EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ....
VARA CRIMINAL DA COMARCA ...
Luiz, brasileiro, solteiro, contador, portador da cédula de
identidade nº..., inscrito no CPF nº..., residente e domiciliado na rua..., nesta capital, por seu advogado (procuração anexa), vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, requerer o RELAXAMENTO DA PRISÃO EM FLAGRANTE, com fulcro no art. 5º, LXV da Constituição Federal de 1988 e o art. 310 do Código de Processo Penal, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
DOS FATOS
O requerente, foi preso em flagrante pelos policiais do DEIC, no
dia 20 de abril de 2010 às 15:30h, por suposta prática de roubo realizado na instituição financeira São Pedro, localizada na Avenida Paulista, e encontra-se, preso na Delegacia de Roubo a Bancos.
Segundo consta do auto de prisão em flagrante, elaborado nas
dependências da delegacia de polícia, aponta que Luís foi preso em flagrante e não resistiu à prisão, estando acompanhado de uma outra pessoa.
O acusado, relata em depoimento que conheceu o companheiro
em um bar, onde recebeu o convite para realizar o assalto. Ademais, diante dos fatos narrados, chega-se ao direito.
DO DIREITO
Excelência, a prisão em tela deve ser relaxada de forma
sumária, diante do flagrante preparado pelos policiais da Delegacia de Investigações Criminais – DEIC. Tal prisão em flagrante não deve prosperar, uma vez que não está prevista nos moldes do art. 302 do Código de Processo Penal.
Os policiais agiram arbitrariamente, realizando uma conduta
ilegal diante do ordenamento jurídico, preparando o suposto assalto para tentar imputar ao acusado tal infração criminosa.
A melhor doutrina dispõe, juntamente com o Superior Tribunal
de Justiça-STF, pela súmula nº 145 que a prisão é ilegal. Quando a mesma decorre de um ato preparado. Desta forma, por ser uma prisão ilegal, deve ser relaxada imediatamente.
A preparação do ato pelos policiais requer a impossibilidade da
prisão, ou seja, o imediato relaxamento da prisão do acusado, uma vez que o caso em comento não prevê uma prisão cautelar.
Por fim, diante dessa ilegalidade o acusado deve obter sua
liberdade, expedindo-se o alvará de soltura por medida de inteira justiça.
DOS PEDIDOS
Diante do exposto requer, que seja reconhecida a ilegalidade da
prisão e, concedido o presente relaxamento, com consequência a expedição do alvará de soltura.