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DIREITO CONSTITUCIONAL

Direitos Individuais e Coletivos IV


Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online

DIREITOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS IV

LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO (ART. 5º, XV)

Art. 5º, XV – é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo


qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus
bens.

Os direitos fundamentais são os próprios bens jurídicos declarados pela Cons-


tituição Federal (CF), tutelados pela própria CF. As garantias são instrumentos
previstos na CF para proteger, para salvaguardar um determinado direito quando
atacado por ilegalidade ou abuso de poder.
Frente a essa dicotomia, a liberdade de locomoção é um direito fundamental
tutelado pela CF. Se houver uma ameaça à liberdade de locomoção ou uma efe-
tiva coação à liberdade de locomoção por ilegalidade ou abuso de poder, a CF
estabelece uma garantia fundamental para proteger esse direito: o habeas corpus.

LIBERDADE DE REUNIÃO (ART. 5º, XVI)

Art. 5º, XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos
ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra
reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido pré-
vio aviso à autoridade competente.

O direito de reunião será exercido pacificamente, sem armas, independente-


mente de autorização, prévio aviso e desde que não frustre outra reunião ante-
riormente convocada para o mesmo local.
• Qual remédio constitucional tutela o direito de reunião?
O remédio constitucional que tutela o direito de reunião é o mandado de
segurança. O direito de reunião está associado ao livre pensamento, à liberdade
de pensamento, é o exercício coletivo da liberdade de pensamento.

LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO (ART. 5º, XVII a XXI)


ANOTAÇÕES

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XVII – é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter


paramilitar.

As milícias não encontram amparo na CF.

XVIII – a criação de ASSOCIAÇÕES e, na forma da lei, a de COOPERATIVAS


independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu fun-
cionamento.

Nas associações, as atividades lícitas são sem fim lucrativo. Nas cooperati-
vas as atividades lícitas têm fins lucrativos.

XIX – as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas


atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trân-
sito em julgado.

Trata-se de matéria reservada à jurisdição. O juiz pode suspender ou dissolver


uma associação, mas, para dissolução, terá de ser aguardado o trânsito em jul-
gado.

XX – ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado.


XXI – as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legiti-
midade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente.

• Mandado de segurança coletivo?


Uma associação possui legitimidade para representar judicial e extrajudicial-
mente os interesses dos seus filiados quando expressamente autorizada por
eles. No artigo 5º, inciso LXX, da CF, está disposto que uma associação criada
e em funcionamento regular há mais de um ano poderá entrar com um mandado
de segurança coletivo.

Súmula 629/STF: A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de


classe em favor dos associados independe da autorização destes.
ANOTAÇÕES

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A associação está na qualidade de substituto processual, é uma situação de


substituição processual, diferentemente do art. 5º, XXI, que é uma mera represen-
tação. O substituto processual age em nome próprio na defesa do direito alheio.
O representante processual age em nome alheio na defesa do direito alheio.

DIREITO DE PROPRIEDADE (ART. 5º, XXII E XXIII)

Art. 5º, XXII – é garantido o direito de propriedade.


Art. 5º, XXIII – a propriedade atenderá a sua função social.

Não basta ser proprietário, é necessário dar a essa propriedade uma função
social, a manutenção do interesse da comunidade.

REQUISIÇÃO ADMINISTRATIVA (ART. 5º, XXV)

Art. 5º, XXV – no caso de iminente perigo público, a autoridade competente po-
derá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização UL-
TERIOR, se houver dano.

No Direito Administrativo, são estudadas as diversas hipóteses de interven-


ção do Estado na propriedade privada, tais como desapropriação, tombamento,
servidão de passagem.
Para haver requisição administrativa, é necessário o iminente perigo público.
A requisição administrativa é uma das modalidades pelas quais o Estado pode
intervir na propriedade privada.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a
aula preparada e ministrada pelo professor Luciano Dutra.
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