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1.1.

MODALIDADES DE EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

Assim como a suspensão, a extinção do crédito tributário impede que


o Fisco cobre e receba o crédito tributário anteriormente constituído. Entretanto,
diferentemente da suspensão, trata-se agora, das modalidades de extinção do
crédito tributário. Ou seja, o Fisco não poderá cobrar o mencionado crédito.
Seguem as modalidades de extinção, elencadas no art. 156, do CTN:

“I - o pagamento;
II - a compensação;
III - a transação;
IV - remissão;
V - a prescrição e a decadência;
VI - a conversão de depósito em renda;
VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento
nos termos do disposto no artigo 150 e seus §§ 1º e 4º;
VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no
§ 2º do artigo 164;
IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a
definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação
anulatória;
X - a decisão judicial passada em julgado.
XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e
condições estabelecidas em lei. (Incluído pela Lcp nº 104, de
10.1.2001) (Vide Lei nº 13.259, de 2016)”
A compensação (art. 156, II) consiste em compensar créditos
tributários líquidos e certos, vencidos ou vincendos, do sujeito passivo contra a
Fazenda pública.

A transação (art. 156, III) consiste em um negócio jurídico entre as


partes que resolvem, de mútuo acordo, terminarem um litígio (art. 840, CC). No
Direito tributário, a transação é detalhada no art. 171. Onde vislumbra-se a
exigência de lei que a autorize.

A remissão (art. 156, IV) consiste na dispensa gratuita da dívida feita


pelo credor em favor do devedor. Nossa Constituição exige lei específica (art.
150, §6º, CR/88). As regras gerais sobre a remissão no CTN são observadas no
art. 172.
A prescrição e a decadência (art. 156, V) no Direito tributário
consistem na perda do direito do Fisco em efetuar o lançamento (art. 173 -
decadência) e de ajuizar ação de cobrança (art. 174 - prescrição), em razão do
lapso temporal decorrido sem que o Fisco tenha efetuado o lançamento ou
proposto a execução fiscal.

A conversão de depósito em renda (art. 156, VI) consiste, como o


próprio nome sugere, na conversão de depósito efetuado anteriormente pelo
contribuinte, a título de suspensão da exigibilidade do crédito tributário (art. 151,
II) e/ou para evitar a fluência de juros de mora; ou ainda, em sede de ação de
consignação de pagamento, onde o contribuinte deposita o que julga ser correto,
enquanto discute o valor. Os valores depositados são convertidos em renda a
favor do Fisco.

O pagamento antecipado e a homologação previstos no art. 156, VII,


trata da hipótese onde o contribuinte calcula o montante do tributo devido,
antecipa o pagamento e fica no aguardo da homologação. Ocorrendo a
homologação, considera-se extinto o CT.

A consignação em pagamento (art. 156, VIII), nos termos do art. 164,


§2º, uma vez julgada procedente a consignação, o pagamento considera-se
efetuado e como consequência, extinto o CT. Caso seja julgada improcedente,
no todo ou em parte, será cobrado o crédito resultante, com os acréscimos de
juros de mora.

A decisão administrativa irreformável (art. 156, IX) consiste na


hipótese em que o contribuinte insatisfeito com determinado lançamento, recorre
desta decisão na esfera administrativa. E ao final do processo administrativo, o
recurso é considerado procedente. Desta forma, o CT é extinto definitivamente.

A decisão judicial passada em julgado (art. 156, X) é aquela transitada


em julgado, não cabendo por esse motivo, mais nenhum recurso.

A dação em pagamento em bens imóveis (art. 156, XI) consiste na


hipótese em que o Fisco consentir em extinguir o CT, recebendo algo diverso de
dinheiro, que é a regra no Direito tributário (art. 3º, CTN):
“Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se
possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada
mediante atividade administrativa plenamente vinculada.”.

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