos públicos em capitais, como São Paulo,
Salvador, Belém, Porto Alegre e Maceió, sem a ocupação de prédios e áreas
públicas ou particulares. Os atos incluíram atividades culturais, oficinas artísticas e
homenagens a Marielle Franco, a vereadora assassinada no Rio de Janeiro. Houve
até distribuição de alimentos cultivados nos assentamentos para a população em
cidades de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Apenas em Ipiaú, na Bahia, 200
mulheres do MST e do Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM)
ocuparam a mineradora australiana Mirabela Nickel. A empresa foi desocupada
duas horas depois sem que os trabalhos fossem paralisados.
A atuação ‘comportada’ do maior movimento de luta agrária do País coincide com
a ofensiva de Bolsonaro para criminalizar o MST. Depois de nomear o ex-presidente
da União Democrática Ruralista (UDR), Luiz Nabhan Garcia, inimigo declarado do
MST, para a Secretaria de Assuntos Fundiários do Ministério da Agricultura,
Bolsonaro determinou aos órgãos do governo que só ouvissem movimentos sociais
com personalidade jurídica – o que excluiria o MST -, mas voltou atrás. O presidente
também ameaçou tratar como “ato de terrorismo” invasões de propriedades. O MST
informou que as ações do Dia Internacional da Mulher foram atos políticos em
defesa da reforma agrária, da luta das mulheres pelos seus direitos e contra a
reforma da Previdência. De acordo com Débora Nunes, da coordenação nacional,
as manifestações em todo o País foram pacíficas, mas atingiram o objetivo de
chamar a atenção da sociedade para “os ataques que a reforma agrária e os
movimentos de luta pela terra têm recebido do governo Bolsonaro”. Segundo ela, a
mobilização continua até o dia 14 e nenhuma forma de luta está descartada.

(Fonte: https://exame.abril.com.br/brasil/pela-primeira-vez-em-15-anos-mst-nao-invade-
fazendas-no-dia-das-mulheres/)
Mulheres de movimentos populares ocupam fazenda de João de Deus
Movimento afirma que objetivo é dar visibilidade a "um território que é fruto
do abuso, do estupro e da violência"
Por Agência Brasil
Publicado em 13 mar 2019, 12h56
Mulheres do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e do
Movimento Camponês Popular (MCP) ocuparam, na manhã de hoje (13), a fazenda
Agropastoril Dom Inácio, em Anápolis (GO).
A propriedade pertence ao médium João Teixeira de Faria, mais conhecido como
João de Deus, e que se tornou réu em duas ações penais sob acusações de
violação sexual mediante fraude e de estupro de vulnerável.
As vítimas seriam mulheres que frequentavam o centro espírita Casa Dom Inácio
de Loyola, em Abadiânia (GO), onde ele fazia atendimentos.
Em nota, o MST informa que a mobilização desta quarta-feira (13), que integra a
Jornada Nacional de Lutas das Mulheres Sem Terra, tem como objetivo dar
visibilidade a “um território que é fruto do abuso, do estupro e da violência”.
“Lutamos #PorTodasNós em um Brasil que, segundo a Organização das Nações
Unidas (ONU), é o quinto em mortes violentas de mulheres no mundo. Em um país
que, em pleno século 21, manda assassinar a sangue frio uma mulher, uma
vereadora democraticamente eleita. É #PorTodasNós que precisamos descobrir
quem são os mandantes da execução de Marielle Franco. Quem planejou e
contratou a sua morte? Exigimos saber que grupo político foi capaz de mandar
matar uma vereadora. Nosso compromisso é seguir como parte da necessidade da
luta permanente do atual momento em que vivemos”, diz a nota.
As manifestantes, segundo o MST, protestam contra o machismo e o patriarcado e
contra a desigualdade social e a concentração de riquezas. “Contra tudo o que nos
cala, nos humilha e nos mata, seguimos, por todas nós!”.
Ações
As ações penais que João de Deus responde têm como base denúncias oferecidas
pelo Ministério Público de Goiás. O médium permanece preso, embora
desembargadores da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
(TJ-GO) tenham concedido, nesta terça-feira (12), habeas corpus em favor dele e
de seu filho Sandro Teixeira, que teria cometido os crimes de coação de testemunha
e corrupção ativa, em 2016.
O motivo pelo qual João de Deus não pôde deixar a prisão foi o fato de que existem,
em outros processos em tramitação, outros mandados de prisão contra ele.
Ele se encontra, desde o dia 16 de dezembro de 2018, no Núcleo de Custódia do
Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia (GO).
(Fonte: https://exame.abril.com.br/brasil/mulheres-de-movimentos-populares-ocupam-
fazenda-de-joao-de-deus/)
Integrantes do MST ocupam sede do Incra e fazem caminhada pela reforma
agrária, no Recife
Movimento entregou manifesto sobre a reforma, nesta terça-feira (16).
Funcionários do instituto afirmam que foram impedidos de deixar o local.
Por G1 PE
16/04/2019 11h39
Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) ocuparam a
sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), nos Aflitos,
na Zona Norte do Recife, na manhã desta terça-feira (16). Em seguida, o grupo saiu
em caminhada em direção à sede da Secretaria de Desenvolvimento Agrário, no
Bongi, na Zona Oeste.
O ato faz parte das ações do Dia de Luta Pela Reforma Agrária, que ocorre na
quarta-feira (17), e do Abril Vermelho. Segundo o MST, cerca de mil pessoas
participaram do ato no Recife, que é também contra a violência. A Polícia Militar não
acompanha a ação.
Funcionários do Incra afirmaram que o grupo fechou os portões da sede e impediu
que os trabalhadores deixassem o local. Um manifesto em prol da reforma agrária
foi entregue a representantes do instituto.
O coordenador do MST em Pernambuco, Jaime Amorim, disse que a ocupação se
deu apenas pela manhã. "Estamos aqui para lutar contra o desmonte do Incra
também. Nós assumimos o compromisso de lutar pela reforma agrária. Enquanto
tiver um latifúndio improdutivo e uma família para ser assentada, vamos seguir na
luta", afirmou.
Após a entrega do documento, o grupo seguiu em caminhada para a Secretaria de
Desenvolvimento Agrário, onde outra cópia do manifesto deve ser entregue a
integrantes do governo estadual.
De acordo com a Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU), os
integrantes do MST chegaram à Secretaria de Desenvolvimento Agrário por volta
das 16h.
(Fonte: https://g1.globo.com/pe/pernambuco/noticia/2019/04/16/integrantes-do-mst-fazem-
ato-pela-reforma-agraria-no-recife.ghtml)
Justiça condena líderes do MST a um ano e nove meses de detenção por
invasão de fazenda na PB
Decisão do magistrado foi baseada em laudo técnico e depoimento de
testemunhas. Caso ocorreu em 2012, em Sousa, no Sertão da Paraíba.
Por G1 PB
18/12/2018 18h36
A Justiça da Paraíba condenou nesta terça-feira (18) João Rabelo de Sá Neto,
Cícera Soares Timóteo e Renan Cassimiro, líderes do Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) no Sertão do estado, à pena de um ano e
nove meses de detenção em regime aberto pela invasão, no dia 8 de março de
2012, da Fazenda Santana, localizada na cidade de Sousa.
A decisão do juiz Aluizio Bezerra Filho levou em consideração o artigo 202 do
Código Penal, que dispõe sobre o crime de invasão de estabelecimento industrial,
comercial ou agrícola. O relator determinou ainda a prestação de serviço à
comunidade ou entidade pública, a ser indicada pelo Juízo das Execuções Penais.
“A autoria e materialidade delitiva estavam comprovadas com base no laudo de
exame técnico-pericial e depoimentos de testemunhas, inclusive do vigilante da
fazenda”, enfatizou o juiz em sua decisão.
Os integrantes do MST foram acusados de invadir o galpão da propriedade,
localizada às margens da BR 230, no KM 450, dentro do perímetro irrigado das
Várzeas de Sousa, e destruir os agrotóxicos usados nas plantações. Eles teriam
liderado um grupo de cerca de 200 pessoas na manifestação, que queimaram pneus
e interditaram a rodovia.
Segundo a defesa dos envolvidos, a invasão à Fazenda Santana foi um protesto
contra o uso de veneno nas plantações, que estaria prejudicando a água, o solo, a
saúde dos moradores e animais da região.
(Fonte: https://g1.globo.com/pb/paraiba/noticia/2018/12/18/justica-condena-lideres-do-
mst-a-um-ano-e-nove-meses-de-detencao-por-invasao-de-fazenda-na-pb.ghtml)

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