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Estudio Preliminar:
Visões da Politica livro com trabalhos diversos de Skinner. O primeiro volume trabalha
com os métodos do historiador na leitura dos textos. O segundo os princípios republicanos
e o terceiro sobre a filosofia política de Hobbes.
Locke e Hobbes se incomodavam com aqueles (clérigos) que liam os textos clássicos com
ideias preconcebidas (dificuldade de interpretação).
Para Locke há duas preocupações a serem seguidas para se compreender um texto: (1)
recompor o marco geral dos problemas do autor quando escreveu o que escreveu. (2) O
leitor deve esquecer que o texto fala o que ele quer ler.
Devemos situar o texto entre outros textos escritos e utilizados no mesmo período, que
tratam problemas semelhantes e compartilhem uma certa quantidade de convenções
(Tully, 1998).
Fundo convencional: vocabulário comum, princípios, problemas distinções conceituais,
etc.
O texto é uma ruptura ou continuidade de um fundo convencional?
“Todo texto aspira que, aspirando uma finalidade prática: intervir em um cenário
político”. (8) O texto já é em si mesmo uma ação política.
Reconstruir o cenário do texto permite “ter um critério para julgar em que medida o autor
se apartou, ou se excluiu das convenções políticas de seu tempo, e que aspectos de sua
obra não confirmam as ortodoxias e dessa maneira buscam promover alterações nas
ideologias dominantes”. (8)
Skinner vai contra a perspectiva hegeliana de que os grandes textos são guia de uma
época, para ele esses são os piores, pois não desafiam os lugares comuns.
A chave do significado de um texto está na corrente a qual o texto se insere.
Skinner um historiador da filosofia que busca investigar as mudanças conceituais sofridas
pelos determinados termos, tais como “Estado” e “liberdade”.
O foco de Skinner é em conceitos que tem significados diferentes ao longo do tempo.
A História como pragmática torna-se um espelho onde olhamos nossos defeitos e méritos.
“Olhar além de nossas ideologias permite avaliar e repudiar nossas próprias ideologias,
suposições e crenças correntes” (10)
O trabalho do filosofo é reconsiderar o uso dos termos para se adequarem a vida social e
política dos seus ouvintes, tais como é o papel do orador.
Avaliar o conceito de liberdade atual: tem muito de Hobbes, no sentido que “significa
prioritariamente a ausência de impedimentos coletivos”. (12)
Teoria que é tributária ao republicanismo clássico e à Maquiavel “teve seu apogeu até a
execução de Carlos I em 1649”.
A retórica e suas técnicas servem como método de investigação.
Skinner é contra as teorias de Hobbes e Maquiavel.
“Grande parte dos esforços teóricos de Hobbes se dirigiu a enfrentar um tipo de ceticismo
surgido no campo da retórica e centrado na figura retórica da paradiástole”. (15)
Valorização dos métodos científicos.
Hobbes reconheceu que seu ideal de uma ciência política formulada segundo os princípios
da geometria havia sido derrotada.
Triunfo de uma ciência regida por leis invariáveis.
El nascimento do Estado uma prolongação de Fundações do pensamento político
moderno.
A soberania (poder político supremo) para Hobbes pertence a um ser artificial, abstrato e
impessoal.
1.
Hobbes o criador da ciência política.
Estado para Hobbes uma fonte superior de autoridade nos assuntos do governo civil.
2.
O termo stato já era encontrado no vocabulário do século XIV.
Estado, para alguns escritores políticos acrescenta uma conexão entre a majestade dos
governantes e a eficácia do seu governo.
Manuais no século XV buscavam analisar o estado cívico do reino.
Interesse maior: uma vida política bem ordenada.
Os humanistas erasmianos do século XVI importaram esses valores da Europa do Norte.