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3 - Como calcular e interpretar a complacência do sistema respiratório?
} A fórmula da complacência do sistema respiratório é:
} Csr reduzida = altas pressões estão sendo geradas dentro do sistema
respiratório, quando este recebe o volume corrente, o que pode significar:
◦ Doenças do parênquima pulmonar (ex. SDRA, edema agudo de pulmão,
pneumonia, doenças intersticiais, atelectasias)
◦ Compressão dos pulmões por derrame pleural ou pneumotórax
◦ Hiperinsuflação pulmonar
◦ Compressão dos pulmões pela parede torácica (ex. grandes ascites,
diálise peritonial, deformidades da coluna vertebral).
4 - Como calcular e interpretar a resistência do sistema respiratório?
• Resistência à passagem do ar através de um tubo pode ser definida como a
diferença de pressão necessária para a passagem de um certo fluxo de ar pelo
mesmo. No sistema respiratório, a resistência das vias aéreas (cânula traqueal +
vias aéreas do paciente) pode ser calculada pela fórmula abaixo:
Internas Externas
Mecânica respiratória Somadas à resistência do fluxo
Resistência ao fluxo Cânula fina
Limitação do fluxo expiratório Circuito do ventilador
Complacência Ajustes do ventilador
Padrão ventilatório FR
FR Pressão inspiratória final
Ti/Ttotal I:E
Volume corrente Volume insuflado
} Consequências da Auto-PEEP:
◦ Aumento da pressão intra-torácica→ diminuição do retorno venoso e DC
causando hipotensão (principalmente em pacientes hipovolêmicos)
◦ Hiperdistensão alveolar aumentando a chance de Barotrauma, lesão pulmonar
induzida pela ventilação e hipoxemia (compressão dos vasos sanguineos).
◦ Assincronia, dispneia e ventilação insuficiente
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Tratamento
Mudar parâmetros do ventilador
Aumentar tempo expiratório
Aumento fluxo inspiratório
Diminuir volume corrente
hipercapnia
Diminuir freqüência respiratória
Diminuir demanda ventilatória
Diminuir ingestão de carboidratos
Diminuir espaço morto
Diminuir ansiedade, febre, dor e tremores
Reduzir resistência ao fluxo
Utilizar cânulas maiores
Aspiração freqüente
Broncodilatadores
Aplicar PEEP próxima do nível da PEEPi
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} Dispinéia
} Uso de musculatura acessória
} Alteração do estado de conciência
} Cianose
} Outras de acordo com acometimento
pulmonar ou extra pulmonar
Variáveis respiratórias
The development of acute renal failure during mechanical ventilation likely
represents a multifactorial process that may become more important
in the presence of comorbidities. Crit Care Nurse. 2009;29: 62-75
• A crise de asma aguda :
• 2% das admissões em UTI.
• 50% requerem VM nas primeiras 24 h, com mortalidade hospitalar de cerca de
10%.
• Pacientes jovens (média 40 anos) e maior prevalência do sexo feminino.
• Fisiopatologia
O desenvolvimento ou agravamento da hiperinsuflação pulmonar dinâmica, com aprisionamento aéreo,
consiste na principal alteração fisiopatológica na exacerbação da DPOC
Por sua vez, a hiperinsuflação também compromete a performance muscular respiratória, modificando
a conformação geométrica das fibras musculares, reduzindo a curvatura diafragmática. Além disso,
nos pacientes com doença mais avançada, pode haver diminuição direta da força muscular por uso
crônico de corticosteróides e desnutrição.
} Indicações da ventilação mecânica invasiva
Exacerbações com hipoventilação alveolar e acidemia e, menos
freqüentemente, naquelas com hipoxemia grave não corrigida pela
oferta de oxigênio suplementar.
VNI: escolha na exacerbação da DPOC.
Exacerbação grave em geral requer IOT com ventilação invasiva, o
mesmo procedimento ocorrendo em casos de falha da VNI.
• Ajuste inicial da ventilação mecânica
Promoção do repouso muscular respiratório. Grau de recomendação: D
Recomendação: Repouso muscular respiratório→ reversão da fadiga muscular
(A/C) acompanhado de sedação e analgesia, nas primeiras 24 a 48 h.
Sedação e analgesia adequadas → redução da produção de CO2, ↓ demanda
ventilatória.
Comentários: Ausência de ensaios clínicos controlados
Vantagens: Reduz fadiga, permite estratégias ventilatórias (hipoventilação e
hipercapnia permissiva) e mensurar mecânica pulmonar ( Pplatô e da autoPEEP,
Ppico, taxa de fluxo inspiratório, VT, resistência, complacência e constante de tempo)
} Modo de controle da fase inspiratória. Grau de recomendação: D
Recomendação: Não há estudo comparativo entre os VCV ou PCV.
Independente do modo, as estratégias ventilatórias visando ao repouso muscular
respiratório e à minimização da hiperinsuflação pulmonar dinâmica devem ser
priorizadas.
Comentários: Determinantes da Hiperinsuflação:
◦ PCV:
Tinsp
Variação da pressão inspiratória (Pprogramada – PEEPtotal)
FR
Indiretamente o VT e o fluxo inspiratório podendo levar a variações do PH, PCO2 e
insuflação pulmonar .
◦ VCV:
VT,
Fluxo inspiratório e
FR,
São determinados, porém, deve-se atentar para variações de pressão.
Facilita medidas da mecânica pulmonar.
• Ajustes para minimização da hiperinsuflação pulmonar
Todo o cuidado deve ser tomado visando à minimização da hiperinsuflação
pulmonar e suas complicações: repercussão hemodinâmica; barotrauma; e
aumento do trabalho respiratório. Nesses pacientes, é importante a
monitorização gráfica da curva de fluxo expiratório pelo tempo: um fluxo
expiratório lento, que persiste até o início da próxima inspiração é um marco
da presença de hiperinsuflação dinâmica.
• Tempo inspiratório (TI), tempo expiratório (TE) e relação I:E. Grau de recomendação: D
Recomendação: Relação I:E inferior a 1:3 (isto é, 1:4, 1:5, etc.), em situação de baixa FR com TE
prolongado para redução do aprisionamento aéreo e da autoPEEP ao máximo.
• VCV: TE pode ser prolongado pelo uso de altas taxas de fluxo inspiratório e pela não utilização de
pausa inspiratória de forma rotineira. VT = 500 ml;Fluxo = 60 L/min, quadrado; f = 12 irpm; TI =
0,5 s; TE = 4,5 s; → relação I:E = 1:9
Comentário: A obstrução ao fluxo aéreo e a elevada resistência de vias aéreas, sobretudo na expiração,
tornam necessário um TE prolongado para garantir o esvaziamento alveolar. Assim, procura-se reduzir
o TI e aumentar o TE ao máximo, diminuindo a relação I:E, para redução da hiperinsuflação dinâmica.
} Oxigenação, fração inspirada de oxigênio (FIO2). Grau de recomendação: D
Recomendação: Evitar hiperóxia (PaO2 > 120 mmHg), valores de PaO2 mais
próximos do limite inferior da faixa terapêutica (60 a 80 mmHg),se SaO2 >
90%.
Taxas de SaO2 nesta faixa não comprometem a oxigenação tissular desde
que não haja comprometimento do DC e Hb.
} O cérebro consegue manter um FSC normal com PPC entre 50 e 150mmHg
} Se PPC < 50 mmHg, os mecanimos de auto-regulação podem falhar.
} Se mecanismos de auto-regulação intactos:
◦ ↓PPC → Vasodilatação (manter o fluxo),podendo levar a um aumento da
PIC e nova queda da PPC. (cascata vasodilatadora)
◦ ↑PPC→ vasoconstrição, podendo levar a queda da PIC
RESPIRATORY CARE •
SEPTEMBER 2006 VOL 51 NO 9
• Deve-se confirmar a fraqueza da musculatura respiratória com testes de função
pulmonar que mostram:
– Padrão restritivo: ↓VEF1, ↓CVF e VEF1/CVF normal, ↓CPT e se fraqueza expiratória ↑
VR
– ↓ CV ( exclui fator obstrutivo, pois, não requer esforço)
– ↓ Pimax
– ↓ Pemax
– DLCO normal na ausência de doença parenquimatosa ou vascular
• Tosse inefetiva:
– baixo pico de fluxo da tosse, Pemax e ausência de pico na curva de fluxo da tosse
} VI: necessidade de VM por mais do que poucos dias e nas CI para VNI,
devendo ser iniciada precocemente.
} Disautonomia aumenta o risco de: hipotensão, bradicardia.
} Deve-se eviter BNM despolarizantes em pacientes com denervação (K)
} IOT precoce diminuiu o risco de pneumonia nos primeiros 5 dias de VM.
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Respir Care 2006;51(9):1016 –1021
} Como inciar a ventilação mecânica em pacientes sem doença
parenquimatosa?
} MODO: A/C (VCV)
} VT: 8 mL/kg (usando o peso ideal)
} FR: 12 irpm
} Fluxo inspiratório: 60 l/m
} FiO2: 100 %
} PEEPe : 5 - 10 mmHg
} Deve-se realizar as medidas de mecânica respiratória enquanto o paciente
está sedado e curarizado.
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} Introdução —Polirradiculoneuropatia inflamatória aguda, imunologica,
ascendente, com comprometimento da função motora, arreflexia, repiratória
e disautonomia (taquicardia, retenção urinaria, hiper/hipotensão, hipotensão
ortostática, ileo paralítico, arritmias e perda do suor)
} Suporte intensivo : 30% evoluem com falência respiratória e VM.
◦ CV <20 mL/kg
◦ Pimax <30 cmH2O
◦ Pemax <40 cmH2O
◦ Disfunção bulbar
} Fatores que predizem falência respiratória:
◦ Inicio dos sintomas até admissão <7 dias.
◦ Incapacidade de tossir
◦ Incapacidade de ficar de pé
◦ Incapacidade levantar os ombros
◦ Incapacidade de levantar a cabeça
◦ Aumento de enzimas hepaticas
} Se 4 dos 6 +: IOT> 85%
• Tratar infecções.
• DESMAME: individualizado
– Após inicio do tratamento : plasmaférese ou IGIV
– Mantiverem força muscular, (CV) >15 mL/kg .
– Segurar a cabeça.
UpToDate 2008
Benefícios variam conforme a causa da Insuficiência respiratória
aguda (IRpA).
Melhores resultados foram obtidos entre pacientes com EAP e
DPOC exacerbado.
} Capacete
◦ Não tem contato com a face evitando lesão de pele e irritação nos olhos
◦ Possibilita fala, leitura e deglutição
◦ Maior espaço-morto
Maior Complacência Maior reinalação de CO2
◦ Ruído interno intenso Necessidade de maiores pressões
ü VNI x CPAP
ü Redução mortalidade e IOT
ü VNI x BPAP = NS
ü CPAP x BPAP = NS
UpToDate 2008
Consenso Brasileiro de VM – J Bras Pneumol. 2007
} Identificar pacientes elegíveis para teste de
ventilação espontânea
◦ Avaliação sistemática e não empírica A
UpToDate 2008
Consenso Brasileiro de VM – J Bras Pneumol. 2007
} Ansiedade
X
} Falha respiratória
} Respiração
paradoxal
} SIMV
◦ Evitar SIMV sem PSV
◦ Redução progressiva da FR mandatória
◦ Aumenta muito o trabalho respiratório
◦ Método menos eficaz (*estudos não utilizaram PSV)
UpToDate 2008
Consenso Brasileiro de VM – J Bras Pneumol. 2007
} Circuito em forma de T
} Tempo e freqüencia: estudos sugerem que 30 minutos, 1 vez ao dia
seria suficiente
} Vantagem: Menor trabalho respiratório em relação ao teste
conectado ao ventilador
} Desvantagem: Incapacidade de monitorar volume corrente e FR
UpToDate 2008
Compêndio de UTI 2008
} Checar se paciente é elegível para extubação
UpToDate 2008
Compêndio de UTI 2008
} Proteção das vias aéreas
◦ Paciente alerta e responsivo a comandos
◦ Reflexos de vômito e tosse
Teste com cartão e espirometria
◦ Volume de secreções respiratórias
UpToDate 2008
Compêndio de UTI 2008
Consenso Brasileiro de VM – J Bras Pneumol. 2007
} Teste de vazamento do balonete
◦ Edema de laringe C
40%das IOTs prolongadas; 5% com obstrução significativa
◦ Quantitativo ou qualitativo
◦ Associado a tosse
◦ Teste de permeabilidade pode ser usado em pacientes com maior risco de
obstrução de via aérea, especialmente após IOT prolongada
◦ Múltiplos fatores podem influenciar os resultados
} Corticóides
◦ Uso profilático de corticóides para prevenir estridor laríngeo ou reintubação
não é recomendado
◦ Parece melhorar em pacientes de alto risco
IOT prolongada
Teste de vazamento reduzido B
◦ Metilprednisolona 20mg, 4/4h, 4 doses
UpToDate 2008
Consenso Brasileiro de VM – J Bras Pneumol. 2007
} Parece benéfica quando aplicada logo após a
extubação
◦ Principalmetne em casos de hipercapnia durante o TRE (DPOC)
UpToDate 2008
Consenso Brasileiro de VM – J Bras Pneumol. 2007
} POP SANTA CASA
} MANOBRA MANUAL Reexpansão pulmonar