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COMISSÃO SOCIOJURÍDICA DO CONSELHO REGIONAL DE SERVIÇO SOCIAL 4ª REGIÃO –

CRESS-PE

PESQUISA DO PERFIL DOS/AS ASSISTENTES SOCIAIS QUE ATUAM NO


SOCIOJURÍDICO EM PERNAMBUCO - 2017

RELATÓRIO

Recife, Junho de 2017.


INTRODUÇÃO

Este relatório versa sobre a Pesquisa do Perfil dos/as Assistentes Sociais que atuam
no Sociojurídico no Estado de Pernambuco – 2017 - conforme deliberação das reuniões da
Comissão Sociojurídica do CRESS-PE ocorridas no primeiro semestre do corrente ano.
Esta apresentou-se como demanda devido à necessidade de aprofundamento sobre
as condições concretas determinantes do trabalho dos/as assistentes sociais que compõe o
que chamamos de espaço ocupacional do “sociojurídico”.
Define-se como “sociojurídico”, conforme afirma Borgianni (2004, p. 44 e 45), como
“toda nossa intervenção [de assistentes sociais] com o universo do jurídico, dos direitos, dos
direitos humanos, direitos reclamáveis, acesso a direitos via Judiciário e Penitenciário”.
METODOLOGIA

Na Pesquisa do Perfil dos/as Assistentes Sociais que atuam no Sociojurídico no Estado


de Pernambuco – 2017 – utilizamos como ponto de partida o formulário de pesquisa sobre
o perfil dos/as assistentes sociais elaborado pelo CFESS – Conselho Federal de Serviço Social,
disponível no site do referido conselho.
Também tomamos como base para a elaboração do instrumental de pesquisa, o
levantamento realizado, em 2012, pela Comissão Sociojurídica do CRESS-PE anteriormente a
sua desativação.
Esta Pesquisa do Perfil dos/as Assistentes Sociais que atuam no Sociojurídico no
Estado de Pernambuco – 2017 – foi disponibilizada em formulário on line específico divulgado
durante o I Fórum de Assistentes Sociais do Sociojurídico de Pernambuco, ocorrido em
31/03/2017, tendo ficado disponível até 31/05/2017.
Nós obtivemos 86 respostas advindas de questões fechadas de múltipla escolha e
questões abertas, conforme modelo em anexo. E, por fim, para análise dos dados, utilizamos
o documento Excel e o relatório analítico disponibilizado no referido instrumento de pesquisa
on line.
A análise inicial foi realizada por integrantes da Comissão Sociojurídica do CRESS-PE,
4ª região no mês de junho de 2017.
ANÁLISE DOS DADOS

Em relação ao local de residência, os/as assistentes sociais que responderam


ao questionário, informaram que 50% residem na Capital pernambucana, outros

22,1% residem na Região Metropolitana e 27,9% residem no interior de Pernambuco.

No quesito “pertença racial”, os/as entrevistados/as responderam que 41,9% tem


pertença “parda”, 31,4% consideram-se “brancas”, 22,1% são pretas/negras. Os demais 4,6%
se consideraram indígenas, amarelas ou não responderam à referida questão.
Em relação à pertença religiosa, 39,5% dos/as assistentes sociais que responderam ao
questionário, intitularam-se católicos/as; 24,4% não tem pertença religiosa e 16,3% possuem
pertença protestante.

Em relação à quantidade de filhos/as, os/as assistentes sociais que responderam ao


questionário sobre o perfil no sociojurídico, responderam que tem, em média, 1(um) ou 2
(dois) filhos. Nessa questão, observa-se que 47,7% dos/as assistentes sociais não tem filhos/as,
conforme observa-se no gráfico abaixo. Por fim, apenas 4,7% tem 3 (três) filhos/as.
No que concerne ao lugar do/a assistente social na renda familiar, 33,7% tem os
rendimentos advindos do vínculo com o sociojurídico como renda principal, 33,7% como a
renda complementar e 30,2% tais rendimentos como a única renda familiar.

Dentre aqueles que estavam no universo da pesquisa, 71,1% dos/as assistentes sociais
concluíram seu curso de nível superior em instituição de ensino superior, sendo que 95,3%
fizeram o curso de Serviço Social na modalidade Presencial e 4,7% na modalidade EAD –
Educação à Distância.
Este mesmo universo pesquisado demonstra-nos a seguinte característica no que se
refere à pós-graduação:
 54% possuem especialização na área de Serviço Social;
 11% possuem mestrado acadêmico na área de Serviço Social;
 35% não possuem pós-graduação.
Em relação, ainda, à capacitação no sociojurídico e o quesito “tempo”, a questão “há
quanto tempo fez uma capacitação relacionada ao sociojurídico obteve as seguintes
respostas por parte dos/as assistente sociais: 48% haviam feito capacitação há menos de um
ano, 25,6% nunca fizeram curso na área, 14% fizeram curso há mais de dois anos e 9,3% há
mais de um e menos de dois anos fizeram curso relacionado ao Sociojurídico.

No que concerne aos vínculos profissionais, os/as assistentes sociais que responderam
ao questionário, 67,4% possuem um vínculo, 30,2% possuem dois vínculos e 2,3% possuem
três vínculos como profissional de Serviço Social.

Em relação ao espaço socioocupacional que o profissional tem no Sociojurídico, 61,6%


trabalham no Tjpe, 12,8% trabalham na Funase, 5,8% trabalham no CREAS, 4,7% no Ministério
Público e 4,7% no sistema prisional.
Em relação ao tipo de contrato, aqueles/as que responderam ao questionário 87,2%
possuem vínculo estatutário, 8,1% tem contrato temporário, 2,3% tem contrato CLT, 1,2% tem
vínculo como prestação de serviços e 1,2% tem vínculo como cargo comissionado. Estes/estas
responderam, ainda, que tem jornada semanal:
 77,9% - 30 horas semanais;
 16,3% - 40 horas semanais;
 3,5% - 20 horas semanais;
 1,2% - mais de 40 horas semanais;
 1,2% - menos de 20 horas semanais

No que concerne regime de trabalho contratado, 95,2% tem vínculo como diarista e
4,8% possuem “outros” regimes. E, particularmente à nomenclatura do cargo em que foi
contratado, os/as assistentes sociais receberam as seguintes nomenclaturas: 55,8% são
denominados “assistente social” e 44,2% são denominados “outros/as”. Em relação aos
“outros”, as principais nomenclaturas de cargo foram: analista judiciário, analista em gestão
socioeducativa, analista ministerial, técnico em Serviço Social e perito social.
No quesito “mudança de emprego nos últimos anos”: 52,3% não mudou de emprego,
32,6% mudou de emprego uma vez, 9,3% mudou duas vezes de emprego e 3,5 mudou três
vezes de emprego.
Em relação ao adoecimento em decorrência do vínculo de trabalho, 60,5% dos/as
assistentes sociais que responderam à pesquisa disseram que não adoeceram em decorrência
do trabalho e outros 39.5% responderam “sim” à mesma pergunta, conforme se observa no
gráfico abaixo:

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