You are on page 1of 27

FACULDADE ATUAL

LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

KEILA BARBOSA AMANAJAS


KATIA BARBOSA AMANAJAS

A PERCEPÇAODO PROFESSOR NA IMPORTANCIA DA CULTURA AFRO-


BRASILEIRA DO 3º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

MACAPÁ
2016
KEILA BARBOSA AMANAJAS
KATIA BARBOSA AMANAJAS

A PERCEPÇAO DO PROFESSOR NA IMPORTANCIADA CULTURA AFRO-


BRASILEIRA DO 3º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Artigo apresentado à Coordenação do Curso


de Licenciatura em Pedagogia da Faculdade
Atual como requisito básico para obtenção
do grau de Pedagogo.

Orientador: Prof. Esp.Silvaney Rubens


Sousa.

MACAPÁ
2016
KEILA BARBOSA AMANAJAS
KATIA BARBOSA AMANJAS

A PERCEPÇAO DO PROFESSOR NA IMPORTANCIA DA CULTURA AFRO-


BRASILEIRA DO 3º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Artigo apresentado à Coordenação do Curso


de Licenciatura em Pedagogia da Faculdade
Atual como requisito básico para obtenção
do grau de Pedagogo.

Orientador: Prof. Esp.Silvaney Rubens


Sousa

Data da apresentação: _____ /_____/_______.

Nota: _________.

________________________________________________
SilvaneyRubens Sousa

________________________________________________
Nome
FACULDADE ATUAL

________________________________________________
Nome
Faculdade Atual
A PERCEPÇAO DO PROFESSOR NA IMPORTÂNCIA DA CULTURA AFRO-
BRASILEIRA DO 3º ANO FUNDAMENTAL

KeilaBarbosa Amanajas1
Katia Barbosa Amanajas2
Silvaney Rubens Sousa3

RESUMO

Esta pesquisa aborda a percepção dos professores sobre a consciência critica em


relação à discriminação, racismo e preconceito em sala de aula no ensino
fundamental no 3º ano. A partir de uma pesquisa de observação feita aos
professores com questionários, atestando a importância da necessidade de se
discutir a formação para relações étnico raciais no contexto escolar . Diante disso os
professores, através da busca pelo conhecimento dessa cultura irão ampliar os seus
aprendizados, para assim repassá-lo para seus alunos com a importância de
proporcionar a informação para a criança que é preciso modificar o ensino-
aprendizagem para um bom resultado, valorizando os conhecimentos da nossa
cultura, e fazendo a historia dos outros e trabalhando a leitura da sua história afro-
brasileira, Através dessa negação e distorção da cultura afro-brasileira que os
indivíduos discriminados passam a ter sua autonomia prejudicada, no qual se
sentem excluídos da sociedade.

Palavras-chave: Cultura. Raça.Preconceito.

ABSTRACT

This research addresses the teachers' perception of racism and prejudice in the
classroom in elementary school and 3 years. From an observation research and
questionnaires made to teachers attesting to the importance and the need to discuss
the training for racial ethnic relations of the school context. Cover some concepts of
race and racism; discrimination. Thus teachers, through the search for knowledge of
this culture will expand their learning, so as to pass it on to their students. It is
important to promote the reading of the Brazilian-african history, culture and
reflections on his life. It is necessary that instead of speaking of race; there is talk of
ethnicity, thus the word race exceeds the weight that has exercised a lot about the
individual of different ethnicities. Through this denial and distortion of Brazilian-
afraculture that discriminated individuals now have their impaired autonomy, in which
they feel excluded from society.

Key-words: Culture. Breed. Preconception.

1 Acadêmica de Licenciatura em Pedagogia da Faculdade Atual.


2 Acadêmica de Licenciatura em Pedagogia da Faculdade Atual.
3 Professor Especialista e Orientador da Faculdade Atual.
INTRODUÇÃO

A escola é o lugar onde se apresenta a socialização e onde as crianças


devem aprender sobre sua realidade, conhecer as diversidades, sejam culturais,
sociais e étnicas, além de várias formas de tratamento. Deste modo, faz-se
necessário que as crianças construam novos conceitos, sendo assim o
reconhecimento entre os professores sobre percepção do racismo ou diferenças de
comportamento entre as crianças como afirma Trindade (2011). As crianças devem
aprender a conviver umas com as outras, expressando seus sentimentos e
adquirindo novos valores, desconstruindo preconceito na escola.
As crianças podem construir e mudar sua identidade, conhecendo diversas
vivencia com as diferenças existentes no meio social e cultural, livrando-se do
preconceito e da discriminação. Apresentando para as crianças possibilidades e
alternativas na construção de um conhecimento pela diversidade existente no meio
social e na sociedade Amapaense. Acreditamos que com esse artigo
compreendemos a importância da percepção dos profissionais da educação, que
atuam no ensino básico dos 3° ano da ESCOLA ESTADUAL ARAÇARY CORREA
ALVES, tendo em vista a história afro-brasileira na pratica educativa do ensino
fundamental, com base na lei 10.639/03.
Deste modo, é importante que os professores e alunos desenvolvam uma
consciência critica em relação à discriminação racial e étnica em sala de aula, já que
muito se sabe que desde a educação infantil é importante prestar atenção ao
tratamento dos alunos com seus colegas.
Levando em consideração que a sociedade amapaense tem sua formação na
diversidade étnica. A autora Silva (2011, p.12), fala que o racismo estar presente em
algumas situações do dia a dia das escolas, por exemplo, ao tratar uma criança com
apelidos e expressões no diminutivo ao se referir a sua cor ou tipo de
cabelo.Portanto, o município de Macapá por ser a capital do estado do Amapá,
sendo este o primeiro núcleo populacional, tem a presença do negro entremeada em
seus seguimentos sociais. O negro fez parte da historia de Macapá atuando
ativamente na sua construção física, política, econômica e cultural.
A problemática desta pesquisa consiste em estudar a percepção do professor
com relação à importância da temática étnico racial, que desperta atenção para o
conceito descentralizada da influencia da cultura afro-brasileira que dificultam a
formação de se trabalhar de maneira unificada e analisa a percepção da
importância da cultura afro-brasileira no processo de ensino aprendizagem para a
diminuição dos preconceitos entre as crianças.
Portanto, acreditamos que a pratica do racismo na sala de aula, dentro do
ensino fundamental, ocorre quando os professores negam a existência de racismo
na escola ou a presença de crianças negras em sala de aula ou as impede de
participar de algumas atividades, sejam elas culturais, pedagógicas ou recreativas.
Temos como hipótese que a importância e a compreensão da temática racial, bem
como a lei 10.639/03, tornem fundamental para a compreensão da cultura afro-
brasileira, possibilitando uma mudança dos parâmetros, e esta, deve ser de
responsabilidade de toda a comunidade, seja na família e na escola, a fim de romper
o silencio sobre o racismo, preconceito e discriminação existente na sociedade.
Esperamos que essa publicação estimule e os professores a participarem das
ações que objetivam a implementação da lei 10.639/03. E a partir destas historias
apresentadas aqui, escrevam-se outras. Historias de combate ao racismo de
promoção de igualdade, de encontros. (SILVA 2014). Faz-se necessário que a
sociedade reveja e construa seus conceitos levando em considerações a
importância de criar novas praticas pedagógicas para transformação das crianças no
sujeito pensantes críticos atômicos aptos às mudanças tanto na escola como fora
dela.
Objetivo é analisar as contribuições para que alunos aceitem a valorizar a cor
e a cultura de cada pessoa ou grupo social, e que eles possam identificar os
métodos utilizados pelos professor ao desenvolver a sua aula.

MATERIAL E MÉTODOS

O objetivo dessa pesquisa tem como contribuições os professores das turmas


dos 3º ano do ensino fundamental, os próprios alunos e corpo técnicos da escola.
Considerando que estes são os primeiros responsáveis pelo contato destas crianças
com o ambiente escolar e onde foi observada a indisciplina.

Este artigo teve como campo de pesquisa a ESCOLA ESTADUAL ARAÇARY


CORREA ALVES, uma escola pública de ensino fundamental localizada no bairro
perpetua socorro, na cidade de Macapá-AP, tendo como acesso a escola através de
meios de transportes terrestre. Diante disso, foi realizada pesquisa de campo com
entrevista, com propósito de levantar dados sobre o tema.

A coleta de dados não è um processo acumulativo linear cuja


frequência,controlada e mensurada, autoriza o pesquisador, exterior à
realidade estudada e dela distanciado, a estabelecer leis e prever fatos.
Desta forma podem ser qualitativa ou quantitativa. (CHIZZOTTI2001, p 89)

A importância da percepção do professor da lei 10.639/03. Do 3 ano do


ensino fundamental precisa ser desenvolvida na escola,ela precisa perceber que
trabalhar com a lei 10.639/ 03 é importante, precisam ser desenvolvidas na escola,
desde a infância dos alunos, è através dessa influência que a criança vai identificar o
porquê da importância do respeito e valorização da cultura do próximo. Esse
trabalho terá como base teóricos estudos de alguns autores como (ORTIOZ 2005),
( TAVARES 2011),( MUNANGA 2001) entre outros, no qual relatam que as
crianças necessita aprender desde cedo a respeitar as diferenças entre as
pessoas, e com isso construir seu conhecimento sobre a cultura afro- brasileira.
No primeiro momento da pesquisa foi entregue a instituição um ofício (anexo
A) solicitando autorização para a execução da pesquisa, no segundo momento
houve a realização de entrevista que segundo (Ozório, 2004) apresenta a
composição do questionário (anexo A) com perguntas objetivas aos professores no
3° ano no ensino fundamental da escola estadual Araçary Correa Alves.
Em seguida, foi realizada a observação dos alunos e professores da escola
campo, terceiro momento, com o intuito de verificar se há racismo, preconceito, e
descriminação entre os mesmo em sala de aula e fora. Também se realizou no
quarto momento uma análise com levantamento dos dados da pesquisa fazendo
uma abordagem metodológica
Ao final, foi feito a pesquisa de campo exploratório com utilização de
fundamentações bibliográficas e uso de fontes primárias e secundárias. Inserindo a
pesquisa como atitudes cotidianas considerando-a como uma atitude,
questionamento sistemático crítico e criativo, mais a intervenção competente na
realidade, ou o diálogo crítico permanente em sentido teórico e pratico.
Nossa linha de pesquisa è qualitativo onde tem como propósito de
levantamento dados sobre o tema, onde segundo ColautoeBeuren (2003,p.131) a
definição de entrevistas.
[...] é a técnica de obtenção de Informações em que o investigador
apresenta-se pessoalmente àpopulação selecionando e formulando
perguntas, com o objetivo de obter dados necessários para responder“À
questão estudada.”

Verifica-se que a realização da pesquisa de campo possibilitara a


melhorcompreensão sobre o assunto em questão, onde se sabe que há
necessidade que asescolas discutem essa questão, contribuindo significantepara
uma sociedade que reconheça e valorize a sua diversidade.

Escola e Racismo

O racismo a discriminação racial é muito discutida na sociedade e nas


escolas hoje em dia, onde muitos alunos praticam o preconceito contra seus
colegas, por causa da cor da pele ou textura do cabelo, isso acontece porque muitos
pais e professores não tomam atitudes adequadas para ensinar as crianças que
realiza a pratica do preconceito è errado.

A existência das raças, portanto, expressa o fato de que há diferenças


biológicas entre grandes grupos de indivíduos que são sensíveis e
classificáveis, mas não autoriza o racismo, que é um conjunto de
construções culturais sobre estas diferenças que lhes atribui um sentido que
não é “natural”. (OSÓRIO, 2004, p. 93)

Torna-se necessário que ao invés de falar em raça, se fale em etnia, desta


forma a palavra raça supera o peso que tem exercido há muito tempo sobre os
indivíduos de diferentes etnias. Segundo antropólogos e geneticistas ‘’o termo raça
não é compatível com as pessoas ou grupos sociais. ’’
Desta forma, esse termo não deveria existir quem sabe assim possa acabar
com o racismo também. É importante lembrar que o termo raça ao referir-se ao afro-
descendente, está se referindo as pessoas de forma pejorativa, inferiorizando-os e
desvalorizando perante a sociedade, aí já é vista como racismo. Verifica-se que “o
racismo está depositado no mais fundo da cabeça dos homens” (SANTOS, 1984, p.
35). Contudo muitos professores se silenciam sobre essa situação e podem até não
perceber, mas também possuem preconceito com seus alunos afro-descendente
onde não envolve a criança na dinâmica escolar, por não querer ou por não saber
incluí-la, o fato é que através dessa exclusão a criança pode se sentir humilhada,
desvalorizada e inferiorizada.
Observa-se que através desse silêncio obtém-se como resultado o fracasso
escolar dessas crianças, pois as mesmas se sentem incapazes de interagir no meio
social e se sentem excluídas de todas as esferas da sua vida social.

[...] alguns professores por falta de preparo ou por preconceitos nele


introjetados não sabem lançar mão das situações flagrantes de
discriminação no espaço escolar e na sala de aula como momento
pedagógico privilegiado para discutir a diversidade e conscientizar seus
alunos sobre a importância e riqueza que ela traz a nossa cultura e na
nossa identidade nacional. (MUNANGA, 2001, p.7-8)

Devido à falta de preparo dos professores em sala de aula, eles deixam


passar despercebidos esses tipos de preconceito entre seus alunos, muito desses
professores não estão preparados para discutir a diversidade na escola, ele deve
junto com os professores e corpo técnico da escola fazer reuniões pedagógicas.
Por tanto acreditamos que existem muitas evidências de manifestações de
racismo na escola, porém encontra-se camuflada, não apenas entre as crianças,
mas também entre os funcionários, onde muitos deles são vítimas do racismo e
preconceito. Diante disso, a autor Silva (2011, p.12) explica em seu artigo que:

O racismo está presente em algumas situações do dia a dia das escolas,


por exemplo, ao tratar uma criança com apelidos e expressões no
diminutivo ao se referir a sua cor ou tipo de cabelo. Quando os professores
negam a existência de racismo na escola ou a presença de crianças negras
em sala de aula, ou impedem a participação delas em algumas atividades,
mesmo assim, estão praticando o racismo.

A autora proporciona uma clareza em relação à existência de práticas racistas


nas escolas, quando relata que se deve sempre lembrar que a criança está apta ao
desenvolvimento da sua aprendizagem, que ela aprende o que vivencia, então se no
dia a dia ela vivencia o racismo, a desvalorização, a descriminação e o preconceito
contra seus colegas só por causa da sua cor ou tipo de cabelo, o que ela vai
aprender é tratar mal o seu colega, negando a participação do mesmo na sua vida.
Diante disso, deve-se possibilitar aos alunos meios de aceitar e o valorizar a
cor e a cultura de cada pessoa ou grupo, respeitando e aceitando as suas
diferenças, da mesma forma os professores e os demais funcionários da escola de
ensino devem mudar a sua visão, reformular seus pensamentos e reparar as suas
atitudes sobre os negros. Não se podem ficar calados diante das questões raciais
existentes na escola, sendo ela é um ambiente que deve acolher as crianças negras,
protegendo-as contra a violência, descriminação e preconceito racial.
Secadi(2006) descreve sobre os processos de escolarização vivenciados
desde o ´período da escravidão ate os anos iniciais da República,através da
participação das organizações negras,da criação de escolas e da imprensa negra
com diversos questionamentos acerca das intervenções dos negros na sociedade
brasileira para que pudessem estar diante do campo intelectual? Estas e outras
questões podem ser suscitadas e a carência de respostas segundo o autor, indica a
ausência de conteúdos na historia da educação brasileira que contemplem as
trajetórias educacionais e escolares dos negros afro- brasileiro.
A educação não pode ser omitida por parte dos educadores que mesmo em
pequenas situações em que possa se comprometer, ele estará ajudando a
permanência do que já existe às vezes e ate de forma inconsciente na realidade
escolar. É justamente essa falta de atitude por parte dos professores que possibilita
que as manifestações racistas e preconceituosas acabem se tornando
aparentemente normais. Desse modo:
“o tratamento irônico em relação às crianças negras representa um
dado a ser considerado, pois todo comentário realizado no espaço
escolar, principalmente diante de outras crianças, poderá ser por
essas absorvidas e entendidas como um comportamento que pode
ser reproduzido; xingamento,ofensas e ironias encobrem um
preconceito latente”(CAVALLEIRA,2001,p.146).

O professor é um exemplo vivo em sala de aula. Não raro, ele se constitui


para muitos alunos, em modelo de vida, tomando o lugar de figuras referenciais na
visa do aluno, principalmente quando os pais, as pessoas mais velhas que fazem
parte de sua realidade não representam esse modelo necessário á formação da
criança.Outro aspecto que precisa ser destacado é o fato da existência de
tratamentos diferentes entre alunos, situação em que educadores expressam
sentimentos de carinho apenas para alunos brancos e, em alguns casos,
manifestam –se com contatos físicos como beijos, abraços e satisfação pela
presença em sala, demonstrando,assim, um grande afeto pela criança branca,
enquanto que a negra não recebe essas mesmas manifestação de afeto.
Os exemplos dessa natureza são muitos. Trata-se de exemplos que confirmam a
existência de problemas raciais na escola.Por mais que determinadas ações não
comecem na escola, a escola acaba confirmando e reforçando os vários tipos de
preconceito e discriminação que a sociedade manifesta e desenvolve no cotidiano
social. Temos, então, no ambiente escolar, uma reprodução perversa do padrão
tradicional da sociedade. Se isso, de certa forma, é compreensível por um lado, não
é, por outro lado, desejável e muito menos ainda aceitável.
Se a historia da educação brasileira não tem contemplado a multiplicidade
dos aspectos da vida social e da riqueza cultural do povo brasileiro ao mesmo tempo
em que funciona a historia da escolarização das camadas médias, podemos dizer
que essa disciplina e seu campo de pesquisa têm sido vinculados e continuo da
reprodução do tratamento desigual relegado aos negros e índios nessa sociedade.
A margem desse processo tem sido esquecida os temas e as fontes históricas
que poderiam nos ensinar sobre as experiências educativas escolares ou não, das
indígenas e dos afro-brasileiros. Os mecanismo criados para alcançar a
escolarização oficial; da educação nos quilombos; da criação de escolas
alternativas; da emergência de uma classe média negra escolarizada no Brasil; ou
das vivências escolares nas primeiras escolas oficiais que aceitaram negros são
temas que, além de terem sidos desconsiderados nos relatos da historia oficial da
educação, estão sujeito ao desaparecimento.
Os afro-brasileiros desenvolvem estudos que contemplem sua própria
historia, tanto por que os estudos nas ciências sociais possuem uma objetividade
marcada por elementos de subjetividade, quanto porque há atualmente uma imensa
necessidade de estudos voltados para a realidade afra- descendente brasileira.
Nas escolas as crianças que têm valores culturais diferentes recebem como
educação religiosa, na maioria das vezes, valores que não contemplem a
diversidade religiosa e a riqueza das diferenças culturas. A predominância de uma
única matriz religiosa em educação nas escolas ensinadas sob forma de catequese
e não de apreciação histórica das diversas religiões, tem contribuído para uma
fraguementação da fé que a criança trás do seu grupo familiar e cultural,tornando-a
confusa, muitas ver se a internalizando a imagem idealizada negativa que escola
expande as sua religião de origem.

Preconceito, Discriminações e Estereótipos

Não é difícil identificar que em vários estudos teóricos que muitas pessoas
têm preconceito por que não conhecem a cultura ou as atitudes das demais
pessoas. Porém, muitas sentem preconceito por que aprendeu a ter esse
sentimento, e muitas vezesage com preconceito para mostrar superioridade sobre
os outros. Segundo Munanga (2005, p.15), “o preconceito é produto de culturas
humanas, que em algumas sociedades, transformou-se em arma ideológica para
legitimar e justificar a dominação de uns sobre os outros”. Sendo assim, o
preconceito tem separado pessoas de diferentes classes e culturas, possibilitando a
perda de direitos de pessoas inferiorizadas pela própria sociedade.
Desta forma, os afro-brasileiros são percebidos de formas invisíveis na
sociedade devido à falta de conhecimento dos valores dessa cultura. Entretanto,
quando sãovisíveis a sociedade distorce seu fenótipo, devido as suas manifestações
culturais e a sua religião. Desse modo, são criados estereótipos que insistem retratar
uma imagem deformada do sujeito pertencente à cultura afro-brasileira, onde
distorcem o papel da cultura e introduzem características que inferiorizam e
ridicularizam suas manifestações chegando á desumanização do sujeito.

As historias tristes são mantenedoras da marca da condição de


inferiorizados pela qual a humanidade negra passou cristalizar a imagem do
estado de escravo torna-se uma de formas mais eficazes de violência
simbólica.Reproduzi-la intensamente marca, numa única referência,toda a
população negra, naturalizando-se assim, uminferiorizarão datada. (LIMA,
2005, P.103).

O preconceito vem desde a colonização até os tempos de hoje, trata-se de


herança da colonização e dos “valores” que foram impostos pelos brancos e
europeus, onde desvalorizavam e apontavam os formou afro-descendentes como
inferiores, a violação desse preceito, pois consiste em uma predisposiçãonegativa e
hostil frente a outro ser humano. Trata se uma desvalorização da outra pessoa
tornandose consequentemente, excluindo se moralmente.

Historicamente, foi introgetadano negro a ideia de inferioridade, e, em


contrapartida, o branco “europeu” foi colocado como moderação humana.
Esta concepção, durante muito tempo, foi difundida e reforçada em estudos
ditos científicos (BARBOSA, 2004, p.6).

É através dessa negação e distorção da cultura afro-brasileira que os


indivíduos descriminados passam a ter sua autoestima prejudicada, no qual se
sentem excluídos da sociedade. A manifestação comportamental do preconceito è a
discriminação de ações promovidas com o objetivo de manter as característicasdo
grupo de posição privilegiada e referencia positiva.

Discriminação è um conceito mais amplo e dinâmico do que o preconceito. O


medo à diferença pode explicar, em parte o desenvolvimento dos preconceitos
étnico raciais, como também a suposta ameaça de interesses sociais, o outro è, o
imigrante alvo de atos de discriminação em consequentemente, de violências físicas
e simbólicas,

A invisibilidade e o recalque dos valores históricos e culturais de um povo,


bem como a interiorização dos seus atributos, através de estereótipos
conduzem esse povo, na maioria das vezes, a desenvolver comportamentos
de auto-rejeito, resultando em rejeição e negação dos seus valores
culturais, valorizando a estética e os valores culturais dos grupos sociais
valorizados na sociedade (SILVA, 2005, p. 22).

A essência do preconceito racial “reside na negação total ou parcial da


humanidade do negro e outros não brancos, constitui a justificativa para exercitar o
domínio sobre os povos de cor” (HASENBALG, 1981, p.01). Contudo, a criança já
cresce com o espírito de exclusão dos seus colegas que é negro, isso porque
aprendeu nos livros didáticos que o colonizador “branco” por razões econômicas
define o negro com mercadoria, negando-lhe o seu direito de cidadão.
É preciso mudar esse cenário, a criança necessita ser acolhido pelos seus
colegas e professores, para isso é preciso que se estabeleçam urgentemente ações
pedagógicas que possam possibilitar à criança a construção de uma visão diferente
deste modelo de interiorização dos afro-descendentes, é fundamental que os alunos
conheçam a História e Cultura Afro-brasileira e a valorizem e reconheçam que essa
cultura possui grande contribuição para a formação do povo brasileiro.
Os estereótipos a representação parcial e minimizada da realidade,
conduzem o estereotipado e representado em grande parte, á auto rejeição a
construção de uma baixa autoestima, a rejeição ao seu assemelhado conduzindo-o
a procura dos valores representados como universal, na ilusão de torna-se aquele
outro e de liberta-se da dominação e inferiorizaçao os sinais da auto rejeição são
visíveis nos descendentes de africanos, bem como nos descendentes de indígenas
aculturadas na áfrica latina.

Branqueamento

De acordo com Schucman (2012, p. 109) “O fenótipo dos brancos ainda


aparece, sobretudo, como marcador de regionalidade e falsas ideias sobre origem
que se sobrepõe uma a outra para hierarquizar internamente os brancos”. Percebe-
se que o branco tem um lugar simbólico nesta sociedade, construído a partir de um
olhar que associa beleza e poder à brancura, colocando o branco como ser de valor
superior com direitos a todos os privilégios, negando, assim, as outras etnias e as
colocando como inferiores.
Destarte, temos o inicio do branqueamento, no qual o ser “branco” é visto
como um ser superior aos outros, sendo favorecido e privilegiado em meio a
sociedade. Mesmo sendo pobre o branco não sofre preconceito como o afro-
descendente sofre, e se cometer um erro o branco é julgado somente pelo erro
cometido, já o negro se cometer um erro é julgado tanto por ele como também pelo
fato de ter essa cor e etnia.
A ideologia do embraqueamento se efetiva no momento em que,
internalizando uma imagem negativa de si própria e uma imagem positiva do outro, o
individuo estigmatizado tende a se rejeitar, a não se estimar e a procurar a
aproxima-se em tudo do individuo estereotipado positivamente e dos seus valores,
tido como bons e perfeito.
Pode-se dizer que em se tratando de crimes, na maioria das vezes, o que
acontece é que: o branco até provar que é culpado é considerado inocente. “O
negro, ao contrário: até provar que é inocente é considerado culpado” (BARBOSA,
2004, p.8). O negro é alvo de muito preconceito até os dias de hoje, onde tudo que
um negro faz é posto sua cor como exemplo, sendo motivo de piada e
desvalorização.
Branqueamento faz com isso ocorra de forma normal, porém isso não
acontece apenas com os negros, mas sim com todas as etnias e culturas, trata-se
de uma hierarquização que coloca o branco como centro e as pessoas que vem de
outras etnias como inferiores, negados dos seus direitos.
A miscigenação é um fenômeno que acontece regularmente quando há o
encontro e vida social comum entre duas raças ou povos.Esse fato foi usado pela
propaganda da democracia racial existente no Brasil, que fazia da abolição da
diferença através da miscigenação, da ilusão do embranquecimento, a possibilidade
futuresca de dirimir os ‘’ problemas raciais ‘’. Conforme Telles ( 2003,p. 62)’’ o
branqueamento e a democracia racial ‘’ são dois pilares da ideologia racial no Brasil.
A importância e a Necessidade da Lei 10.639/03

Em 9 de janeiro de 2003 foi decretada pelo Presidente da República, através


da LDB. Na Lei 10.639/03 que demanda que a História e Cultura Afro-brasileira
façam parte do currículo da escola.Incluiu-se a luta dos negros no Brasil, a cultura
negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a
contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinente à
História do Brasil.
Segundo Cardoso (1992, p. 59) “a questão racial brasileira pode”, quem sabe,
levá-los a desenvolver uma postura crítica diante de instrumentos pedagógicos a
que vêm recorrendo tão passivamente, as crianças devem entender que são
diferentes entre si, e devem respeitar a necessidade e os ritmos individuais, onde
cada um tem sua característica e capacidade de enfrentar e lidar com o mundo.

As questões relativas à aplicabilidade da lei já foram e ainda são discutidas


em diversos eventos científicos envolvendo vários especialistas, resultando
em propostas, posicionamentos, materiais de apoio aos professores e
outras propostas. Entretanto, infelizmente, ainda encontramos profissionais
da educação sem o preparo necessário para trabalhar as questões relativas
à História e cultura afro-brasileira e africana (AGUIAR, AGUIAR, 2010, p.94)

Portanto, énecessário que as escolas e os profissionais que elas compõem


desenvolvam projetos que possam fazer com que a lei saia do papel e de acordo
com a realidade dos alunos proporcione uma conjunção. É preciso que as escolas
estabeleçam novas metas, reconhecendo que são pertencentes e valorizadores da
História e Cultura Afro-brasileira, compreendendo que a lei mostra que ainda não há
comunhão entre o processo de aprendizagem e os problemas graves que afetam as
crianças quando suas identidades são afetadas pelo preconceito.
Mesmo dez anos depois da promulgação da lei 10.639/03, muitos alunos
ainda não têm conhecimento sobre contribuição histórico-social dos descendentes
de africanos ao país, diante disso percebe-se que a escola ainda não estar
totalmente preparada para que a Lei faça parte do seu currículo. Porém, enquanto o
não cumprimento desta lei existir na escola, não será possível à sociedade brasileira
exercer a cidadania que é necessária para se construir a democracia no Brasil.

O sucesso das políticas públicas de Estado, institucionais e pedagógicas,


visando a reparações, reconhecimento e valorização da identidade, da
cultura e da história dos negros depende necessariamente de condições
físicas, materiais, intelectuais e afetivas favoráveis para o ensino e para
aprendizagens; em outras palavras, todos os alunos negros e não negros,
bem como seus professores, precisam sentir-se valorizados e apoiados.
(BRASIL, 2007, p.29).

Desta forma, é obrigação de todas as escolas tanto públicas como privadasda


educação básica ensinar aos alunos os conteúdos relacionados à história e à cultura
afro-brasileiras.
A escola por sua vez, não deve permitir que as crianças brancas crescessem
pensando que são superiores às negras, mas sim que são iguais e tem os mesmos
direitos. Sendo assim, a mesma deve utilizar metodologias que possibilitem tanto o
professorescomo os alunos a conciliarem o seu mundo com os demais colegas,
promovendo a interação e participação das crianças nas aulas, construindo assim os
seus conhecimentos. É importante que os professores e alunos desenvolvam uma
consciência crítica em relação à descriminação e preconceito em sala de aula, onde
muito se sabe que desde a educação infantil é importante prestar atenção ao
tratamento dos alunos com seus colegas, no qual mesmo sendo inconscientes são
práticasracistas.

Para trabalhara influencia da cultura afro-brasileira è necessário que o


professores do ensino fundamental conheça essa cultura desde as suas raízes e o
que significa e representa em nosso cotidiano e na vida dos alunos sejam eles
negros brancos ou de outros grupos étnico-raciais. É preciso que os mesmos
vivenciem algumas experiências que essa cultura proporciona, podendo recontar
suas historias, enfatizando a atuação da população negra no Brasil, buscando
conhecimentos do que essa cultura nos ensina.
De acordo Piedade Lino Videiro apresenta em geral a vida dos autores sociais
do marabaixo de como a dança pode contribuir para o étnico do afro-amapaense. O
objetivo è trazer uma proposta para o ensino da dança do marabaixo na rede formal
de ensino è evidenciar que a dança venha ser como expressão de vida humana,
como expressão da cultura africana e afra descendente. A lei 10.639/03foi aprovada
pelo governo federal, dando visão à historia e cultura dos africanos e afro-
descendentes na sociedade e na educação brasileira.
A dança do marabaixo faz ligação entre cultura, arte e educação apresentam
um passo à diante, mostra a trajetória que partiu de vivencias, sofrimentos e
traumas, se transformou em idéia possibilidade para ver e perceber como fazer e
que è possível fazer arte e educação pelas expressões da cultura africanase afros
descendente em quaisquer pais.
A maioria dos moradores tradicionais do território do Amapá era de
representantes da cultura africana e afro-descendentes. Eles ocuparam as terras do
centro da cidade, localizadas próxima ao rio amazonas e à doca- lugar onde os
barcos ancoravam para comercializar produtos e gêneros alimentícios vindo do
Pará, de seus municípios e de outras margens interioranas em Macapá.
Na época a organizações sociais do movimento negro no estado do Amapá
era associada ao outrosfatores político-sociais, impossibilitando um grande levante
em forma de resistência direto ao ato higienizador de Janary Nunes. A dança do
marabaixo precisa-se conhecer e reconhecer as identidades dos autores sociais da
comunidade negra amapaense que mantém a cultura do marabaixoviva e pulsante
entre nós.
Faz-se necessário pensar que a cultura negra não estar marcada por uma
necessidade de convenção. Uma visão de mundo negra implica a possibilidade de
abertura para o mundo, para a vida e principalmente pro outro.
O preconceito é uma violação desse preceito, pois consiste em uma
predisposição negativa e hostil frente o outro ser humano. Trata-se uma
desvalorização da outra pessoa tornando-se conseqüentemente, excluindo-se
moralmente.
As pessoas enfocam seus interesses, pessoas de maneira egoísta, não se
preocupando com a injustiça de suas atitudes e de suas palavras. O preconceito
aparece como um instrumento que è utilizado para afastar as pessoas em situação
de competição, desmoralizando- as criando colocando obstáculos sobre as suas
capacidades e competência profissionais, em que os estereótipos negativos são
usados como verdade absoluta e como julgamento justo e inquestionável.
O desafio que se coloca, então, é como garantir a participação de todos sem
descriminação. Enfim, a construção de uma sociedade que não descrimine, passa
por mudanças de atitudes bem radicais, a começar pelo reconhecimento de que
existe discriminação no quotidiano das pessoas.

RESULTADO E DISCUSSÕES
A partir das análises de dados realizadas na Escola Estadual Araçary Correa
Alves, localizada na rua rio Javari nº23, bairro perpetuo socorro, na cidade de
Macapá-AP, no qual a escola possui 6 salas de aulas com 320 alunos matriculados,
sendo assim, foi realizado questionários com 10 professores dessa instituição de
ensino, que ao serem questionados tivemos o intuito de perceber que os professores
tenham a percepção e percebem que a discriminação e o racismo estar presente no
dia a dia da escola.
Os professores ao serem questionados sobre o racismo e discriminação na
escola afirmam que já vivenciaram e que existe esse tipo de preconceito. Destarte,
20%dos professores afirmaram que já presenciaram a discriminação e racismo e em
sala de aula, isso é importante por que percebemos que dá pra compreender que
esses professores possuem umapercepção sobre o racismo no contexto escolar.
Por outro lado 80% dosprofessores afirmam não ter identificado nenhuma situação
relacionada ao preconceito entre os alunos, o que sugere a falta de formação em
educação das relações étnicas raciais.
É evidente que os professores
tenha essa percepção que na
20,00%
sociedade la tem elemento
Há racismo
Não há ra- preconceituoso. Segundo o gráfico
cismo
abaixo pode-severificar a percepção
dos professores sobre a existência do
80,00%
racismo dentro da escola.Sobre
trabalhar e abordar a questão do
preconceito e racismo dentro da
escola, 100% dos professores afirmam segundo os questionários aplicados que
trabalham e abordam a questão étnico racial do espaço escolar, cuja a importância
visualizar os propósitos e alcançar os objetivos com os alunos do ensino
fundamental, relacionando-os as características do seu desenvolvimento, e articular
estedois aspectos as necessidades especificas do educando, por isso é importante
que o professores percebam essa questão do racismo.

A escola deve reproduzir práticas educativas que promova a importância da


cultura afro-brasileira, práticas que eduquem as crianças que preconceito
racial e discriminação não podem existir entre elas, que existem as
diferenças entre cada pessoa e deve ser respeitada. As crianças devem
aprender a conviver umas com as outras, expressando suas idéias e
adquirindo novos valores. É nessa realidade que todos nos somos
educados, inclusive as crianças pequenas. Sendo assim,
podemosconcordar,“ainda estamos muito distantesde poder dizer que as
crianças não atribuem valores superiores aos traços físicos de pessoas
brancas e, inversamente, inferiores, aos dos negros”. (TRINIDAD, 2011,
P.164).

Por tanto temos que educar as crianças que sentir preconceito é errado,
devemos respeitar cada tipo de pessoas independente da sua cor ou raça, e ensinar
a respeitar uns aos outros. É compreensivo que 30% dos professores não acreditam
que haja discriminação em sala de aula, porque não teve a formação necessária,
através da sensibilização da lei 10.639/03, como a testa a própria quantitativo de
professores que se dizem que tiveram essa formação atrás da secretaria da
educação. Enquanto 70% dos professores não tiveram essa formação nos últimos
dois anos.

Sobre o conhecimento dos professores e desenvolvimento de atividades


segundo a Lei 10.639/03, observe o gráfico abaixo:

20,00% Conhecem a
lei
Não co-
nhecem a
lei

80,00%

Observa-se que 20% dos professoresalegam que são conhecedores da lei


10.639/03 e desenvolveram uma atividade sobre a mesma, isso já é um avanço por
que a lei já tem 13 anos, é importante que esse professorestenham esse
conhecimento, por outro lado, 80% dos professores não desenvolveram nenhuma
atividade relacionando a lei, isso significa que a maioria ainda não tem esse
conhecimento da lei ou não sabe desenvolver atividades.

É dever de todas as escolas tanto publica como particularesda educação


básica ensinaraos alunos os conteúdos relacionados a história e à cultura
afro-brasileira. Desde o inicio da vigência da lei 10.639/03, em 2003, a
temática afro-brasileira se tornou obrigatório nos currículos de ensino
fundamental e médio (BRASIL, 2OO3).

A partir dos questionamentosrealizados com os professores, observando o


gráfico a seguir temos as seguintes informações a cerca da percepção dos
professores sobre comportamentos racistas entre os alunos:
Presencia-
ram o ra-
20,00%
cismo em
sala de aula
Não pre-
senciaram o
racismo em
sala de aula
80,00%

Sobre essa percepção 20% dos professores alegam que já presenciaram


casos de racismo na sala de aula, enquanto que 80% informam que não
presenciaram o que é muito curioso porque os professores nos trabalham mesma
escola e tem a mesma formação.
Já, de acordo com a importância do ensino da história afro-brasileira em sala
de aula, 100% dos professores afirmam que é muito importante promover esse
ensino em sala de aula, é necessário reconhecer que o legado da história e cultura
africana e afro-brasileira é um patrimônio da humanidade. A criança aprendendo a
ler e a compreender o mundo, suas regras, seus conhecimentos socialmente
valorizados, sua identidade seu lugar no mundo, è muito importante que o professor
se veja como produtor de historia, de conhecimento de ações que podemtransformar
vidas, ou seja, que è potencialmente um individuo transformador, criativo.
Sendo assim, faz-se necessário que os professores revejam a cultura negra e
que possa ser estudada na escola, com isso, 40% dos professores percebam que a
cultura è estudada através de conteúdos e projetos envolvendo folclore e o
marabaixo, para a cultura negra, os professores também trabalham aroda, a
circularidade e fundamento, a exemplo das rodas de capoeira, de samba e de outras
manifestações culturas afro-brasileiros. Enquanto que 60% desses professores, a
cultura negra não é estudada em sala de aula, por não saber ou não
terconhecimento necessário.
Através dos entrevistados, tivemos as seguintes informações; Que dá pra
identificar um pouco da percepção dos professores que atuam no 3º ano do ensino
básico, através dessas perguntas os professores ao serem questionados se
presenciaram algumas situações de racismo e preconceito, 20% dos professores
informaram que percebe diferenças de tratamentos entre os alunos. Enquanto que
80% dos professoresinformaram que já identificaram situações do preconceito, è
importante dizer que todos os professores são do sexo feminino. A construção de
ambiente escola que favoreça a formaçãosistemática da comunidade sobre a
atividade étnico racial, a partir da própria comunidade.
Portanto podemos identificar segundo Cardoso (1992, p. 59):

A questão racial brasileira pode, quem sabe, levá-los a desenvolver uma


postura critica diante de instrumentos pedagógicos aqui vem recorrendo tão
passivamente”. As crianças devem entender que são diferentes entre si, e
deve respeitar a necessidade e os ritmos individuais, onde cada um tem
suas características e capacidade de enfrentar e lidar com o mundo.

Essa idéia se confirma que 20% dos professores entrevistados acreditam que
existe algum tipo de apelido na sala de aula, mas os professores não permitem
desde o primeiro dia de aula, eles conversam e combinam com seus alunos para
que não haja nenhum tipo de apelidos entre eles, é importante que os professores
tenham essa percepção de compreender a necessidade escolar e rever algumas
situações, no cotidiano da escola. Por outro lado 80% dos professores não
percebem nenhum tipo de apelido entre os alunos, o que nos parece estranho, já
que a maioria afirma que existe o preconceito na sociedade brasileira.

CONCLUSÃO

Ao concluímos esse trabalho atinge a um resultado em relação à percepção


da discriminação e preconceito entre alunos no 3º ano do ensino fundamental da
Escola Estadual Aracary Correa Alves, durante a pesquisa de campo identifica-se
que o racismo, preconceito surge sutilmente na vida de cada pessoa, e deixam
marcas desagradáveis e negativas e por sua vez interferem na construção do
ensino e aprendizagem da identidade do aluno. Para solucionar problemas como
este a escola tem o dever potencializar a identidade cultural e promover a sua
diversidade. Pode-se trabalhar com novas metodologias e praticas possibilitando as
crianças a reconhecer e a valorizar seus colegas, independente de sua cor ou raça e
a cultura de cada pessoa.
Segundo a lei 10.639/03, que tem a sua importância no currículo escolar,
sendo obrigatório o ensino da cultura afro-brasileira no ensino fundamental e médio,
observou-se que a maioria dos professores desconhece a existência da lei. No
entanto eles trabalham de forma integrativa sobre a educação e cultura afro-
brasileira.
Ainda temos que aprender muito sobre o historia e cultura afro-brasileira,
cujos elementos estão presentes em todos os aspectos da sociedade brasileira.
Desta forma, acredita-se que para haver respeito e igualdade nas escolas, as
crianças desde pequenas devem relaciona-se com as pessoas sem preocupação
com a sua etnia ou classe social, pois a escola é o primeiro espaço social em que a
criança convive com diversos tipos de pessoas e culturas. Essa aprendizagem
possibilita trabalhar essas questões nas escolas, podendo ser através de pesquisas,
projetos pedagógicos que considerem a cultura afro-brasileira como forma de
construção de uma identidade, no qual haja reconhecimento e valorização dessa
cultura como base sócia cultural.
A Escola Estadual Aracary Correa Alves em seu currículo escolar produz
praticas educativas que proporcione à criança a importância da cultura afro-
brasileira, estas praticas foram observadas na escola e no discurso de todos aqueles
que fazem parte do processo ensino aprendizagem no contexto escolar motivando
as crianças que preconceito racial e discriminação não podem existir entre elas, que
existem entre cada pessoa e deve ser respeitada. O corpo técnico da escola
juntamente com os professores e alunos trabalham a importância do racismo e do
preconceito em sala de aula, com conteúdos que valorizam a cultura as crenças,
costumes dos afros descendentes.

O educador tem papel essencial na formação dos seus alunos, ele é


mediador para o enriquecimento humano e intelectual em sua diversidade étnico-
racial, conscientizando de suas crenças e valores na sociedade, acredita-se que os
professores precisam de mais formação continuada na educação das relações
étnica racial para contribuir com uma educação sem preconceito e discriminação.

O educando por sua vez deve reconhecer suas potencialidades, valorizando


sua origem e sua importância na cultura afro-brasileira. A escola deve fornecer esse
espaço integrativo, para que o processo de ensino- aprendizagem seja de qualidade
e de forma continua, deve formar cidadãos conscientes de seus direitos e deveres
para que possam atuar na sociedade de forma convincente.
REFERÊNCIAS

AGUIAR, Janaina C. Teixeira; AGUIAR, Fernando J. Ferreira. Uma reflexão sobre


o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana e a formação de
professores em Sergipe. Revista Fórum, Itabaina, v.7, jan-jun 2010. Disponível em:
<http://200.17.141.110/periodicos/revista_forum_identidades/revistas/
ARQ_FORUM_IND_7/ FORUM_V7_06. pdf>. Acesso em 20 fev. 2013

BARBOSA, Luciene Cecília. Racismo e Branquitude: Representações na


Telenovela “Da Cor do Pecado”. NEINB/USP – Núcleo de Estudos Interdisciplinares
sobre o NegroBrasileiro da Universidade de São Paulo. Tese de doutorado. 2004.

BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Parecer CNE/CEB nº 20/2009 e


Resolução CNE/ CEB nº 05/2009.Diretrizes curriculares nacionais para a educação
infantil, 2009.

BRASIL. Marcos Legais da Educação Nacional. Brasília, DF: Ministério da


Educação, 2007.

BRASIL. Presidência da República. Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a


Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da
educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a
obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira", e dá outras
providências. Brasília, 2003. Acesso em: 26 mar. 2012.

CARDOSO, Edson Lopes. Bruxas, espíritos e outros bichos. Belo Horizonte:


Mazza Edições, 1992.

CHIZZOTTI, A. Pesquisa em ciências humanas e sociais. 3. Ed. São Paulo:


Cortez, 1998. Prática. São Paulo: Atlas, 2003.

CUNHA JR., Henrique. Pesquisa educacional em temas de interesses dos afro-


brasileiros. In: Lima, Ivan Costa etc. alii ( orgs ) os negros e a escola brasileira.
Florianópolis, n6, Nucleo de Estudos Negros ( NEN ), 1999.

DEMO, Pedro. Avaliação qualitativa. 6ª Edição, Campina, SP: Autores Associados,


1999.

Pesquisa e construção de conhecimento. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro 1996.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa.São Paulo: Atlas, 1991.

HASENBALG, C. A. Perspectivas sobre raça e classe. Rio de Janeiro, 1981.

LAKATOS, Eva Maria & MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de


metodologia científica. São Paulo: Atlas, 1995.

MUNANGA, Kabengele. Superando o racismo na escola. 3ª Ed. Brasília: Ministério


da Educação, Secretária da Educação Fundamental, 2001.
MUNANGA, Kabengele (org.) Superando o racismo na escola. 2ª Ed. Ministério da
Educação, Secretária da Educação e Diversidade, 2005.

OSÓRIO, Rafael Guerreiro. A mobilidade social dos negros brasileiros. Brasília:


IPEA, 2004.

RICHARDSON, R. J. (et al.) Pesquisa social: métodos e técnicas. São Paulo: Atlas,
1999.

SANTOS, Joel R. O que é racismo. Coleção Primeira Passos, 1984.

SCHUCMAN Lia Varner. Entre o “encardido”, o “branco” e o “branquíssimo”:


raça, hierarquia e poder na construção da branquitude paulistana. São Paulo, USP.
Tesede doutorado, 2012.

SILVA, Liliane Tavares da Silva. Racismo e Descriminação na Educação Infantil:


uma realidade camuflada. Guarabira: UEPB, 2011.
SOUSA, Ivaldo da Silva. As relações étnico-raciais em sala de aula: preconceito
invisível porém concreto,editora virtual ooqs 20013.

TRINIDAD, Cristina Teodoro. Identificação étnico-racial na voz das crianças em


espaços de educação infantil.2011. Tese (Doutorado em Psicologia da Educação)
– PontifíciaUniversidade Católica, São Paulo
APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO PARA O PROFESSOR

FACULDADEATUAL
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCACAOATUAL
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

Este questionário è umas das formas de coletas de dados da pesquisa a


campo, para aconstrução do trabalho de conclusão de curso (tcc) de licenciatura em
pedagogia dafaculdade atual – instituto superior de educação atual.

Nome do entrevistado:________________________________________
Nível de escolaridade:____________________________
Formação: _______________________________________________

Apêndice A – questionário com professores

1-Você acha que na escola há racismo e discriminação?


( ) sim ( ) não

2-O racismo esta presente em algumas situações dodia a dia da escola?


( ) sim ( )não

3-Você trabalha e aborda a questão do preconceitoe do racismo na escola?


( ) sim ( ) não

4-Você teve alguma formaçãonos últimos dois anos sobre a lei 10.639/03?
( ) sim ( ) não

5-Você desenvolveu alguma atividade para os alunos sobre a lei 10.630/03?


( ) sim ( ) não

6-Vocêjá presenciou comportamentos considerados racistas entre os alunos?


( ) sim ( ) não

7-È importante promover ensino da historia afro-brasileira em sala de aula?


( ) sim ( ) não

8-A cultura negra è estudada na escola? Como?


( )sim ( ) não
( ) projeto ( ) conteúdo ( ) outros

9-Em relação ao ambiente escolar, você percebe diferenças no tratamento entre os


alunos?
( ) sim ( ) não

10-Existe algum tipo de apelido na sala de aula?


( ) sim ( ) não
ANEXO A – ENTREGA DO OFÍCIO PARA A INSTITUIÇÃO

You might also like