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Analise do Discurso – Foucault

Para Foucault, o discurso é fundante, as coisas não pré-existem a palavra, ao


contrario, são os discursos que pre-existem, produzem as verdades de um
certo produto histórico. Essa busca pelo sentido e pelo discurso que ele vai
empreender na sua obra. Como os discursos produzem certas verdades de
um certo momento histórico?

Quem somos nós? Entender aquilo que a gente denomina de uma ontologia
crítica do presente. Tenatar compreender nossa subjetividades, as nossas
identidades no tempo presente. Pra fazer essa historia do tempo presente ele
precisa buscar na historia aquilo que os discursos nos produziram. Buscar essa
constituição histórica na atualidade por meio dos discursos.

Esse diagnostico do presente ele quer a partir da descrição do quem somos


nós, pensar como nós poderíamos ser diferente, como poderíamos nos
transformar. Entender como os discursos nos produzem seria uma forma de
poder pensar diferentemente, e essa é uma forma de transformar as coisas, o
tempo presente.

Foucault tenta fazer uma história crítica da subjetividade. A temática do sujeito


atravessa os três momentos da obra de Foucault.

Leitura clássica da obra de Foulcault a divide em 3 momentos.

1. Arqueologia do saber

2. Genealogia do poder

3. Genealogia da ética

Podemos, talvez reduzir pra dois momentos, arqueológico e genealógico.


Podemos pensa-lo a partir de uma arqueogenealoga

Arqueologia – entender como os saber produzem as representações do


sujeito. Como o sujeito é objetivado na medicina, na psiquiatria,
classificando e objetivando os sujeitos. Ele está interessado nos campos
dos saberes que vão produzir determinadas representações sobre os
sujeitos.

Em a ordem do discurso ele vai tematizar o tema do poder. Por que é


tão perigoso falar? Por que o poder sempre controla os discursos? Ele
vai analisar esses dispositivos estratégicos de controle do poder. É ai
que ele vai começar a desenvolver o conceito de dispositivos
estratégicos de poder. Dispositivos de poder que tem uma função
estratégica de controle, classificação, separação, interdição, de dizer
aquilo que se pode ou não em certos momentos históricos.

Foucault mostra a transição da sociedade punitiva para uma sociedade


disciplinar;

Praticas discursivas e não discursivas

O conceito de dispositivos vai solucionar a necessidade de trazer a


agencia humana pra dentro de suas analises. Não so aquilo que os
sujeitos dizem, mas tb o que eles fazem.

Artigo de Deleuze – Foucault não desenvolveu esse conceito. Ele vai


desenvolve-lo nas suas obras, nas margens, entrevistas, não nos livros.

Como as subjetividades são produzidas não só pelo dize-lo mas pelo


fazer.

O conceito de dispositivo é um conjunto heterogêneo que engloba o dito


e o não dito, o dizer e o fazer.

A função principal do dispositivo é responder uma certa urgência, uma


certa necessidade histórica de um determinado histórico. Os dispositivos
respondem ao imperativo histórico.

O conceito de dispositivo é composto por 4 dimensoes:

1. O que caracteriza um dispositivo – curvas de visibilidade.

Ex: o prisioneiro é invisível socialmente, mas internamente ele é


hipervisibilidade;
2.Enunciabilidade – Todo dispositivo tem aquilo que ele diz
excessivamente e aquilo que ele apaga obessessivamente. Esse
jogo entre o dizer e o não dizer dos enunciados é que vai produzir o
que ele vai chamar de curva de enunciabilidade.

Deleuze vai dizer que os dispositivos tem seus regimes de luz e seus
regimes de visibilidade. De certa maneira, tornar algo muito visível, e
ao mesmo tempo ocultar outras.

Isso podemos pensar no jogo entre o mostrar e o ocultar, dizer e não


dizer. Há uma ilusão grande de que o meio digital pode-se mostrar
tudo e dizer tudo. Aquilo que se diz e se mostra é controlado.

3. As linhas de força- os poderes que vao controlar, são como flechas


que não sessão de penetrar as coisas e as palavras. Aquilo que se
mostra e o que se ve fosse permanentemente atravessado pelos
jogos de poder.

As linhas de força estão sempre atuando e produzindo as


subjetividades.

4. As linhas de subjetivação – são linhas de fuga, significa que as


identidades nunca estão concluídas, são sempre identificações em
curso. Esses dispositivos vao sempre produzindo as subjetividades
como algo móvel, como algo que está em curso, algo que estamos nos
tornando. Todo dispositivo tem ao mesmo tempo aquilo que é
extratificado, que já e consolidade, e a atualidade, aquilo que estamos
nos tornando. E as subjetividades e identidades são sempre plurais.

A subjetividade é algo que atravessa os dispositivos, é um efeito dos


dispositivos.

Dispositivo é um conceito importante para genealogia do poder e da


ética. Ele desenvolveu uma conceitualização pra entender como se
constitui a subjetividade, para chegar ao conceito de dispositivo.
O dispositivo Escolar

A cidade e a instalação dos dispositivos. A escola como dispositivo que


vai se instaurar com o surgimento da republica no Brasil.

O dispositivo escolar vai responder ao ideário republicano e ao


progresso. A escola como dispositivo para adquirir hábitos civilizados.
Reformando a sociedade reforma-se os sujeitos. A escola vai ter um
papel fundamental na construção desse sujeito moderno e progressista.
As paisagens urbanas vao se transformar.

1894 – primeira escola brasileira – SP

1897 – no rio de janeiro – por ter sido a capital

1901 – Belem - por causa do

Visibilidade e enunciabilidade – momento em que se instala os prédios


escolares.

OS dispositivos estão constantemente se transformando, não estão


fechados. Mas há o que atravessa os momentos históricos, que
encontram-se segmentados.

Introdução
Este trabalho nasce com o propósito de analisar o processo de construção dos
diferentes discursos que versão sobre o ingresso no ensino superior de jovens
secundaristas da rede pública estadual da cidade de Seropédica, assim como
realizar construir possíveis trajetórias daqueles que . Toma-se esses jovens
secundarista como objeto privilegiado de investigação tendo em vista o
contexto da baixada fluminense, cidade onde situa-se a Universidade Federal
Rural do Rio de Janeiro.

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