3.1 – Sanitização: conjunto de procedimentos que visam a manutenção das
condições de higiene. 3.2 – Solução Sanitizante: É um agente/produto que reduz o número de bactérias a níveis seguros de acordo com as normas de saúde. (Res. GMC Nº 26/96) 3.3 – Desinfecção: Descreve o método capaz de eliminar muitos ou todos os microorganismos patogênicos, com exceção dos esporos. 3.4 - Desinfetante: É um produto que mata todos os microrganismos patogênicos, mas não necessariamente todas as formas microbianas esporuladas em objetos e superfícies inanimadas. (Res. GMC Nº 26/96). 3.5 - Germicida: É um produto de ação letal sobre os microrganismos, especialmente os patogênicos (germes). (Res. GMC Nº 26/96). 3.6 - Superfícies fixas: Aquelas de grande extensão, tais como pisos, paredes, mobiliários etc. 3.7 – Medicamentos Injetáveis: Preparações para uso parenteral, estéreis, destinadas a serem injetadas no corpo humano. 3.8 - Procedimento asséptico: Operação realizada com a finalidade de preparar injetáveis com a garantia de sua esterilidade. 3.9 – Recipiente: Embalagem primária destinada ao acondicionamento do injetável, de vidro ou de plástico, que atendam os requisitos sanitários legais. 3.10 - Produto estéril: Medicamento ou material estéril para uso ou aplicação parenteral. 3.11 - Anti-sepsia: Emprego de substância ou método capaz de impedir a ação de microrganismos. 3.12 – Drogaria: Estabelecimento de dispensação e comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos em suas embalagens originais. 3.13 – Farmácia: Estabelecimento de prestação de serviços farmacêuticos de interesse público e/ou privado destinada a prestar assistência farmacêutica e orientação sanitária individual ou coletiva, onde se processe a manipulação e/ou dispensação de produtos e correlatos com finalidade profilática, curativa, paliativa, estética ou para fins de diagnósticos. 3.14 - Medicamento: Produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico. 3.17 – Receita: Prescrição escrita de medicamento, contendo orientação de uso para o paciente, efetuada por profissional legalmente habilitado. 3.18 - Responsabilidade Técnica: É o ato de aplicação dos conhecimentos técnicos e profissionais, cuja responsabilidade objetiva, está sujeita à sanções de natureza cível, penal e administrativa. 3.19 - Supervisão Farmacêutica: Constitui a supervisão, no estabelecimento, efetuada pelo farmacêutico responsável técnico ou seu farmacêutico substituto. 3.20 – Funcionário Habilitado à Aplicação de Injetáveis: Funcionário da farmácia que tenha recebido treinamento e/ou curso específico para aplicação de injetáveis, cujo certificado seja reconhecido pela autoridade sanitária competente. A cópia do mesmo deve permanecer na farmácia. 4 – RESPONSABILIDADE 4.1 – É de responsabilidade de o Farmacêutico dar treinamento e suporte técnico padrão, bem como supervisionar os Funcionários devidamente habilitados, no procedimento de Aplicação de Medicamentos Injetáveis. 4.2 – É de responsabilidade dos Funcionários habilitados da farmácia seguir corretamente as instruções preconizadas no PC-FF-05, assim como as orientações do Farmacêutico no que concerne à aplicação de Medicamentos Injetáveis. 5 – PROCEDIMENTO 5.1 - ROTINA DE APLICAÇÃO: O profissional que efetua este procedimento segue esta rotina: 5.1.1. Lê e interpreta a prescrição médica, avaliando a dosagem, via de administração; 5.1.2. Conversa com o paciente, buscando mais informações, como histórico fisiopatológico e de reações alérgicas; 5.1.3. Anota no livro específico todos os dados da prescrição; 5.1.4. Em caso de paciente com histórico de variação de PA (Pressão Arterial), esta deve ser aferida antes de qualquer procedimento; 5.1.5. Em caso de pessoas idosas a PA deve ser sempre aferida; 5.1.6. Constatando-se PA em níveis fora da normalidade, o paciente deve ser informado e encaminhado ao médico; 5.1.7. Separa e retira da embalagem primária a medicação a ser aplicada; 5.1.8. Em caso de frasco ampola, realiza a assepsia do anel de abertura com álcool 70%; 5.1.9. Em caso de frasco com rolha de borracha, retira cuidadosamente o lacre sem tocar na borracha; 5.1.10. Lava e faz assepsia das mãos, conforme PC-FF-03; 5.1.11. Calça as luvas, realizando a assepsia com álcool 70%; 5.1.12. Abre a embalagem da seringa, utilizando o sistema de descolamento de celulose, evitando rasgar o papel da embalagem; 5.1.13. Aspira a medicação na seringa utilizando a primeira agulha; 5.1.14. Realiza a troca da agulha, escolhendo o modelo adequado à aplicação; 5.1.15. Faz assepsia com álcool 70% no local da aplicação; 5.1.16. Descarta a seringa sem separar a agulha do corpo da mesma e do algodão na caixa específica; 5.1.17. O lixo gerado é recolhido pelas autoridades responsáveis, as quais dão o fim apropriado. 5.2 - TÉCNICAS DE APLICAÇÃO: Seringas: São usadas somente seringas descartáveis, de uso único e mantidas invioladas. Faz-se sempre a assepsia descrita anteriormente. 5.2.1. VIA INTRAMUSCULAR: 5.2.1.1. É feita a assepsia com algodão embebido em álcool 70% no local escolhido para a aplicação; 5.2.1.2. Verifica se o bizel da agulha está no sentido das fibras musculares, evitando o corte das mesmas; 5.2.1.3. Introduz a agulha em um ângulo de 90° neste local; 5.2.1.4. Antes de injetar o medicamento, puxa o êmbolo da seringa para trás, para verificar se a agulha atingiu algum vaso sangüíneo. Se aparecer sangue na seringa, deve-se retirar a agulha, trocar a mesma e repetir os itens 1,2 e 3. 5.2.1.5. Após a aplicação do medicamento, retira o conjunto, descartando-o em embalagem específica (DescarPack, ou outras do tipo) e faz pressão por alguns instantes no local, com algodão embebido em álcool 70%; 5.2.1.6. Coloca o Pad no local da aplicação; Obs.: Jamais se deve massagear o local após a aplicação. 5.2.2. VIA INTRADÉRMICA: É utilizada seringa tipo insulina ou tuberculina, e agulhas pequenas e finas (13X3, 13X4,5); O volume máximo é de 0,5mL de medicamento em soluções cristalinas e isotônicas. 5.2.2.1. Escolhe a área de aplicação e realiza a assepsia com álcool 70%; 5.2.2.2. Distende a pele do local de aplicação e introduz a agulha com o bizel para cima, paralelamente à pele, numa extensão de 2 mm; 5.2.2.4. Observa a formação de pápula (não se deve apertar ou massagear a mesma). 5.2.3. VIA SUBCUTÂNEA: São utilizadas agulhas 20X6, 10X6 ou 10X5. Esta via é indicada para drogas de absorção lenta e contínua. 5.2.3.1. Faz assepsia do local, distende a pele do local da aplicação com o dedo indicador e polegar, mantendo a região firme; 5.2.3.2. Introduz a agulha com rapidez e firmeza, em ângulo de 45°; 5.2.3.3. Solta a pele e puxa o êmbolo da seringa para trás, a fim de verificar se algum vaso foi atingido; 5.2.3.4. Injeta lentamente a medicação; 5.2.3.5. . Após a aplicação do medicamento, retira o conjunto, descartando-o em embalagem específica (DescarPack, ou outras do tipo) e faz pressão por alguns instantes no local, com algodão embebido em álcool 70%; 5.2.3.6. Coloca o Pad no local da aplicação; Obs.: Para insulina, não é friccionada a pele justamente para evitar a absorção rápida.