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Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara do Júri da

Capital de São Paulo – SP.

Autos do processo nº

Tício já devidamente qualificado nos autos do processo supra


mencionado que lhe move terceiros e que tem regular curso perante
este R. Juízo, vem se dirigir com o devido acato à presença de
Vossa Excelência, por intermédio de seu defensor ______, inscrito
na OAB/SP nº____, com endereço na Rua _____, Bairro ___
______Cep________, São Paulo, apresentar sua DEFESA
PRELIMINAR às acusações que lhe são imputadas na denúncia.

Defesa Preliminar, com rol de testemunhas e requerimento de


diligências,
nos termos do artigo 5º, inciso XXXVlll a) , LVll, CF/88 C/C 406,
648 Inciso Vl do CPP, articulando doravante o seguinte:

Para tanto expõe e requer:

Em decorrência da peça vestibular, firmada pelo ilustre


representante de terceiros, o acusado está sendo processado
como incurso nas sanções do Artigo 157, § 3º, do Código Penal,
requerendo a improcedência da acusação.

PRELIMINARMENTE
_______, responde ao presente procedimento penal, onde,
segunda denúncia oferecida por terceiros , em
movimentosupostamente alegado.
A acusação imputada ao réu deve ser julgada IMPROCEDENTE.
Em que pesem as afirmações constantes na denúncia, como se
pode observar, não há provas da materialidade delitiva.

Mesmo tendo sido imputado o crime de roubo, em que pesem as


provas substanciadas, que via de regra, não apresenta prova
suficiente para apreciação do magistrado para condenação, eis
que é necessário provas mais robusta durante a fase de
conhecimento processual.

Assim, é necessário analisar toda a conjuntura do processo, desde


seu início, até o presente momento.

DO MÉRITO
Os documentos da polícia civil são falhos e não esclarecem a
autoria delitiva, uma vez que foram juntados documentos de dois
fatos, ambos correspondem a fatos diferentes, e não fora juntado o
interrogatório do acusado.

No artigo 6 do Código de Processo Penal, tem-se que:


Art. 6. Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a
autoridade policial deverá:
III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do
fato e suas circunstâncias;
V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do
disposto no Capítulo III do Título Vll, deste Livro, devendo o
respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe
tenham ouvido a leitura;
IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista
individual, familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e
estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e
quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do
seu temperamento e caráter.
Ainda, no mesmo diploma legal:

Art. 13. Incumbirá ainda à autoridade policial:


I - fornecer às autoridades judiciárias as informações necessárias
à instrução e julgamento dos processos;
Assim, durante o suposto fato terceiros alegaram ter visto a
ocorrência , mas não sabendo de fato ser o realmente o acusado
do delito.
Desta forma, preconiza ao Artigo 564, do Código de Processo
Penal:
A nulidade ocorrerá nos seguintes casos:

Por falta das fórmulas ou dos termos seguintes:


e) a citação do réu para ver-se processar, o seu interrogatório,
quando presente, e os prazos concedidos à acusação e à defesa;
Torna-se assim, nulo o procedimento que não atende as
exigências da lei. Portanto, a ausência do interrogatório leva os
demais atos inválidos, eis que o acusado não sabe o que
responde, e não fora citado corretamente.

"No processo penal, a falta de defesa constitui nulidade absoluta,


mas a sua deficiência só o anulará se houver prova de prejuízo
para o réu." (Súmula nº. 523 do Supremo Tribunal
Federal).Demonstrado o cerceamento ao direito de defesa
causado por irregularidades no transcorrer da persecução penal a
declaração de nulidade é medida que se impõe.

O acusado, não fora citado ainda nesse processo, não sabe desse
processo, e não poderá ser penalizado a acerca de algo que se
quer tem conhecimento.

Neste mesmo sentido, não se pode condenar uma pessoa quando


há dúvidas quanto á autoria delitiva.

É claro o princípio in dúbio pro reo que nada mais significa que “na
dúvida deve-se decidir a favor do réu”.
Segundo Fernando Capez, ao lecionar sobre os princípios
informadores do Processo Penal:
“A dúvida sempre beneficia o acusado. Se houver duas
interpretações, deve-se optar pela mais benéfica; na dúvida,
absolve-se o réu, por insuficiência de provas [...]”
A dúvida quanto à autoria do delito é clara, tendo em vista que o
acusado não apresentou suas considerações e nada se sabe se
realmente foi ele quem cometeu o crime, pois não pode
manifestar-se.

Isto posto, tendo em vista a inexistência de provas suficientes para


a condenação do réu, sendo certo que o mesmo não praticou o
delito pelo qual vem respondendo, salientando que não houve
citação do réu para seu interrogatório e pela ausência de provas,
requeiro, por medida de justiça, a IMPROCEDÊNCIA da Denúncia
absolvendo o réu ___________ do delito que lhe é imputado.
Provar-se-á as alegações supra por todos os meios de prova
permitidos em direito.

O direito de defesa não surge do ânimo delituoso do agressor, mas


diretamente da necessidade de conservar a si próprio.

A causa da Justiça é a verdade, e a condenação do inocente


constitui a maior desgraça para a sociedade e para o condenado.

A prova para servir de alicerce a um Juízo condenatório deve ser


clara, precisa, sem qualquer sombra de dúvidas e que traga o selo
irrebatível da verdade.

Em conclusão, a favor do acusado evocam-se provas que, por


Justiça, exclui definitivamente qualquer presunção de ilicitude.

Diante do exposto e por tudo que dos autos consta, espera o


denunciado que estas alegações sejam recebidas para o fim de
ser ARQUIVADO o presente processo, por improcedente, com a
absolvição por ser imperativo de Justiça.
Nestes termos,

Pede deferimento.

São Paulo, 12 de maio, 2018

OAB/SP _____
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O co-denunciado retro declinado se vê processado perante este


R. Juízo por haver, segundo a R. Denúncia, violado o disposto
no art. 121, § 2.º, II, do CP, c/c com art. 29, caput, do mesmo
Estatuto, uma vez que teria, juntamente com terceira pessoa,
na data de 27/01/2008, por volta das 12h20m, na Zona Norte
de São Paulo, participado da morte de Marcos Júcio, mediante
tiros de revólver.
PRELIMINARMENTE, a defesa requer a V. Exa., em
diligência, seja expedido ofício ao I. I. R. G. D., para que o
mesmo envie a este R. Juízo a folha de antecedentes criminais
do co-réu Reinaldo Alex da Silva, eis que ausente nestes autos.
NO MÉRITO, os fatos atribuídos ao co-denunciado Manoel
Ferreira Lima são improcedentes e restarão provados durante
audiência de instrução.
A defesa arrola as mesmas testemunhas da acusação, além das
seguintes que deverão ser intimadas:
a) Viviane Ribeiro da Silva, domiciliada na Cidade de São
Paulo - SP, à Rua Francisco Pereira Bezerra, n.º 1120 - Casa 03
- Jardim Brasil;
b) Walter Martines, domiciliado na Cidade de São Paulo -
SP, à Rua Gertrudes, n.º 240 - Vila Gustavo;
c) Gabriela Rodrigues Márcio, domiciliada na Cidade de
São Paulo - SP, à Rua Raimundo Galvão, n.º 395 - Jardim
Brasil.
JUSTIÇA.
São Paulo, 10 de março a 2014.

Nome do advogado, n.º de sua inscrição na OAB e


assinatura

Dra. Jaqueline Braga de Oliveira . Advogada Criminalista.


Advogada Criminalista

Dra. Jaqueline Braga de Oliveira Advogada Criminalista • Formada em Direito • Pós


graduada em Direito Penal e Processo Penal Nosso escritório,encontra-se sediado em São
Paulo, mas mantemos correspondentes em todos os demais Estados, com condições de
pronto atendimento a seus clientes em quaisquer das unidades da federação.
Representamos os interesses de pessoas físicas e jurídicas, na condição de acusados ou
vítimas, tanto no contencioso processual penal, quanto na fase pré-processual e na
elaboração de pareceres. Realizamos diligências em estabelecimentos prisionais, atuamos
em Inquéritos Policiais, Ações Penais e Tribunal do Júri. Somos especialistas também, junto
as Corregedorias da Polícia Civil e Militar de São Paulo.
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