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PROFESSOR: PAULO LACERDA Orçamento Público – Receita Pública 3ª e 4ª AULAS

1. RECEITAS
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO (bens e direitos) PASSIVO (exigências)
Bens Passivo
Imóveis Financiamentos
Dinheiro Impostos a Pagar
Estoques Fornecedores
Salários para pagar
Direitos Patrimônio Líquido (capital próprio)
Títulos a Receber Capital
Depósitos em Bancos Lucros Acumulado

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No balanço patrimonial, o ingresso de receita que não tenha reconhecimento do direito, ou de contraprestação no passivo, e por isto
contraprestação no passivo aumentará o Patrimônio Líquido (PL) da não alteram a situação líquida patrimonial. (redação alterada conforme
União. Em contrapartida, o ingresso que tenha contraprestação no retificação do Diário Oficial da União – 17.05.2004)
passivo não aumentará o PL do Estado. 1.2.3 quanto à procedência:
Receita Pública é uma derivação do conceito contábil de Receita a) Receitas Originárias: São aquelas que provêm do próprio
agregando outros conceitos utilizados pela administração pública em EXERCÍCIO do Estado. Ex: Patrimoniais, Agropecuárias, Industriais, de
virtude de suas peculiaridades. No entanto, essas peculiaridades não Serviços.
interferem nos resultados contábeis regulamentados pelo Conselho b) Receitas Derivadas: São aquelas obtidas pelo Estado
Federal de Contabilidade – CFC, por meio dos princípios Fundamentais, mediante sua autoridade COERCITIVA. Dessa forma, o Estado exige que
até porque, a macro missão da contabilidade é atender a todos os usuários o particular entregue uma determinada quantia na forma de tributos ou de
da informação contábil, harmonizando conceitos, princípios, normas e multas.
procedimentos às particularidades de cada entidade. 1.2.4 QUANTO À CATEGORIA ECONOMICA:
Receitas Públicas são todos os ingressos de caráter não devolutivo
O § 1º e o § 2º do art. 11 da Lei nº 4.320, de 1964, classificam as
auferidas pelo poder público, em qualquer esfera governamental, para
receitas orçamentárias em “Receitas Orçamentárias Correntes” e
alocação e cobertura das despesas públicas. Dessa forma, todo o ingresso
“Receitas Orçamentárias de Capital”.
orçamentário constitui uma receita pública, pois tem como finalidade
atender às despesas públicas. CODIFICAÇÃO DA NATUREZA DA RECEITA
1.2 Classificação Na elaboração do orçamento público a codificação orçamentária
1.2.1. Quanto ao ingresso (Quanto á previsão orçamentária) da natureza da receita é composta dos níveis abaixo:
a) Receita orçamentária: 1º Nível – Categoria Econômica
É aquela devidamente discriminada na forma da Lei nº 4.320/64 e 2º Nível – Origem
integra o orçamento público. Sua arrecadação depende de autorização 3º Nível – Espécie
legislativa, constante na própria lei do orçamento (Lei orçamentária 4º Nível – Rubrica
anual) e são realizadas através da execução orçamentária. 5º Nível – Alínea
Os ingressos orçamentários são aqueles pertencentes ao ente público 6º Nível – Subalínea
arrecadados exclusivamente para aplicação em programas e ações 1º Nível – Categoria Econômica
governamentais. Estes ingressos são denominados Receita Pública. Utilizado para mensurar o impacto das decisões do Governo na
Cuidado: nem todas as receitas orçamentárias, que ingressam nos economia nacional (formação de capital, custeio, investimentos etc.). É
cofres públicos, afetam o saldo patrimonial do Estado. codificada e subdividida da seguinte forma:
b) Receita extra-orçamentária 1 - Receitas Correntes;
Receitas extra-orçamentárias são aquelas que não fazem parte do 2 - Receitas de Capital;
orçamento público. “7 - Receitas Correntes Intra-Orçamentárias;
Como exemplos temos as cauções, fianças, depósitos para garantia, 8 - Receitas de Capital Intra-Orçamentárias;”
consignações em folha de pagamento, retenções na fonte, salários não
reclamados, operações de crédito a curto prazo e outras operações Com a Portaria Interministerial STN/SOF n° 338, de 26 de
assemelhadas. abril de 2006, essas categorias econômicas foram detalhadas em
Sua arrecadação não depende de autorização legislativa e sua Receitas Correntes Intra-orçamentárias e Receitas de Capital Intra-
realização não se vincula à execução do orçamento. orçamentárias. As classificações incluídas não constituem novas
Tais receitas também não constituem renda para o Estado uma vez categorias econômicas de receita, mas especificações das categorias
que este é apenas depositário de tais valores. Contudo tais receitas econômicas: corrente e capital, que possuem os seguintes códigos:
somam-se às disponibilidades financeiras do Estado, porém têm em MANUAL DE RECEITA NACIONAL
contrapartida um passivo exigível que será resgatado quando da 7. Receitas Correntes Intra-Orçamentárias;
realização da correspondente despesa extra-orçamentária. 8. Receitas de Capital Intra-Orçamentárias;
Em casos especiais, a receita extra-orçamentária pode converter-se 2º Nível – Origem
em receita orçamentária. é o caso de quando alguém perde, em favor do Identifica a procedência dos recursos públicos, em relação ao fato
Estado, o valor de uma caução por inadimplência ou quando perde o valor gerador dos ingressos das receitas (derivada, originária, transferências e
depositado em garantia. O mesmo acontece quando os restos a pagar têm outras). É a subdivisão das Categorias Econômicas, que tem por objetivo
sua prescrição administrativa decorrida. É importante frisar que cauções, identificar a origem das receitas, no momento em que as mesmas
fianças, e depósitos efetuados em títulos e assemelhados quando em ingressam no patrimônio público. No caso das receitas correntes, tal
moeda estrangeira são registrados em contas de compensação, não sendo, classificação serve para identificar se as receitas são compulsórias
portanto considerados receitas extra-orçamentárias. (tributos e contribuições), provenientes das atividades em que o Estado
Os ingressos extra-orçamentários são aqueles pertencentes a atua diretamente na produção (agropecuárias, industriais ou de prestação
terceiros arrecadados pelo ente público exclusivamente para fazer face às de serviços), da exploração do seu próprio patrimônio (patrimoniais), se
exigências contratuais pactuadas para posterior devolução. Estes ingressos provenientes de transferências destinadas ao atendimento de despesas
são denominados recursos de terceiros. correntes, ou ainda, de outros ingressos. No caso das de capital,
1.2.2 quanto à alteração patrimonial: distinguem-se as provenientes de operações de crédito, da alienação de
a) Receita Pública Efetiva: bens, da amortização dos empréstimos, das transferências destinadas ao
A Receita Pública Efetiva é aquela em que os ingressos de atendimento de despesas de capital, ou ainda, de outros ingressos de
disponibilidades de recursos não foram precedidos de registro de capital.
reconhecimento do direito e não constituem obrigações correspondentes e
por isto alteram a situação líquida patrimonial.
b) Receita Pública Não-Efetiva
A Receita Pública Não-Efetiva é aquela em que os ingressos de
disponibilidades de recursos foram precedidos de registro do

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O nível Origem se classifica em:


Categoria Econômica 1 – Receitas Correntes
1.1 Receita Tributária
1.2 Receita de Contribuições
1.3 Receita Patrimonial
1.4 Receita Agropecuária
1.5 Receita Industrial
1.6 Receita de Serviços
1.7 Transferências Correntes
1.9 Outras Receitas Correntes
Categoria Econômica 2 – Receitas de Capital
2.1 Operações de Crédito
2.2 Alienação de Bens
2.3 Amortização de Empréstimos
2.4 Transferências de capital
2.5 Outras Receitas de capital
Os demais níveis são específicos para cada receita, conforme veremos
mais adiante.

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1- Receitas Correntes sobre a Propriedade Territorial Rural-ITR) incidente sobre os imóveis


Iniciada com o código 1, as receitas correntes são os ingressos de rurais neles situados.
recursos financeiros oriundos das atividades operacionais, para aplicação 1.9 – Outras Receitas Correntes – São os ingressos correntes
em despesas correspondentes, também em atividades operacionais, que provenientes de outras origens não classificáveis nas anteriores. Podemos
não decorre de uma mutação patrimonial, ou seja, são receitas efetivas. citar como exemplo destas receitas, as multas e juros de mora cobrados
1.1 - Receita Tributária - São os ingressos provenientes da sobre os impostos, a receita da Dívida Ativa, Multas e Juro de mora sobre
arrecadação de Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria. Dessa a arrecadação da dívida Ativa, entre outras receitas.
forma, é uma receita privativa das entidades investidas do poder de 2 – Receitas de Capital
tributar: União, Estados, Distrito Federal e os Municípios. Iniciada com o código 2, são receitas que se destinam á cobertura
Impostos - Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato de despesas de capital e somente com estas despesas podem ser
gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal aplicadas. As receitas de capital são denominadas receita de capital
específica relativa ao contribuinte. porque são derivados da obtenção de recursos mediante a constituição de
Taxas - as taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo dívidas, amortização de empréstimos e financiamentos ou alienação de
Distrito Federal e pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas componentes do ativo permanente, constituindo-se em meios para atingir
atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de a finalidade.
polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público 2.1 – Operações de Crédito – São fontes oriundas da realização de
específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição, recursos financeiros advindos da constituição de dívidas, por meio de
independente ou não, da utilização do serviço pelo contribuinte. empréstimos e financiamento, que podem ser internas ou externas.
Contribuição de Melhoria - a contribuição de melhoria 2.2 – Alienação de Bens – São fontes das Receitas de Capital,
cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos captadas por meio da venda de bens patrimoniais móveis e imóveis.
Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para 2.3 – Amortização de Empréstimos – Recebimentos de valores
fazer face ao custo de obras públicas que decorra valorização imobiliária, dados anteriormente por empréstimos a outras entidades de direito
tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o público.
acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado. 2.4 – Transferências de Capital – São outras fontes de recursos
1.2 - Receitas de Contribuições - É o ingresso proveniente de recebidas de outras entidades de direito público ou privado, destinadas a
contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de atender despesas classificáveis em Despesas de Capital. Pode ser usado
interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento como um exemplo de Transferências de Capital, os recursos transferidos
de intervenção nas respectivas áreas. As receitas de contribuições, podem do Sistema Único de Saúde – SUS com o objetivo de atender despesas
ser definidas da seguinte forma: classificadas como despesas de capital.
Contribuições Sociais – destinadas ao custeio da seguridade 2.5 – Outras Receitas de Capital – São destinadas a arrecadar outras
social, que compreende a previdência social, a saúde e a assistência receitas de capital que constituirão uma classificação genérica não
social; enquadrável nas fontes anteriores.
Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico – Receitas Correntes e Receitas de Capital Intra–Orçamentárias.
derivam da contraprestação à atuação estatal exercida em favor de Considerando que o orçamento deve ser consolidado, integrando
determinado grupo ou coletividade. todas as operações dos órgãos e entidades da administração direta e
1.3 – Receita Patrimonial - É o ingresso proveniente de indireta, na estimativa da receita deverão estar contempladas as
rendimentos sobre investimentos do ativo permanente, ou seja, da chamadas Receitas Correntes e Receitas de Capital ‘Intra–
utilização de bens pertencentes ao estado, como, aluguéis, Orçamentárias’, conforme dispõe a Portaria Interministerial Nº 338, de
arrendamentos, foros, laudêmio, juros, participações e dividendos. 26 de Abril de 2006, das secretarias do Tesouro Nacional. Segundo o que
1.4 – Receita Agropecuária - É o ingresso proveniente da atividade dispõe o artigo 1º desta Portaria Interministerial, são definidas como
ou da exploração agropecuária de origem vegetal ou animal. Incluem-se intra-orçamentárias as operações que resultem de despesas de órgãos,
nessa classificação as receitas advindas da exploração da agricultura fundos, autarquias, fundações, empresas estatais dependentes e outras
(cultivo do solo), da pecuária (criação, recriação ou engorda de gado e de entidades integrantes dos orçamentos fiscal e da seguridade social
animais de pequeno porte) e das atividades de beneficiamento ou decorrentes da aquisição de matérias, bens e serviços, pagamento de
transformação de produtos agropecuários em instalações existentes nos impostos, taxas e contribuições, quando o recebedor dos recursos
próprios estabelecimentos. também for órgão, fundo, autarquia, fundação, empresa estatal
1.5 – Receita Industrial - É o ingresso proveniente da atividade dependente ou outra entidade constante desses orçamentos, no âmbito da
industrial de extração mineral, de transformação, de construção e outras. mesma esfera de governo. Ainda nos termos desta Portaria
1.6 – Receita de Serviços - É o ingresso proveniente da prestação Interministerial, a classificação dessas operações na codificação da
de serviços de transporte, saúde, comunicação, portuário, armazenagem, receita, serão identificadas pela substituição dos dígitos relativos ao 1º
de inspeção e fiscalização, judiciário, processamento de dados, vendas de nível das categorias econômicas (1 e 2) pelos dígitos 7, em se tratando de
mercadorias e produtos inerentes à atividade da entidade e outros receita intra-orçamentária corrente, ou 8, em se tratando de receita intra-
serviços. orçamentária de capital, mantendo – se os demais dígitos da codificação
1.7 – Transferências Correntes - É o ingresso proveniente de outros da receita. Observa-se que esta atual classificação substitui a anterior
entes ou entidades, referente a recursos pertencentes ao ente ou entidade com relação aos itens Y e Z, em que esses eram classificados como fonte
recebedora ou ao ente ou entidade transferidora, efetivado mediante e subfonte, respectivamente.
condições preestabelecidas ou mesmo sem qualquer exigência, desde que Quanto à categoria econômica, a classificação é a mesma da Lei
o objetivo seja a aplicação em despesas correntes. nº 4320/1964, cabendo destacar a distinção entre Receita de Capital e
Segue abaixo exemplos de Transferências constitucionais passadas Receita Financeira. O conceito de Receita Financeira surgiu com a
pela união e pelos estados aos Municípios. adoção pelo Brasil da metodologia de apuração do resultado primário,
Fundo de Participação dos Municípios - FPM oriundo de acordos com o Fundo Monetário Internacional - FMI. Desse
O Fundo de Participação dos Municípios é uma transferência modo, passou-se a denominar como Receitas Financeiras aquelas receitas
constitucional (CF, Art. 159, I, b), composto de 22,5% da arrecadação do que não são consideradas na apuração do resultado primário, como as
Imposto de Renda e do Imposto sobre Produtos Industrializados. A derivadas de aplicações no mercado financeiro ou da rolagem e emissão
distribuição dos recursos aos Municípios é feita de acordo o número de de títulos públicos, assim como as provenientes
habitantes. Quadro 2
São fixadas faixas populacionais, cabendo a cada uma delas um de privatizações, entre outras. Não há um dígito específico para
coeficiente individual. A Lei Complementar 62/89 determina que os distinguir as despesas financeiras, mas somente um parâmetro inserido
recursos do FPM serão transferidos nos dia 10, 20 e 30 de cada mês nas rubricas orçamentárias.
sempre sobre a arrecadação do IR e IPI do decêndio anterior ao repasse. A origem refere-se ao detalhamento da classificação econômica
Cota – Parte do ITR - Imposto Territorial Rural das receitas, ou seja, ao detalhamento das receitas correntes e de capital
Recurso recebido pelos municípios decorrente da participação na de acordo com a Lei no 4.320, de 1964. Segundo o MTO-02 2006, a
arrecadação do tributo federal sobre a propriedade territorial (Imposto mudança da atual nomenclatura (de “fonte” para “origem”) deveu-se à
imprecisão do conceito existente entre a fonte a que se refere esse
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classificador de receitas e a fonte relacionada com o financiamento das houver necessidade de maior detalhamento da alínea. Ex.: Receita do
despesas constantes da programação orçamentária. Até 2006, a “fonte” Principal da COFINS, Receita do REFIS da COFINS.
constante da rubrica das receitas era chamada de “fonte originária” para Vamos ver, no quadro, um exemplo de uma classificação de
que não fosse confundida com a classificação por fonte de recursos. receitas por categoria econômica:
Os códigos da origem para as receitas correntes e de capital
são respectivamente:
Receitas Correntes Receitas de Capital
1. Receita Tributária 1. Operações de Crédito
2. Receita de Contribuições 2. Alienação de Bens
3. Receita Patrimonial 3. Amortização de Empréstimos
4. Receita Agropecuária 4. Transferências de Capital
5. Receita Industrial 5. Outras Receitas de Capital
6. Receita de Serviços
7. Transferências Correntes
9. Outras Receitas Correntes
A espécie constitui um maior detalhamento da categoria anterior
(origem). Essa classificação não está relacionada à Lei nº 4.320, de 1964,
mas sim à classificação adotada pela SOF/STN (classificação
discricionária). No caso dos tributos, a “espécie” relaciona os tipos de
tributos previstos na Constituição Federal. Segundo o MTO-02 2006, a
mudança da atual nomenclatura (de “subfonte” para “espécie”) deveu-se
também à imprecisão daquele conceito, uma vez que alguns entendiam
que se tratava de especificação das fontes de recursos relacionadas ao
financiamento das despesas constantes da programação orçamentária.
Ex.: Receitas de Impostos, Receitas Imobiliárias, Multas e Juros de Mora
etc.
A rubrica é o nível que detalha a espécie com maior precisão,
especificando a origem dos recursos financeiros. Agrega determinadas
receitas com características próprias e semelhantes entre si. Ex.: Impostos
sobre o Comércio Exterior, Aluguéis, Multas e Juros de Mora dos
Tributos etc.
A alínea é o nível que apresenta o nome da receita propriamente
dita e que recebe o registro pela entrada de recursos financeiros. Ex.:
Imposto sobre a Importação, Receita de Outorga de Serviços de
Telecomunicações etc.
A subalínea constitui o nível mais analítico da receita, o qual
recebe o registro de valor, pela entrada do recurso financeiro, quando
Categoria Origem Espécie Rubrica Alínea Subalinea
Corrente Tributaria Impostos Impostos sobre o Comércio Exterior Imposto sobre a Importação. Receita do Principal do Imposto sobre
importação
De capital Operação de Crédito Operações de Crédito Internas Títulos de Responsabilidade do Tesouro Nacional Títulos de Responsabilidade do Tesouro Nacional – xxxxxxxxxxxxxx
Refinanciamento da Dívida Pública Federa

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tarifas, bem como o produto da aplicação financeira desses recursos.


Geralmente, têm como fundamento a bilateralidade, cuja natureza é
contratual, e, por isso, criam obrigações recíprocas para as partes
contratantes. Via de regra, são amparadas pelo Código Civil e
legislação correlata.

Receitas Administradas
São as receitas auferidas pela Secretaria da Receita Federal
do Brasil, que detém a competência para fiscalizar, arrecadar e
administrar esses recursos, com amparo legal no Código Tributário
Nacional e leis afins.

Receitas de Operações de Crédito


1.2.5 Classificação da Receita por Fontes de Recursos Receitas financeiras provenientes da colocação de títulos
Essa classificação orçamentária busca identificar as origens públicos no mercado ou da contratação de empréstimos e
dos ingressos financeiros que financiam os gastos públicos. financiamentos junto a entidades estatais ou privadas.
Determinadas naturezas de receita, devidamente catalogadas segundo
o item 1.3.2.1, são agrupadas em fontes de recursos obedecendo a uma Receitas Vinculadas
regra previamente estabelecida. Por meio do orçamento público, essas Pertencem a esse grupo receitas que são vinculadas, por Lei,
fontes são alocadas em determinadas despesas de forma a evidenciar a determinada finalidade específica, exceto as classificadas como
os meios para atingir os objetivos públicos. “Receitas Administradas”. Geralmente, são receitas cuja fiscalização,
Frente ao exposto, é a classificação que permite demonstrar administração e arrecadação ficam a cargo das próprias entidades
a correspondência entre as fontes de financiamento e os gastos arrecadadoras, às quais resta a obrigação de efetuar o recolhimento
públicos, pois exterioriza quais são as receitas que financiam para a Conta Única do Tesouro.
determinadas despesas. Exemplos: recursos de concessões, autorizações e
A classificação de fonte de recursos consiste de um código permissões para uso de bens da União ou para exercício de atividades
de três dígitos: de competência da União.
1.3. ESTÁGIOS DA RECEITA
O Orçamento Público adota o regime de caixa para os ingressos
das receitas púbicas arrecadadas no exercício financeiro, em
conformidade com o art. 35 da Lei nº 4.320, de 1964:
“(...) pertencem ao exercício financeiro as receitas nele
arrecadadas.”
Segundo o art. 22 do Decreto Legislativo nº 4.536, de 28 de
janeiro de 1922, que organiza o Código de Contabilidade da União, a
receita orçamentária percorre três estágios até que ocorra a efetiva
Para saber mais
entrada de recursos nos cofres públicos, na Conta Única do Tesouro
Receitas Próprias
Nacional: Previsão, Arrecadação e Recolhimento.
Classificam-se neste grupo, segundo o art. 4º da Portaria
Dessa forma, do ponto de vista orçamentário, os estágios seriam:
SOF nº 10, de 22 de agosto de 2002, receitas cuja arrecadação tem
origem no esforço próprio de órgãos e demais entidades nas atividades
de fornecimento de bens ou serviços facultativos e na exploração
econômica do próprio patrimônio e remunerada por preço público ou

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Previsão: é a estimativa, a projeção do que se espera Arrecadação: consiste no recebimento da receita pelo
arrecadar durante o exercício financeiro. Serve de base para a fixação agente devidamente autorizado, agentes arrecadadores, por meio de
da despesa orçamentária. A partir das previsões da receita inicia-se o estabelecimentos bancários oficiais ou privados, devidamente
processo de discussão de alocação desses recursos, envolvendo todos credenciados, a fim de se liquidarem obrigações com o ente público.
os entes públicos alcançados pelo Orçamento, para posterior Recolhimento: estágio no qual os agentes arrecadadores
autorização junto ao Poder Legislativo. Compreende uma parte do entregam o produto da arrecadação para o Caixa Único: Conta Única
planejamento orçamentário, resultante de metodologias de projeção do Tesouro Nacional, no Banco Central do Brasil, no caso da União.
delas: É apenas nesse estágio que ocorre a efetiva entrada dos
“Projeção: base de calculo x índices de preços x índices de quantidade x legislação” recursos financeiros arrecadados nos cofres públicos.

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Para saber mais
Embora parte da doutrina considere o “Lançamento” estágio intermediário entre a “Previsão” e a “Arrecadação” da receita, o art. 53 da Lei nº 4.320, de
1964, o preceitua como “ato da repartição competente, que verifica a procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora, e inscreve o débito desta”.
Dessa forma, na ótica orçamentária, lançamento é procedimento administrativo realizado pelo Fisco – e não estágio. Ressalte-se que as receitas
patrimoniais e as empresariais não se sujeitam ao lançamento, haja vista ingressarem diretamente no estágio da Arrecadação, mas, em regra, as tributárias e de
contribuições necessitam do procedimento administrativo em epígrafe antes de ingressarem no estágio da “arrecadação”.

1.4 Divida Ativa


A Dívida Ativa, regulamentada a partir da legislação pertinente, abrange os créditos a favor da Fazenda Pública, cuja certeza e liquidez
foram apuradas, por não terem sido efetivamente recebidos nas datas aprazadas. É, portanto, uma fonte potencial de fluxos de caixa, com impacto
positivo pela recuperação de valores, espelhando créditos a receber, sendo contabilmente alocada no Ativo. Não se confunde com a Dívida
Passiva, que representa as obrigações do Ente Público para com terceiros, e que é contabilmente registrada no Passivo e denominada de Dívida
Pública.
Para saber mais § 5º - A Dívida Ativa da União será apurada e inscrita na
“Ter se esgotado todos os prazos fixados para o seu pagamento Procuradoria da Fazenda Nacional. (Parágrafo incluído pelo Decreto
pela lei ou por decisão final prolatada em processo regular.” Lei nº 1.735, de 20.12.1979).”
A Dívida Ativa é uma espécie de crédito público, cuja matéria é
definida desde a Lei 4320/64, sendo sua gestão econômica, A Dívida Ativa, regulamentada a partir da legislação pertinente,
orçamentária e financeira resultante de uma conjugação de critérios abrange os créditos a favor da Fazenda Pública, cuja certeza e liquidez
estabelecidos em diversos outros textos legais. O texto legal referido, foram apuradas, por não terem sido efetivamente recebidos nas datas
que versa sobre normas gerais de direito financeiro e finanças aprazadas. É, portanto, uma fonte potencial de fluxos de caixa, com
públicas, institui os fundamentos deste expediente jurídico-financeiro, impacto positivo pela recuperação de valores, espelhando créditos a
conforme seu artigo 39: receber, sendo contabilmente alocada no Ativo.
Não se confunde com a Dívida Passiva, que representa as
“Art. 39. Os créditos da Fazenda Pública, de natureza tributária ou obrigações do Ente Público para com terceiros, e que é contabilmente
não tributária, serão escriturados como receita do exercício em que registrada no Passivo e denominada de Dívida Pública.
forem arrecadados, nas respectivas rubricas orçamentárias. (Redação Para o caso da União, a Constituição Federal, em seu artigo 131,
dada pelo Decreto Lei nº 1.735, de 20.12.1979). § 3º, atribui expressamente a representação da Dívida Ativa de
§ 1º - Os créditos de que trata este artigo, exigíveis pelo transcurso natureza tributária da União à
do prazo para pagamento, serão inscritos, na forma da legislação Procuradoria Geral da Fazenda Nacional – PGFN. A Lei
própria, como Dívida Ativa, em registro próprio, após apurada a sua Complementar nº 73 estabelece uma nova situação quando, além de
liquidez e certeza, e a respectiva receita será escriturada a esse título. atribuir competência à Procuradoria Geral da Fazenda Nacional -
(Parágrafo incluído pelo Decreto Lei nº 1.735, de 20.12.1979). PGFN para apuração da liquidez e certeza da dívida ativa tributária e
§ 2º - Dívida Ativa Tributária é o crédito da Fazenda Pública dessa representação da União em sua execução, delega as mesmas
natureza, proveniente de obrigação legal relativa a tributos e atribuições às autarquias e fundações, em seus artigos nº 12 e nº 17:
respectivos adicionais e multas, e
Dívida Ativa não Tributária são os demais créditos da Fazenda “Capítulo VII
Pública, tais como os provenientes de empréstimos compulsórios, Da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional
contribuições estabelecidas em lei, multa de qualquer origem ou Art. 12. À Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, órgão
natureza, exceto as tributárias, foros, laudêmios, alugueis ou taxas de administrativamente subordinado ao titular do Ministério da
ocupação, custas processuais, preços de serviços prestados por Fazenda, compete especialmente:
estabelecimentos públicos, indenizações, reposições, restituições, I - apurar a liquidez e certeza da dívida da União de natureza
alcances dos responsáveis definitivamente julgados, bem assim os tributária, inscrevendo-a para fins de cobrança, amigável ou judicial;
créditos decorrentes de obrigações em moeda estrangeira, de sub- II - representar privativamente a União, na execução de sua dívida
rogação de hipoteca, fiança, aval ou outra garantia, de contratos em ativa de caráter tributário.
geral ou de outras obrigações legais. (Parágrafo incluído pelo Capítulo IX
Decreto Lei nº 1.735, de 20.12.1979). Dos Órgãos Vinculados
§ 3º - O valor do crédito da Fazenda Nacional em moeda estrangeira Art. 17. Aos órgãos jurídicos das autarquias e das fundações públicas
será convertido ao correspondente valor na moeda nacional à taxa compete:
cambial oficial, para compra, na data da notificação ou intimação do I - a sua representação judicial e extrajudicial;
devedor, pela autoridade administrativa, ou, à sua falta, na data da II - as respectivas atividades de consultoria e assessoramento
inscrição da Dívida Ativa, incidindo, a partir da conversão, a jurídicos;
atualização monetária e os juros de mora, de acordo com preceitos III - a apuração da liquidez e certeza dos créditos, de qualquer
legais pertinentes aos débitos tributários. (Parágrafo incluído pelo natureza, inerentes às suas atividades, inscrevendo-os em dívida
decreto Lei nº 1.735, de 20.12.1979). ativa, para fins de cobrança amigável ou judicial.”
§ 4º - A receita da Dívida Ativa abrange os créditos mencionados nos
parágrafos anteriores, bem como os valores correspondentes à As receitas não arrecadadas e não lançadas constituirão receita
respectiva atualização monetária, à multa e juros de mora e ao própria do exercício em que forem realizadas. Já a receita lançada e
encargo de que tratam o art. 1º do Decreto-lei nº 1.025, de 21 de não arrecadada tem seu valor perfeitamente definido: é saldo da
outubro de 1969, e o art. 3º do Decreto-lei nº 1.645, de 11 de conta receita lançada. É esse saldo que constitui os resíduos do ativo
dezembro de 1978.(Parágrafo incluído pelo Decreto Lei nº 1.735, de ou restos a arrecadar.
20.12.1979).
No Brasil, não se adota o regime de competência para as receitas emissão da cobrança, promovendo a transcrição dos créditos
(no sistema orçamentário). O saldo, portanto, não arrecadado da inadimplentes para registros próprios, ficando a fazenda pública,
receita lançada não é apropriado ao exercício ao qual pertence. assim apta a promover a execução fiscal dos inadimplentes.
Entretanto, o valor conhecido dos restos a arrecadar é incorporado ao A inscrição da divida ativa não é uma receita no sentido stricto
patrimônio, no ativo permanente, como componente da dívida ativa. sensu, e sim um registro de direito ativo do ente público. O
Para saber mais pagamento, por parte do contribuinte inadimplente aos cofres
A dívida ativa será inscrita no ativo, seguindo o regime de públicos, é que será reconhecido como uma receita.
competência. Assim, 1.4 RESTITUIÇÕES DA RECEITA
As Dívidas Ativas são créditos oriundos da fazenda pública, É de iniciativa do contribuinte, através, de requerimento,
podendo ser de origem Tributária ou Não Tributária, que, quando solicitar restituição dos valores pagos a mais ou indevidamente. Se
não quitados tempestivamente e no seu tempo de acordo com a houver restituição no mesmo exercício ao qual se refere o tributo, será
legislação própria, devem ser objeto de inscrição em livros de contabilizada como anulação de receita. Se autorizada e não
registros e escriturada no patrimonial da entidade como um direito a reclamada até 31 de dezembro, a importância será classificada com “
receber da entidade. Restituições a pagar”.
Tipos de Dívida Ativa As restituições aprovadas em exercícios seguintes, ao qual se refere o
1. Dívida Ativa tributária tributo, processar-se-ão regulamente como despesas orçamentárias,
Entende-se por Dívida Ativa Tributária créditos da fazenda onerando dotação própria de restituições e indenizações. Não sendo
pública referentes às obrigações legais relativas a tributos pagos por pago até 31 de dezembro, o valor será transferido para a conta restos a
parte dos contribuintes do município e respectivos adicionais e multas pagar.
afins.
2. Dívida Ativa Não Tributária Para saber mais:
São os demais créditos, muito bem definidos pelo § 2º do art. 39 Lei Complementar 101/2000 (LRF)
da Lei Federal Nº 4,320/64, tais como: “Art. 14. A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de
Empréstimos compulsórios, contribuições, contribuições natureza tributária da qual decorra renúncia de receita deverá estar
estabelecidas em Lei, multas de qualquer origem ou natureza, exceto acompanhada de estimativa do impacto orçamentário - financeiro no
as tributárias, foros, laudêmios, aluguéis ou taxas de ocupação, custas exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes,
processuais, preços de serviços prestados por estabelecimento atender ao disposto na lei de diretrizes orçamentárias e a pelo menos
públicos, indenizações, reposições, restituições, alcances dos uma das seguintes condições:
responsáveis definitivamente julgados, bem assim os créditos I - demonstração pelo proponente de que a renúncia foi considerada
decorrentes de obrigações em moeda estrangeira, de sub-rogação de na estimativa de receita da lei orçamentária, na forma do art. 12, e de
hipoteca e outras obrigações legais. que não afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo
Inscrição da Dívida Ativa próprio da lei de diretrizes orçamentárias;
A inscrição em divida ativa é o ato administrativo que, depois de II - estar acompanhada de medidas de compensação, no período
verificada a legalidade da constituição do crédito pelo lançamento, mencionado no caput, por meio do aumento de receita, proveniente da
assim como da certeza do objeto e dos valores constituídos e elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou
apontados na notificação do lançamento que usualmente ocorre na criação de tributo ou contribuição.”
PROFESSOR: PAULO LACERDA Orçamento Público – Receita Pública 4ª e 5ª AULAS

EXERCÍCIOS Alienação de bens


Dividendos recebidos
2.000
5.000
1.500
4.500
0
4.000
1. (TST) Com relação às receitas, julgue os seguintes itens. Empréstimos
3.000 2.500 2.500
contraídos
__ As chamadas renúncias de receitas, apesar de não representarem Multas 4.000 3.500 3.500
Total 14.000 12.000 10.000
dispêndios de recursos, devem ser objeto de estimativa que
acompanha o projeto de lei orçamentária, de forma a se a) 2.500. b) 8.500. c) 4.000. d) 10.000. e) 8.000.
evidenciarem os seus efeitos segundo critério de distribuição 8. (FNDE) A da Dívida Ativa a ser inscrita conforme as
regional dessas renúncias. informações abaixo é:
Receitas Previsão Lançamento Arrecadação Recolhimento
__ Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias Total 20.000 18.000 15.000 10.000

destinadas ao Poder Judiciário ser-lhe-ão entregues até o dia 20 de a) 3.000. b)2.000. c) 5.000. d) 8.000. e)10.000.
cada mês, na proporção das liberações efetuadas pelo Poder 9. (FNDE) As receitas que afetam o resultado econômico do
Executivo às suas próprias unidades orçamentárias. governo apurado na Demonstração das Variações Patrimoniais
__ A receita extra-orçamentária é representada no balanço são:
patrimonial como passivo financeiro, por se tratar de recursos de a) todas as de mutação. b) todas as efetivas. c) todas as correntes.
terceiros que transitam pelos cofres públicos. d)todas as de capital. e) todas as receitas, sejam correntes ou de
__ Os empréstimos compulsórios são considerados de natureza capital.
tributária, estando o produto de sua arrecadação vinculado à 10.(SENADO) No que diz respeito aos estágios da receita pública,
despesa que lhe fundamentou a instituição. Dependendo de sua julgue os itens seguintes.
modalidade, estarão ou não sujeitos ao princípio da anterioridade. __ O artigo 139 do Regulamento de Contabilidade Pública (Decreto
__ Constituem receitas de capital as receitas imobiliárias e as Federal n°. 15.783/22), que regulamentou o Código de
intergovernamentais das quais não decorra exigência de Contabilidade Pública (Decreto Legislativo n°. 4.536/22), dispõe
contraprestação por parte do beneficiário dos recursos. que a receita percorrerá os seguintes estágios: fixação, lançamento,
2. (MESQUITA/RJ) As receitas de concessões e permissões são arrecadação e recolhimento.
classificadas como: __ A fixação correspondente ao processo de estimativas de receitas
(A) de serviços; (B) patrimoniais; (C) de contribuições; que se originam de previsões processadas com elevado grau de
(D)tributárias; (E) mobiliárias. segurança e confiabilidade. Nela, fica determinado o montante
3. (MESQUITA/RJ) Não são classificadas como receitas extra- máximo a ser obtido junto à sociedade.
orçamentárias: __ Lançamento é o ato da repartição competente que verifica a
(A) inscrições de despesas empenhadas e não pagas em restos a procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora,
pagar; inscrevendo-lhe o débito.
(B) operações de crédito por antecipação de receita orçamentária; __ Arrecadação de receitas públicas pode ocorrer, muitas vezes,
(C) consignações retidas na folha de pagamento para a previdência mediante o pagamento de compromissos por meio de depositários,
geral; quando estes retêm ou descontam de outras pessoas tributos e
(D) cauções em dinheiro recebidas para garantia de execução contribuições devidos.
contratual; __ Somente após o recolhimento, pode-se dizer que os recursos
(E) rendimentos de aplicações financeiras em instituições bancárias. estão efetivamente disponíveis para a utilização pelos gestores
4. (TCM SP 2006) Identifique a alternativa que corresponde ao financeiros, de acordo com a programação financeira estabelecida.
regime contábil para a apuração dos resultados na contabilidade 11. (SENADO) No que concerne à dívida ativa, é correto afirmar
pública brasileira, no que tange às receitas e despesas. que
a) misto, ou seja, receitas arrecadadas (regime de caixa) e despesas __ a mesma passa a gozar de presunção relativa (juris tantum) de
empenhadas (regime de competência). certeza e liquidez após a sua regular inscrição.
b) competência, ou seja, receitas e despesas orçadas. __ passa a não mais admitir prova em contrário, já que, ao Estado,
c) caixa, ou seja, receitas recebidas e despesas pagas. não é mais necessário apresentar prova para a afirmação de seu
d) misto, ou seja, receitas arrecadadas (regime de caixa) e despesas crédito.
orçadas (regime orçamentário). __ a maioria dos autores defende que a correspondente receita será
e) orçamentário, ou seja, receitas e despesas orçadas e legalmente apropriada no exercício em que ocorrer a inscrição.
empenhadas. __ é constituída dos créditos da Fazenda Pública, somente de
5. (TCM SP 2006) No âmbito da Administração Pública, os natureza tributária, que deixaram de ser pagos no vencimento, após
estágios da receita pública são, respectivamente, serem apuradas sua liquidez e sua certeza, de acordo com a
a) a previsão (estimativa), o empenho (inclusão no orçamento) e a legislação específica.
arrecadação (pelo pagamento do contribuinte). __ demanda a utilização de registros próprios, nos quais ficarão
b) o empenho (inclusão no orçamento), a arrecadação (pelo assinalados o nome do devedor, seu domicílio ou residência, a
pagamento do contribuinte) e a realização (pelo recebimento da quantia devida, a origem e a natureza do crédito, entre outros
receita). requisitos essenciais.
c) a previsão (estimativa), a arrecadação (pelo pagamento do 12. (CGU) Considere os seguintes dados de receitas e
contribuinte) e o recolhimento (pelo crédito na conta de receita despesas constantes da proposta orçamentária de um
proveniente da entrega do produto da arrecadação). determinado ente da federação (valores em mil):
d) a dotação (estimativa), a arrecadação (pelo pagamento do Receitas Previsão de Arrecadação
Receitas de Serviços 2.000
contribuinte) e o empenho (baixa na dotação orçamentária pelo Receitas de Alienação de Bens 3.400
recebimento efetivo da receita arrecadada). Receitas de Juros 2.300
Receitas Tributárias 15.300
e) a previsão (estimativa), o recolhimento dos pagamentos dos Receitas de Operações de Crédito - Contratual 15.500
Receitas de Contribuições 12.500
contribuintes (pelas repartições fiscais ou rede bancária) e a Receitas de Operações de Crédito – Refinanciamento da Dívida 20.000
realização (pelo recebimento da receita). Receitas de Dívida Ativa 2.000
Despesas Dotação
6. (FNDE) As receitas são classificadas quanto à afetação Despesa de Pessoal 21.000
patrimonial em efetivas e mutações. Assinale a alternativa que Despesa de Inversão Financeira
Despesa de Juros
13.000
2.500
apresente, respectivamente, uma receita efetiva e uma por Despesa de Investimentos 7.500
Despesa de Amortização 20.000
mutação. Outras Despesas Correntes 9.000
a) aluguel ativo e empréstimo contraído. b)pessoal ativo e Com base nos dados apresentados, julgue os itens
aquisição de bens. __ A proposta respeita o princípio orçamentário do equilíbrio, mas
c) alienação de bens e ISS arrecadado. d) IPTU arrecadado e multa apresenta um déficit no orçamento corrente.
arrecadada. __ O ente ainda poderá incorporar na proposta orçamentária, novas
e) amortização de empréstimos contraídos e empréstimos operações de crédito com a finalidade de realizar despesas
concedidos correntes, até o montante de 5.000, sem desrespeitar a regra de ouro
7. (FNDE) O valor das Receitas de Capital com base no estabelecida na Constituição Federal.
quadro a seguir é: __ O superávit do orçamento de capital foi de 1.600.
Receitas Previsão Arrecadação Recolhimento

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PROFESSOR: PAULO LACERDA Orçamento Público – Receita Pública 4ª e 5ª AULAS

__ O ente poderá destinar a totalidade da Receita de Alienação de A) A arrecadação caracteriza-se pela transferência dos recursos
Bens para pagamento de juros da dívida. diretamente ao caixa do tesouro.
13.(STF) julgue B) A fixação da receita tem a finalidade de determinar a matéria
__ Uma diferença que usualmente se estabelece entre receitas tributável, analisar seus elementos e calcular o montante do tributo
correntes e receitas de capital é o caráter recorrente das primeiras e devido.
esporádico das últimas. Do mesmo modo, entre as receitas próprias C) O lançamento por homologação é efetuado pela administração
e as receitas de transferências: as primeiras são livres, e as últimas, sem a participação do contribuinte.
vinculadas. D) A arrecadação indireta ocorre quando entidades depositárias —
__ Receitas imobiliárias e de valores mobiliários constituem receita empregadores, bancos etc. — retêm valores do contribuinte,
patrimonial, que se classifica como receita corrente, para qualquer providenciando, posteriormente, o recolhimento.
esfera da administração. E) A previsão de todas as receitas deve observar o princípio da
14. (DNPM) Segundo o Manual do Orçamento 2010, o código unidade de tesouraria, vedada a fragmentação dos recursos em
identifcador da natureza da receita pública é formado por seis caixas especiais.
níveis distintos: C (Categoria Econômica); O (Origem); E
(Espécie); R (Rubrica); AA (Alínea); e SS (Subalínea). 1CECCE 2B 3E 4A 5C
Considerando as características dessa codificação, julgue os itens 6A 7C 8A 9B 10EECCC
abaixo como Verdadeiros (V) ou Falsos (F) e, em seguida, 11CEEEC 12ECEE 13 EC 14A 15BCA
assinale a opção correta. 16D
I – A receita é classificada em quatro Categorias Econômicas.
II – Entre as Receitas Correntes, incluem-se as provenientes da
realização de recursos financeiros oriundos de constituição de
dívidas.
III – Espécie é o nível de classificação vinculado à Origem, e é
composto por títulos, que permitem qualificar com maior detalhe o
fato gerador de tais receitas.
IV – A Rubrica é o nível que detalha a Alínea com maior precisão,
especificando a origem dos recursos financeiros.
V – A Alínea é o nível que apresenta o nome da receita
propriamente dita e que recebe o registro pela entrada de recursos
financeiros.
A sequência correta é:
(A) F, F, V, F, V. (B) F, V, F, F, V. (C) F, V, V, V, F.
(D) V, V, F, F, F. (E) V, F, F, V, F.
15. (UNESP) Preencha as lacunas

16. (AUDITOR INTERNO/MG) A receita pública passa por um


processo denominado estágios ou fases, até o seu recebimento.
Acerca dos estágios da receita pública, assinale a opção correta.

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