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Introdução/Justificativa

A partir de meados da década de 60 o país passava por profundas transformações sociais e


políticas, o golpe militar de 64 iniciou no pais uma época de repressão política, suspensão de
direitos e restrição das liberdades civis. Nesse cenário, os tropicalistas deram um histórico
passo à frente no meio musical brasileiro. A música brasileira pós-Bossa Nova e a definição da
“qualidade musical” no País estavam cada vez mais dominadas pelas posições tradicionais ou
nacionalistas de movimentos ligados à esquerda. Contra essas tendências, o grupo baiano e
seus colaboradores procuram universalizar a linguagem da MPB, incorporando elementos da
cultura jovem mundial, como o rock, a psicodelia e a guitarra elétrica. Irreverente, a Tropicália
transformou os critérios de gosto vigentes, não só quanto à música e à política, mas também à
moral e ao comportamento, ao corpo, ao sexo e ao vestuário.

O país, desde o golpe político de 2016, atravessa uma crise político-institucional que culminou
no atual governo, que tem buscado ativamente minar conquistas sociais, extinguir direitos,
sucatear os serviços públicos. Alimentado pela guinada da extrema-direita no mundo e no
Brasil, o atual governo também tem perseguido minorias e incentivado, mesmo que
indiretamente, as violências de maneira geral.

Baseando-se no conceito de Agência Gell(1998), é possível abordar a arte não como um


suporte de comunicação de sentidos simbólicos, mas como um sistema de ação e mediação de
relações sociais, sob essa ótica conseguimos perceber a importância do movimento tropicalista
para a música e cultura brasileiras, e, estabelecendo um paralelo com o atual cenário político
do país, entender a necessidade de se fazer arte que questione os padrões, e intencionem
transformar a realidade.

Objetivos:

- Geral: Proporcionar uma reflexão sobre o papel da arte enquanto ferramenta de resistência
social.

- Específicos: Mostrar a importância do Tropicalismo na construção da estética musical da


música popular brasileira.

Público alvo:

Metodologia: O espetáculo será dividido em 3 atos

Recursos necessários:
- Qual o material será utilizado
MENEZES, Hélio & HUPSEL, Rafael. 2015. Arte - Alfred Gell. In: Enciclopédia de
Antropologia. São Paulo: Universidade de São Paulo, Departamento de Antropologia.
Disponível em: <http://ea.fflch.usp.br/conceito/arte-alfred-gell>

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