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AQUECIMENTO

EXAME DA OAB

PROF. PAULO H M SOUSA


CONTATO

Direito Civil
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TEMAS
TEMA 1 – 1. Teoria geral – Capacidade e emancipação

TEMA 2 – 2. Teoria geral – Benfeitorias

TEMA 3 – 10. Direito dos contratos – Vícios redibitórios

TEMA 4 – 12. Direito dos contratos – Retrovenda e preferência

TEMA 5 – 15. Responsabilidade civil – Responsabilidade por coisa

TEMA 6 – 20. Direito das coisas – Servidão e passagem forçada

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ORIENTAÇÕES AO ESTÚDIO
Todos os temas irão para o item 1.1.30.0.2. (favor NÃO criar pastas)

Todos os itens se chamarão “Dica – nome no slide de abertura”.

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CAPACIDADE E
EMANCIPAÇÃO

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CAPACIDADE

Art. 3o São absolutamente incapazes de Art. 4o São incapazes, relativamente a certos


exercer pessoalmente os atos da vida civil os atos ou à maneira de os exercer:
menores de dezesseis anos. I - os maiores de dezesseis e menores de
dezoito anos;
II - os ébrios habituais e os viciados em tóxicos;
III – aqueles que, por causa transitória ou
permanente, não puderem exprimir sua
vontade;
IV - os pródigos.
Parágrafo único. A capacidade dos indígenas
será regulada por legislação especial

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EMANCIPAÇÃO
Art. 5º. A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica
habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:

Independentemente da idade Maiores de 16 anos


Casamento
Voluntária: concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro,
Emprego público efetivo por instrumento público, independente de homologação judicial
Judicial: sentença do juiz, ouvido o tutor
Colação de grau no Ensino Superior Relação de emprego, com economia própria
Estabelecimento civil ou comercial, com economia própria

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QUESTÃO
Os tutores de José consideram que o rapaz, aos 16 anos, tem maturidade e discernimento necessários para praticar
os atos da vida civil. Por isso, decidem conferir ao rapaz a sua emancipação. Consultam, para tanto, um advogado,
que lhes aconselha corretamente no seguinte sentido:
A) José poderá ser emancipado em procedimento judicial, com a oitiva do tutor sobre as condições do tutelado.
B) José poderá ser emancipado via instrumento público, sendo desnecessária a homologação judicial.
C) José poderá ser emancipado via instrumento público ou particular, sendo necessário procedimento judicial.
D) José poderá ser emancipado por instrumento público, com averbação no registro de pessoas naturais.

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BENFEITORIAS

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BENFEITORIAS
Principais X Acessórios

Frutos
Produtos Necessárias
Acessórios Benfeitorias Úteis
Acessões Voluptuárias
Pertenças
Partes integrantes

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QUESTÃO
Ricardo realizou diversas obras no imóvel que Cláudia lhe emprestou: reparou um vazamento existente na cozinha;
levantou uma divisória na área de serviço para formar um novo cômodo, destinado a servir de despensa; ampliou o
número de tomadas disponíveis; e trocou o portão manual da garagem por um eletrônico.
Quando Cláudia pediu o imóvel de volta, Ricardo exigiu o ressarcimento por todas as benfeitorias realizadas, embora
sequer a tenha consultado previamente sobre as obras.
Somente pode-se considerar benfeitoria necessária, a justificar o direito ao ressarcimento,
A) o reparo do vazamento na cozinha.
B) a formação de novo cômodo, destinado a servir de despensa, pelo levantamento de divisória na área de serviço.
C) a ampliação do número de tomadas.
D) a troca do portão manual da garagem por um eletrônico.

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VÍCIOS REDIBITÓRIOS

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VÍCIOS REDIBITÓRIOS
O que são?

Defeito oculto
+
imprestabilidade OU desvalorização
+
existência no momento da conclusão

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VÍCIOS REDIBITÓRIOS

Enjeitar: resolução

Sou obrigado a ficar com o bem?

Aceitar: abatimento

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VÍCIOS REDIBITÓRIOS

Móveis: 30 dias
Prazos da tradição
Imóveis: 1 ano

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VÍCIOS REDIBITÓRIOS

Não: valor + despesas


Mas, o alienante sabia?
Sim: + perdas e danos

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QUESTÃO
Juliana, por meio de contrato de compra e venda, adquiriu de Ricardo, profissional liberal, um carro seminovo
(30.000km) da marca Y pelo preço de R$ 24.000,00. Ficou acertado que Ricardo faria a revisão de 30.000km
no veículo antes de entregá-lo para Juliana no dia 23 de janeiro de 2017. Ricardo, porém, não realizou a revisão e
omitiu tal fato de Juliana, pois acreditava que não haveria qualquer problema, já que, aparentemente, o
carro funcionava bem. No dia 23 de fevereiro de 2017, Juliana sofreu acidente em razão de defeito no freio
do carro, com a perda total do veículo. A perícia demostrou que a causa do acidente foi falha na conservação do
bem, tendo em vista que as pastilhas do freio não tinham sido trocadas na revisão de 30.000km, o que era
essencial para a manutenção do carro. Considerando os fatos, assinale a afirmativa correta.
A) Ricardo não tem nenhuma responsabilidade pelo dano sofrido por Juliana (perda total do carro), tendo
em vista que o carro estava aparentemente funcionando bem no momento da tradição.
B) Ricardo deverá ressarcir o valor das pastilhas de freio, nada tendo a ver com o acidente sofrido por Juliana.
C)Ricardo é responsável por todo o dano sofrido por Juliana, com a perda total do carro, tendo em vista
que o perecimento do bem foi devido a vício oculto já existente ao tempo da tradição.
D) Ricardo deverá ressarcir o valor da revisão de 30.000km do carro, tendo em vista que ela não foi realizada
conforme previsto no contrato.

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QUESTÃO
Maria decide vender sua mobília para Viviane, sua colega de trabalho. A alienante decidiu desfazer-se de seus
móveis porque, após um serviço de dedetização, tomou conhecimento que vários já estavam consumidos
internamente por cupins, mas preferiu omitir tal informação de Viviane. Firmado o acordo, 120 dias após a tradição,
Viviane descobre o primeiro foco de cupim, pela erupção que se formou em um dos móveis adquiridos. Poucos dias
depois, Viviane, após investigar a fundo a condição de toda a mobília adquirida, descobriu que estava toda infectada.
Assim, 25 dias após a descoberta, moveu ação com o objetivo de redibir o negócio, devolvendo os móveis
adquiridos, reavendo o preço pago, mais perdas e danos. Sobre o caso apresentado, assinale a afirmativa correta.
A) A demanda redibitória é tempestiva, porque o vício era oculto e, por sua natureza, só podia ser conhecido mais
tarde, iniciando o prazo de 30 (trinta) dias da ciência do vício.
B) Em vez de rejeitar a coisa, redibindo o contrato, deveria a adquirente reclamar abatimento no preço, em sendo o
vício sanável.
C) O pedido de perdas e danos não pode prosperar, porque o efeito da sentença redibitória se limita à restituição do
preço pago, mais as despesas do contrato.
D) A demanda redibitória é intempestiva, pois quando o vício só puder ser conhecido mais tarde, o prazo de 30
(trinta) dias é contado a partir da ciência, desde que dentro de 90 (noventa) dias da tradição

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RETROVENDA E
PREFERÊNCIA

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COMPRA E VENDA

Retrovenda OU Recobro

Preferência OU Preempção OU Prelação

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COMPRA E VENDA

RETROVENDA PREFERÊNCIA

Só imóveis Móveis e imóveis

Prazo: máximo de 3 anos, do contrato original Prazo máximo: 180 dias (móveis), 2 anos (imóveis),
da pretensa venda

Comprador: obrigatório Comprador: se for alienar, apenas

Pagamento: o que recebeu Pagamento: valor que terceiro se propõe

Cessão: sim Cessão: não


Transmissão: sim Transmissão: não

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QUESTÃO
Flávia vendeu para Quitéria seu apartamento e incluiu, no contrato de compra e venda, cláusula pela qual se
reservava o direito de recomprá-lo no prazo máximo de 2 (dois) anos. Antes de expirado o referido prazo, Flávia
pretendeu exercer seu direito, mas Quitéria se recusou a receber o preço. Sobre o fato narrado, assinale a afirmativa
correta.
A) A cláusula pela qual Flávia se reservava o direito de recomprar o imóvel é ilícita e abusiva, uma vez que Quitéria,
ao se tornar proprietária do bem, passa a ter total e irrestrito poder de disposição sobre ele.
B) A cláusula pela qual Flávia se reservava o direito de recomprar o imóvel é válida, mas se torna ineficaz diante da
justa recusa de Quitéria em receber o preço devido.
C) A disposição incluída no contrato é uma cláusula de preferência, a impor ao comprador a obrigação de oferecer ao
vendedor a coisa, mas somente quando decidir vendê-la.
D) A disposição incluída no contrato é uma cláusula de retrovenda, entendida como o ajuste por meio do qual o
vendedor se reserva o direito de resolver o contrato de compra e venda mediante pagamento do preço recebido e
das despesas, recuperando a coisa imóvel.

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QUESTÃO
Caio, locador, celebrou com Marcos, locatário, contrato de locação predial urbana pelo período de 30 meses,
sendo o instrumento averbado junto à matrícula do imóvel no RGI. Contudo, após seis meses do início da
vigência do contrato, Caio resolveu se mudar para Portugal e colocou o bem à venda, anunciando-o no jornal
pelo valor de R$ 500.000,00. Marcos tomou conhecimento do fato pelo anúncio e entrou em contato por
telefone com Caio, afirmando estar interessado na aquisição do bem e que estaria disposto a pagar o
preço anunciado. Caio, porém, disse que a venda do bem imóvel já tinha sido realizada pelo mesmo preço a
Alexandre. Além disso, o adquirente do bem, Alexandre, iria denunciar o contrato de locação e Marcos teria que
desocupar o imóvel em 90 dias. Acerca dos fatos narrados, assinale a afirmativa correta.
A) Marcos, tendo sido preterido na alienação do bem, poderá depositar o preço pago e as demais despesas do
ato e haver para si a propriedade do imóvel.
B) Marcos não tem direito de preferência na aquisição do imóvel, pois a locação é por prazo determinado.
C) Marcos somente poderia exercer direito de preferência na aquisição do imóvel se fizesse oferta superior à
de Alexandre.
D) Marcos, tendo sido preterido na alienação do bem, poderá reclamar de Alexandre, adquirente, perdas e danos,
e poderá permanecer no imóvel durante toda a vigência do contrato, mesmo se Alexandre denunciar o
contrato de locação.

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RESPONSABILIDADE
POR COISA

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RUÍNA DE EDIFÍCIO

Art. 937. O dono de edifício ou construção responde pelos danos que


resultarem de sua ruína, se esta provier de falta de reparos, cuja necessidade
fosse manifesta.
Responsabilidade
Objetiva
Presume necessidade, se ruiu

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LANÇAMENTO DE OBJETO

Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano
proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar
indevido.
Responsabilidade
Objetiva
Se não identificar, condomínio responde

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QUESTÃO
Mirtes gosta de decorar a janela de sua sala com vasos de plantas. A síndica do prédio em que Mirtes mora já
advertiu a moradora do risco de queda dos vasos e de possível dano aos transeuntes e moradores do prédio. Num
dia de forte ventania, os vasos de Mirtes caíram sobre os carros estacionados na rua, causando sérios prejuízos.
Nesse caso, é correto afirmar que Mirtes
(A) poderá alegar motivo de força maior e não deverá indenizar os lesados.
(B) está isenta de responsabilidade, pois não teve a intenção de causar prejuízo.
(C) somente deverá indenizar os lesados se tiver agido dolosamente.
(D) deverá indenizar os lesados, pois é responsável pelo dano causado.

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QUESTÃO
Marcos caminhava na rua em frente ao Edifício Roma quando, da janela de um dos apartamentos da frente do
edifício, caiu uma torradeira elétrica, que o atingiu quando passava. Marcos sofreu fratura do braço direito, que
foi diretamente atingido pelo objeto, e permaneceu seis semanas com o membro imobilizado, impossibilitado
de trabalhar, até se recuperar plenamente do acidente.
À luz do caso narrado, assinale a afirmativa correta.
A) O condomínio do Edifício Roma poderá vir a ser responsabilizado pelos danos causados a Marcos, com
base na teoria da causalidade alternativa.
B) Marcos apenas poderá cobrar indenização por danos materiais e morais do morador do apartamento do
qual caiu o objeto, tendo que comprovar tal fato.
C) Marcos não poderá cobrar nenhuma indenização a título de danos materiais pelo acidente sofrido, pois
não permaneceu com nenhuma incapacidade permanente.
D) Caso Marcos consiga identificar de qual janela caiu o objeto, o respectivo morador poderá alegar ausência
de culpa ou dolo para se eximir de pagar qualquer indenização a ele.

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SERVIDÃO X
PASSAGEM FORÇADA

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SERVIDÕES E DIREITOS DE VIZINHANÇA

Servidão Direito de vizinhança


Dominante domina serviente Reciprocidade de direitos e obrigações
Vontade Lei
Registro de Imóveis Desnecessário registro

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SERVIDÃO X PASSAGEM FORÇADA

Ausência de limitação, mera comodidade

Ausência de possibilidade, necessidade

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SERVIDÕES

Negócio jurídico

Criação Ação confessória

Usucapião

Aparente X Não aparente

Classificação Positiva X Negativa

Contínua X Descontínua
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QUESTÃO
Laurentino constituiu servidão de vista no registro competente, em favor de Januário, assumindo o compromisso de
não realizar qualquer ato ou construção que embarace a paisagem de que Januário desfruta em sua janela.
Após o falecimento de Laurentino, seu filho Lucrécio decide construir mais dois pavimentos na casa para ali passar a
habitar com sua esposa. Diante do exposto, assinale a afirmativa correta.
A) Januário não pode ajuizar uma ação possessória, eis que a servidão é não aparente.
B) Diante do falecimento de Laurentino, a servidão que havia sido instituída automaticamente se extinguiu.
C) A servidão de vista pode ser considerada aparente quando houver algum tipo de aviso sobre sua existência.
D) Januário pode ajuizar uma ação possessória, provando a existência da servidão com base no título.

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QUESTÃO
Ronaldo é proprietário de um terreno que se encontra cercado de imóveis edificados e decide vender metade dele
para Abílio. Dois anos após o negócio feito com Abílio, Ronaldo, por dificuldades financeiras, descumpre o que havia
sido acordado e constrói uma casa na parte da frente do terreno – sem deixar passagem aberta para Abílio – e a
vende para José, que imediatamente passa a habitar o imóvel. Diante do exposto, assinale a afirmativa correta.
A) Abílio tem direito real de servidão de passagem pelo imóvel de José, mesmo contra a vontade deste, com base na
usucapião.
B) A venda realizada por Ronaldo é nula, tendo em vista que José não foi comunicado do direito real de servidão de
passagem existente em favor de Abílio.
C) Abílio tem direito a passagem forçada pelo imóvel de José, independentemente de registro, eis que seu imóvel
ficou em situação de encravamento após a construção e venda feita por Ronaldo.
D) Como não participou da avença entre Ronaldo e Abílio, José não está obrigado a conceder passagem ao segundo,
em função do caráter personalíssimo da obrigação assumida.

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