You are on page 1of 15

LAUDO TÉCNICO DE VISTORIA

Que faz MICHEL FRANKLIN DE ALMEIDA


LOPES, Engenheiro Civil, Mestrando em
Engenharia de Estruturas, registrado no
CREA-BA sob nº 91.417 e CONFEA -
Conselho Federal de Engenharia e
Agronomia sob o nº 051332248-5, contratado
por WILSON RIBEIRO DE ALMEIDA, CPF
286.176.225-04, apresenta a seguir o seu
laudo.

SALVADOR – BA
NOVEMBRO – 2017
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Bomba para teste hidrostático SUPER-EGO. ........................................... 5


Figura 2 – Medidor de umidade com imagem térmica FLIR. ...................................... 6
Figura 3 – Desprendimento de material na superfície de revestimento. ..................... 6
Figura 4 – Teste hidrostático: (a) instalação do equipamento no circuito; (b) injeção
de pressão no sistema hidráulico para detecção de vazamentos. .............................. 7
Figura 5 – Manômetro (Psi). ....................................................................................... 8
Figura 6 – Tubulação à 45° sem junta na saída. ........................................................ 8
Figura 7 – Possível vazamento de esgoto na região da tubulação mal executada: (a)
rastreamento de umidade pela laje do pavimento inferior, utilizando medidor de
umidade com imagem térmica; (b) detalhamento da imagem. .................................... 9
Figura 8 – Gotejamento ao longo da superfície do forro. ........................................... 9
SUMÁRIO

1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES ...................................................................... 4

1.1 FINALIDADE ...................................................................................................... 4

1.2 CARACTERÍSTICAS DO IMÓVEL..................................................................... 4

2 VISTORIA ................................................................................................................ 5

2.1 VISTORIA DA ÁREA EXTERNA ........................................................................ 6

2.2 VISTORIA DA ÁREA INTERNA ......................................................................... 7

3 FUNDAMENTAÇÃO .............................................................................................. 10

3.1 IMPERMEABILIZAÇÃO ................................................................................... 10

3.2 INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS ............................................................ 11

4 JUSTIFICATIVAS E TRATAMENTOS .................................................................. 12

4.1 UMIDADE EXCESSIVA EM PAREDES DA FACHADA ................................... 12

4.2 IMPERMEABILIZAÇÃO DAS ÁREAS MOLHADAS ......................................... 13

4.3 REPARO DA TUBULAÇÃO (COZINHA) .......................................................... 13

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 14

6 ENCERRAMENTO ................................................................................................. 15
Email: michelfal@yahoo.com.br
Tel.: (71) 9 9293-4389

1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES

1.1 FINALIDADE

O objetivo do presente Laudo Técnico de Vistoria, fundamentado pela Norma Técnica


ABNT NBR 13752/1996 – Perícias de Engenharia na Construção Civil, está em avaliar
as condições de segurança de:

- Umidade em alvenarias;

- Vazamento de água fria e esgoto;

- Impermeabilização das áreas molhadas.

O imóvel localiza-se na Rua Silveira Martins, Condomínio Vale das Árvores, Bloco
88E, Ap. 301, Cabula – Salvador/Ba.

1.2 CARACTERÍSTICAS DO IMÓVEL

O imóvel situa-se em região que é dotada de todos os melhoramentos públicos usuais,


tais como energia elétrica, iluminação pública, canalizações pluviais, ruas
pavimentadas, serviço de correio, serviço telefônico, transporte coletivo, sistema de
coleta de lixo, etc. O bairro apresenta finalidade residencial, apresentando alguns
serviços comerciais de atendimento aos residentes, tais como padarias, farmácias,
etc.

Esta propriedade possui área privativa de 72 m² (setenta e dois metros quadrados), é


formada por sala, cozinha, três quartos, dois banheiros e área de serviço.

4
Email: michelfal@yahoo.com.br
Tel.: (71) 9 9293-4389

2 VISTORIA

A vistoria técnica foi realizada pelo Engº Michel Franklin, a qual aconteceu no dia 09
de novembro de 2017.

Os procedimentos utilizados na vistoria foram:

- Inspeção visual;

- Registros fotográficos;

- Entrevista com moradores;

- Teste hidrostático com bomba SUPER-EGO Modelo RP50-S (Figura 1);

- Medição de umidade com imagem térmica com equipamento FLIR Modelo


MR160 (Figura 2).

Figura 1 – Bomba para teste hidrostático SUPER-EGO.

5
Email: michelfal@yahoo.com.br
Tel.: (71) 9 9293-4389

Figura 2 – Medidor de umidade com imagem térmica FLIR.

2.1 VISTORIA DA ÁREA EXTERNA

Neste local foi evidenciado manchas e desprendimento de material na superfície de


revestimento provenientes de água de chuva, luz e calor. A figura 3, abaixo evidencia
tal problema.

Figura 3 – Desprendimento de material na superfície de revestimento.

6
Email: michelfal@yahoo.com.br
Tel.: (71) 9 9293-4389

2.2 VISTORIA DA ÁREA INTERNA

Na área interna, de maneira geral, a metodologia aplicada baseou-se primeiramente


no diálogo entre moradores. Em seguida prosseguiu-se com o teste hidrostático
(Figura 4), para verificação de vazamentos na tubulação de água fria no circuito
hidráulico da cozinha e banheiros.

(a) (b)
Figura 4 – Teste hidrostático: (a) instalação do equipamento no circuito; (b) injeção
de pressão no sistema hidráulico para detecção de vazamentos.

Ao encher o reservatório do equipamento com água, foi injetado ao sistema o mesmo


liquido à 9 Psi e permanecendo estático por 15 (quinze) minutos (Figura 5), garantido
estanqueidade para água fria desta residência. Após teste a tubulação foi novamente
fechada hermeticamente.

7
Email: michelfal@yahoo.com.br
Tel.: (71) 9 9293-4389

Figura 5 – Manômetro (Psi).

A figura 6 mostra ausência de joelho à 45° na saída do tubo causando danos à


tubulação e possíveis vazamentos de esgoto, como mostra a figura 7 e detectado com
a utilização do medidor de umidade com imagem térmica no andar abaixo.

Figura 6 – Tubulação à 45° sem junta na saída.

8
Email: michelfal@yahoo.com.br
Tel.: (71) 9 9293-4389

(a) (b)

Figura 7 – Possível vazamento de esgoto na região da tubulação mal executada: (a)


rastreamento de umidade pela laje do pavimento inferior, utilizando medidor de
umidade com imagem térmica; (b) detalhamento da imagem.

Por fim, constatou-se por inspeção visual que ao acionar válvula do banheiro principal
a água em repouso penetra na laje e desloca-se para o pavimento inferior na forma
de gotejamentos ao longo do forro (Figura 8).

Figura 8 – Gotejamento ao longo da superfície do forro.


9
Email: michelfal@yahoo.com.br
Tel.: (71) 9 9293-4389

3 FUNDAMENTAÇÃO

Os subitens abaixo, justificam as principais manifestações patológicas presentes na


edificação.

3.1 IMPERMEABILIZAÇÃO

De acordo com a NBR 9575:2003, a impermeabilização deve ser projetada de modo


a evitar a passagem indesejável de fluidos nas construções, pelas partes que
requeiram estanqueidade, podendo ser integrado ou não outros sistemas construtivos,
desde que observadas normas específicas de desempenho que proporcionem as
mesmas condições de impermeabilidade.

Para a condição atual do imóvel, onde há problemas de impermeabilização na área


interna e externa, devem ser considerados os tipos de impermeabilização mais
adequados para a região.

De acordo com a NBR 9575:2003, a impermeabilização pode ser do tipo rígida ou


flexível.

A impermeabilização rígida é todo o conjunto de materiais ou produtos aplicáveis nas


partes construtivas não sujeita à fissuração. Ou seja, tais impermeabilizantes não
trabalham junto com a estrutura, o que leva a exclusão de áreas expostas a grandes
variações de temperatura. Estão relacionados como impermeabilização rígida:
argamassa impermeável com aditivo hidrófugo, argamassa modificada com polímero,
argamassa polimérica, cimento cristalizante para pressão negativa, cimento
modificado com polímero e membrana epoxílica.

Já a impermeabilização flexível compreende o conjunto de materiais ou produtos


aplicáveis nas partes construtivas sujeitas à fissuração e podem ser de dois tipos,
moldadas no local da obra, chamadas de membranas, ou pré-fabricadas, chamadas
de mantas.

10
Email: michelfal@yahoo.com.br
Tel.: (71) 9 9293-4389

3.2 INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS

Segundo a NBR 8160:1997, os aparelhos sanitários a serem instalados no sistema de


esgoto sanitário devem:

a) impedir a contaminação da água potável (retrossifonagem e conexão


cruzada);

b) possibilitar acesso e manutenção adequados;

c) oferecer ao usuário um conforto adequado à finalidade de utilização.

O sistema predial de esgoto deve ser projetado de modo a permitir o rápido


escoamento da água utilizada e dos despejos introduzidos, evitando a ocorrência de
vazamentos e a formação de depósitos no interior das tubulações.

Com base na NBR 8160:1997, todos os trechos horizontais previstos no sistema de


coleta e transporte de esgoto sanitário devem possibilitar o escoamento dos efluentes
por gravidade, devendo, para isso, apresentar uma declividade constante. As
mudanças de direção nos trechos horizontais devem ser feitas com peças com ângulo
central igual ou inferior a 45°. As mudanças de direção (horizontal para vertical e vice-
versa) podem ser executadas com peças com ângulo central igual ou inferior a 90°.

11
Email: michelfal@yahoo.com.br
Tel.: (71) 9 9293-4389

4 JUSTIFICATIVAS E TRATAMENTOS

Com relação às patologias relatadas neste documento, as suas causas se devem


principalmente por falta de manutenções periódicas. Os itens abaixo justificam cada
patologia relatada em função das fundamentações anteriores.

4.1 UMIDADE EXCESSIVA EM PAREDES DA FACHADA

A água consegue penetrar em paredes por trincas e fissuras, ou por absorção capilar,
se a pintura ou revestimento forem porosos, como mostra a Figura 3. Devido à falta
de manutenção, a região sofre com a penetração de água de chuva direta ou indireta.

O tratamento das paredes pode ser feito com a aplicação do produto VEDAPREN
PAREDE, da fabricante VEDACIT, o qual é do tipo flexível e deve seguir os seguintes
procedimentos:

- Lixamento de reboco e paredes até remover toda a pintura existente;

- O reboco deve estar limpo, poroso, seco, isento de poeira e com boa
resistência;

- Antes da pintura, deve-se utilizar massa corrida;

- A limpeza das paredes pode ser feita obedecendo as etapas:

1º passo: Saturar a superfície com água limpa

2º passo: Escovar a superfície com escova de cerdas duras e solução de


água sanitária (4% a 6% de cloro ativo);

3º passo: Enxaguar com água limpa em abundância;

4º passo: Aguardar a completa secagem da superfície por 3 dias no mínimo


(25° C);

- Aplicar o produto VEDAPREN PAREDE obedecendo as recomendações do

12
Email: michelfal@yahoo.com.br
Tel.: (71) 9 9293-4389

fabricante.

4.2 IMPERMEABILIZAÇÃO DAS ÁREAS MOLHADAS

O tratamento das paredes pode ser feito com a aplicação do produto VEDAMAT 400,
da fabricante BETUMAT, o qual é do tipo flexível e deve seguir os seguintes
procedimentos:

- Retirar todo revestimento cerâmico;

- Efetuar limpeza rigorosa de toda área que será aplicada o impermeabilizante;

- Misturar A+B e agitar mecanicamente o produto por 5 (cinco) minutos. A


aplicação não deverá exceder 45 (quarenta e cinco) minutos;

- Para evitar retração, utilizar no perímetro a ser impermeabilizada tela de


poliéster;

- A superfície a ser impermeabilizada, deverá estar previamente umedecida, mas


não encharcada;

- Aplicar as demãos em sentido cruzado, conforme a necessidade do serviço,


em camadas uniformes, com intervalo de 2 a 6 horas entre demãos, dependendo
da temperatura ambiente.

- Aguardar a cura do produto por 5 dias antes do teste de estanqueidade e


execução da proteção mecânica.

4.3 REPARO DA TUBULAÇÃO (COZINHA)

Será necessário cuidado ao demolir a alvenaria na região da tubulação, constatar o


possível vazamento e substituir tubulação.

13
Email: michelfal@yahoo.com.br
Tel.: (71) 9 9293-4389

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FIGUEIREDO JÚNIOR, G. J. – Patologias em revestimento de fachadas –


Diagnóstico, Prevenção e Causas. Trabalho de Conclusão de Curso ao Curso de
Especialização em Engenharia Civil. Universidade Federal de Minas Gerais. Belo
Horizonte, 2017.

SEGAT, G. T. – Manifestações Patológicas Observadas em Revestimentos de


Argamassa: Estudo de Caso em Conjunto Habitacional Popular na Cidade de Caxias
do Sul. Dissertação ao Mestrado Profissionalizante de Engenharia Civil. Universidade
Federal do Rio Grande. Porto Alegre, 2005.

NBR 8160:1999 – Sistemas prediais de esgoto sanitário – Projeto e Execução.

NBR 9575:2003 – Impermeabilização – Seleção e Projeto.

NBR 13752:1996 – Perícias de engenharia na construção civil;

NBR 15571:2008 – Ensaios não destrutivos – Estanqueidade – Detecção de


vazamentos passantes.

RIGHI, G. V. – Estudo dos sistemas de impermeabilização: Patologias, Prevenção e


Correções – Análise dos casos, Universidade Federal de Santa Maria (2009).

14
Email: michelfal@yahoo.com.br
Tel.: (71) 9 9293-4389

6 ENCERRAMENTO

Este signatário apresenta o presente Laudo Técnico de Vistoria Parcial concluído,


constando de 15 (quinze) páginas e coloca-se à disposição para quaisquer
esclarecimentos adicionais que se fizerem necessários.

Salvador, 14 de novembro de 2017

_______________________________________________
Michel Franklin de Almeida Lopes

Responsável Técnico

CREA – BA 91.417

ART n°: BA20170167143

15

You might also like