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Economia Politica
Dr. Lopes Porto (2004)
Resumo do manual
1890 – Marshall – ―Economia é o estudo da humanidade nos momentos correntes da vida, examinando aquela
parte da acção individual e social que está mais estreitamente ligada com a obtenção e o uso dos requisitos
materiais do bem estar.‖
1937 – Lionel Robbins ―os economistas tratam todos das mesmas coisas embora ainda não tenham chegado a
acordo sobre o que é que tratam‖
Têm cada vez mais relevo os crimes ―de colarinho branco‖ – crimes económicos/patrimoniais
Direito influencia a economia
Ex.: Congelamento das rendas
O problema económico surge porque há necessidades a satisfazer, muitas delas através de bens escassos,
levantando-se por isso as questões da afectação alternativa de bens de consumo e de produção e da utilização de
factores igualmente escassos necessários para a sua produção.
1.2.1. Necessidades
Estados de insatisfação acompanhados da consciência e desejo de possuir bens (materiais e serviços) julgados
capazes de as satisfazer.
Estado psicológico, não objectivo, que varia e evolui espacio-temporalmente e cada vez se sente mais
fortemente.
1.2.2. Bens
Objectos do mundo externo e ou serviços capazes de satisfazer necessidades de consumo.
a) Bens materiais/imateriais
Bem material – existência corpórea (objectos do mundo real
Podemos dissociar a produção e o consumo.
Serviços , bens imateriais – não têm realidade corpórea, são utilidades prestadas por pessoas.
Não podemos dissociar a sua produção e o consumo
Bem material é acompanhado de um serviço, mas os serviços podem ser ou não acompanhados de um bem
material.
Os bens podem ainda ser simultaneamente de consumo ou indirectos conforme a função realmente exercida.
Bens consumáveis – desaparecem com a primeira utilização como bens da mesma espécie.
Têm de ser objecto de uma produção contínua e regular (quer de consumo ou bens de produção).
Não pode ser separada a propriedade e a utilização
Quando diminui a procura baixa o nível de vida
Ex.: alimentos
Bens duradouros – interessa o serviço por eles proporcionado, são aqueles que não desaparecem como bens da
mesma espécie (carro.) maior volatilidade – maior procura, maior expansão, menor procura – recessão.
Possibilidade de separação entre uso e propriedade
Ex.: pode-se arrendar ou alugar um bem duradouro
Contabilização dos bens e do consumo
É fácil contabilizar quando é que um bem consumível foi consumido.
Bens duradouros, contabiliza-se pela utilização
Ex.: em cada ano, gastou-se 0,3%
Estabilidade na produção de bens.
Consumidores – Em crise abranda-se o consumo
Em expansão aumenta-se o consumo
Empresas – Em épocas de crise, corta-se primeiro nos bens duradouros
Matéria prima – bem de produção, consumível
f) Bens complementares
Bens complementares – utilizam-se conjugadamente em termos de produção/consumo:
Ex.. botões e fato;
Ex.: Roda e carro
Complementaridade por gosto
Ex.: Café e açúcar
Complementaridade de produção:
Carvão e ferro
Capital e trabalho (complementares e substituíveis)
Complementaridade relativa e absoluta.
Bens substituíveis – fazem concorrência entre si, podendo utilizar-se em alternativa na satisfação do consumo
ou na produção.
Ex.: água/sumo
Na procura agregada, apresenta-se de modo diametralmente oposto consoante seja um bem complementar ou
sucedâneo.
Bens de produção associada/necessária: não têm de resultar uma da outra, mas é vantajoso
Ex.. transporte de mercadorias e transporte de passageiros
1.2.3. Produção
Bens utilizados em estado natural são poucos e é, portanto, necessário alterar o bem.
Organização de meios/recursos de forma a conseguir transformar e produzir novos.
Produção pode ser de bens materiais ou serviços. Bens materiais há separação temporal/ produção/ consumo,
consumo contemporâneo da produção.
Produção é um processo de criação de bens capazes de satisfazer necessidades, pode definir-se também como
o modo de criação de novas utilidades, acrescendo às que são proporcionadas directamente pela natureza.
Agricultura e pecuária - transformação de bens orgânicos; o homem recolhe da natureza os recursos que ela põe
à sua disposição, utilizando-os quer directamente no consumo quer como matérias primas em outras indústria.
Indústria transportadora – mais valia do produto – deslocação no espaço – acrescenta aos bens a utilidade de
ficarem disponíveis onde são necessários.
Ex.: Avião (deslocação vertical)
1.2.4. Utilidade
Faculdade real ou presumida que os bens têm de corresponder às necessidades
Preço desempenha numa economia de mercado uma função básica de limitação da procura.
Com o seu contributo, a teoria da utilidade marginal, ligada à maior ou menor escassez dos bens, veio
esclarecer o problema do seu valor – ―paradoxo do valor‖.
Bem é tanto mais valioso quanto a sua utilidade marginal e dependente da quantidade disponível
É diametralmente oposta a atitude do consumidor consoante esteja em causa, como hipótese a supressão total
de um bem ou um acréscimo na sua disponibilidade.
Utilidade adicional – interessa satisfazer o bem com maior utilidade até igualar prioridades, ponderando os
preços pondera-se a utilidade e o preço
Tendo cada bem um preço, a maximização da utilidade total do consumidor não se atingirá levando o consumo
de cada bem até ao ponto em que todos eles tenham a mesma utilidade marginal.
a. No campo do consumo
As alternativas postas aos consumidores podem ser representadas através da técnica das curvas de indiferença.
Qualquer ponto da curva de indiferença corresponde a uma satisfação exactamente igual. A possibilidade de se
atingirem pontos mais afastados da origem, depende da existência de recursos mais elevados; pontos no interior
da curva corresponde a uma satisfação inferior à possível com os recursos disponíveis.
b. No campo de produção
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Com uma técnica diagramática similar, podemos considerar a utilização de dois factores (K e L) que o produtor
pode utilizar alternativamente em maior ou menor medida para se chegar a cada nível de produção.
Linha não pode corresponder ao eixo porque é necessário haver sempre algum trabalho ou capital
Depende da situação da empresa
Empresa atrasada – pouco capital substitui muito trabalho
Capital e trabalho são substituíveis (reduz-se trabalho; aumenta-se capital) e complementares (trabalho -
capital)
Quando se tem menos quantidade de um bem(A), pode-se ter maior quantidade e outro bem (B), podendo
compensar-se a redução do primeiro.
Quando a curva coincide com o eixo vertical, não há consumo do bem assinalado.
- Escolhas alternativas
- Curva de diferença no consumo
Razão técnica/material
Não há coincidência com os eixos ( o serviço pode mais que o equipamento mas tem de haver sempre
alguma coisa)
Podemos ter muito trabalho com pouco capital e vice-versa.
Não há processos produtivos independentes do capital ou do trabalho; todos têm de ter mão-de-obra por mínima
que seja. Por muito técnicos e mecânicos que sejam os processos produtivos, o sector humano é fundamental
(mesmo que seja para ligar o interruptor).
Não há nada que substitua o homem.
Ponto C – fica-se aquém dos processos produtivos, não é um ponto óptimo (desperdício)
K – ponto óptimo: capital e trabalho totalmente utilizados (ponto máximo de eficiência).
Não é possível uma dupla utilização do capital ou do trabalho
Diagrama de eixo
Pontos óptimos – pontos tangentes (costas com costas) – pontos máximos de eficiência
Seria ideal uma dupla utilização do capital ou do trabalho, mas essa situação apesar de ideal, não é possível.
d. Curva de possibilidades de produção pode ser representada num diagrama cartesiano
e. Com o tempo, através de um aumento da dotação dos factores ou de progresso técnico na sua
utilização, é possível atingir novas curvas de possibilidade de produção mais afastadas da
origem.
f. Toda esta representação é ilustradora das escolhas em alternativa que estão no cerne da
economia
Os pontos óptimos de eficiência e bem- estar estão na tangência das curvas de indiferença no consumo com as
curvas de possibilidades de produção.
O problema do factor óptimo coloca-se em toda a economia (melhor produção; melhores escolhas)
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Escolhas em alternativa temos também de fazer escolhas em termos temporais (decisões no tempo).
Podemos escolher entre viver bem no presente ou investir no futuro.
Escolhas em relação ao espaço escolher zonas de trabalho mais útil para o futuro.
Numa dada altura existe trabalho e capital
Perto da origem – menor capital/menos trabalho – ineficiente
Possibilidade de aumentar a produção (a médio prazo ou longo prazo)
Afastado da origem situação impossível
Curva de indiferença – várias combinações possíveis de dois bens que têm em comum produzirem a mesma
utilidade total utilização de recursos escassos
Perspectiva científica
Teoria económica que pretende formular juízos de existência e leis sobre fenómenos económicos (método
indutivo ou dedutivo). A política consiste na definição de regras para que tal seja conseguido.
Na literatura anglo- saxónica é muito mais comum uma distinção entre economia positiva (positive economics)
e economia normativa (welfare economics), correspondendo a primeira à teoria e a segunda à política e à
doutrina, ligando a acção à perspectiva valorativa dos fenómenos e dos seus efeitos.
A análise económica acaba, na prática por se desenvolver de um modo interactivo, podendo servir-lhe de base a
formulação de hipóteses teóricas ou podendo a investigação partir inicialmente de verificações empíricas.
Na prática, o método indutivo conjuga-se com o dedutivo. Conjugam-se também com as ciências instrumentais
da economia, aproveitando-se quer os resultados das análises empíricas quer da análise teórica:
Matemática – método dedutivo (ciência pura)
História (recente ou antiga) método indutivo (não pode haver experimentação em relação à História
Ciência em constante transformação)
Econometria – medição do fenómeno económico (indutivo) permite testar hipóteses e formular leis a
partir de informação histórica.
a) Sectores
Quadros de relação intersectorial – Leontief
O que de dentro de cada sector se dedica ao próprio sector, outros sectores, aos consumidores
b) Espaço
Ligação do comércio internacional
Ricardo, séc. XIX: Portugal – vinho; Inglaterra – lanifícios
Ligação entre regiões administrativas
Vantagens e desvantagens da aglomeração
Localizações temporais
c) Tempo
Localizações temporárias
Precaver o futuro
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1. Os estádios económicos
a) Friedrich List
Critério da actividade dominante. A vida económica desenvolver-se-ia, historicamente, ao longo de
4 fases:
(1) Pastorícia
(2) Agricultura
(3) Agricultura e indústria
(4) Agricultura, indústria e comércio Nação normal para onde tenderiam todas as economias de
todos os povos.
b) Bruno Hildebrandt
Critério dos instrumentos de troca
(1) Economia Natural (sistema de troca directa)
(2) Economia Monetária (troca monetária, funcionando a moeda como intermediário geral nas
trocas)
(3) Economia Credicista
c) Karl Bücher
Atende ao âmbito territorial dentro do qual se circunscreve a actividade económica
(1) Economia doméstica (âmbito territorial muito restrito)
(a) Família
(b) Tribo
(c) Regime Feudal
(2) Economia Urbana
(a) Território mais amplo
(b) Actividade artesanal das cidades que entravam em relações de troca com as populações
agrícolas vizinhas.
(3) Economia nacional
(a) Âmbito maior Cidades (desenvolvimento das relações de troca entre os vários núcleos
urbanos.
(4) Economia Mundial por:
d) Gustav Schmoller (1880 e 1897) – relações económicas estabelecidas entre as várias comunidades
nacionais.
2. Os sistema económicos
-Para este autor, um determinado sistema de organização económica e social só pode ser um todo
coerente se houver uma correspondência entre a Natureza das relações de produção e o carácter
das forças produtivas (Lei fundamental da teoria económica marxista)
Comunismo primitivo
Esclavagismo
Feudalismo
Capitalismo
Socialismo
Hoje seria o proletariado (antítese) a provocar a queda do capitalismo, abrindo
caminho ao socialismo.
- Baseia-se na Teoria Clássica do Valor bens valem pelo trabalho social (necessário mais
trabalhadores e manutenção)
- Carácter das forças produtivas (elemento mais dinâmico):
Força de trabalho
Objectos
Técnica utilizada
Capitalismo – Relações de produção – privado
Socialismo
- Satisfazer as necessidades
- Lucro – fundo social, distribuído equitativamente pelos operários
Teixeira: ―O que faz mudar os sistemas económicos são os elementos materiais ou económicos
Com base nestes critérios, distingue os sistemas de economia fechada , economia artesana e capitalista
No caso do capitalismo., Sombart não procurou o seu elemento fundamental em qualquer dos aspectos
representados no espírito que inspirou a vida de toda uma época, o espírito da Europa moderna, que ter-se-ia
concretizado, na esfera económica, no espírito de lucro do capitalismo, como síntese do ―espírito burguês‖.
O homem pré- capitalista era um ―homem natural que via noa actividade económica o meio de satisfazer as suas
necessidades naturais. Ao contrário o homem capitalista viria alterar todos os valores do ―homem natural‖,
orientando-se por um novo espírito, uma nova atitude, à qual subordinaria tudo o mais, desumanizando a
economia, deixando de vez no homem a ―mensura omnium rerum‖. Segundo Teixeira Ribeiro: ― O capitalismo
desumanizou a economia‖.
CRÍTICAS:
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O critério de Sombart, ao incluir na forma certos elementos institucionais que não se confinam à simples
estrutura económica, ultrapassa algumas dificuldades que se apontaram aos autores da Escola Histórica, embora
o problema da transição aos sistemas seja, por ele encarado numa perspectiva culturalista e explicado, portanto
não a partir de factores económicos, mas de factores de ordem cultural ou espiritual. O que, essencialmente,
mudaria era o espírito dos sistemas, dentro de um processo de evolução cultural global. A ideia fundamental da
sua obra é a de que em épocas diferentes vigoraram sempre atitudes económicas diferentes, e que esse espírito é
que tem criado a forma adequada para se próprio e com ela uma organização económica.
Só que esta concepção culturalista, ―espiritualista‖, idealista (comum a Sombart e Weber), de que o capitalismo
como forma económica, é a criação do espírito capitalista, implica que se explique a génese deste último.
O critério de Sombart revela-se incapaz de detectar os aspectos essenciais que verdadeiramente distinguem os
sistemas económicos uns dos outros, exactamente porque sobrestima certos elementos ―espirituais‖ ao mesmo
tempo que sobrestima os elementos materiais, os elementos económicos quer verdadeiramente imprimem
carácter aos vários sistemas.
Neta lógica, é que se fala do socialismo como sistema caracterizado pela propriedade colectiva dos meios de
produção e do capitalismo como sistema em que vigora a propriedade privado dos meios de produção.
Conforme a natureza das relações de produção, assim varia a forma que o excedente social da produção sobre o
consumo e a titularidade do controle desse excedente. No capitalismo, o sobreproduto social assume a forma de
lucro que cabe aos proprietários dos meios de produção não só para consumo pessoal dos próprios capitalistas,
mas também para investimento em novos meios de produção. No socialismo, o excedente assume a forma de
fundo social que será distribuído por consumo e investimento por decisão da própria colectividade.
Evolucionistas
As economias evoluem de acordo com a distribuição da população activa pelos vários sectores:
Sector Primário - agricultura...
Sector Secundário – transformadora
Sector Terciário – comércio, serviços
Mais evolução – sector terciário
Menos evoluída – sector primário
A procura dos bens do sector primário (procura de alimentos) não vai aumentando na media do aumento do
rendimento da população. A mão-de-obra excedentária é atraída para sectores de procura crescente, onde é
maior o valor do contributo proporcionado.
4. Os Tipos de Organização
1934 -Walter Eücken – distinção dos sistemas sem ser com base em critérios históricos, atendendo-se antes ao
modo como a sociedade está organizada para a resolução dos problemas básicos de qualquer economia: dada a
escassez de recursos face a uma procura maior, está sempre, basicamente em causa saber o que produzir, como
e para quem: Direcção Central ou solução de mercado.
Duas formas de organização (Direcção Central e Economia de Mercado)
Pretende construir tipos abstractos de organização económica aos quais seriam susceptíveis de reconduzir
todos os sistemas ou organizações concretas
Existiriam dois tipos abstractos de coordenação:
Economia de mercado – são os indivíduos que decidem onde, quando produzir e os factores de
produção a utilizar mão de obra (especializada – melhor paga)
―Mão Invisível‖ de Adam Smith
Se aumenta a procura, aumenta o preço, aumenta-se a produção e a oferta
Onde produzir? – junto dos consumidores ou dos lugares de produção
Determina quanto se produz Mais dinheiro, baixa a taxa de juro, baixa o investimento =
Aceleração da economia
Encara o problema da distinção dos tipos de organização numa perspectiva funcional (interessa
saber ―quem dita o plano‖: os próprios indivíduos ou uma entidade exterior)
Crítica – o critério dos tipos de coordenação, como concepção anti-histórica, é incapaz de esclarecer
das causas e do sentido da evolução de um sistema económico para outro.
Não existem tipos abstractos, mercado e direcção central puros dão lugar a vários sistema
económicos sistemas comunistas (países depois da segunda guerra)
1. O quê?
A determinação dos bens a produzir poderá ser feita em função dos desejos das pessoas ou de juízos de valor da
autoridade central. Apura os desejos dos cidadãos através de inquéritos de opinião. Outra questão é o facto de
serem muito diferentes as qualidades de trabalhador. Como pode o decisor central ter um conhecimento preciso
das capacidades de qualquer um?
No plano da eficiência, não havendo estímulo a produzir mais e melhor, será o conjunto da economia a ficar
prejudicado com um sistema de repartição que não é incentivador de um empenho maior dos cidadãos.
Poder central que toma as decisões (Inquéritos ou escolha obrigatória)
Preocupação em corresponder às preocupações
Avaliar o trabalho e o preço
2. Repartição
Segundo a necessidade
Países mais desenvolvidos melhor qualificação
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3. Onde?
Estipula onde produzir – decisão política apesar de não corresponder
Satisfazer o mais possível o bem-estar imediato
Investimento a longo prazo
Economias actualmente:
Capitalista – Livre circulação de produtos; propriedade privada; excedente social assume a forma de
lucro.
Socialista – Autoridade – Excedente social é repartido para satisfazer as necessidades – fundo social –
propriedade colectiva.
Terceiro Mundo - maioria vive da agricultura; P.I.B. diminuto; grade pressão demográfica; desigualdade
de distribuição de rendimento
Ex.: Defesa Nacional Bem assegurado pelo Estado, porque ninguém deve ser beneficiado
Propinas – Bens semi-públicos
Função de redistribuição do rendimento
Curva de Preço
Despesa = Preço X Quantidade
Elasticidade – é a diferença na intensidade das variações da procura perante as variações dos preços.
Elasticidade da procura – também chamada elasticidade de preço de procura é a relação entre a variação do
preço de um bem e a consequente variação da quantidade procurada desse bem.
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Elasticidade = 1
Ex.:
100$ 101$ 1% Variação percentual
100$ 99$ 1% for igual ao preço,
quantidade é unitária
Procura inelástica – a procura é inelástica em relação ao preço quando varia pouco em resposta a alterações
desse preço.
Procura rígida – a procura é rígida em relação ao preço quando não varia nada em resposta a alterações desse
preço.
Procura rígida
Ex.: Electricidade
Bens de primeira necessidade
Bens de luxo
(pequenas parcelas – caixa de fósforos)
Bens complementares que representem uma pequena parcela – roupa
Factores:
Tempo de resposta procura (ex.: gasolina) só diminui lentamente a curto prazo a procura é
inelástica
Peso no orçamento familiar (pequenas parcelas como a caixa de fósforos)
Ao mesmo preço, e face à mesma variação, há bens com elasticidade diferente, logo não podemos dizer
qual a elasticidade: se inelástica ou elástica
Brasil há alguns anos: monopólio do café. Em anos de muita produção era mais lucrativo o Estado comprar
toda a produção e queimá-la nas locomotivas.
Procura inelástica:
1) Bens de primeira necessidade
2) Bens de luxo
3) Parcela mínima do rendimento (ex.: fósforos)
4) Bens procurados em conjunto com outros
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Procura elástica:
Bens com sucedâneos
Sucedâneo
Aumenta o preço do bem A, aumenta a procura do bem B Marketing
Ex.: Café/Chá Relação directa
Complementares
Aumenta o preço do bem A, diminui a procura do bem B
Ex.: Carro (preço sobe, diminui a procura de pneus)
Bens de segunda Natureza (bens sucedâneos) – 0,36 – deixou-se de comprar estes bens
Capítulo IV - A oferta
1. A lei da oferta. Enunciado e representação gráfica
A oferta é função do preço Aumenta o preço, aumenta a oferta
Lei do rendimento decrescente – Dados fixos e técnica constante Doses sucessivas de factores variáveis
(trabalho), mas o aumento vai sendo inferior/não proporcional
Rendimento marginal de uma pessoa pode ser 0 ou inferior quando não trabalha, distrai ou estorva
Quando é decrescente o rendimento marginal, é crescente o custo marginal (custo de cada unidade a mais).
+ 1 = elástica
- 1= inelástica
- = 2 = igual
Oferta em função do preço
Oferta inelástica:
- bens perecíveis
- bens com factor que não aumenta
Oferta elástica:
- importações
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Elasticidade
Comportamento polipolístico (concorrência monopolista), a oferta depende do preço do próprio bem e dos
preços dos bens concorrentes.
Comportamento oligopolístico (oligopólio), a oferta depende também do preço do próprio bem e dos preços dos
concorrentes
Variam os preços
Lei da procura e da oferta – variação dos preços em função das quantidades procuradas e oferecidas
O preço varia no mesmo sentido das quantidades procuradas e no sentido inverso à oferta
Preço – variável dependente varia em função da procura e da oferta
Teorema da teia de aranha
Aproximações sucessivas até ao equilíbrio:
3. A concorrência pura
3.1. Caracterização
- infinidade de ofertantes
- produtos totalmente homogéneos
- mobilidade e publicidade completas
Mercado da concorrência pura e perfeita. Pressupostos:
1. A tomicidade do lado dos compradores e dos vendedores (imensos vendedores pequenos que não
conseguem influenciar a oferta total)
2. Homogeneidade do produto (sem distinções)
3. Não há restrições à entrada de novas empresas no mercado
4. Publicidade e transparência (conhecem-se os bens e as disponibilidades dos compradores e dos vendedores)
5. Perfeita mobilidade (os vendedores fazem corresponder a oferta ao aumento da procura, mobilidade de
factores de produção e mobilidade espacial)
6. Preço dado (pela tomicidade – variação de uma empresa não é suficiente)
7. A procura é, aquele preço, infinitamente elástica – aquele preço, os vendedores conseguem vender todos os
seus produtos, logo não tem interesse em vender o produto mais barato ou mais caro.
P1 = 10 euros
Lucro anormal- (preço de 10, custo de 8) – incremento do número de investidores varia a curva da oferta
4. Monopólio
4.1. Caracterização e explicação
Onde existe apenas um vendedor
Legal
o Conferido pelo Estado a uma empresa pública ou privada
o Decorrente de patentes
Natural
o Advém de circunstâncias naturais
o Monopólios criados naturalmente (natureza) ou por infraestruturas instaladas
De facto
o Surge porque circunstâncias de mercado fizeram com que surgissem (anderbilt)
30 x 8 = 240
10 x 7 = 70
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20 x 6 = 120
= 430 = 265 de lucro
Fenómeno da renda dos consumidores (diferença entre o preço que ele efectivamente paga e o preço mais alto
que ele estaria disposto a pagar) – multiplicidade dos preços no monopólio porque o monopolista visa absorver
a renda do consumidor. Para tal objectivo, ele procura o fraccionamento do mercado no espaço e no tempo,
para que não haja comunicabilidade entre os mercados.
1. Fraccionamento no tempo
2. Fraccionamento no espaço
3. A circunstância de o monopolista vender a mesma mercadoria a preços diferentes nos
diferentes compradores – a discriminação de preços – traduz-se praticamente no
fraccionamento do mercado, isto é, na divisão do mercado em vários secções que
como se tornam outros tantos mercados.
4. Para que tal seja possível, é preciso que não haja comunicação entre os mercados
fraccionários; é preciso que nem os compradores, possam deslocar-se de um para
outro mercado, nem os produtos e serviços vendidos nem deles possam ser
transferidos para qualquer dos restantes. Caso contrário, todos os compradores
passavam a afluir ao mercado onde o preço fosse mais baixo e as mercadorias
adquiridas nesse mercado podiam revender-se nos demais.
5. Fraccionamento no tempo: mercadoria vendida a preços diferentes em épocas
diferentes. Ex.: uma primeira edição de livro com capa dourada, mas a segunda
edição já seria de bolso
6. Fraccionamento no espaço: na mesma época, o monopolista vende a mesma
mercadoria a preços diferentes. Este fraccionamento simultâneo é relativamente fácil
quando se trata de serviços directos e o monopolista conhece as disposições de cada
um dos seus clientes.
7. Ex.: cirurgião não exige o mesmo preço a todos os que o procuram e não há
possibilidade de o rico obter os seus serviços por intermédio do pobre, pois quem
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precisa e quer ser operado não pode fazer-se operar na pessoa de outra. No caso de
produzir serviços indirectos ou bens materiais, os monopolistas têm de tomar outras
medidas para conseguir a incomunicabilidade dos mercados fraccionários. Começam
por dividir os compradores em classes, de modo a incluir em cada classe todos
aqueles que dão a mesma ou quase a mesma valorização à mercadoria monopolizada.
Em seguida, introduzem diferenças no aspecto exterior do produto ou na prestação do
serviço, de modo a impedir que as pessoas por ele colocadas em determinada classe
se desloquem para as classes em que os preços são mais baixos.
8. Ex.: assim se procedem as empresas ferroviárias, dividindo a multidão dos utentes em
três classes. Para manter esta divisão, introduzem diferenças na forma como os
serviços são prestados. O preço múltiplo permite ao monopolista aumentar
enormemente os seus lucro; todavia, se se trata de um monopólio legal, exploração
não com fins lucrativos, mas de interesse público, a discriminação aos preços também
permite favorecer as classes mais pobre à custa dos ricos. Ou seja, o preço múltiplo
de monopólio assim como pode apenas ser uma fonte de lucros, também pode ser
uma fonte de benefício social.
5. A concorrência monopolista
5.1. Caracterização e explicação
Há uma multiplicidade de empresas, mas não há nem homogeneidade dos produtos, que apresentam
diferenciação de qualidade e marca, nem mobilidade perfeita, com ―distâncias‖ difíceis de ultrapassar, nem
publicidade completa.
Principalmente devido às diferenciações físicas e jurídicas dos bens, há na concorrência monopolista um poder
sobre o mercado que não existe na concorrência perfeita.
Os melhores mercados são os que se localizam entre o monopólio e a concorrência perfeita Concorrência
monopolista/imperfeita
Não há mobilidade total
Não há homogeneidade total
Ex.: Roupa/produtos alimentares
Dinheiro gasto em publicidade porque não há homogeneidade.
Tendo-se o lucro aqui figurado, num mercado de concorrência monopolista não se fica todavia na situação do
monopólio, apenas com um produtor. Havendo lucro, o sector é naturalmente atractivo para novos empresários
que queiram acorrer ou para empresários já instalados que possam oferecer uma quantidade maior. À medida
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em que assim vai acontecendo, com o aumento da oferta global no sector, o preço vai obviamente baixando,
podendo por outro lado, dar-se o caso de o custo médio ir subindo, com a afectação à produção de factores
menos favoráveis.
Há agora uma circunstância nova em relação à concorrência perfeita: a tangência entre a curva da procura e a
curva do custo médio verifica-se numa fase descendente desta, ou seja, quando o custo médio ainda não é
mínimo. Acontece porque na concorrência monopolista as empresas tem que suportar um custo que não é
necessário para as empresas em concorrência perfeita, o custo de publicidade.
6. O Oligopólio
6.1. Caracterização e explicação
O oligopólio é caracterizado pela existência de poucos ofertantes no mercado. Pode tratar-se apenas de dois,
tendo-se então a situação de duopólio, ou então de um número não muito maior de empresas. Também o
oligopólio resulta, tal como o monopólio de razões legais, naturais ou de facto:
- a existência de um condicionamento industrial que faz depender de aprovação previa qualquer
iniciativa.
- Matéria prima só existente em algumas zonas
- razões técnicas e razões de concorrência
equipamentos não reprodutíveis em pequenas unidades
afastamento por razões de concorrência
Estando um preço a ser praticado a P, acontece que a procura é muito elástica acima deste preço e rígida abaixo
dele. Assim acontece porque se alguma sobe o preço, procurando ter assim algum ganho maior, imediatamente
a procura foge para as demais – procura muito elástica.
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Se um dos empresários baixar o preço, todos os outros empresários baixarão também os preços e ficarão todos a
perder.
―Não fazer ondas nem deixar que os outros as façam‖. Estamos perante um caso em que de facto ou mesmo
formalmente se segue uma estratégia comum, que assegura um preço que não leva ninguém à ruína, pelo
contrário, um preço que assegura a todos um rendimento vultuosos.
Quando se trata de um acordo formal, temos o cartel. Um ―oligopólio de conluio‖ assemelha-se naturalmente a
um monopólio. Em qualquer caso, trata-se de prática hoje sujeita a um controlo rigoroso, no seio da EU.
Pode um custo marginal mais baixo num mercado sem ser de concorrência perfeita não ser suficiente para que
se consiga ter um preço mais baixo. Na figura, sendo o custo marginal em concorrência C´, o preço para os
consumidores fica em P, na horizontal de intersecção do custo marginal com a receita marginal (no caso o
preço do mercado, dado pela curva da procura). Mas é sempre concebível, e acontecerá por vezes na realidade,
que os custos sejam de tal forma mais baixos que, mesmo estando o preço acima da receita marginal, se trate de
um preço mais baixo do que o preço da concorrência. Não acontecerá ainda assim se se tiver o custo marginal
C´´, com o estabelecimento (na vertical da sua intersecção com R´) do preço P´. Mas já com a curva do custo
marginal C´´´ se verifica o estabelecimento do preço P´´, mais baixo, pois, do que o preço verificado em
concorrência (P).
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Neste caso, característico da legislação norte- americana, quer-se evitar o dano potencial. A concorrência é um
bem em si mesmo, não sendo por isso necessário esperar-se pela existência de um dano, que levaria a uma
intervenção a posteriori. Trata-se de privilegiar e defender uma noção estrutural de concorrência – teoria da
concorrência – condição
Nesta perspectiva, prevalente nos países europeus, reconhecendo-se algumas vantagens da dimensão e da
concentração, intervém-se apenas à posteriori; quando é prejudicado o interesse geral – concorrência- meta.
Com a mundialização, tendo cada espaço do mundo de concorrer com espaços altamente competitivos, com
grupos empresariais de alta dimensão, tende a prevalecer a segunda perspectiva. Assim acontece na Europa, que
tem de concorrer com empresas dos EUA , Japão e outros países poderosos.
As disposições proibitivas do artigo 81º, nos termos do seu nº3, podem ―ser declaradas inaplicáveis‖ aos
acordos, associações ou práticas concertadas que ―contribuam, para melhorar a produção ou a distribuição dos
produtos ou para promover o progresso técnico ou económico‖.
São permitidos também os ―acordos de importância menor‖ que ―afectam o mercado apenas de um modo
insignificante, tendo em conta a fraca posição ocupada pelos interessados no mercado dos produtos em causa‖
Trata-se de monopólios que podem aparecer como formas de estabilização dos mercados, assegurando as
vendas, ou as compras dos produtos: tal como acontecia no nosso país com a administração geral do Açúcar e
do Álcool (AGAA) assegurando o fornecimento deste último produto aos industriais produtores de licores com
a SACOR (PETROGAL) com o exclusivo da importação e da refinação dos produtos petrolíferos o ainda com a
Empresa Pública de Abastecimento de Cereais (EPAC), assegurando a sua compra aos agricultores: havendo
em qualquer dos casos discriminações contrárias à sã concorrência que se pretende assegurar . (Estão fora do
âmbito de aplicação do artigo n.º 31º os monopólios de serviços: casos do monopólio dos sectores de
transportes, gás, electricidade, água e informação. Os dos transportes foram afastados com base numa nova
base jurídica, na linha da liberalização aberta pelo Acto único Europeu).
O caso dos produtos agrícolas foi especialmente considerado no artigo 4º do artigo 37º, atendendo-se à
especificidade do sector. Trata-se porém de número afastado em Amsterdão.
Em alguns casos os monopólios visados têm como objectivo a cobrança de recitas, tratando-se de sectores
muito lucrativos: tal como acontece com o tabaco e os fósforos. Não deixam de estar sujeitos às regras da
concorrência, como se dispõe expressamente no nº2 do artigo 86º.
Sobre o modo de proceder em relação ao controle dos auxílios concedidos, designadamente sobre a intervenção
da Comissão e dos Tribunal de Justiça, dispõem os artigos 88º e 89º
Com especial relevo para Portugal ( e para outros países e regiões menos desenvolvidos) são admitidos auxílios
ao abrigo da alínea a) do n.º 3. Casos que no nosso país suscitaram polémica foram o da (não) aceitação do
Sistema Integrado de Incentivos ao Investimento ( S-III), estabelecido pelo Decreto – Lei n.º 194/80, de 19 de
Junho, e o das ajudas ao projecto Ford – Volkswagen (em Palmela)
equivalente..." (artigo 4°) (ver Pego, 2001, pp. 85-166). É uma figura que abrange por exemplo o caso de vários
vendedores de determinados produtos ficarem dependentes de um único comprador, por exemplo uma grande
superfície, levantando problemas com a maior actualidade.
Para além disso, a nossa lei tem uma concretização que não há na legislação comunitária, com a indicação de
percentagens de quotas de mercado para a presunção de abusos de posição dominante (artigo 3°).
1'^
de que há experiências muito negativas ".
31 Numa acepção mais ampla a função de regulação inclui a promoção do mercado nos termos acabados de
referir (cfr. Ferreira, 2001, p. 394).
31 Sobre a "re-regulação", em casos em que privatizações visaram "conseguir melhores resultados no plano da
eficiência económica e da tutela dos consumidores", ver de novo Ferreira (2001, p. 397).
43
Até ao ponto em que o valor marginal proporcionado seja superior ou igual ao preço que é devido pela sua
utilização
Combinação dos factores de produção. Altura em que o empresário está disposto a aumentar nos factores de
produção para haver mais produção.
O que é que o empresário tem que ter em conta:
O empresário vai produzir até ao seu lucro ser igual ao custo de produção de mais uma unidade de produção. Só
admite novas unidades de factores de produção (mais um trabalhador, etc...) se isso for compensatório
relativamente à produção e ao seu lucro.
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1. Salário
1.1. Formas
Estado – protector do trabalhador através das leis do trabalho – uma dessas leis fala das 40 horas semanais.
Entidade patronal – aceleração do processo produtivo em vez de aceitar novos empregados aos quais tinha de
dar formação.
Contratos colectivos de trabalho (funções agrupadas em classes) – determinam outras regalias. Lei geral que
assegura a protecção mínima
- Envelhecimento da população
- Imigração – movimentos migratórios
1.4.1. A produtividade
2. Renda
Economia do ambiente – recursos escassos em certos países – água, ar puro... É necessário o apoio a este
países.
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3. Juro
Remuneração do capital
Há 2 mercados
- Mercado financeiro – procura oferta de capital a médio/ longo prazo
Ex.: Empresários
- Mercado monetário – procura oferta de capital a curto prazo.
Concedeu empréstimos
Compram títulos
Baixa da taxa de juro – baixa também para o consumidor final – incentivo à economia
47
4. Lucro
Proprietários
PNB pm
PN é a soma dos valores acrescentados produzidos pelas unidades produtivas nacionais, dentro e fora do espaço
geográfico em que se inserem, num determinado período de tempo, geralmente um ano.
PB inclui amortizações; PL exclui amortizações
Ppm inclui impostos indirectos e exclui subsídios
Apuramento de valores líquidos – porque deduzir-se as quotas de amortização? Por causa dos bens capitais
duradouros utilizados na produção de bens finais, que fazem com que haja o rico da dupla contagem. Solução
não está em não contabilizá-los, pois isso evitaria os riscos da dupla contagem, mas sub avaliaria a produção do
país nos anos em que houvesse um especial acréscimo na produção de bem de capital; além disso, os
investimentos não se limitam à substituição do material que se foi desgastando e o desgaste não é regular e ao
longo do tempo. A contabilização do acréscimo líquido de bens de capital permite determinar com exactidão o
desgaste efectivo do equipamento. As amortizações apuram-se calculando-se o número de anos durante os
quais se espera que os produtos duradouros vão ser usados na produção e dividindo o valor dos bens de capital
por esse número:
Apuramento de valores líquidos permite:
- evitar dupla contagem;
- permitir apurar actividade produtiva desse ano.
P.O.C. – Para vários equipamentos qual a duração. Dez anos; 10% de amortização. Valor do bem é dado pela
utilidade
Conclusão:
- Dupla contabilização
- Produtos intermediários exteriores
- Produto – rendimento, mais subsídios, menos impostos
- Amortização e produto líquido
50
Rendimento disponível
PIB – total dos valores criados pelas unidades produtivas durante um ano civil
Bens finais menos intermediários, mais intermediários não transformados
Produto – soma dos valores acrescentados num país num determinado período de tempo
Bens intermediários produzidos fora do período
Bens não produzidos, mas utilizados no período
Bens intermédios importados
Bens intermédios produzidos no país e no período que não são transformados
Produto líquido – dedução das cotas de amortização ao produto bruto. Valores de todos os bens produzidos num
período deduzindo os valores.
Despesa de capital
Despesa do Estado
Estado fluxos
Despesas:
Vencimentos dos salários pagos às famílias
Compras correntes
Rendimentos
Impostos pagos pelas famílias
Impostos pagos pelas empresas
Exterior:
- pagamento das importações
- pagamento das exportações
Capital
Aferição do bem- estar com a contabilidade nacional – é necessário tomar precauções e fazer operações prévias
ii. Serviços – ―quando um homem casa com a cozinheira há uma perda do Produto
Nacional‖
iii. Ilusão monetária:
1. Inflação e deflação
2. Aumento do produto que não reflecte um aumento real do produto
Produto Inflação
Ano 1 (ano base) 100 m.e.
15%
Ano 3 115 m.e.
É através dos índices que se vê em média quanto é que os preços subiram. Uns 4%, outros 10%. Não pode ser
uma média simples, mas ponderada
Desvalorização da moeda
2. Modos de cálculo
3. Modelos mais complexos ( e realistas)
Circuito
Circuito financeiro
Demasiado simplista
Estado:
- nem todos os rendimentos são despesas (impostos)
- nem todos os rendimentos são lucros (subsídios)
- nem todos os bens vêm das empresas (produtos)
A) Contabilidade do lazer
Redistribuição:
Rendimento per capita – distribuição igual para todos mas não real
quanto mais acentuada a inclinação, menor a desigualdade na repartição da renda e vice- versa.
Coeficiente de Gini
Define-se a partir da área que se estabelece entre a curva de desigualdade e recta de perfeita igualdade. Varia
dentro do intervalo de zero a um. Zero quando não há área de desigualdade.
57
Área da desigualdade
Área de plena desigualdade
A partir das curvas de Lorenz, podemos calcular um coeficiente de concentração de renda, definindo a partir da
área que se estabelece entre a curva de desigualdade e a recta de perfeita igualdade, trata-se do coeficiente de
Gini, graficamente dado pela divisão da área compreendida pela curva de Lorenz e o triângulo de plena
desigualdade, formado pela linha de perfeita igualdade e os dois eixos do diagrama. Assim, o coeficiente de
Gini varia dentro do intervalo zero e um; zero, quando não há área de desigualdade, um quando a área é igual à
do triângulo de plena desigualdade.
- O diagrama de Lorenz define um polígono de concentração de renda: a área que se forma entre a
recta de perfeita igualdade e acurva de distribuição efectiva de renda.
- Quanto maior for a área do polígono, maior a desigualdade da estrutura de distribuição. Isto significa
que quanto mais a curva de Lorenz estiver afastada da linha de perfeita igualdade, maior o grua de
concentração nas distribuição da renda.
- O coeficiente de Gini (G) define o grau de desigualdade de uma estrutura de distribuição de renda. É
calculado a partir da área formada pela curva de Lorenz e a linha e perfeita igualdade. Comparando-
se essas área com a e plena desigualdade, define-se um coeficiente que varia de zero a um. Assim:
CONSEQUÊNCIAS DA DESIGUALDADE
Herança histórica
Ex.: Escravatura com a consequente falta de integração social
Repartição histórica por religião/ raça...
Formas de acesso de cada classe
Macrocondicionalidades
Ex: Inflação alta durante anos leva a uma concentração da riqueza
Perde com inflação quem tem rendimento fixo/ rendas/ empréstimos
Ganha com a inflação os profissionais liberais/ capitalistas activos
3. Políticas de redistribuição
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1. Fuga fiscal e mudança de residência para outros países com impostos baixos
2. Política do “balde furado” – o que se tira é mais do que se redistribui – Arthur Okun
Justiça distributiva:
- maximização da renda mínima
- princípio da diferença
- equitatividade
Ciclo de depressão:
– diminuição do produto/ rendimento
– Mais desemprego
– Deflação (pode ou não verificar-se
Ciclo de crescimento:
- Mais produto/ mais rendimento
- Menos desemprego
- Inflação (pode ou não verificar-se)
2. As variações da despesa
2.1. As despesas de consumo
As despesas de consumo privado (das famílias) constituem a parcela mais importante da despesa nacional em
todos os países, sendo habitual subdividi-las em categorias, como alimentação, vestuário e calçado, habitação,
combustíveis e energia, etc.
Do ponto de vista de comportamento tem-se verificado, de um modo geral, que as despesas de consumo são
estáveis, quer dizer, não variam a curto prazo, a não ser em correspondência com as variações do rendimento.
Isto é o mesmo que dizer não constituir o consumo privado uma variável explicativa para as perturbações da
actividade económica, antes aparecendo estas como determinantes da alterações do consumo. Estamos perante
um resultado fundamental, a utilizar adiante, e que costuma referir-se com a designação de função consumo, a
qual foi introduzida na análise económico por Keynes.
A função consumo correspondente a determinada comunidade me certo período pode estabelecer-se a partir de
elementos estatísticos – e têm-se feito determinações desta natureza em vários países. A representação gráfica é
a do diagrama que se segue, portanto uma curva crescente (para simplificar as figuras e os raciocínios, adiante
trabalharemos com rectas), o que significa aumentar o consumo quando o rendimento está em expansão e
diminuir no caso contrário.
Sobre a função consumo, define-se uma relação importante, que é a propensão ou tendência marginal para
consumir: define-se como o acréscimo de consumo correspondente ao aumento de uma unidade ao rendimento.
É, evidentemente, inferior à unidade, embora próxima, e tanto mais quanto mais pobres são as famílias do
agregado nacional que se considera, pois gastam em consumo quase totalmente os acréscimos de rendimento.
63
Também se constrói a função poupança das famílias a partir dessa função consumo.
Vem a poupança a variar com o rendimento, e igualmente em sentido crescente.
Convém ainda distinguir entre os gastos com bens de consumo não duradouros e com bens de consumo
duradouros. Ao primeiro grupo pertencem as despesas de alimentação, os gastos correntes com a habitação... e
no segundo as compras de um automóvel..
Ora é importante a separação entre os dois grupos por se reconhecer que o comportamento deles é diverso:
muito estáveis as despesas com bens de consumo não duradouros, e pouco estáveis, reflectindo fortemente as
variações de rendimento ou até se antecipando a elas e contribuindo, assim, para o seu aparecimento e
avolumar, as despesas em bens de consumo indispensáveis, ―necessidades‖, e as outras serem gastos supérfluos,
― luxos‖. Em rigor não é válida esta identificação, pois uma viagem de turismo ao estrangeiro, sendo não
duradoura é um luxo, . Seja qual for, os dois termos da classificação tendem a divulgar-se, atribuindo-se as
ameaças de inflação nos últimos anos em muitos países da Europa às facilidades excessivas de credito para
vendas a prestações de material electrodoméstico, automóveis e andares de habitação, tendo tido alguns
governos de impor restrições a esses negócios por forma a reduzir o volume global de despesa nacional e
promover, assim, a estabilização da actividade.
O alemão Engel, no século passado, examinou as contas das famílias operárias belgas e conseguiu estabelecer
uma lei empírica ou estatística que tem o seu nome. Diz a lei de Engel que ―quanto mais pobre é uma família,
mais elevada é a proporção do gasto com alimentação‖.
Esta lei tem sido universalmente verificada, havendo verificações feitas no nosso país. O quadro que segue
apresenta resultados colhidos entre populações operárias portuguesas, e é nítido o sentido de evolução.
quer de produtos em laboração, quer ainda de produtos acabados (e vê-se que o conceito abrange também a
actividade comercial). Se nos pusermos na situação de quem calcula a despesa (e o produto) nacional poderá
acontecer que os stocks de toda a espécie de certa empresa sejam, em 31 de Dezembro do ano X, idênticos,
rigorosamente, ao que eram em l de Janeiro do mesmo ano. E isso quer dizer que os produtos acabados da
situação inicial foram vendidos, os produtos em laboração concluídos, os materiais trazidos à laboração; que
isso se foi repetindo um certo número de vezes ao longo do ano (mais ou menos vezes, conforme o período de
produção dessa indústria, ou seja, a duração do seu ciclo» produtivo); e que tudo aconteceu em termos normal
quer dizer, chegou-se ao fim do período com existências idênticas às do início, tendo-se traduzido na produção
concluída 01 vendida toda a actividade da empresa. Num casei destes, essa produção é que interessará para os
cálculos do produto e a despesa (segundo os métodos e com as reservas a que já aludimos), para nada
intervindo as existências: e se se disser, por exemplo, que os produtos acabados em armazém no fim do ano,
porque foram efectivamente produzidos nesse ano, deveriam ser contados, responder-se-á que eles estão
efectivamente contados, pelo valor das vendas dos stocks nos primeiros meses stocks esses que tinham sido
produzidos no ano anterior. Não há, portanto, omissão nos cálculos.
Já o panorama é diverso se as existências no termo do período forem diferentes das iniciais, maiores ou
menores. No caso de terem aumentado, esse acréscimo representa produção feita e que, todavia, não aparece em
qualquer outra componente da despesa nacional — inclui-se a rubrica variação de existências, afectada do sinal
+. Os valores negativos da componente variação de existências significam que as empresas, globalmente
consideradas, viram diminuídos os stocks, produzindo e vendendo em parte à custa de produções dos anos
anteriores.
. Resta a componente depreciação do capital fixo; e tem de considerar-se por haver produção de novos
edifícios, de nova. máquinas e peças, para substituir o desgaste do capital existente e utilizado durante o
período, e por a essa produção corresponderem despesas das empresas compradoras. Em rigor, poderá dizer-se
que essa «usura» ou desgaste do capital fixo vem incorporada no valor dos produtos finais do período e,
portanto, na despesa correspondente a esses produtos finais, não havendo lugar para a inclusão de nova
componente; mas também é certo que, do ponto de vista da actividade produtiva, o fabrico de máquinas novas
para substituição de outras constitui alguma coisa de importante, a não ser esquecida. Resolve-se a questão
construindo conceitos diferentes do produto nacional: o produto nacional liquido em que se não contam as
depreciações, e o produto nacional bruto em que elas se incluem. Não é costume falar em despesa «líquida»,
pelo que a equivalência com a despesa nacional apenas é válida em relação ao produto bruto
Examinadas as componentes do investimento das empresas importa analisá-las do ponto de vista do
comportamento enquanto respeita à estabilidade; e isso é o mesmo que estudai as suas determinantes
fundamentais.
Quanto à formação de novo capital fixo, já em capítulo anterior (§ 10.3) estabelecemos uma relação funcional
entre a procura de fundos a que dá lugar em cada período e a taxa interna de juro, ou rentabilidade; e por aí se
poderia concluir que o nível do juro no mercado de capitais determinaria um maior ou menor volume de
investimentos efectivamente realizados. Todavia a questão é mais complexa, pois a estimativa da rentabilidade
dos novos projectos, assenta em previsões acerca de receitas futuras, por aí se abrindo o caminho à influência
dos factores psicológicos, designadamente de psicologia colectiva. Há momentos em que os dirigentes de
empresas vêem serenamente o futuro, procurando orientar as suas decisões por estudos técnicos dos
empreendimentos entrevistos; noutros momentos, anormais, reina o pessimismo ou um optimismo exagerado,
traduzindo-se em quebras profundas ou em aumentos substanciais do volume de investimentos para a formação
de novo capital fixo.
Estamos, portanto, perante uma componente instável da despesa nacional, devendo atribuir-se-lhe em larga
medida as variações no ritmo da actividade económica. Adiante trabalharemos em termos de fixação autónoma
do nível de investimento, quer dizer, independentemente do nível atingido pele rendimento, mas sem entrar em
mais especificações acerca de assunto. Ficam, porém, duas anotações, a orientar para matérias importantes que
correspondem a aproximações à realidade sobre o que se disse:
— A um incremento da actividade, com maior rendimento e consumo, é natural que correspondam também
melhores perspectivas e exigências de investimento — e é toda a análise do acelerador que aqui entronca, a
qual terra maior importância para o estudo dos «ciclos» económicos;
65
— Por outro lado, o estado de espírito optimista ou pessimista dos empresários anda profundamente
determinado pela situação geral dos negócios reflectida nas transacções de títulos nas bolsas — e é a relação
entre variações de investimento e mercado financeiro que está em jogo nestas observações (1).
E no que respeita às outras componentes do investimento das empresas? As existências são extremamente
sensíveis ao estado dos negócios e à disposição dos empresários, sofrendo amplas variações de muito curto
prazo. E a depreciação do capital fixo existente também oferece amplo campo de manobra aos dirigentes das
empresas — amortizam e substituem equipamentos quando estão em prosperidade, às vezes até com celeridade
excessiva, assim como reduzem as despesas compensadoras do desgaste ao primeiro sinal de dificuldades
económicas.
Quer dizer, ainda aqui estamos perante componentes altamente instáveis.
2.4. O Exterior
Além do consumo privado, investimento das. Empresas gastos do Estado, temos uma quarta grande
componente da d pesa nacional, correspondente às relações económicas com o tenor. Uma dada economia
exporta, e o valor dessa parte produto nacional, à qual corresponde a formação interna rendimentos, tem a sua
tradução nas despesas que os compradores estrangeiros fazem junto das empresas do País; daí que a exportação
deva aparecer como componente da despesa nacional, e tanto exportação de produtos materiais (cortiça ou r
quinas) como exportação de serviços (estada de turistas estrangeiros num hotel nacional ou fretes pagos por
uma empresa estrangeira à marinha mercante portuguesa).
Mas repare-se que os movimentos económicos com o exterior, no que respeita à importação, interessam aos
cálculos, embora num sentido «negativo»: efectivamente, as importações aparecem contadas ou nas despesas de
consumo das famílias, de investimento das empresas, ou nos gastos do Estado, quando não deveriam aparecer
por não corresponderem a uma actividade realizada pela economia em causa. Daí que se trabalhe com o saldo
exportações- importações ou saldo das transacções com o exterior, ao completar a lista das componentes da d
pesa nacional.
Que dizer no que respeita ao comportamento desse sã com o exterior? Tem de olhar-se à estrutura das
exportações
e das importações, descobrindo-se entre estas últimas um grande número que é função do rendimento, como as
importações de bens de consumo, sobretudo os não duradouros; e outras caracterizadas por elevada
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CRESCIMENTO ECONÓMICO
Rendimento igual à despesa, o que quer dizer que há pressão da procura – estímulo à produção das
empresas.
Excepto se houver pleno emprego (mão de obra e matéria prima) – aumento da procura – só leva ao
aumento dos preços – só há inflação, não há crescimento, porque todos os recursos estão a ser
utilizados.
Ex.: Ex.: situação de guerra
CRISE ECONÓMICA
Produto = rendimento, mas a despesa é baixa e a oferta excedentária; os preços baixam; passa a produzir-se
menos; desemprego
Efeito bola de neve até que afecta bens não tão supérfluos como a alimentação ou o vestuário.
New Deal norte americano: despesa pública; aumento do emprego; aumento da despesa das famílias; aumento
da procura de bens de consumo e produção
EFEITO MULTIPLICADOR das despesas públicas – dinheiro posto em circulação na economia. Também há
este efeito nas despesas privadas, mas só em bens de produção.
67
A moeda é um meio geral e definitivo de pagamentos expresso numa unidade de conta, e sendo genericamente
aceito pelos membros da comunidade dentro da qual tem curso.
Primeiro houve a troca directa, mas tinha desvantagens:
- Custos de transacção (encontrar alguém que correspondesse ao negócio que pretendíamos efectuar)
- Avaliação do valor de cada produto
- Usaram-se bens utilizados como intermediários das trocas. Ex.: sal
1º - Mercadoria – Mercadoria
2º - Mercadoria – Dinheiro – Mercadoria – produzia-se para ganhar dinheiro e para depois se comprar
2º - D – M – D` - tem-se dinheiro, produzem-se mercadorias para ganhar dinheiro.
Bem adquire natureza de moeda quando se torna aceite por todos os membros de uma comunidade e com ele se
pode comprar qualquer bem ou saldar qualquer dívida.
Moeda – meio geral e definitivo, genericamente aceite por todos os membros de uma comunidade.
Para os clássico havia uma dicotomia entre moeda e economia, dicotomia essa abolida por Keynes
2. Espécies de moedas
Três espécies de moeda:
iv. Moeda fiduciária – Os primeiros banqueiros foram ourives (que já nessa altura
praticavam negócios usurários) criaram a taxa de imobilização, uma vez que apenas
uma pequena parte dos certificados eram pedidos, havia uma grande quantidade de
moedas paradas. Começaram a emitir certificados ―a descoberto‖ (não cobertos por
igual dinheiro no depósito). O valor dos certificados de depósito deixa de ser
representativo para ser fiduciário (confiança no banqueiro; ourives).
v. Notas – bastava uma crise (diminuição da extracção de prata ou ouro nas minas) para
que o preço do ouro subisse e atingisse um valor superior do metal do que o valor
monetário da moeda. Muitos bancos abriam falência porque as pessoas queriam as
moedas de volta para vender como ouro. Em alguns Estados retirou-se mesmo a
capacidade de produção de moeda fiduciária, noutros os papéis passam a ser impostos
pelo Estado como moeda – curso forçado – notas.
Moeda papel:
Historicamente: Banking School defende endogeneidade de oferta de moeda – depende das necessidades de
emissão (mais ou menos moeda consoante o mercado – liberdade de cunhagem); Currency School defende a
teoria da exogeneidade – teoria quantitativa da moeda – problema da economia – resolução de problemas
macro- económicos (por ex.: desemprego) através da criação de moeda e injecção de moeda no mercado, no
entanto cria-se uma crise inflacionista, uma vez que com mais moeda há uma desvalorização e consequente
inflação.
1) Retirar cunhagem a bancos comerciais – autoridade central
2) Limitar o valor de moeda ao ouro nos cofres – PADRÃO OURO.
Depende da flexibilidade dos sistemas. Acordos de Bretton Woods – dólar = padrão ouro – hoje
não vigora este tipo.
Banco Central Europeu – grande controlo de cunhagem para controla a inflação.
Currency School
1) Sistema de reserva parcial ou de limite da circulação a descoberto
2) Sistema do limite de emissão
3) Sistema de reserva fiduciária
4) Sistema de reserva proporcional
5.2. Criação de moeda por um único banco e pelo conjunto dos bancos
Criação de moeda bancária: os bancos comercias recebem depósitos e ao emprestar ganham a diferença.
Estados determinaram a reserva de caixa – montante dos depósitos que não pode ser emprestado.
Criação de moeda bancária. Se a reserva de caixa fosse de 100%, não haveria moeda bancária, só sendo inferior
a 100% se cria moeda.
Após alguns depósitos e empréstimos, devido à reserva de caixa o Banco fica com muito dinheiro imobilizado.
A capacidade de os bancos criarem moeda esgota-se quando as reservas de caixa esgotarem o montante,
partindo do pressuposto que o banco empresta a totalidade do dinheiro depositado.
Procura-se deter moeda para especular nos mercados bolsistas comprando e vendendo acções e obrigações. Se
se espera uma baixa da cotação das acções ou das obrigações, procura-se possuir moeda para as adquirir no
momento oportuno.
- Financiamento – liquidez para investir
Procura-se moeda para financiar o investimento. As empresas procuram possuir moeda para financiar as suas
despesas de investimento.
- Deflação – descida apreciável e continuada dos níveis dos preços
Se se prevê uma baixa dos preços dos produtos que se querem adquirir, tanto os particulares como as empresas
procuram adiar o mais possível as suas compras, mantendo em saldos líquidos a moeda que pensavam gastar.
- Colocação – detém-se moeda por causa do valor
Procura-se moeda para a deter como reserva de valor, ao invés de conservar a riqueza sob uma outra forma: em
prédios, títulos... A moeda é aqui utilizada como instrumento de colocação de riqueza.
- Poder económico – disponibilização económica para compra de X.
Um agente económico, particular ou empresa, pode possuir moeda, a fim de intervir mediatamente no mercado
bolsista, em determinado momento julgado mais favorável, com vista a adquirir um pacote de acções de
determinada empresa que seja suficiente para garantir a sua aquisição na totalidade ou uma posição de controlo.
Oferta de Moeda
Endogeneidade da oferta de moeda – moeda criada pelos próprios agentes em função do mercado:
Banking School – dependente das necessidades de moeda
Credit money Economics – credit demand
Exogeneidade – Currency School – oferta determinada aleatoriamente pelas entidades emissoras – BCE – quem
define o montante
Quem define a emissão de moeda são os Bancos Nacionais
Padrão ouro – aumento drástico de moeda leva à inflação. A moeda tem de coincidir com o correspondente em
ouro. Abandono do acordo de Bretton Woods.
Operações de crédito a muito curto prazo (até um ano) constituem o mercado monetário. Taxa determinante é
a taxa de redesconto
As operações de crédito a médio longo prazo constituem o mercado financeiro
Moeda
M1 = circulação monetária (C) + depósitos à ordem (DO)
Acompanha a procura de moeda pelo motivo transacções
M2 = M2 + total de depósitos a prazo
L é um agregado de liquidez
71
L = M2 + bilhetes de tesouro.
9. Euro
9.1. As razões da sua criação
(1) Processo de subida (2) apreciável e (3) continuada do nível (4) geral dos preços. (acima dos 10%)
Inflação está ligada à desvalorização. O valor nominal não se altera, mas com o mesmo valor real não se
compra o mesmo.
Tipos de inflação
1) Inflação moderada – evolução de preços até um dígito. Pessoas confiam na moeda e continuam
dispostas a entesourar e fazer depósitos a prazo; leve subida da generalidade dos preços.
2) Inflação galopante – evolução de preços de dois ou três dígitos, havendo perda quotidiana de valor real.
Indexação dos preços. (Juro – indexação do juro podem ser negativas, quando a remuneração do
dinheiro for inferior à inflação) – a maior parte dos contratos fica associada a uma moeda estrangeira.
Aconselha-se:
a. Compra de imóveis
b. Capitais no estrangeiro – conversão de dinheiro em dólares e colocação no estrangeiro – fuga de
capitais.
Ex.. Lira em Itália vivem um processo de desvalorização galopante. Outros exemplos são o Brasil e
a Argentina.
3) Hiper inflação. Ex.: Rússia depois da Perestroika, preços subiam de hora para hora. Ou a Alemanha
depois da primeira guerra mundial.
A procura de moeda reduz-se drasticamente. Os preços relativos tornam-se instáveis. Preço dos bens
consumíveis sobem percentual e comparativamente mais. Regressa-se à troca directa pela fuga de moeda.
Inflação antecipada pode ser neutra em termos económicos, ajustando os rendimentos ao nível dos preços.
Graves consequências económicas e sociais se for inesperada.
- É necessário estabelecer uma média ponderada, atribuir coeficientes diferentes conforme o peso que
os bens e serviços têm na despesa dos consumidores
- Precauções com as variações no tempo. Bens que a dada altura se usavam muito e que hoje já não se
usam ou que não se usavam e que se usam hoje
- Ter em atenção que o aumento dos preços pode ser devido ao aumento da sua qualidade e não
apenas uma subida pura e simples.
2. Causas
2.1. Inflação- procura
1) Predomínio dado a factores da procura:
a. Tese neo-monetaristas – teoria quantitativa da moeda
i. Variações nos preços resultavam em aumento ou diminuição de moeda – moeda
enquanto mercadoria. Devia-se ao excesso de moeda em circulação ou a velocidade de
circulação era excessiva.
Havia liberdade de cunhagem de moeda, logo quando havia uma diminuição da oferta de
ouro, aumentava o preço e derretia-se moeda para vender o ouro.
ii. Milton Friedman - teoria neomonetarista. A inflação tem como única causa o aumento
da velocidade de circulação ou o aumento de moeda. Os governos tentam resolver os
problemas macro- económicos injectando dinheiro na economia, o que leva à inflação. E
a médio- longo prazo não resolve o problema. A inflação cria desemprego e voltamos ao
ponto inicial.
b. Keynes foi anterior a Friedman. Não são só variações de moeda que resultam na inflação, mas o
maior aumento da procura. Mais forte quando há pleno emprego. Keynes abordou a inflação
para evitar o pós- guerra. Há sempre um aumento da despesa pública ou privada. Philips
estabelece a relação entre inflação e desemprego, que se comportam inversamente. Combate ao
desemprego. Aceitando-se subida dos preços e vice- versa. Mas a longo prazo pode-se ter
aumento dos dois - curva de Philips de longo prazo por Friedman.
Pode ter como causa inicial as causas que vimos: aumento de custo; das matérias primas..., mas durante um
processo inflacionista vão concorrer entre si.
Ex.: Crise na Turquia começou com um aumento de moeda provocado por investimento estrangeiro que levou
ao aumento da produção e diminuição do desemprego, logo a um aumento do rendimento distribuído, o que
causou pressão por parte da procura:
- Aumento da despesa
- Diminuição da oferta de mão de obra, aumento do ser preço – Inflação Custo
- Aumento do preço das matérias primas
- Aumentam as importações
3. Desenvolvimentos
Descrição de um processo inflacionista onde confluem vários factores que a alimentam. Suponhamos um
determinado país, onde, por razões de diferente ordem, se dá subitamente um grande acréscimo de despesas.
Trata-se de um acréscimo que:
- se for de investimento: pode ter efeitos multiplicados sobre o consumo
- se for de consumo: pode levar a um aumento acelerado do investimento
podendo ainda verificar-se a interacção dos dois efeitos (efeito propulsor). À medida que a economia se
aproxima do pleno emprego, deixa de haver capacidade de resposta do lado da oferta, resultando da pressão da
procura, uma elevação cada vez mais acentuada ao nível geral dos preços
4. Efeitos
4.1. Sobre a distribuição do rendimento e da riqueza
Perdem todos os que têm rendimentos fixos:
- Trabalhadores por conta de outrem – perdem mais os que não estão organizados em foças sindicais
porque não têm grande poder de reivindicação. Mas mesmo os organizados perdem com a inflação.
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Antes da inflação reage-se uma vez que os salários são aumentados uma vez por ano, enquanto que a
inflação se modifica mensalmente. Há um desfasamento.
- Pessoas que recebem rendas – se não estiverem indexadas à taxa de inflação, perde-se dinheiro.
- Pessoas com capital a juro – remuneração do juro pode ser baixa ou mesmo negativa.
- Credores, especialmente a médio- longo prazo.
Ganham
- Devedores de empréstimos a médio- longo prazo desde que não haja indexação à taxa de juro.
- Capitalistas activos. Utilizam capital para o investir na produção. Em vez de pagarem impostos,
preferem pagar juros ao Banco, porque são dedutíveis no IRC; ganham com as rendas de terrenos e
edifícios utilizados e ainda naturalmente com os salários.
Keynes afirmava que o verdadeiro problema de inflação vinha com o pleno emprego, por exemplo numa
situação de guerra.
Nos anos 70 Milton Friedman afirmou que o problema provinha do resolução de problemas macro
económicos com soluções financeiras.
Assim, alterou a curva de Philips (a curto prazo) e prolongou-a a médio- longo prazo transformando-a
na Curva de Friedman, que nada mais é do que a curva de Philips a longo prazo.
Sobe um produto, diminui a exportação desse produto, aumentando portanto a importação de outro país – Taxa
de Juro Flutuante – desvalorização da moeda, compensando-se a subida do preço. Mas não é solução porque se
evita o aumento da eficiência e da produtividade.
O processo de aproximação da capacidade plena é apressado pela própria subida de preços. Quando sobem os
preços dos bens finais, aumentam as expectativas de lucros dos empresários que passam a produzir mais e a
distribuir mais em salários, juros, rendas e lucros. Os titulares destes rendimentos naturalmente aumentam o seu
gasto, elevando-se com isso a pressão inflacionista vinda da procura.
Simultaneamente com a subida dos preços, decresce o nível de vida dos trabalhadores, que através dos seus
sindicatos passam a fazer pressão no sentido do aumento dos salários. Em muito casos, têm êxito, sendo mesmo
frequente conseguirem subidas mais amplas do que as verificadas nos preços dos bens de consumo. A resposta
dos empresários é então também agravadora da inflação, subindo os preços por forma a transferir para os
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consumidores o pagamento dos encargos salariais acrescidos, mas muitas vezes bem mais do que isso... A esta
subida de salários segue-se uma nova subida dos preços estabelecidos pelos empresários, e assim,
sucessivamente: temos então a chamada espiral preços- salários.
Numa época de inflação o comportamento dos empresários pode ser inflacionista ainda por duas outras vias.
Em primeiro porque passam a fixar os preços em função, não dos custos efectivamente suportados, mais dos
custos actuais ou mesmo futuros dos elementos utilizados.
Em segundo lugar porque em certos casos começam a substituir a aplicação dos seus lucros em mais
investimento por aplicações puramente especulativas. Uma situação destas verifica-se geralmente numa fase
mais avançada da inflação.
Por fim, também o comportamento dos consumidores tende a ser agravador da inflação. Quando há
expectativas de subidas próximas e acentuadas de preços, compra-se hoje o que de outro modo se compraria
bem mais tarde, deixando-se de aforrar, desentesourando-se recursos ou recorrendo-se ao crédito.
Todo o processo descrito poderia ter sido desencadeado por um aumento autónomo e inicial dos salários. Com
ele haveria um maior distribuição de rendimento a favor de pessoas com alta propensão para consumir,
podendo o acréscimo de consumo ter efeitos acelerados, um aumento de investimentos efeitos multiplicados,
etc... Por seu lado, os empresários reagiriam à subida salarial com aumentos de preços, gerando-se a espiral
salários- preços. Enfim, poderiam seguir-se todos os factores de inflação referidos.
Em casos extremos, pode chegar-se à inflação galopante ou hiper- inflação. Quando tal acontece, a moeda
perde boa parte ou a totalidade das suas funções. Como a sua desvalorização, em ritmo que não se prevê, ela
deixe de desempenar a função de unidade de conta para efeitos de pagamentos diferidos, passando a estipular-
se antes por exemplo que na data prevista se pagará a quantia que então corresponder a determinado peso de
ouro ou a certo valor de uma moeda estrangeira. Numa época destas, a moeda vai deixando de ser usada como
reserva de valor pois acumular riqueza em moeda corresponde então a acumulá-la em algo que vai valendo
cada vez menos.
2. Teorias explicativas
2.1. Determinantes do lado da oferta
PROBLEMA:
Principal diferença entre esta teoria e a teoria clássica é que a anterior tinha apenas um factor de produção
(trabalho). Esta teoria possuía dois factores de produção (trabalho e capital).
Paradoxo de Leontief
Leontief analisou a balança de pagamentos dos Estados Unidos de 1947 e observou que os Estados Unidos
importavam bens de capital intensivos e exportavam bens de trabalho intensivos.
Explicações:
- Facto de ser pós- guerra e a economia norte- americana estar em recuperação. Mas ao ser feita outra
análise em 1955, verificou-se que não estava relacionado com a guerra.
- Agregação (juntam-se coisas muito diferentes) – mais agregação diminui precisão de análise.
Pressupostos da teoria de Hecksher- Ohlin que não se verificam na prática e por isso devemos afastar:
- Pressuposto de que unidades de produção são iguais: capital humano é diferente nos vários países.
Pode ser trabalho intensivo num país e não ser outro. Ex.: Programação de computadores torna
necessário investimento prévio em bens de capital; produtividade nos Estados Unidos é muito
diferente do Afeganistão.
- Só são considerados dois factores de produção – faltam recursos naturais.
- Preferências dos consumidores podem ser diferentes; não estão relacionadas com o que os
produtores produzem.
- Existência de restrições ao comércio internacional, isto é, enquanto no mundo ocidental há férias,
feriados, faltas, segurança social e salário mínimo, que levavam ao aumento dos custos de produção,
nos anos 70, levantaram-se barreiras alfandegárias para impedir que os produtos de baixo preço
entrassem no país Proteccionismo. Hoje destaca-se a abolição de taxas alfandegárias
progressivamente, permitindo a adaptação das empresas e dos países, de forma a evitar o Dumping
social.
o Oferta de produtos em países com mais capital, havendo muita procura em países menos
dotados.
o Numa fase de maturidade, há também oferta nos países menos dotados de capital,
aumentando a procura mais do que a oferta, mantendo-se portanto o comércio.
o Por fim a estandardização – oferta também se faz nos países menos dotados de capital.
- Sobreposição da procura
o Alto rendimento médio per capita – bens de alta qualidade, mas há uma franja de pessoas
mais pobres que compram bens de menor qualidade, tendo esses bens de ser importados.
o Países com baixo rendimento médio per capita – bens de pior qualidade, havendo no entanto
algumas pessoas mais ricas que importam bens de maior qualidade.
- Teoria da diferenciação de atributos. Ex.. automóveis: o gosto pela forma dos carros é diferente nos
Estados Unidos e na Europa.
1) Impostos alfandegários:
a. Objectivo: proteccionismo – dumping social, aumentando o custo final dos produtos. Na Europa
consegue-se fixando a pauta aduaneira comum.
b. Cobrar receitas, pois poderiam dar subsídios aos produtores, mas dessa forma não ganhariam
dinheiro. A ideia do subsídio é uma ideia de primeiro óptimo.
2) Restrições quantitativas:
a. Proibição de importação de certos bens.
b. Fazer depender importação de autorizações administrativas
c. Fixar cotas de impostos.
3) Restrições aos pagamentos. Ex.: Em Angola cortam o acesso a divisas aos particulares, sendo impedido
o câmbio aos importadores (limitando o número de divisas no mercado).
4) Desvalorização da moeda facilita as exportações e dificulta as importações, levando a um aumento de
inflação e consequentes problemas;
Área
Inconvenientes
4. O proteccionismo. Avaliação
5. A integração económica
5.1. Formas
Integração económica
Tipos:
1) Zona de comércio livre – não há restrições ao comércio nesse bloco, mas tem pautas aduaneiras
diferentes para países de fora do bloco. Ex.: NAFTA: México, Canadá e EUA
2) União aduaneira – liberdade de circulação e também pauta aduaneira comum a todos os países. Ex.:
CEE
3) Mercado Único – abolição das barreiras invisíveis. Ex.: Criação de um certificado e legislação
correspondente, onde se beneficiavam os produtos com aquele certificado.
4) Mercado Comum – liberdade de circulação de mercadorias, capital, pessoas e serviços.
5.2. Justificações
Justificações:
Esta não é portanto uma escolha de primeiro óptimo, uma vez que justifica a integração, mas seria muito
melhor o livre cambismo
Livre cambismo: sem impostos a nível mundial
Consequências:
1. maior dimensão do mercado, uma vez que o mercado preferencial passa do país para
o bloco.
2. Vantagens de especialização de região – ―Cluster‖ – pequena região com muitas
empresas do mesmo ramo, tem benefícios de logística e especialização de mão de
obra.
3. Permite maior dimensão das empresas - Economia de Escala
Efeitos:
a) Dinâmica
i. Economias de escala
ii. Deixam de existir monopólios
b) Cold shower effect – estímulo à produção ou produtividade
Contra os blocos:
- Formação de blocos – mercado muito grande, agentes económicos perdem interesse no comércio
internacional.
- Cria-se dentro do bloco mentalidade proteccionista o que faz com que os decisores políticos percam
a vontade de fazer comércio internacional.
- Espaços de integração levam a que a economia se desenvolva dentro do espaço.
Livre cambismo sim, mas com oposição aos países sub- desenvolvidos, respeitando regras mínimas de
condições sociais, evitando o dumping social, ou seja, havendo um desenvolvimento sustentável.
1.2. Reequilíbrio
1. A problemática do crescimento
1.1. As tendências de longo prazo
2. A problemática do subdesenvolvimento
2.1. Razões para a sua autonomização recente
Aumento do PIB per capita – Produto interno bruto por pessoa. Vejamos que se houver um aumento de 5% de
PIB per capita e houver um aumento de 10% de população, não haverá crescimento económico.
Recursos humanos
- Taxa de mortalidade infantil
- Nutrição das pessoas
- Esperança média de vida
- Sistema de saúde
- Alfabetização
Factores que podem explicar a passagem do limiar da sobrevivência para o capital humano.
Capital
Bens de produção duradouros (infraestruturas e bens de produção)
Progresso tecnológico
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Aumentando estes factores aumenta a produção, mas em nível inferior ao aumento dos factores.
Teoria clássica
Malthus e Smith
Numa primeira fase havia terra disponível. Quando havia aumento de população, iam ocupar a terra disponível,
logo o produto crescia na mesma proporção da população.
Numa segunda fase, já não havia terra disponível e passa a haver pessoas a acumular-se na mesma terra
disponível. Produto marginal é de decrescente (produto por unidade a mais).
Surge a renda porque não havia o dono e o agricultor. O salário (rendimento do trabalho) diminui com a
diminuição do produto.
À medida que a população aumento, o produto marginal diminui, diminuem os salários. Abaixo disto há muitas
mortes, diminui a população, aumenta o salário, aumenta o nível de vida, aumentam as famílias.
A maior parte da população vai viver no limiar da subsistência devido à pressão da população que cresce muito
mais.
Malthus era a- histórico.
Críticas:
Transformou a pressão demográfica em lei, como uma inevitabilidade histórica.
Teoria neo- clássica
Solow
Parte de dois factores: Capital e trabalho. A quantidade é função da ratio Capital/ Trabalho:
Q = F (K/L)
Progresso tecnológico supera limites ambientais e recursos naturais através de filtragem ou criação de novos
meios.
Para Solow é extremamente importante o progresso tecnológico pelas razões apontadas e sub-
desenvolvimento.
Países sub- desenvolvidos – baixo PIB per capita; baixa esperança média de vida; baixo nível de alfabetização;
alimentação deficiente;
Rendimento baixo – poupança e investimento muito baixo – baixa acumulação de capital – produtividade baixa
- não há aumento dos salários - continua-se com o rendimento baixo.
Solução:
- Fazer transição demográfica a nível de recursos humanos.
- Com uma camada da população bem alimentada e instruída podem importar-se capital e máquinas.
- Industrialização vs. Agricultura
Um país desenvolvido tem indústria, mas pode ter indústria e não ser desenvolvido. Uma solução pode
ser investir todos os recursos na agricultura porque abrangerá a maioria da população, aumentando-se a
produtividade, aumentando o rendimento, aumentava a poupança e rompia-se o ciclo da pobreza.
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Vantagens:
- Criam-se sectores competitivos que necessitam de um mercado amplo. O mercado alvo deve ser o
mercado dos Países desenvolvidos. Os salários ficam nos Países sub- desenvolvidos.
Desvantagens:
- Exploração da mão de obra barata e dos trabalhadores (sem condições mínimas de trabalho)