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TUTELA DE URGÊNCIA
Bem-aventurados os que
observam a justiça...
(Salmos 106:3)
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Rua José Alexandre Buaiz, nº 300 Vitória/ES (27) 99778-6930 / 3224-4950
Salas 1215/1216, Ed. Work Center Enseada do Suá marceloserafim.adv@gmail.com
SERAFIM - ASSESSORIA & CONSULTORIA JURÍDICA
MARCELO SERAFIM DE SOUZA - OAB/ES 18.472
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DO PREPARO
O Agravante deixa de efetuar o preparo, uma vez que já foi concedido o benefício da Justiça
Gratuita pelo Juízo de 1º grau, conforme fls. 157v.
DA TEMPESTIVIDADE
O presente Agravo de Instrumento é tempestivo, visto que a decisão guerreada ocorreu em
14/12/2016. Assim o prazo de 15 dias úteis para interposição do recurso termina no dia
30/12/2016.
Termos em que, requerendo o recebimento das inclusas razões, instruídas com as peças
obrigatórias e facultativas retro apontadas.
Requer, finalmente, seja o presente recurso conhecido por tempestivo e ao final lhe seja dado
o justo provimento, para o fim de reformar a Douta Decisão agravada, fazendo a mais lídima e
verdadeira Justiça.
Termos em que,
Pede e espera deferimento.
Vitória/ ES, 14 de Dezembro de 2016.
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MARCELO SERAFIM DE SOUZA
ADVOGADO - OAB/ES 18.472
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Egrégio tribunal
Colenda Câmara
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sendo uma área de 13.000,00 m² (treze mil metros quadrados), possuindo-o de forma mansa e
pacífica, há exatos 32 (trinta e dois) anos.
Todavia, o imóvel em questão foi invadido pelas agravadas, que começaram a utilizar-se do
imóvel objeto da lide, de maneira clandestina e ilegal, e lá desmataram, realizaram sucessivas
queimadas, fizeram aterro de nascente, edificação de imóvel, sem nenhuma outorga do Poder
Público, e o pior, em propriedade que não lhes pertence.
Quadra registrar que, o agravante esbulhado de sua posse, conforme alhures afirmado, não
quedou-se inerte, desde o início de nefasta, funesta, perniciosa, amoral e ilegal invasão na
“calada da noite”.
Tanto é que houve o esbulho, supramencionado que, o Sr. Oiluarb Barbosa – Fiscal da Prefeitura
Municipal de Viana, diferentemente do Órgão Público que o remunera, entendeu ter havido
esbulho na propriedade do agravante. Tanto que, é signatário da DECLARAÇÃO DE NOTIFICAÇÃO
Nº 002550/06 – em que noticia aludido esbulho epigrafado.
Um fato que causa muita estranheza Exas. é o fato das agravadas possuírem imóvel, assim como
estão localizadas nos bairros PARQUE INDUSTRIAL e PRIMAVERA, respectivamente, medindo
6.994,00 m² (seis mil novecentos e noventa e quatro metros quadrados), e o imóvel esbulhado,
de propriedade do requerente, invadido sorrateiramente na “calada da noite”, que situa-se no
bairro CANAÃ, medindo 13.000,00 m² (treze mil metros quadrados), conforme afirmado alhures,
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é invadido pelas agravadas que, possuem, conforme alhures afirmado, um imóvel medindo
6.994,00 m² (seis mil novecentos e noventa e quatro metros quadrados), e ainda por cima,
constroem um empreendimento, que só o estacionamento mede 10.000,00 m² (dez mil metros
quadrados), conforme fotografias recentes do local, que instruem os autos da Ação de
Reintegração de número supramencionado. Conforme famigerado adágio popular, seria o
mesmo que colocar SÃO PAULO dentro do RIO DE JANEIRO.
Convém registrar que, o imóvel esbulhado pertence ao agravante, é que quando a Prefeitura
Municipal de Viana, foi cobrar IPTU atrasado, em sede de Ação de Execução Fiscal, as moveu
contra o agravante, entendendo ser este o responsável e possuidor do Imóvel em litígio. Ações
estas, tombadas sob o nº 0005324-70.2010.8.08.0050 e 0004264-57.2010.8.08.0050, em
trâmite perante o Juízo da Comarca de Viana/ES.
Preconiza, famigerado adágio popular que “contra fatos não há argumentos”. Bom, Exas., contra
documentos verídicos, como in casu, também não há argumentos.
O que mais nos intriga e nos deixa perplexo, é o fato de que, o agravante foi notificado pelo
Fiscal da Prefeitura de Viana, na data de 08/06/2006, sob o nº 002550 (em anexo nos autos
epigrafados), de fazer aterro no imóvel objeto da lide, sendo este seu legítimo possuidor. Porém,
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para o nefasto, funesto, amoral, pernicioso e sorrateiro esbulhador1 na “calada da noite” que
fez aterro no mesmo mangue, ao que parece, a lei não lhe atingiu, apesar de haver atingido o
agravante.
Ocorre que, mesmo regularmente possuindo referido imóvel há mais de 30 (trinta) anos, veio a
ser esbulhado pelas agravadas.
1
Entenda-se por “sorrateiro esbulhador”, in casu, as agravadas.
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O agravado, malgrado, as agravadas, construíram em seu imóvel, e pretende lucrar com este,
construindo empreendimentos faraônicos e gigantescos, em que apenas o estacionamento
mede nada menos que 10.000,00 m² (dez mil metros quadrados), por outro lado, suporta os
impostos referentes a este.
Sendo que os agravados, somente querem lucrar em imóvel invadido na “calada da noite”,
mantendo a posse neste em completo locupletamento ilícito.
análise dos autos que o referido lote foi adquirido pelos agravados de
beneficiário do assentamento, sem intervenção ou anuência do INCRA,
em afronta ao art. 189 da Constituição da República, bem como aos arts.
72 e 77, e, do Decreto n. 59.428/66 e ao art. 22 da Lei n. 8.629/93 (cf.
Termo de Constatação de Irregularidade de fl. 34, Laudo de Vistoria de fl.
35 e Relatório Técnico de fls. 39/43). 3. Assim, caracterizada a ocupação
irregular do referido Lote, deve ser deferida a integração de posse
requerida pelo INCRA. 4. Agravo de instrumento provido2. (grifamos)
2
TRF-3 - AI: 10920 SP 0010920-91.2012.4.03.0000. Relator: DESEMBARGADOR FEDERAL ANDRÉ NEKATSCHALOW. Data de
Julgamento: 03/06/2013. QUINTA TURMA
3
TRF-2 - AG: 201002010110915. Relator: Desembargador Federal GUILHERME COUTO. Data de Julgamento: 03/11/2010.
SEXTA TURMA ESPECIALIZADA. Data de Publicação: 22/11/2010
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O fumus boni iuris se mostra claramente pelos fatos acima exposto e pela documentação que
guarnece e instrui o processo supra indigitado, em trâmite perante o juízo de piso, que indeferiu
a antecipação de tutela propugnada, cerceando com isto o agravante a obter acesso ao imóvel
objeto da lide, onde há exatos 32 (trinta e dois) anos, nele mantém posse mansa e pacífica. E
por último, vem sendo funesta, nefasta, perniciosa, ignóbil e sorrateiramente esbulhada pelas
agravadas.
DO PERICULUM IN MORA
No que atine ao requisito periculum in mora, conforme supra demonstrado e bem explicitado
na inicial que instrui os autos epigrafados, em trâmite no juízo de primeiro grau, o imóvel objeto
da lide, de propriedade de fato do agravante, vem sofrendo constantemente com atos funestos,
nefastos e perniciosos, praticados por parte das agravadas, que de maneira ilegal e clandestina,
vem provocando vem provocando desmatamento, queimadas, aterro de nascente, edificação
de imóvel, no imóvel objeto da lide, e demais que necessitam de outorga do PODER PÚBLICO, e
sem qualquer autorização dos ÓRGÃOS COMPETENTES.
Aliás, o que deveria ter sido apreciado pela douta decisão monocrática combatida, o que não
foi, e gerou assaz insegurança jurídica no agravante, que até a presente data é obstaculizado
por terceiro, in casu, as embargadas, de adentrar é imóvel que é seu de direito e deste recolhe
os impostos definidos em lei.
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DO PEDIDO
Demonstrado alhures a presença do periculum in mora e do fumus boni iuris, autorizador da
concessão antecipação de tutela recursal, o deferimento desta é medida salutar que se impõe.
Portanto, diante de todo o exposto, requer o Agravante sejam acolhidas as razões do presente
para, EM CARÁTER LIMINAR seja concedido ao agravante a tutela antecipada almejada, tendo
em vista o inquestionável direito de o agravante obter a posse do imóvel objeto da lide, ante o
sorrateiro esbulho dos agravados, requer a antecipação da pretensão recursal para determinar
a incontinenti reintegração da agravante na posse do imóvel (CPC, art. 1.019, I).
Ao final, requer o agravante o provimento deste recurso, com a reforma da decisão agravada,
determinando-se ou confirmando-se a imediata reintegração do agravante na posse do imóvel.
REQUERIMENTO
Isto posto, serve a presente para requerer ao Insigne Relator que determine a intimação dos
agravados (CPC, art. 1.019, II) para responder no prazo legal. Ou (na hipótese de os agravados
ainda não terem sido citados), determine a intimação dos agravados (CPC, art. 1.019, II), por
carta com aviso de recebimento, no endereço constante do preâmbulo deste recurso, ou seja
(...) para responder no prazo legal.
Termos em que, cumpridas as necessárias formalidades legais, pede e espera deferimento como
medida de inteira JUSTIÇA.
Termos em que,
Pede e espera deferimento.
Vitória/ ES, 11 de dezembro de 2016.
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