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O que é a pílula?
A pílula é um medicamento feito à base de hormonas, que anulam a
produção de estrogénios e progesterona, fazendo com que os ovários
fiquem em repouso, inibindo assim, a ovulação. As pílulas orais
combinadas são compostas por estrogénios e progestagénios, e existem
3 tipos:
A pílula monofásica (todos os comprimidos têm a mesma dosagem);
A pílula bifásica (comprimidos com duas dosagens diferentes);
A pílula trifásica (comprimidos com três dosagens que visam imitar o ciclo menstrual).
A pílula também pode ser só de progesterona, para mulheres que estão a amamentar.
É considerada um método contraceptivo hormonal e tem 99% de eficácia contra a gravidez indesejada.
Alguns exemplos de pílula anticoncecional são: Diane 35, Yasmin, Mercilon, Cerazette, entre outras. O
ginecologista é o médico especialista que deverá orientar que pílula cada mulher deve tomar.
Vantagens
O uso correto da pílula tem algumas vantagens como por exemplo, regulação da menstruação, combate
à acne, diminuição das cólicas e do risco de anemia, devido a grandes perdas sanguíneas durante a
menstruação. Não causa interferência na relação sexual e não afeta a fertilidade, melhora a tensão pré-
menstrual e diminui o risco de doença inflamatória pélvica, de cancro no ovário e no endométrio e a
incidência de quistos no ovário.
Desvantagens
A pílula pode provocar efeitos colaterais como, por exemplo, dor de cabeça e enjoo, principalmente nos
primeiros meses de uso, não protege contra as Infeções Sexualmente Transmissíveis, aumento da retenção
de líquidos e outros sintomas. A toma diária e regular da pílula é fundamental para a sua eficácia, o que
pode ser uma dificuldade para algumas mulheres.
História da pílula
Os anos trinta marcaram a história da contracepção oral. O químico americano Russel Marker, descobriu
uma substância esteróide, eficaz no alívio dos sintomas menstruais. Uma década depois, conseguiu produzir,
a partir da raiz da batata doce mexicana, a primeira progesterona sintética.
Em 1953, dois investigadores, Gregory Pincus e Min Chueh Chang, com experiências em
coelhos, que provaram que a progesterona inibia a ovulação. Mais tarde, em estudos
com mulheres e depois da adição de hormona de estrogénio, de forma a regular o ciclo
menstrual, os resultados apresentados em 1956, permitiram verificar a eficácia deste
composto.
Portugal foi um dos países pioneiros na aceitação da pílula, no ano de 1962, dois anos
depois da pílula Enovid-10 ter sido aprovada pela Food and Drug Administration a ser
comercializada nos Estados Unidos. Ao mesmo tempo outros países foram aderindo
como a Alemanha, a Grã-Bretanha, a Holanda, a Argentina, a Austrália e a Indonésia.
Mas o medo não estava de todo dominado e algumas notícias relacionavam as doses de
estrogénio com o risco de doenças tromboembólicas. Isto levou a que fossem iniciados
estudos científicos para controlar os efeitos da pílula, que vieram a contribuir para o progresso da
contracepção. Deste estudo resultam pílulas com valores mais baixos de estrogénio e a aplicação de
desogestrel, um novo progestagénio, o que reduz o risco de tromboses e de problemas cardiovasculares.
Considerado como o mais eficaz método contraceptivo, a pequena pílula tem uma história curta, mas
marcada por muita polémica, alguma até bastante recente
Há vinte anos atrás, a escolha do uso da pílula ainda se fazia segundo a eficácia dos métodos. Muitas mulheres
achavam que esta causava esterilidade ou aumentava os riscos de doenças cardiovasculares e cancros, o que
está provado não acontecer.