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NORMA ABNT NBR

BRASILEIRA IEC
61241-10
Primeira edição
15.09.2008

Válida a partir de
15.10.2008

Equipamentos elétricos para uso na presença


de poeiras combustíveis
Parte 10: Classificação de áreas onde poeiras
combustíveis estão ou podem estar presentes
Electrical apparatus for use in the presence of combustible dust
Part 10: Classification of areas where combustible dusts are or may be
present
Exemplar autorizado para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO - 33.000.167/0036-31

Palavras-chave: Poeiras combustíveis. Classificação de áreas.


Descriptors: Combustible dusts. Area classification.

ICS 29.260.20

ISBN 978-85-07-00976-4

Número de referência
ABNT NBR IEC 61241-10:2008
21 páginas

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Sumário Página

Prefácio Nacional.......................................................................................................................................................iv
1 Escopo ............................................................................................................................................................1
2 Referências normativas ................................................................................................................................2
3 Termos e definições ......................................................................................................................................2
4 Classificação de áreas para poeiras combustíveis ...................................................................................3
4.1 Geral................................................................................................................................................................3
4.2 Objetivos da classificação de áreas para atmosferas explosivas de poeiras ........................................4
4.3 Procedimento de classificação de áreas para atmosferas explosivas explosiva de pós......................4
5 Fontes de liberação para atmosferas explosivas explosiva de pós ........................................................5
5.1 Geral................................................................................................................................................................5
5.2 Identificação de fontes de liberação............................................................................................................5
5.2.1 Sistema de contenção de poeira..................................................................................................................5
5.2.2 Fontes de liberação .......................................................................................................................................6
6 Zonas para atmosferas explosivas de pós .................................................................................................7
6.1 Geral................................................................................................................................................................7
6.2 Zonas para pós ..............................................................................................................................................7
6.3 Exemplos de zonas para atmosferas explosivas de pós ..........................................................................7
6.3.1 Zona 20 ...........................................................................................................................................................7
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6.3.2 Zona 21 ...........................................................................................................................................................7


6.3.3 Zona 22 ...........................................................................................................................................................8
6.4 Extensão das zonas para atmosferas explosivas de pó ...........................................................................8
6.4.1 Zona 20 ...........................................................................................................................................................8
6.4.2 Zona 21 ...........................................................................................................................................................8
7 Perigo da poeira em camada........................................................................................................................9
8 Documentação .............................................................................................................................................10
8.1 Geral..............................................................................................................................................................10
8.2 Desenhos, folha de dados e tabelas..........................................................................................................10
Anexo A (informativo) Exemplos de classificação de áreas.................................................................................12
A.1 Estação de esvaziamento de sacos dentro de um prédio sem exaustão..............................................12
A.2 Estação de esvaziamento de sacos (big bags) com exaustão ...............................................................13
A.3 Ciclone e filtro com saída limpa para fora do prédio...............................................................................14
A.4 Virador de tambor no interior de um prédio sem exaustão ....................................................................15
Anexo B (informativo) Risco de incêndio devido à ignição da poeira em camada por uma superfície quente
.......................................................................................................................................................................16
B.1 Regra 1 – Poeira em camada de espessura até 5 mm .............................................................................17
B.2 Regra 2 – Poeira em camadas superiores a 5 mm e até 50 mm de espessura .....................................17
B.3 Regra 3 – Poeira em camada de espessura excessiva............................................................................18
B.4 Regra 4 – Pesquisa em laboratório............................................................................................................18
Anexo C (informativo) Limpeza................................................................................................................................19
C.1 Introdução ....................................................................................................................................................19
C.2 Níveis de limpeza.........................................................................................................................................19
Bibliografia ................................................................................................................................................................21

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Prefácio Nacional

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras,
cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização
Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de
Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores
e neutros (universidade, laboratório e outros).

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras das Diretivas ABNT, Parte 2.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atenção para a possibilidade de que alguns dos
elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT não deve ser considerada
responsável pela identificação de quaisquer direitos de patentes.

A ABNT NBR IEC 61241-10 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-03), pela Comissão de
Estudo de Equipamentos Elétricos para Uso em Presença de Poeiras Combustíveis (CE-03:031.06).
O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 05, de 05.05.2008 a 03.06.2008, com o número de
Projeto 03:031.06-004.

Esta Norma é uma adoção idêntica, em conteúdo técnico, estrutura e redação, à IEC 61241-10:2004, que foi
elaborada pelo Technical Committee Equipment for Explosive Atmospheres (IEC/TC-31), Subcommittee Apparatus
for Use in the Presence of Combustible Dust (SC-31H), conforme ISO/IEC Guide 21-1:2005.
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Esta Norma e as outras partes desta série ABNT NBR IEC 61241 foram desenvolvidas para alinhar os métodos de
proteção associados com equipamentos elétricos para uso na presença de poeira combustível, com os métodos
de proteção similares associados com a série de normas ABNT NBR IEC 60079, onde aplicável.

A série ABNT NBR IEC 61241, sob o título geral “Equipamentos elétricos para utilização em presença de poeira
combustível”, tem previsão de conter as seguintes partes:

⎯ Parte 0: Equipamentos elétricos para utilização em presença de poeira combustível – Parte 0: Requisitos
gerais;

⎯ Parte 1: Proteção por invólucros “tD”;

⎯ Parte 2: Tipo de proteção “pD";

⎯ Parte 10: Classificação de áreas onde poeiras combustíveis estão ou podem estar presentes;

⎯ Parte 11: Proteção por segurança intrínseca “iD”;

⎯ Parte 14: Seleção e instalação;

⎯ Parte 17: Inspeção e manutenção de instalações elétricas em áreas classificadas (exceto minas);

⎯ Parte 18: Proteção por encapsulamento “mD”;

⎯ Parte 20: Métodos de ensaio;

⎯ Parte 20-1: Métodos para determinação da temperatura mínima de ignição de poeiras;

⎯ Parte 20-2: Método para determinação da resistência elétrica de poeiras em camadas;

⎯ Parte 20-3: Método para determinação da energia de ignição mínima de misturas poeira / ar.

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O Escopo desta Norma Brasileira em inglês é o seguinte:

Scope
This Standard is concerned with the classification of areas where explosive dust/air mixtures and combustible dust
layers are present, in order to permit the proper selection of equipment for use in such areas.

In this Standard, explosive dust atmospheres and combustible dust layers are treated separately.

This Standard assumes effective housekeeping based on a system of cleaning for the plant.

Introdução

As poeiras combustíveis são perigosas porque quando elas se dispersam no ar por quaisquer meios elas formam
atmosferas potencialmente explosivas. Além disso, a poeira combustível em camada pode inflamar e atuar como
fonte de ignição para uma atmosfera explosiva.

Portanto, os equipamentos instalados em um ambiente onde poeira em nuvem possa se formar devem ter um tipo
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de proteção adequado e uma temperatura de superfície limitada a um valor inferior à temperatura de ignição da
poeira em camada ou em nuvem.

Esta parte da NBR IEC 61241 fornece orientação para identificação das regiões onde possam ocorrer riscos de
poeiras combustíveis. O objetivo é permitir a seleção de equipamentos adequados. Critérios gerais e específicos
são fornecidos, com exemplos, para o procedimento de identificação das regiões.

A concepção do leiaute da planta freqüentemente possibilita a locação da maioria dos equipamentos em áreas de
menor risco ou não classificadas, reduzindo a quantidade de equipamentos especiais.

Esta Norma contém um anexo informativo com exemplos práticos para classificação de áreas (Anexo A).

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Equipamentos elétricos para uso na presença de poeiras combustíveis


Parte 10: Classificação de áreas onde poeiras combustíveis estão ou podem
estar presentes

1 Escopo
Esta parte da ABNT NBR IEC 61241 trata da classificação de áreas onde misturas de poeiras explosivas com o ar
e poeira combustível em camada estão presentes, de forma a permitir a adequada seleção de equipamentos
elétricos para uso nestas áreas.

Nesta Norma, atmosferas explosivas de poeiras e poeira combustível em camada são apresentadas
separadamente. Na Seção 4, a classificação de área para nuvens de poeiras combustíveis é descrita, com poeira
em camada agindo como uma das possíveis de fontes de risco. Na Seção 7 é descrito o perigo da ignição de uma
poeira em camada.

Esta Norma pressupõe um sistema eficiente de limpeza na planta industrial.

Os princípios deste documento podem também ser aplicados para os casos em que fibras combustíveis ou
partículas em suspensão possam oferecer riscos.
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Esta Norma é destinada à aplicação onde possa existir risco de presença de uma mistura explosiva de poeira
combustível com o ar ou poeira combustível em camada sob condições atmosféricas normais.

Esta Norma não se aplica a

⎯ minas subterrâneas,

⎯ áreas onde possa haver risco de presença de misturas híbridas,

⎯ poeiras de explosivos que não requeiram oxigênio atmosférico para combustão, ou substâncias pirofóricas,

⎯ falhas catastróficas que estejam além do conceito de anormalidade tratado neste documento (ver Nota 1),

⎯ qualquer risco proveniente de uma emissão de gás inflamável ou tóxico originário da poeira.

Este documento não leva em conta as conseqüências dos danos provocados por incêndios ou explosões.

NOTA 1 Falha catastrófica neste contexto seria, por exemplo, a ruptura de um silo de estocagem ou de uma esteira
pneumática.

NOTA 2 Em qualquer planta de processo, independentemente de seu tamanho, podem existir inúmeras fontes de ignição
além daquelas associadas aos equipamentos. Precauções adequadas serão necessárias para assegurar a segurança neste
contexto, mas estas estão fora do escopo deste documento.

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2 Referências normativas
Os seguintes documentos são indispensáveis para a aplicação deste documento. Para as referências datadas,
somente devem ser consideradas as edições citadas. Para as referências não-datadas, é aplicável a última edição
das mesmas (incluindo-se as emendas).

ABNT NBR IEC 61241-0, Equipamentos elétricos para uso na presença de poeiras combustíveis –
Parte 0: Requisitos gerais

IEC 61241-14, Electrical apparatus for use in the presence of combustible dust – Part 14: Selection and installation
of apparatus

3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, os seguintes termos e definições são aplicáveis.

3.1
área
região ou espaço tridimensional

3.2
condições atmosféricas
(condições de entorno)
condições que incluem variações de pressão e temperatura acima e abaixo dos níveis de referência de 101,3 kPa
(1 013 mbar) e 20 °C (293 K), assegurando que tais variações têm efeito desprezível nas propriedades explosivas
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da poeira combustível

3.3
mistura híbrida
mistura de substâncias inflamáveis em diferentes estados físicos, com o ar

NOTA Um exemplo de mistura híbrida é uma mistura de metano, poeira de carvão e ar.

3.4
poeira
pequenas partículas sólidas, incluindo fibras, em suspensão na atmosfera que assentam devido ao próprio peso,
mas que podem permanecer suspensas no ar por algum tempo (inclui poeira e flocos conforme definido na
ISO 4225)

3.5
atmosfera explosiva de poeira
mistura com ar, sob condições atmosféricas, de substâncias inflamáveis na forma de poeira, fibras ou flocos, na
qual após a ignição, a combustão é propagada por toda a mistura não consumida

[IEV 426-02-04, modificado]

3.6
poeira combustível
poeiras, fibras ou flocos que podem queimar ou incandescer no ar, bem como formar misturas explosivas com o ar
na pressão atmosférica e temperatura ambiente

3.7
área classificada (poeira)
região em que a poeira combustível em forma de nuvem está, ou pode vir a estar, presente em quantidades tais
que requeira precauções especiais para a construção e uso de equipamento elétrico para prevenir a ignição de
uma mistura explosiva poeira/ar

NOTA Áreas classificadas são divididas em zonas baseadas na freqüência e duração da ocorrência da mistura explosiva
poeira/ar (ver 6.1 e 6.2).

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3.8
área não classificada (poeira)
região em que a poeira combustível não está presente em quantidade suficiente para formar uma mistura
explosiva poeira/ar

3.9
sistema de contenção de poeira
partes internas dos equipamentos de processo, onde as substâncias são manuseadas, processadas,
transportadas ou estocadas, projetadas para evitar a liberação de poeiras para a atmosfera ao redor

3.10
fonte de liberação de poeira
ponto ou local que a poeira combustível pode ser liberada para a atmosfera

NOTA 1 Esta pode ocorrer a partir de um sistema de contenção de poeira, ou de uma poeira em camada.

NOTA 2 Fontes de liberação são classificadas nos seguintes graus, em ordem de severidade decrescente:

a) formação contínua de nuvem de poeira: local em que uma nuvem de poeira possa existir continuamente, ou que possa ser
liberada por longos períodos ou por curtos períodos que ocorram freqüentemente;

b) grau primário de liberação: uma fonte que possa ocasionalmente liberar a poeira combustível em operação normal;

c) grau secundário de liberação: uma fonte que não possa liberar a poeira combustível durante operação normal; se liberada,
ocorrerá apenas de forma não freqüente e somente por curtos períodos.

3.11
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extensão da zona
distância em qualquer direção a partir da borda da fonte de liberação até o ponto onde o perigo associado com a
liberação seja considerado extinto

3.12
operação normal
situação quando os equipamentos de processo estão operando dentro dos parâmetros de projeto

NOTA Liberações de poeira em pequena quantidade que possam formar uma nuvem ou camada (por exemplo, a partir de
filtros) podem ocorrer em operação normal.

3.13
operação anormal
falha no processo, previsível e que não ocorre freqüentemente

3.14
equipamento
máquinas, dispositivos fixos ou móveis, componentes de controle e instrumentação e sistemas de detecção ou
prevenção que, separadamente ou juntos, são necessários para a geração, transferência, estocagem, medição,
controle e conversão de energia ou processamento de substâncias, e que são capazes de causar uma explosão
através de suas próprias fontes potenciais de ignição

4 Classificação de áreas para poeiras combustíveis

4.1 Geral

Este documento adota conceito similar ao empregado para gases e vapores inflamáveis, utilizando a classificação
de áreas para avaliar os riscos de incêndio e/ou explosão com nuvens de poeiras.

Áreas classificadas e não classificadas são definidas em 3.7 e 3.8, respectivamente.

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Poeiras combustíveis formam atmosferas explosivas a partir de seu limite inferior de explosividade. Ainda que uma
nuvem com altíssima concentração possa não ser explosiva, o perigo existe devido à possibilidade da
concentração diminuir e entrar na faixa de explosividade. Dependendo das circunstâncias, nem toda fonte de
liberação será capaz de produzir uma mistura explosiva poeira/ar.

Poeiras que não sejam removidas por exaustão mecânica assentam em camadas ou acumulações em um tempo
que depende de suas propriedades, como o tamanho das partículas. Deve ser considerado que uma pequena
fonte de liberação contínua ou diluída, ao longo do tempo, é capaz de produzir uma camada de pó potencialmente
perigosa.

Os riscos das poeiras combustíveis são os seguintes:

⎯ formação de uma nuvem de poeira, de qualquer fonte de liberação, incluindo uma camada ou acumulação,
explosiva (ver Seção 5);

⎯ formação de poeira em camada que não seja capaz de formar uma nuvem de poeira e que possa inflamar-se
devido ao auto-aquecimento ou superfícies quentes, e apresentar risco de incêndio ou sobreaquecimento ao
equipamento. A camada que inflamou pode também atuar como uma fonte de ignição para uma atmosfera
explosiva (ver Seção 7).

Nuvens de poeiras explosivas e poeira explosiva em camada podem coexistir e, portanto, as fontes de ignição
devem ser evitadas.

Se isto não puder ser feito, recomenda-se então que sejam tomadas medidas para que a probabilidade de poeiras
combustíveis e fontes de ignição estarem presentes simultaneamente seja bem pequena para ser aceitável.
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Em alguns casos, pode ser necessário empregar algumas formas de proteção contra explosão, tais como
dispersão ou supressão.

Neste documento, atmosferas explosivas de poeira e poeira combustível em camada são tratadas separadamente.
Nesta Seção, a classificação de áreas para nuvens de poeira combustível é descrita, com poeira em camada agindo
com uma das possíveis fontes de liberação. O perigo da ignição da poeira em camada é descrito na Seção 7.

4.2 Objetivos da classificação de áreas para atmosferas explosivas de poeiras

Na maioria das situações práticas onde as poeiras combustíveis estão presentes, é difícil assegurar que uma
mistura poeira/ar explosiva nunca ocorrerá. Pode também ser difícil assegurar que o equipamento nunca atuará
como uma fonte de ignição. Portanto, nas situações onde uma mistura explosiva poeira/ar tenha probabilidade de
ocorrer, a segurança é obtida pelo uso de equipamento especialmente projetado para não atuar como uma fonte
de ignição.

Da mesma forma, onde a probabilidade de ocorrência de uma mistura explosiva poeira/ar for baixa, deverá ser
avaliado se a instalação de equipamento com requisitos menos rigorosos é possível.

4.3 Procedimento de classificação de áreas para atmosferas explosivas explosiva de pós

A classificação de área é baseada em diversas informações. A decisão para classificar uma área depende de o pó
ser combustível ou não. A combustibilidade do pó pode ser confirmada através de ensaios de laboratório.
O conhecimento das características das substâncias usadas no processo é necessário e recomenda-se que estas
sejam obtidas com um especialista. Deve ser levado em consideração o regime de operação e de manutenção da
planta, incluindo a rotina de limpeza. Conhecimento de engenharia especializada também é necessário para
fornecer informações sobre fontes de liberação existentes na unidade sob estudo. É necessária a cooperação dos
especialistas das áreas de segurança e de equipamentos. A definição das zonas de risco abrange somente a
formação de nuvens.

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O procedimento para identificar zonas de risco é descrito a seguir:

a) O primeiro passo é identificar as características da substância; se é combustível e, para os propósitos de


seleção do equipamento, tamanho das partículas, teor de umidade, temperatura de ignição mínima para
nuvem e camada e resistividade elétrica.

b) O segundo passo é identificar as regiões com poeiras em sistema de contenção ou com fontes de liberação
de pós, conforme 5.2. Pode ser necessário consultar os diagramas das linhas de processo e desenhos de
leiaute da planta. Este passo poderá incluir a identificação da possibilidade da formação de camadas de pó
conforme Seção 7.

c) O terceiro passo é determinar a probabilidade dos pós serem liberados destas fontes, ou seja, a probabilidade
de ocorrência de misturas explosivas poeira/ar nas várias partes da instalação, conforme 5.2.

Somente após estes passos é que as zonas podem ser identificadas e as suas extensões definidas. As definições
dos tipos de zonas, suas extensões e a presença de camadas de pó devem ser registradas no desenho de
classificação de áreas. (O desenho deve ser usado subseqüentemente como base para a seleção de
equipamentos).

Recomenda-se que as razões das definições adotadas sejam registradas no estudo da classificação de áreas,
para facilitar o entendimento nas revisões futuras. Revisões no estudo de classificação de áreas devem ocorrer a
partir de alterações do processo ou alterações das substâncias do processo ou se a emissão de pó ficar mais
comum devido à deterioração das instalações. É recomendado que as revisões sejam feitas periodicamente.

Tendo em vista que este documento cobre uma extensa gama de situações, nenhuma identificação exata das
medidas necessárias será dada para os diversos casos individuais. Portanto, é importante que o procedimento
indicado seja efetuado por profissional que tenha conhecimento dos princípios de classificação de áreas, das
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substâncias utilizadas no processo, da planta sob estudo e de seu funcionamento.

5 Fontes de liberação para atmosferas explosivas explosiva de pós

5.1 Geral
Atmosferas explosivas de pós são formadas a partir de fontes de liberação de pós. Uma fonte de liberação de pó é
um ponto ou local de onde o pó combustível pode ser liberado ou pode ser levantado, tanto que uma atmosfera
explosiva poeira/ar pode ser formada. Esta definição inclui camadas de pó combustível capazes de serem
dispersas para formarem uma nuvem de pó.

Dependendo das circunstâncias, nem todas as fontes de liberação necessariamente produzirão uma mistura
explosiva poeira/ar. Por outro lado, uma fonte de liberação diluída ou pequena e contínua, poderá depois de certo
tempo produzir uma camada de pó potencialmente perigosa.

Os tipos de fontes de liberação estão definidos em 3.10, como itens a), b) e c).

5.2 Identificação de fontes de liberação


As condições nas quais os equipamentos do processo, as fases do processo, ou outras atividades esperadas na
planta poderão vir a formar misturas explosivas poeira/ar ou mesmo a criar camadas de pó combustível, precisam
ser identificadas. É necessário considerar separadamente tanto o interior quanto o exterior do sistema de
contenção de poeira.

5.2.1 Sistema de contenção de poeira

Dentro de um sistema de contenção de poeira, o pó não é liberado para a atmosfera, mas como parte do processo,
nuvens de pó podem se formar continuamente. A freqüência da formação das nuvens depende do ciclo do
processo. O equipamento deve ser avaliado para operação normal, operação anormal e na condição de parada de
emergência, de forma que a ocorrência de nuvem e/ou depósito em camada possa ser identificada. Onde houver
possibilidade de formação de camadas espessas, convém que seja registrado no estudo (ver Seção 7 sobre
camadas de pó).

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5.2.2 Fontes de liberação

Fora do sistema de contenção de poeira, muitos fatores podem influenciar a classificação da área. Onde são
utilizadas pressões mais altas que a pressão atmosférica dentro do sistema de contenção de poeira (por exemplo,
transferência pneumática por pressão positiva), o pó pode ser facilmente soprado para fora do equipamento por
um vazamento. No caso de pressão negativa dentro do sistema de contenção de poeira, a probabilidade de
formação de áreas poeirentas fora do equipamento é muito baixa. O tamanho da partícula, o teor de umidade e,
onde aplicável, a velocidade de transporte, a taxa de extração de pó e a altura da queda podem influenciar o
potencial de liberação. Uma vez que o potencial de liberação do processo é conhecido, cada fonte de liberação
deve ser identificada e seu grau de liberação determinado.

Os graus de liberação são descritos a seguir:

⎯ grau primário de liberação, por exemplo, as imediações do ponto de enchimento ou esvaziamento de sacos;

⎯ grau secundário de liberação, por exemplo, portas de inspeção que precisam ser abertas ocasionalmente e
somente por um período muito curto, ou uma planta de manipulação de pós onde depósitos de pó estão
presentes.

Não convém que sejam considerados fontes de liberação durante operação normal e anormal os seguintes itens:

⎯ vasos de pressão mantidos fechados, incluindo seus bocais e portas de inspeção;

⎯ tubulações, dutos e derivações sem juntas;


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⎯ juntas de válvulas e juntas flangeadas, contanto que no projeto e na construção tenham sido adotadas
medidas preventivas quanto ao vazamento de pós.

Baseado na probabilidade da formação de misturas potencialmente explosivas poeira/ar, as áreas podem ser
designadas de acordo com a Tabela 1.

Tabela 1 — Designação de zonas dependendo da presença de pó combustível

Presença de pó combustível Classificação da área sujeita a nuvens de pó

Presença contínua de nuvem de pó 20

Grau de liberação primário 21

Grau de liberação secundário 22

NOTA 1 Alguns silos podem ser enchidos ou esvaziados apenas infreqüentemente, e seu interior pode então ser
classificado como Zona 21. Certos equipamentos dentro do silo podem ser usados somente quando o silo está no processo de
esvaziamento ou de enchimento. Recomenda-se que a seleção dos equipamentos leve em conta a probabilidade de uma
nuvem de pó estar presente enquanto o equipamento estiver em operação.

NOTA 2 Em caso de um raro evento de transbordamento de um grande recipiente de pó, pode haver a formação de uma
camada espessa de pó. Se qualquer camada espessa formada deste modo for removida rapidamente, ou se o equipamento
puder ser isolado, pode não ser necessário classificar a área como zona 22.

NOTA 3 Muitos produtos como grãos e açúcar contêm uma pequena quantidade de pó presente no grande volume de
material granular. Recomenda-se que a seleção dos equipamentos leve em conta o risco do material granulado ser
sobreaquecido e começar a queimar, mesmo que nenhuma explosão de pó seja provável ocorrer. Deverá ser avaliada a
possibilidade de material granular incandescente ser transportado através do processo, e criar um risco de explosão em outro
local da planta.

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6 Zonas para atmosferas explosivas de pós

6.1 Geral

Áreas classificadas para atmosferas explosivas de pós são designadas por zonas, de acordo com a freqüência e a
duração da ocorrência de atmosferas explosivas poeira/ar.

6.2 Zonas para pós

Camadas, depósitos e montes de pós combustíveis devem ser considerados fontes de risco que podem formar
uma atmosfera explosiva.

Zona 20

Região onde uma atmosfera explosiva de pó combustível na forma de nuvem está presente continuamente, ou por
longos períodos ou, ainda, freqüentemente por curtos períodos.

Zona 21

Região onde uma atmosfera explosiva de pó combustível na forma de nuvem, pode vir a ocorrer ocasionalmente
em condições normais de operação.

Zona 22
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Região onde uma atmosfera explosiva de pó combustível na forma de nuvem não é provável de ocorrer em
condições normais de operação, mas, se vier a ocorrer, será somente por um curto período.

6.3 Exemplos de zonas para atmosferas explosivas de pós

6.3.1 Zona 20

Exemplos de regiões com possível ocorrência de zona 20:

⎯ dentro do sistema de contenção de poeira;

⎯ funis, silos etc., ciclones e filtros;

⎯ sistemas de transporte de pós, exceto certas partes de transportadores de corrente (reddlers) e correias
transportadoras etc.;

⎯ misturadores, moinhos, secadores, ensacadores etc.

6.3.2 Zona 21

Exemplos de regiões com possível ocorrência de zona 21:

⎯ Áreas externas ao sistema de contenção de poeira e nas proximidades de portas de acesso para freqüentes
remoções de pós, ou que necessitem ser abertas por necessidade operacional quando internamente uma
mistura explosiva poeira/ar estiver presente.

⎯ Áreas externas ao sistema de contenção de poeira e nas proximidades de pontos de enchimento e descarga,
esteiras de alimentação, pontos de amostragem, tombador de caminhões, plataformas de descarga de
caminhões, pontos de transferência entre correias etc. onde não haja medidas preventivas contra a formação
de misturas explosivas poeira/ar.

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⎯ Áreas externas ao sistema de contenção de poeira com ocasional acúmulo de pó e também, devido às
características do processo, a camada de pó possa ser perturbada e venha a formar uma mistura explosiva
poeira/ar.

⎯ Áreas internas do sistema de contenção de poeira com provável ocorrência de nuvens explosivas de pós
(mas não continuamente, nem por períodos longos, nem freqüentemente), por exemplo: silos (se enchidos
e/ou esvaziados só ocasionalmente) e o lado sujo de filtros, se os intervalos de autolimpeza forem grandes.

6.3.3 Zona 22

Exemplos de regiões com possível ocorrência de zona 22:

⎯ Saídas de filtros de mangas que, em caso de mau funcionamento, possam emitir misturas explosivas
poeira/ar.

⎯ Locais próximos a equipamentos que são abertos eventualmente, ou que pelo histórico de operação,
apresentem vazamentos que, por trabalhar em uma pressão acima da atmosférica, venham a expelir pós,
como equipamentos pneumáticos, conexões flexíveis danificadas etc.

⎯ Armazenamento de sacos contendo pós. Eventual ruptura dos sacos pode ocorrer durante o manuseio,
causando a emissão de pós.

⎯ Regiões originalmente classificadas como zona 21 podem passar para zona 22 se medidas de controle forem
adotadas para prevenir a formação de misturas explosivas poeira/ar. Entre tais medidas inclui-se a exaustão.
Recomenda-se que as medidas sejam efetuadas nas proximidades dos pontos de enchimento e
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esvaziamento (de sacos), esteiras de alimentação, pontos de amostragem, tombador de caminhões,


plataformas de descarga de caminhões, pontos de transferência de esteiras etc.

⎯ Regiões onde haja monitoração com relação à formação de pós em camadas sujeitas a perturbações e desta
forma propiciem a formação de uma mistura explosiva poeira/ar. Somente se a camada de pó for removida
por limpeza antes que uma mistura explosiva poeira/ar possa vir a se formar é que a região pode ser
considerada como não classificada.

6.4 Extensão das zonas para atmosferas explosivas de pó

A extensão da zona para atmosferas explosivas de pó é definida pela distância, em todas as direções, a partir da
fonte de liberação de pó até o ponto onde o perigo relativo à presença de atmosfera explosiva seja considerado
inexistente. Recomenda-se que se considere o fato que uma poeira muito fina pode ser levada acima da fonte de
liberação pelo movimento do ar. Onde o estudo de classificação de áreas aponte pequenas áreas não-classificadas
entre áreas classificadas, é recomendável que a classificação seja estendida a toda a região.

6.4.1 Zona 20

A extensão da zona 20 inclui o interior de dutos e de equipamentos onde a produção e manuseio de misturas
explosivas poeira/ar estejam presentes continuamente, ou por longos períodos, ou freqüentemente.

Se uma mistura explosiva poeira/ar estiver continuamente presente fora do sistema de contenção de poeira, uma
classificação de zona 20 é exigida.

Condições que conduzam à classificação de zona 20 são proibidas em áreas de trabalho.

6.4.2 Zona 21

Na maioria das circunstâncias a extensão da zona 21 pode ser definida avaliando-se as fontes de risco que
possam causar misturas explosivas poeira/ar no ambiente.

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A extensão da zona 21 deve considerar:

⎯ O interior de equipamentos com manuseio de poeiras onde misturas explosivas poeira/ar são prováveis de
ocorrer.

⎯ Uma região externa ao equipamento, formada a partir de uma fonte de risco, dependendo de vários
parâmetros da poeira como quantidade, taxa de liberação, tamanho da partícula e teor de umidade.
Recomenda-se que esta zona permaneça limitada. Em certos casos, uma distância de 1 m ao redor da fonte
de risco é possível (estendendo-se verticalmente até o piso). Para áreas externas (ao ar livre), o limite da
zona 21 pode ser afetado em função dos efeitos climáticos como vento, chuva etc.

⎯ Nas regiões onde a propagação da poeira é limitada por estruturas mecânicas (muros etc.), estas podem ser
definidas como os limites da zona.

Na prática, pode ser desejável que toda a área seja classificada como zona 21.

6.4.3 Zona 22

Na maior parte dos casos, a extensão da zona 22 pode ser definida avaliando-se as fontes de risco que possam
provocar a ocorrência de misturas explosivas poeira/ar no ambiente.

A extensão da área formada por uma fonte de risco também depende de diversos parâmetros da poeira como
quantidade, taxa de liberação, tamanho da partícula e teor de umidade:

⎯ Em certos casos, uma distância de 1 m além da zona 21 e ao redor da fonte de risco é possível. Para áreas
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externas (ao ar livre), o limite da zona 22 depende dos efeitos climáticos como: vento, chuva etc.

⎯ Nas regiões onde a propagação da poeira é limitada por estruturas mecânicas (muros etc.), estas podem ser
definidas como os limites da zona.

Na prática, pode ser desejável que toda a área sob estudo seja classificada como zona 22.

Uma zona 21 não confinada (não limitada por estruturas mecânicas, por exemplo: um vaso com uma porta de
acesso aberta) localizada em ambiente fechado será sempre contornada por uma zona 22.

NOTA Se, durante uma atualização de um estudo de classificação de áreas, poeira em camada for encontrada acumulada
fora da região definida anteriormente como zona 22, uma nova classificação pode ser requerida, considerando-se a extensão
da camada e eventuais distúrbios nela que possam vir a produzir uma nuvem.

7 Perigo da poeira em camada


No interior de um sistema de contenção onde os pós são manuseados ou processados, normalmente a formação
de poeira em camada não pode ser impedida ou controlada, porque faz parte do processo.

Em princípio, a poeira em camada na parte externa do equipamento pode ter sua espessura controlada por uma
rotina de limpeza. Ao identificar as fontes de risco, é importante discutir as características da limpeza com a
gerência da planta. Os efeitos da limpeza na formação de poeira em camada são discutidos no Anexo C.
Por exemplo, quando o responsável pela seleção do equipamento entender que a planta é livre de poeira em
camada, uma camada máxima de 5 mm de poeira sobre a superfície seria aceitável (devido à eventual interrupção
da limpeza por curto período).

O risco de incêndio de uma poeira em camada devido à ignição por uma superfície quente e a máxima
temperatura de superfície para que o equipamento selecionado não cause ignição são abordados no Anexo B.

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8 Documentação

8.1 Geral

É recomendado que o estudo de classificação de áreas seja executado de tal forma que as várias considerações
feitas sejam adequadamente documentadas.

Toda informação aplicável deve ser referenciada. Exemplos desta informação, ou do método utilizado, incluem:

a) recomendações de códigos ou normas aplicáveis,

b) avaliação da dispersão de poeira de todas as fontes de risco,

c) parâmetros dos processos que possam influenciar a formação de misturas poeira/ar e de poeiras em camada.

Os resultados do estudo de classificação de áreas e quaisquer alterações posteriores devem ser registrados.

As propriedades das substâncias utilizadas na planta e consideradas no estudo devem ser listadas.
Tal informação deve incluir, por exemplo, as temperaturas de ignição para nuvem e camada, limites de
explosividade, resistividade, teor de umidade e tamanho da partícula.

8.2 Desenhos, folha de dados e tabelas

Recomenda-se que os documentos de classificação de áreas incluam desenhos em planta baixa e cortes onde
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necessário, mostrando os tipos e extensões das zonas, a extensão da poeira em camada, as mínimas
temperaturas de ignição, e também a máxima temperatura de superfície permitida para o equipamento a ser
selecionado, para evitar ignição.

Recomenda-se que os documentos também incluam outras informações como:

a) a localização e identificação das fontes de risco. Para plantas grandes e complexas ou áreas de processo,
pode ser útil numerar as fontes de risco para facilitar a referência cruzada entre as folhas de dados e os
desenhos;

b) informação sobre a rotina de limpeza da planta e outras medidas preventivas consideradas no estudo;

c) procedimentos para verificação periódica do estudo de classificação de áreas, assim como o registro de
mudanças nas substâncias, processos e equipamentos da planta;

d) lista de distribuição do estudo de classificação de áreas;

e) as considerações que levaram à definição das extensões das zonas e das poeiras em camada.

Os símbolos a serem utilizados para a classificação de áreas, que são mostrados na Figura 1, são os preferenciais,
mas outros símbolos podem ser empregados, assegurando-se que sejam claramente identificados nos
documentos.

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Zona 20

Zona 21
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Zona 22

Figura 1 — Identificação das zonas nos desenhos

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Anexo A
(informativo)

Exemplos de classificação de áreas

A.1 Estação de esvaziamento de sacos dentro de um prédio sem exaustão


Neste exemplo, os sacos são freqüentemente esvaziados de forma manual, para um funil, do qual o produto é
transportado pneumaticamente para outra parte da planta. Parte do funil está sempre com o produto.

Zona 20 No interior do funil, porque a mistura explosiva poeira/ar está presente freqüentemente ou mesmo
continuamente.

Zona 21 A porta de inspeção aberta é uma fonte de risco primária. Conseqüentemente, uma Zona 21 é
definida ao seu redor, se estendendo a partir do limite da porta de inspeção e prolongando-se
para baixo até o piso.

NOTA Se houver acúmulo de poeira em camada, então uma classificação adicional pode ser requerida, considerando-se
a extensão da camada e qualquer distúrbio na camada que possa produzir uma nuvem, juntamente com o grau de limpeza
(ver Anexo C). Se movimentos de ar durante a descarga dos sacos puderem ocasionalmente levar a nuvem de poeira além da
zona 21, então uma zona 22 adicional é requerida.
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Legenda
1 zona 21 em certos casos com 1 m de raio
2 zona 20
3 piso
4 funil para descarga de sacos
5 vai para o processo

NOTA 1 As distâncias indicadas são apenas ilustrativas. Na prática, outras distâncias podem ser necessárias.

NOTA 2 Medidas de proteção adicionais, como dispersão ou isolamento de explosão etc. podem ser necessárias, mas
estão fora do escopo deste documento e, portanto, não são dadas.

Figura A.1 — Estação de esvaziamento de sacos dentro de um prédio sem exaustão

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A.2 Estação de esvaziamento de sacos (big bags) com exaustão


Similar ao exemplo mostrado na Seção A.1, mas neste caso o sistema possui exaustão. Desta forma a poeira
pode ser mantida dentro do sistema tanto quanto possível.

Zona 20 Dentro do funil, porque uma mistura explosiva poeira/ar está freqüentemente ou até mesmo
continuamente presente.

Zona 22 A porta de inspeção aberta é uma fonte de risco secundária. Não há fuga de poeira em condições
normais devido ao sistema de extração de poeira. Em um sistema de extração bem projetado,
qualquer poeira liberada será sugada. Conseqüentemente, apenas uma zona 22 é definida ao
redor da porta de inspeção, estendendo-se em certos casos a 1 m da borda da porta de inspeção
e projetando-se para baixo até o piso.
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Legenda
1 zona 22, em certos casos com 1 m de raio
2 zona 20
3 piso
4 funil para descarga de sacos
5 vai para o processo
6 vai para o sistema de contenção de extração

NOTA 1 As dimensões mostradas são apenas ilustrativas. Na prática outras distâncias podem ser necessárias.

NOTA 2 Medidas de proteção adicionais, como dispersão de explosão, ou isolamento de explosão etc. podem ser
necessárias, mas estão fora do escopo deste documento e, portanto, não são dadas.

Figura A.2 — Estação de descarga de sacos (big bags) com exaustão

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A.3 Ciclone e filtro com saída limpa para fora do prédio


Neste exemplo o ciclone e o filtro são parte de um sistema de extração por sucção. O produto extraído passa por
uma válvula rotativa que opera continuamente e cai dentro de um recipiente fechado. A quantidade de partículas
finas é muito pequena e, portanto, os intervalos de autolimpeza são longos. Por esta razão, o interior apenas
ocasionalmente contém uma nuvem inflamável durante operação normal. O exaustor da unidade de filtro sopra o
ar extraído para o exterior.

Zona 20 Dentro do ciclone, porque uma mistura explosiva poeira/ar está freqüentemente ou até mesmo
continuamente presente.

Zona 21 Há uma zona 21 no lado sujo do filtro apenas se pequenas quantidades de poeira não forem
coletadas pelo ciclone em operação normal. Se este não for o caso, o lado sujo do filtro é zona 20.

Zona 22 O lado limpo do filtro pode conter uma nuvem de poeira inflamável se o elemento de filtragem
falhar. Isto se aplica ao interior do filtro, do duto de extração e áreas ao redor da descarga do duto
de extração. A zona 22 pode em certos casos se estender 1 m ao redor da saída do duto e se
projetar até o chão (não mostrado no diagrama).

NOTA Se poeira em camada acumular fora do equipamento, então uma classificação adicional pode ser requerida,
considerando-se a extensão da camada e qualquer perturbação da camada que produza uma nuvem. Como efeito das
condições externas pode ser considerado, por exemplo, vento, chuva ou umidade, que podem evitar o acúmulo de poeira
combustível em camada.
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Legenda

1 zona 22 7 filtro
2 zona 20 8 para o recipiente de partículas finas
3 piso 9 exaustor de extração
4 ciclone 10 vai para a saída
5 vai para o silo do produto 11 zona 21
6 entrada

NOTA 1 As dimensões mostradas são apenas para ilustração. Na prática, outras distâncias podem ser requeridas.

NOTA 2 Medidas de proteção adicionais, como dispersão de explosão ou isolamento de explosão etc., podem ser
necessárias, mas estão fora do escopo deste documento e, portanto, não são dadas.

Figura A.3 — Ciclone e filtro com saída limpa para fora do prédio

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A.4 Virador de tambor no interior de um prédio sem exaustão


Neste exemplo, tambores com 200 L de pó são esvaziados em um funil para ser levado a uma sala adjacente por
meio de um transportador de rosca sem fim. O tambor cheio é posicionado na plataforma e a tampa é removida.
Cilindros hidráulicos fixam o tambor à válvula diafragma que está fechada. A tampa do funil é aberta e o
transportador de tambores é alinhado com a válvula diafragma no topo do funil. A válvula diafragma é aberta e o
pó é levado pelo transportador de rosca sem fim pelo tempo necessário ao esvaziamento do tambor.

Quando um novo tambor é necessário, a válvula diafragma é fechada. O transportador de tambor é levado de
volta à sua posição original e a tampa do funil é fechada. Os cilindros hidráulicos libertam o tambor e sua tampa é
recolocada antes que o tambor seja removido.

Zona 20 O interior do tambor, funil e transportador de rosca sem fim terão freqüentemente ou por longos
períodos, nuvens de poeira e são, portanto, classificados como zona 20.

Zona 21 Liberação de poeira na forma de nuvem ocorre quando a tampa do tambor e a tampa do funil são
removidas e quando a válvula de diafragma é recolocada ou removida do topo do funil. A zona 21
em certos casos pode ser definida por 1 m ao redor do topo do tambor, funil e da válvula de
diafragma. Estas zonas 21 se estendem até o piso.

Zona 22 O restante da sala é zona 22 devido à possibilidade de um derramamento e perturbação acidental


de grande quantidade de poeira.
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Legenda
1 zona 20 7 tampa do funil
2 zona 21 8 plataforma de tambores
3 zona 22 9 cilindros hidráulicos
4 funil 10 parede
5 válvula de diafragma 11 tambor
6 transportador de rosca sem fim 12 piso

NOTA 1 As dimensões mostradas são apenas ilustrativas. Na prática, outras distâncias podem ser necessárias.

NOTA 2 Medidas de proteção adicionais, como dispersão de explosão ou isolamento de explosão etc., podem ser
necessárias, mas estão fora do escopo deste documento e, portanto, não são dadas.

Figura A.4 — Virador de tambor dentro de um prédio sem exaustão

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Anexo B
(informativo)

Risco de incêndio devido à ignição da poeira em camada


por uma superfície quente

O risco de incêndio está baseado na possibilidade de que poeira em camada possa atuar como uma fonte de
ignição devido à exposição a superfícies quentes ou ao fluxo de calor de um equipamento. A medida apropriada
para controlar este risco é a limitação de temperatura das superfícies em contato com a poeira em camada ou a
limitação da energia liberada pelo equipamento em questão.

Para detalhes de aplicação e instalação, ver IEC 61241-14.

Limitações de temperatura devido à presença de poeira em camada

Equipamento onde a espessura da Equipamento onde a espessura da


camada é controlada ou limitada; camada não é controlada ou limitada;
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tipicamente fora do sistema de contenção, tipicamente no interior do sistema de


porém também possível no interior do contenção, porém também possível no
sistema de contenção exterior do sistema de contenção

Espessura da camada
controlada e Espessura da camada é Espessura da camada não
freqüentemente removida controlada, porém não é é controlada
antes que ocorram efeitos removida
térmicos

ou Espessura até 5 mm
Regra 1

Espessura da camada Espessura acima de


limitada pelo projeto 5 mm e até 50 mm
Regra 2

Espessura até 5 mm Espessura excessiva


Regra 1 Regras 3 e 4

Figura B.1 — Risco de incêndio devido à ignição da camada de poeira por uma superfície quente

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B.1 Regra 1 – Poeira em camada de espessura até 5 mm


A máxima temperatura de superfície de um equipamento ensaiado pelo método livre de poeira descrito em 23.3.3
da IEC 61241-0 deve ser igual ou inferior à temperatura mínima de ignição para a poeira em questão, em camada
de espessura até 5 mm, reduzida por um valor de 75 °C.

Tmax = T5 mm – 75 °C T

Onde T5mm é a temperatura mínima de ignição de poeira em camada de espessura até 5 mm.

As Subseções 6.3.3.3.1 e 6.3.3.3.2 da IEC 61241-14 são aplicáveis.

B.2 Regra 2 – Poeira em camadas superiores a 5 mm e até 50 mm de espessura


Poeira em camadas superiores a 5 mm e até 50 mm pode ser depositada sobre o equipamento e a temperatura de
superfície permitida deve ser reduzida de maneira apropriada.

A título indicativo, exemplos de redução da temperatura de superfície máxima permitida de equipamentos


utilizados na presença de poeiras que possuam temperaturas mínimas de ignição iguais ou superiores a 250 °C
para camada de 5 mm são mostrados na Figura B.2, em função do aumento da espessura das camadas.
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Figura B.2 — Redução na máxima temperatura de superfície marcada no equipamento, em função do


acréscimo da espessura de poeira

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É recomendado realizar pesquisa em laboratório para determinar a curva da temperatura mínima de ignição em
função da espessura da poeira em camada. Recomenda-se o uso da Figura B.2 como um guia semiquantitativo.

As subseções 6.3.3.3.1, 6.3.3.3.2 e 6.3.3.4 da IEC 61241-14 são aplicáveis.

B.3 Regra 3 – Poeira em camada de espessura excessiva


Quando não for possível evitar a formação de uma poeira em camada excessiva na parte superior ou nas laterais
de um equipamento, ou quando o equipamento for totalmente imerso em poeira, devido ao efeito isolante, uma
menor limitação da temperatura de superfície será aplicada dependendo da espessura da camada. Este requisito
específico pode ser atendido por um sistema de limitação de potência, que pode ser determinado
experimentalmente através da simulação das condições de trabalho ou avaliado usando métodos de cálculo
reconhecidos.

Equipamentos para medição e controle (por exemplo, instrumentos de medição, sensores, comandos) com níveis
de energia muito baixos são aplicações típicas em condições de poeira em camadas excessivas. Recomenda-se
que equipamentos de potência (tais como motores, luminárias, tomadas e plugues) sejam evitados em tais
condições, e, se for o caso, sua utilização deve ser devidamente avaliada.

As Subseções 6.3.3.3.1, 6.3.3.3.2 e 6.3.3.4 da IEC 61241-14 são aplicáveis.

B.4 Regra 4 – Pesquisa em laboratório


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Ensaios de laboratório devem ser conduzidos para o equipamento e/ou poeira

⎯ onde a temperatura mínima de ignição da camada de 5 mm é inferior a 250 ºC, ou existir dúvida quanto à
aplicação do gráfico da regra 2,

⎯ quando coberto por poeira em camada maior que 50 mm em sua parte superior,

⎯ com camadas maiores que 5 mm formadas nas laterais do equipamento,

⎯ quando completamente imerso em poeira.

A pesquisa em laboratório pode incluir ensaios e/ou métodos de cálculos reconhecidos.

A Subseção 6.3.3.4 da IEC 61241-14 é aplicável.

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Anexo C
(informativo)

Limpeza

C.1 Introdução
A classificação de áreas neste documento é baseada nas definições das zonas, que não incluem especificamente
considerações sobre poeiras em camadas. Recomenda-se que os riscos representados pela poeira em camada
sejam considerados separadamente dos relativos às nuvens de poeira.

A poeira em camada apresenta três riscos:

1) Uma explosão primária no interior de um prédio pode vir a formar nuvens de poeira a partir da poeira em
camada e provocar explosões secundárias mais destrutivas que a primeira. Recomenda-se que a espessura
da poeira em camada seja sempre controlada, para redução deste risco.

2) A poeira em camada pode ser ignitada pelo fluxo de calor dos equipamentos sobre os quais está depositada.
O risco é de incêndio, mais do que explosão, e isto pode ser um processo lento.

3) Poeira em camada pode formar nuvens, ser ignitada por uma superfície quente e provocar uma explosão.
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Na prática, as temperaturas de ignição de poeira em nuvem são freqüentemente muito maiores que as
temperaturas de ignição de poeira em camada. Por exemplo, a poeira de lignita possui uma temperatura de
ignição em camada de 230 °C a 250 °C, porém de 410 °C a 450 °C em nuvem. Poucos equipamentos, a não
ser em certos processos de combustão, possuem superfícies tão quentes. Existem poucos exemplos de
explosões iniciadas por uma poeira em camada que veio a formar uma nuvem na parte externa de um sistema
de contenção.

Estes riscos dependem das propriedades da poeira e da espessura das camadas, as quais dependem da
eficiência dos procedimentos de limpeza. A probabilidade de uma camada provocar incêndio pode ser controlada
pela seleção correta do equipamento e de procedimentos de limpeza eficientes.

C.2 Níveis de limpeza


A freqüência da limpeza por si só não permite determinar se uma dada camada de poeira mantém este risco sob
controle. A velocidade de depósito da poeira tem influências diversas, por exemplo, um grau de liberação
secundário associado a uma taxa elevada de depósito, pode criar uma camada perigosa muito mais rápido que
um grau de liberação primário associado a uma taxa de depósito menor. A eficiência da limpeza é mais importante
do que a sua freqüência.

Portanto, a presença e a duração de uma poeira em camada dependem:

⎯ do grau de liberação da fonte de poeira,

⎯ da taxa na qual a poeira é depositada, e

⎯ da eficiência da limpeza.

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Três níveis de limpeza podem ser descritos:

Bom: A poeira em camada permanece em espessuras desprezíveis, ou são inexistentes, independentemente do


grau de liberação. Neste caso, o risco de ocorrência de nuvens explosivas de poeira a partir das camadas e o
risco de incêndio devido às camadas são eliminados.

Médio: A poeira em camada não é desprezível, porém é de curta duração (menos de um turno de trabalho).
Dependendo da estabilidade térmica da poeira e da temperatura de superfície do equipamento, a poeira pode ser
retirada antes que um incêndio possa ser iniciado. Neste caso, o equipamento escolhido segundo a Regra 1 do
Anexo B é provavelmente adequado.

Ruim: A poeira em camada não é desprezível e permanece por mais de um turno de trabalho. O risco de incêndio
pode ser significativo e deve ser controlado através da seleção do equipamento em conformidade com as
diretrizes do Anexo B.

Uma limpeza ruim em combinação com condições que possam gerar uma nuvem de poeira a partir de uma
camada em operação normal deve ser evitada. Uma limpeza ruim combinada com condições que possam levar à
formação de uma nuvem de poeira em operação anormal pode levar a uma zona 22.

NOTA 1 Quando o nível planejado de limpeza não é mantido, surgem riscos adicionais de incêndio e explosão. Alguns
equipamentos podem não mais ser considerados adequados.

NOTA 2 Modificações no estado da poeira em camada, por exemplo, absorção de umidade, podem tornar impossível a
formação de nuvem a partir da poeira em camada. Neste caso, pode não haver um risco de explosão secundária, porém o
risco de incêndio permanece o mesmo.
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Bibliografia

ABNT NBR NM-IEC 60050-426: 2002, Equipamentos elétricos para atmosferas explosivas – Terminologia

ISO 4225: 1994, Air Quality – General aspects – Vocabulary


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