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15/04/2019 Retenção de lucros sem abusos » Capital Aberto

Em vista disto a Lei 6.404/76 limitou a discricionariedade da maioria dos acionistas na definição da política de
autofinanciamento da companhia mediante retenção de lucros. O regime instituído pela lei pode ser assim
resumido:

1 – o estatuto social da companhia deve estipular a parcela dos lucros que em cada exercício será
obrigatoriamente destinada ao pagamento de dividendos (art. 202);
2 – a criação de outras reservas além das previstas na lei requer estipulação estatutária expressa para cada
reserva, que declare a finalidade e o limite máximo e fixe os critérios para determinar a parcela dos lucros
anualmente destinados à sua formação (art. 194);
3 – os órgãos da administração devem apresentar anualmente à Assembléia Geral Ordinária, juntamente com
as demonstrações financeiras, proposta de destinação de todo o lucro do exercício, observadas as normas
legais e estatutárias sobre reservas e dividendo obrigatório;
4 – a retenção do lucro remanescente da formação de reservas e do pagamento de dividendo obrigatório
somente pode ser deliberada pela Assembléia Geral por proposta dos órgãos de administração e após
aprovação de orçamento de capital (art. 196), cuja função é obrigar os órgãos da administração a justificar à
Assembléia Geral a retenção, como base nas necessidades ou conveniências dos negócios sociais (José Luiz
Bulhões Pedreira — Finanças e Demonstrações Financeiras da Companhia).

https://capitalaberto.com.br/edicoes/bimestral/edicao-32/retencao-de-lucros-sem-abusos/ 1/1

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