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Matemática

Matemática
ElementarII
Elementar
Caderno de Atividades

Autor
Leonardo Brodbeck Chaves

2009
© 2008 – IESDE Brasil S.A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do detentor
dos direitos autorais.

C512 Chaves, Leonardo Brodbeck.


Matemática Elementar I. Leonardo Brodbeck Chaves. — Curitiba:
IESDE Brasil S.A., 2009.
196 p.

ISBN: 978-85-7638-798-5

1. Matemática. 2. Matemática – Estudo e ensino. I. Título.

CDD 510

Todos os direitos reservados


IESDE Brasil S.A.
Al. Dr. Carlos de Carvalho, 1.482 • Batel
80730-200 • Curitiba • PR
www.iesde.com.br
Leonardo Brodbeck Chaves
Mestre em Informática na área de Engenharia de Software pela Universidade
Federal do Paraná (UFPR). Graduado em Engenharia Elétrica com ênfase em
Eletrônica também pela UFPR.
Sumário
Contagem | 11
1. A noção básica da Matemática: a contagem | 11
2. O sistema de numeração decimal | 13

Adição e subtração | 17
1. A adição | 17
2. A subtração | 18

Multiplicação e divisão | 21
1. A multiplicação | 21
2. A divisão | 23

Frações (I) | 25
1. As frações | 25
2. Resolução de problemas com frações | 28
3. Frações próprias e impróprias | 30
4. Simplificação de frações | 31

Frações (II) | 35
1. Mínimo múltiplo comum (m.m.c) | 35
2. Adição e subtração de fração com o mesmo denominador | 36
3. Adição e subtração de frações com denominadores diferentes | 37
4. Multiplicação com frações | 40
5. Divisão com frações | 41

Potenciação | 43
1. Potenciação | 43
Expressões numéricas | 47
1. Introdução | 47
2. Regras para a resolução de expressões numéricas | 47

Geometria (I) | 53
1. Polígono | 53
2. Ângulos | 55
3. Triângulo | 55
4. Quadrilátero | 56
5. Perímetro de um polígono | 57
6. Medida do comprimento da circunferência | 62

Geometria (II) | 65
1. Unidade de área | 65
2. Áreas de figuras planas | 66
3. Volumes | 70

Razão e proporção | 75
1. Razão | 75
2. Proporção | 79
3. Aplicando razão e proporção para calcular densidade volumétrica | 80

Grandezas proporcionais (I): regra de três simples | 85


1. Grandezas diretamente proporcionais | 85
2. Grandezas inversamente proporcionais | 88

Grandezas proporcionais (II): regra de três composta | 95


1. Proporcionalidade composta | 95
2. Regra de três composta | 97
Porcentagem e juro | 105
1. Porcentagem | 105
2. Juro | 111

Equações do 1.o grau | 117


1. Introdução | 117

Equações do 2.o grau | 125


1. Noção de equação do 2.o grau | 125
2. Forma geral | 125
3. Solução de uma equação do 2.o grau | 127
4. Resolução de problemas do 2.o grau | 137
5. Problemas que envolvem equações do 2.o grau | 138

Sistemas lineares 2 x 2 | 143


1. Introdução | 143
2. Sistema de equações lineares 2 x 2 | 144
3. Solução de um sistema linear 2 x 2: método gráfico | 144
4. Solução de um sistema linear 2 x 2: método da substituição | 146
5. Solução de um sistema linear 2 x 2: método da comparação | 151
6. Solução de um sistema linear 2 x 2: método da adição | 153

Radiciação | 159
1. Introdução | 159
2. Quadrados perfeitos | 160
3. Raiz quadrada | 161

Gráfico e função | 163


1. Plano cartesiano | 163
2. Função afim | 164
3. Função quadrática | 168

Gabarito | 173

Referências | 193
Apresentação

O mundo moderno está repleto de idéias, modelos e aplicações matemáticas. E


desde o surgimento do homem foi dessa forma.

Quando vislumbramos o céu, a terra e o mar, encontramos inúmeras aplicações


matemáticas:

a) as colméias com os seus prismas hexagonais de seus favos;

b) o círculo da lua cheia;

c) um cristal de gelo com angulação precisa;

d) as ondas, que trazem consigo o conceito de periodicidade;

e) o sistema solar, que nos traz uma riqueza sem fim de relações geométricas, entre
outros.

Várias atividades do nosso cotidiano necessitam de ações que envolvam idéias


matemáticas, como a aquisição de um plano adequado de financiamento (com
menores taxas de juros do mercado), o controle do orçamento familiar (mediante
a relação salário X gastos), a compreensão das escalas próprias de fenômenos da
natureza (por exemplo, a escala Ritchter dos terremotos).

Buscando um breve histórico, o homem, desde a época das cavernas, tem usado
a Matemática para contar, medir e calcular. Ele dividia a caça em partes iguais
(conceito de frações), media um pedaço de pele com a finalidade de
comparar comprimentos (idéias de menor e maior) e fabricava utensílios
de barro que eram seus padrões de medida (idéia de volume). Desse modo,
percebemos que o homem primitivo utilizava a Matemática para sua
sobrevivência e transcendência como espécie humana, a partir de ações
que demonstravam novas estratégias geradas pelo seu raciocínio lógico,
frente às situações da realidade.

A capacidade de desenvolvimento, a criatividade e a necessidade de


adaptação do homem fizeram com que fossem desenvolvidas ferramentas
de apoio com a finalidade de auxiliar a resolução de problemas com
agilidade, assim surgiram os computadores. O computador é uma
máquina que executa operações matemáticas construindo seqüências
lógicas, resolvendo problemas e executando operações matemáticas com
maior eficiência e rapidez, por sua capacidade de memória.

Percebemos assim, que a Matemática nos ajuda a estruturar idéias


e definições, nos auxilia no desenvolvimento do raciocínio por meio
de modelos matemáticos com a resolução de problemas, promove a
concentração e desenvolve a memorização. Assim, a Matemática é uma
ciência dinâmica que se constitui como produto cultural do homem,
que está em constante evolução, e estudar Matemática traz benefícios e
desenvolvimento para a sociedade.
Contagem
1. A noção básica da Matemática: a contagem
A percepção de diferenças entre quantidades pequenas chama-se senso numérico. As
pessoas possuem senso numérico e capacidade de contar, mas nem sempre foi assim, há milhões
de anos, a humanidade somente conhecia os números até 3 ou 4. Ainda hoje, grupos primitivos,
como os pigmeus da África e os índios botocudos do Brasil, somente conhecem números que
expressam quantidades muito pequenas.
À medida que foi surgindo a necessidade de contar quantidades maiores, o homem passou
a agrupar marcos, pedras e outros objetos usados na contagem.
Veja alguns exemplos de agrupamento de 5 em 5:

a) 12

b) 7

c) 9


12 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

1.1 O ábaco
O ábaco é um antigo instrumento utilizado para efetuar operações aritméticas, tais como
adição, subtração, multiplicação e divisão.
Atualmente, o ábaco é utilizado como um artefato didático-pedagógico para facilitar a
compreensão do significado dessas operações.
Ao longo da história, diferentes ábacos foram utilizados. Um dos mais simples é aquele em que
a correspondência é feita utilizando-se contas furadas e enfiadas em hastes fixas em uma moldura.
O ábaco facilita tanto o registro dos objetos quanto a leitura das contagens.
Veja alguns exemplos:

a) 218

b) 1 243

c) 7 000


Contagem 13

d) 1 368

2. O sistema de numeração decimal


As principais características do sistema de numeração decimal são:

a) Princípio Aditivo e Multiplicativo


128 significa 100 + 20 +8, ou seja, 1 x 100 + 2 x 10 + 8 x 1

b) Valor de Posição
841 representa “oito centenas, quatro dezenas e uma unidade”. Isso corresponde à
contagem de dez em dez no ábaco. Cada posição corresponde a uma coluna.

8 4 1

unidades
dezenas
centenas

c) O zero
Colunas vazias do ábaco são representadas pelo algarismo zero.
14 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

Exercícios
1. Apresente idéias, modelos e aplicações matemáticas que podemos encontrar na natureza
e em nossas atividades cotidianas.

2. Apresente atividades que o homem primitivo desenvolvia utilizando habilidades


matemáticas para sua sobrevivência.

3. Apresente três benefícios de estudarmos matemática.


Contagem 15

4. Vamos supor que você adquiriu um apartamento no valor de R$85.750,00. Como você
preencheria um cheque para efetuar a compra? Escreva por extenso o valor da compra.

5. Observe a decomposição do número 45 732.


45 732 = 4 0000 + 5 000 + 700 + 30 + 2

Faça o mesmo com os seguintes números:


a) 1 973

b) 1 980

c) 238 975

d) 2 004

e) 20 081

6. Escreva os números que estão representados no ábaco.

a)


16 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

b)


c)


d)

7. Qual é o maior número com 3 algarismos?


Adição e subtração
1. A adição
A operação de adição aparece em um livro de autor desconhecido chamado Aritmética
de Treviso, de 1478. Esse autor considerava a adição como a “união de vários números”.
Portanto, a idéia mais comum associada à palavra adição é a de juntar, unir, reunir.

Exemplos:

a) A família de Zequinha é numerosa. Ele possui 3 tias e 8 tios. Quantos tios e tias ele tem
ao todo?
tias

Total de tios e tias: 3 + 8 = 11

tios

b) Daniel possuía 6 camisetas. Ele ganhou como presente de aniversário 5 camisetas.


Quantas camisetas ele tem agora?
antes

6 + 5 = 11 depois

ganhou
18 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

c) Humberto deu 12 figurinhas a um amigo e ainda ficou com 25. Quantas figurinhas
Humberto tinha?
Veja:
25 + 12 = 37
Logo, Humberto tinha 37 figurinhas.

2. A subtração
A operação de subtração também aparece no livro Aritmética de Treviso. O autor
considerava que a subtração poderia ser entendida como “de dois números pode-se
achar a diferença, isto é, do menor para o maior resta a diferença”.
Desta forma, concluimos que os problemas em que se emprega a subtração estão
ligados a situações de “tirar”.

Exemplos:

a) João tinha 16 botões em seu armário. Ele tirou 7 deles e deu-os para o irmão. Com quantos
botões João ficou?
antes

16 – 7 = 9 depois

tirou
b) Joaquim tem 36 canetinhas e sua irmã tem 12. Quantas canetinhas a mais tem Joaquim?
36 – 12 = 24
Logo, Joaquim tem 24 canetinhas a mais que sua irmã.

c) Em uma viagem, a família Silva já percorreu de carro 195km. Se o percurso total é de


210km, quantos quilômetros ainda faltam?
210 – 195 = 15km
Logo, faltam 15km.
Adição e subtração 19

Exercícios

1. Pedro tem 12 bolinhas de gude, João tem 15 e Antônio tem 3. Quantas bolinhas eles têm
no total?

2. Em uma compra de supermercado, Dona Maria comprou os seguintes itens:

Item Preço (R$)


Óleo 2,00
Macarrão 4,00
Sal 3,00
Pão 1,00 

Se ela pagou com uma nota de R$20,00, quanto foi o troco recebido?
20 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

Anotações
Multiplicação e divisão
1. A multiplicação1
A operação de multiplicação era efetuada por antigas civilizações, tais como a babilônica e a
egípcia. No antigo Egito, por exemplo, há registros do emprego da palavra “sep” entre os números
em uma multiplicação, que se traduzia por “vezes”.
A lista dos principais verbos que sugerem multiplicação é a seguinte:

duplicar, dobrar, triplicar, quadriplicar, quintuplicar, centuplicar, replicar, redobrar, repetir etc.

Exemplos:
1. Na sala de aula de Bruno, existem 5 filas com 6 alunos em cada fila.

1 As atuais notações para representarmos a idéia de multiplicação são “x” e “.”, em Matemática Elementar I as duas formas são
utilizadas.
22 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

a) Quantos alunos estão presentes na sala se ninguém faltou?


6 + 6 + 6 + 6 + 6 = 30 alunos

b) Quantos pés de alunos nós temos na sala?


2 + 2 + 2 + 2 + ... + 2 + 2 = 60 pés

30 vezes

Logo, temos 60 pés de alunos.


Na situação que acabamos de exemplificar está envolvida mais uma das idéias da multipli-
cação, que é a soma de parcelas iguais.
Mas existem outras situações relacionadas à idéia de multiplicação, como a idéia de com-
binação.

2. Considere as cidades X, A e Y. Para ir de X até A existem 5 caminhos diferentes. Para ir de


A a Y existem 3 caminhos diferentes. Quantos caminhos diferentes existem de X até Y?

a1

a2 b1

a3 b2
X Y
a4 A b3

a5

As possibilidades de caminho são:


a1b1 a2b1 a3b1 a4b1 a5b1
a1b2 a2b2 a3b2 a4b2 a5b2
a1b3 a2b3 a3b3 a4b4 a5b5
No total, são 15 maneiras diferentes.

3. Um prédio residencial possui 6 andares, com 4 apartamentos por andar. Em cada aparta-
mento temos 3 moradores. Responda:

a) Quantos apartamentos tem esse prédio?


6 . 4 = 24 apartamentos

b) Quantas pessoas moram nesse prédio?


24 . 3 = 72 pessoas

4. Joaquina é muito vaidosa. Ela possui 3 calças e 5 camisetas. De quantas maneiras


diferentes ela pode se vestir com essas roupas?
3 . 5 = 15 maneiras diferentes.
Multiplicação e divisão 23

5. O táxi de Antônio gasta em média 1 litro de gasolina por 15 quilômetros rodados. O tan-
que do carro é de 42 litros. Quantos quilômetros Antônio pode rodar com o combustível
de um tanque cheio?
15 . 42 = 630 quilômetros

6. Uma roda-gigante dá 3 voltas por minuto. Quantas voltas dá em meia hora?


meia hora = 30 minutos
3 . 30 = 90 voltas

2. A divisão2
Desde a Antigüidade a divisão era a partilha de uma determinada quantidade de objetos
por um certo número de pessoas. Na evolução das idéias provavelmente foi substituindo-se por
sinais até chegarmos ao processo atual da divisão.
Desse modo, a idéia de divisão é associada a situações ligadas aos verbos:

partir, repartir, fracionar, fragmentar, separar, dividir etc.

A divisão pode ser encarada também como a operação inversa da multiplicação.


Veja:
Se 12 x 5 = 60, então 60 : 5 =12 ou 60 : 12 = 5

Vamos acompanhar algumas situações em que usamos a divisão:


1. Uma caixa de bombons será dividida entre 4 irmãos. Se a caixa possui 20 chocolates,
quantos cada um recebeu?
20 : 4 = 5 chocolates
Logo, cada irmão recebeu 5 chocolates.

2. Comprei 4 pneus e paguei R$480,00. Quanto custa cada pneu?


480 : 4 = 120
Logo, cada pneu custa R$120,00.

3. O preço de uma mercadoria em uma loja é de R$1.200,00 à vista, que pode ser parcelada
em 5 vezes sem juros. Qual é o valor de cada parcela?
1200 : 5 = 240
Logo, cada parcela será de R$240,00.

2 As atuais notações para representarmos a idéia de divisão são “:” e “ ÷”, em Matemática Elementar I as duas formas são utili-
zadas.
24 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

Exercícios

1. Um prédio comercial possui 15 andares, com 8 conjuntos por andar e 12 pessoas por con-
junto. Responda:
a) Quantos conjuntos tem esse prédio?
b) Quantas pessoas trabalham nesse prédio?

2. Maria é muito vaidosa. Ela possui 2 calças e 7 camisetas. De quantas maneiras diferentes
ela pode se vestir com essas roupas?

3. Comprei 4 pneus e paguei R$600,00. Quanto custou cada pneu?

4. O preço de uma mercadoria em uma loja é de R$4.800,00 à vista, que pode ser parcelada
em 6 vezes sem juros. Qual será o valor de cada parcela?
Frações (I)
1. As frações
As frações foram criadas há mais de 3 500 anos, no antigo Egito, principalmente para
expressar medidas que não podiam ser demonstradas apenas com os números naturais. Ainda
hoje as frações são muito usadas para expressar medidas.
Na linguagem comum, fração significa “parte”. Na Matemática, fração é um conceito com
mais de um significado. Um desses significados relaciona-se com a noção de parte.
Observe as representações fracionárias das partes pintadas em relação à figura toda:

Fração que Leitura


corresponde
1
ou
2 Um meio ou metade

1
3 Um terço
ou

2
3 Dois terços
ou

1
4 Um quarto
ou

3
5 Três quintos
ou

1
7 Um sétimo
ou
26 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

1.1 Representação
Na representação de um número fracionário usamos dois números inteiros separados por
uma barra horizontal chamada traço de fração.
Veja:
numerador

a
b

denominador

O número de cima é chamado numerador e o número de baixo é chamado de denominador.

2 representa
3
a) O numerador indica o número de partes consideradas;
b) o denominador indica o total de partes em que o todo foi dividido.

1.2 Nomenclatura
Usamos as palavras meio, terço, quarto, quinto, sexto, sétimo, oitavo, nono e décimo para
as frações de denominadores 2 a 10.
Por exemplo:

2 1
Dois sétimos Um meio
7 2
3 3
Três quartos Três décimos
4 10
1
Um oitavo
8

Para denominadores maiores que 10, acrescenta-se à leitura dos denominadores a palavra
avos. Veja alguns exemplos:
1 72 Setenta e dois cento e
Um trinta e sete avos
37 168 sessenta e oito avos
7
Sete onze avos
11
Frações (I) 27

1.2.1 Frações decimais


As frações cujos denominadores são potências de 10, chamadas de frações decimais,
recebem denominações especiais.
Acompanhe os exemplos:

1
Um décimo
10
1
Um centésimo
100
1
Um milésimo
1 000
1
Um décimo de milésimo
10 000

Exercícios
1. Escreva a fração correspondente à parte pintada em cada figura.

a)

b)

c)


28 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

2. Ligue as frações indicadas às representações gráficas correspondentes.


2
5
1
5
1
7
3
3

3. Escreva a forma numérica de cada uma das frações:

a) Dois nonos

b) Doze centésimos

c) Três quartos

d) Sete treze avos

e) Quatro sextos

f ) Vinte e dois trinta e nove avos

2. Resolução de problemas com frações


1. Uma cachorrinha teve 12 filhotes. Desses, 3 eram machos. Quantos eram machos?
4
A quarta parte de 12 é 12 : 4 = 3.

Assim, 1 de 12 é igual a 3.
4
Frações (I) 29

2 de 12 é igual a 2 x 3 = 6.
4
3 de 12 é igual a 3 x 3 = 9, que é o número de machos.
4

3
2. Antônio gasta do seu salário com o aluguel. Se Antônio ganha R$850,00, quanto ele
5
gasta com o aluguel?

1 850
de 850 = = 170
5 5

3
de 850 = 3 x 170 = 510
5

Logo, Antônio gasta R$510,00 com o aluguel.

Exercícios
4. Calcule:

1
a) de 420
2

1
b) de 930
3

2
c) de 1 800
3

2
d) de 72
3

5
e) de 330
6
30 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

3. Frações próprias e impróprias


Observe a classificação das frações nas figuras abaixo:

Fração própria, pois está relacionada com


3
a parte de um todo, sendo menos que a
4
unidade.

6 Fração imprópria, pois é maior que a


4 unidade.

11 Fração imprópria, pois é maior que a


5 unidade.

4 É o inteiro, pois a fração 4 representa o


=1 número 1. 4
4

Exercícios
5. Escreva a fração correspondente a cada uma das figuras:
a)

b)
Frações (I) 31

c)

4. Simplificação de frações
Existem frações que se referem a mesma parte do todo, por exemplo 1 e 2 . Observe nas
figuras a seguir: 2 4

1
2

2
4
Para simplificar uma fração devemos determinar sua fração equivalente.
Uma maneira de simplificar uma fração é dividir o numerador e o denominador por um
mesmo número quando houver fator comum. Caso esses termos não tenham fator comum, não
é possível simplificar a fração. Neste caso, dizemos que a fração está na forma irredutível.

Veja alguns exemplos:

a) Simplificar 6 :
8
Dividimos o numerador e o denominador por 2:
6 6:2 3
= =
8 8:2 4
A fração 3 está na forma irredutível, pois não há fator comum entre 3 e 4.
4

b) Simplificar 15 .
25
Dividimos o numerador e o denominador por 5:
15 = 15 : 5 = 3
25 25 : 5 5

A fração 3 está na forma irredutível, pois não há fator comum entre 3 e 5.


5
32 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

c) Simplificar 21 .
168
Dividimos o numerador e o denominador por 3 e depois por 7:
21 = 21 : 3 = 7 = 7 : 7 = 1
168 168 : 3 56 56 : 7 8

A fração 1 está na forma irredutível, pois não há fator comum entre 1 e 8.


8

Exercícios
6. Escreva as frações equivalentes para cada figura a seguir. Observe o modelo:

2 1
=
6 3

a)

b)

=
Frações (I) 33

c)

7. Simplifique as frações a seguir:

5 36
a) e)
10 100

6 72
b) 9 f ) 96

16 49
c) g)
24 105

14 40
d) h)
28 100
34 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

Anotações
Frações (II)
1. Mínimo múltiplo comum (m.m.c)
Estudaremos um dispositivo prático para a obtenção do m.m.c. Por exemplo, para obtermos
o m.m.c entre 15 e 25 devemos dividi-los sucessivamente pelos números primos. Números primos
são aqueles que são divisíveis somente por 1 e por eles mesmos. Assim, números primos são 2, 3,
5, 7, 11, 13, 17, etc.
Veja os exemplos:
a)
15, 25 3
5, 25 5
1, 5 5
1, 1 3 x 5 x 5 = 75
O m.m.c entre 15 e 25 é igual a 75.

b) Agora vamos calcular o m.m.c entre 2, 9 e 18.

2, 9, 18 2
1, 9, 9 3
1, 3, 3 3
1, 1, 1 2 x 3 x 3 = 18
O m.m.c entre 2, 9 e 18 é o número 18.
36 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

2. Adição e subtração de fração


com o mesmo denominador
Quando as frações têm o mesmo denominador, juntamos, retiramos ou comparamos
pedaços do mesmo tamanho. Para efetuarmos uma adição ou uma subtração com frações do
mesmo denominador, adicionamos ou subtraímos os numeradores e mantemos o denominador
comum.

Veja as figuras:

3
9
Adição:
4
9 3 4 7
+ =
9 9 9
7
9

7
9
Subtração:
2
9 7 2 5
– =
9 9 9
5
9

Observe mais alguns exemplos:

1 7 3 11 3+8 11
a) + + = c) =
17 17 17 17 10 10 10

19 – 5 = 14 25 – 11 = 14
b) d)
43 43 43 13 13 13
Frações (II) 37

Exercícios
1. Calcule:
3 8
a) +
17 17

7 +2 +5
b)
11 11 11

17 3
c) –
18 18

16 – 8 – 3
d)
10 10 10

3. Adição e subtração de
frações com denominadores diferentes
Quando os denominadores de duas ou mais frações são diferentes, elas representam
quantidades de “pedaços” internos que têm tamanhos diferentes. Por isso, essas quantidades (os
numeradores) não podem ser adicionados.
Então, como calcular 1 + 1 ?
2 6
Uma técnica para efetuar adições e subtrações com frações, cujos denominadores são
diferentes, é encontrar frações equivalentes às frações dadas com denominadores iguais. Um
modo que permite reduzir as frações a um mesmo denominador é encontrando o mínimo
múltiplo comum ou m.m.c dos denominadores dados.
Veja, nos exemplos, como funciona:
38 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

a)
7 2 35 6 41
+x = + =
x
3 5 15 15 15

3, 5 3
1, 5 5
1, 1 3 x 5 = 15
m.m.c (3, 5) = 15

b)
1 1 3 2 5
x
+x = + =
2 3 6 6 6

2, 3 2
1, 3 3
1, 1 2 x 3 = 6
m.m.c (2, 3) = 6

c)
18 1 13 252 49 26 327
+ + = + + =
x
7 x 2 x 49 98 98 98 98

7, 2, 49 2
7, 1, 49 7
1, 1, 7 7
1, 1, 1 2 x 7 x 7 = 98
m.m.c (7, 2, 49) = 98
Frações (II) 39

Exercícios
2. Calcule:

1+1
a)
3 5

7–3
b)
11 10

3 +1–1
c)
2 6 2

7 + 1 +2
d)
9 3 5

4 + 1 +2
e)
7 8 3

42 + 3
f)
101 5

1 1 1
g) – +
5 10 3
40 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

4. Multiplicação com frações


O produto de duas frações é uma fração cujo numerador é o produto dos numeradores e o
denominador é o produto dos denominadores.
Veja:
a . c = a.c
, sendo a, b, c e d números naturais e b e d diferentes de zero.
b d b.d

Acompanhe agora alguns exemplos:

1 . 3 =1 . 3= 3 3 3:3 1
a) , simplificando, 12 = 12 : 3 = 4
3 4 3 . 4 12

2 . 1 . 7 = 2 . 1 . 7 = 14
b)
3 3 5 3 . 3 . 5 45

1 . 1 . 1= 1.1.1 = 1
c) 5 5 5 5 . 5 . 5 125

Exercícios

3. Calcule:
1.1
a)
5 2

3. 3
b)
7 14
Frações (II) 41

12 . 1
c)
13 8

8.9
d)
9 8

3.2
e)
4 3

5. Divisão com frações


Para dividirmos duas frações, multiplicamos a primeira pela segunda fração invertida.
Veja:
3 : 4 = 3 . 5 = 15
a)
7 5 7 4 28

18 18 : 18 1
b) 2 : 4 = 2 . 9 = 18 Simplificando, = =
9 9 9 4 36 36 36 : 18 2

6 6 : 6 1
c) 2 : 2 = 2 . 3 = 6 Simplificando, = = =1
3 3 3 2 6 6 6 : 6 1
42 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

Exercícios

4. Calcule:

1:1
a)
3 2

7:3
b)
8 4

11 : 1
c)
10 3

12 : 5
d)
15 8
Potenciação
1. Potenciação
Veja a seguinte multiplicação:
5 x 5 x 5 x 5 = 54 = 625
Em 54 , que representa 5 x 5 x 5 x 5, temos:
expoente da potência: indica quantas vezes o fator deverá ser multiplicado.
5 = 625 → potência de 5: é o resultado obtido
4

base da potência: indica o fator que se pretende multiplicar.

Observe estes exemplos:

a) 35
expoente
3 x 3 x 3 x 3 x 3 = 35 = 243 potência
5 vezes
base
Lê-se: três elevado à quinta potência ou três elevado à quinta.
44 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

b) 43
expoente
4 x 4 x 4 = 43 = 64 potência
3 vezes
base
Lê-se: quatro elevado à terceira potência ou quatro elevado ao cubo.

1.1 Forma geral


De modo geral, temos:

an = a x a x a .... a
n vezes

Como o expoente indica quantas vezes o fator aparece na multiplicação, considere-se que
n deve ser, no mínimo, 2.

1.2 Potências especiais


De acordo com a definição de potência apresentada,

1n = 1 e 0n = 0 qualquer que seja o valor de n.

Então, 1 x 1 x 1 x 1 .... 1 x 1 = 1, um multiplicado por qualquer número, resulta sempre em


um.
0 x 0 x 0...0 = 0, zero multiplicado por qualquer número, resulta sempre em zero.
A partir de diversos estudos de comparação, os matemáticos estabeleceram a seguinte
convenção:

a1 = a a0 = 1

Veja alguns exemplos:


a) 81 = 8
b) 141 = 14
c) 31 = 3
d) 30 = 1
e) 50 = 1
Potenciação 45

f ) 2370 = 1

1.3 Propriedades das potências


A potenciação, além de proporcionar economia na escrita dos números, também torna
alguns cálculos mais simples.

1.3.1 Produto de potências de mesma base


Veja:
(7 x 7 x 7 x 7) x (7 x 7) = 7 x 7 x 7 x 7 x 7 x 7
4 fatores 2 fatores 6 fatores

74 x 72 = 76

Para obter o produto de potências de mesma base, mantemos a base e somamos os


expoentes.

Exemplos:
a) 32 x 36 = (3 x 3) x (3 x 3 x 3 x 3 x 3 x 3) = 32+6 = 38
2 vezes 6 vezes

b) 2 x 2 = 2
7 9 7+9
=2 16

1.3.2 Potência de potência


Para obter a potência de uma potência, mantém-se a base e multiplicam-se os expoentes.

Exemplos:
a) (43)2 = 43 x 2 = 46
b) [(53)3]3 = 53 x 3 x 3 = 527
c) (23)2 = 23 x 2 = 26

1.3.3 Divisão de potências de mesma base


Para obter a divisão de potências de mesma base, mantemos a base e subtraímos os
expoentes.

Exemplos:
a) 38 32 = 38-2 = 36
b) 107 103 = 107-3 = 104
c) 26 23 = 26-3 = 23
46 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

Exercícios

1. Escreva as seguintes multiplicações na forma exponencial:

a) 2 x 2 x 2 x 2 x 2 x 2 x 2

b) 9 x 9 x 9

c) 15 x 15

d) 6 x 6 x 6 x 6

e) 3 x 3

2. Escreva as seguintes potências na forma multiplicativa:

a) 83

b) 102

c) 08

d) 15

3. Calcule:

a) 103 x 107

b) 34 x 33

c) (35)2

d) [(53)2]2

e) 73 72

f ) 20 x 22 x 21 x 23 x 25

g) 613 68 62
Expressões numéricas
1. Introdução
Agora, estudaremos a resolução de expressões numéricas que são importantes para a
fixação da ordem de operações e de sinais como parênteses, colchetes e chaves.

2. Regras para a resolução


de expressões numéricas
É muito importante saber que na Matemática são adotadas regras para determinar a ordem
com que devem ser efetuadas as operações nas expressões numéricas. Observe:

1.º) as operações de potenciação e radiciação, na ordem em que aparecem;


2.º) as operações de multiplicação e divisão, na ordem em que aparecem;
3.º) as operações de adição e subtração, na ordem em que aparecem.
48 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

Exemplos:

a) b)
8+3x4:2–2= 7 + 12 x 3 : 4 – 6 =
8 + 12 : 2 – 2 = 7 + 36 : 4 – 6 =
8+6 –2= 7+9–6=
14 – 2 = 12 16 – 6 = 10

c) d)
7 x 3 + 1 – 10 : 2 = 10 x 3 : 5 – 2 + 10 =
21 + 1 – 5 = 30 : 5 – 2 + 10 =
22 – 5 = 17 6 – 2 + 10 = 14

e) f)
10 + 2 x 9 – 7 + 4 = 12 : 4 + 2 x 3 – 5 =
10 + 18 – 7 + 4 = 3+2x3–5=
28 – 7 + 4 = 3+6–5=
21 + 4 = 25 9–5=4

Quando aparecem parênteses, colchetes ou chaves, adota-se mais uma regra:

4.º) As operações que estão dentro dos parênteses devem ser efetuadas em primeiro lugar,
depois as operações que estiverem dentro dos colchetes e depois as que estiverem
dentro da chave.

Exemplos:

a) b)
7 . (8 + 2) = [2 + (7 + 1) : 4] . 3=
7 . 10 = 70 [2 + 8 : 4] . 3=
[2 + 2] . 3 =
4 . 3 = 12

c) d)
2 . (17 – 9) + 10 = [10 : 5 + (7 + 2) . 2] : 10=
2 . 8 + 10 = [2 + 9 . 2] : 10=
16 + 10 = 26 [2 + 18] : 10=
20 : 10 = 2
Expressões numéricas 49

Vamos acompanhar a resolução de mais algumas expressões numéricas. Note que as


operações são feitas sempre “de dentro para fora”.

a)

500 – {135 – [6 . (8 + 2) + 3] . 3 + 2} =
500 – {135 – [6 . 10 + 3] . 3 + 2} =
500 – {135 – [60 + 3] . 3 + 2} =
500 – {135 – 63 . 3 + 2} =
500 – {135 – 189 + 2} =
500 – {– 54 + 2} =
500 – {– 52} =
500 + 52 = 552

b)

102 + {14 : [15 – 8 . (9 – 8)] } =


100 + {14 : [15 – 8 . 1] } =
100 + {14 : [15 – 8] } =
100 + {14 : 7} =
100 + 2 = 102

c)

43 – {32 + 2 x [7 + 22 x √3 + 2 . 3 – 2 x (2 + 1)] } =
64 – {9 + 2 x [7 + 4 x √3 + 2 . 3 – 2 x (2 + 1)] } =
64 – {9 + 2 x [7 + 4 x √3 + 6 – 2 x 3] } =
64 – {9 + 2 x [7 + 4 x √9 – 6] } =
64 – {9 + 2 x [7 + 4 x 3 – 6] } =
64 – {9 + 2 x [7 + 12 – 6] } =
64 – {9 + 2 x 13} =
64 – {9 + 26} =
64 – 35 = 29
50 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

d)
40 + {15 + 4 . [90 : (21 – 4 . 3)] + 7} : 31 =
40 + {15 + 4 . [90 : (21 – 12)] + 7} : 31 =
40 + {15 + 4 . [90 : 9] + 7} : 31 =
40 + {15 + 4 . 10 + 7} : 31 =
40 + {15 + 40 + 7} : 31 =
40 + 62 : 31 =
40 + 2 = 42

e)
[(2 + 3)2 + √1 + 3 ] : 3 + 23 =
[52 + √4 ] : 3 + 8 =
[25 + 2] : 3 + 8 =
27 : 3 + 8 =
9 + 8 = 17

f)
2 . (7 + 2) – 8 =
2.9–8=
18 – 8 = 10

g)
7 – [(7 + 2) : 3 – 2] =
7 – [9 : 3 – 2] =
7 – [3 – 2] =
7–1=6

h)
(2 + 36 )2 . [10 – (6 + 2) : 4 . 3] =
(2 +6)2 . [10 – 8 : 4 . 3] =
82 . [10 – 2 . 3] =
64 . [10 – 6] =
64 . [4] = 256
Expressões numéricas 51

Exercícios

1. Resolva as seguintes expressões numéricas:


a) 12 : (3 + 1) + 5

b) 7. [(8 + 2) : 5 + 12]

c) (23 – 3) . (7 – 4 )
52 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

d) 500 – {456 – [3 . (2 + 6) – 1] . 2 + 2}

e) 81 + 2 . { 6 + 3 . 22 – [2 + (9 –23)]}
Geometria (I)
1. Polígono
A palavra polígono é de origem grega e quer dizer muitos (poly) e ângulos (gon). Um polí­
gono é toda linha fechada formada por segmentos de reta consecutivos.

E F E

A D A D

B C B C

Linha aberta não é um polígono. Linha fechada é um polígono.

1.1 Classificação dos polígonos


Conforme o número de lados, o polígono recebe uma denominação especial, observe:
54 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

Denominação Número de lados


B

triângulo 3

A C
A B

quadrilátero 4
D C
A

E B
pentágono
5
D C
F A

E B hexágono 6

D C
G

F A
heptágono 7
E B

D C

Temos também os seguintes polígonos:

Número de lados Denominação


8 Octógono
9 Eneágono
10 Decágono
11 Undecágono
12 Dodecágono
... ...
20 Icoságono
Geometria (I) 55

2. Ângulos
Quando traçamos duas semi-retas não colineares1 e de origem comum, formamos uma
figura chamada ângulo.
Observe:
V
A
A B
V
A B
B
V

Em cada figura temos:


• VA: lado do ângulo
• VB: lado do ângulo
• V: vértice do ângulo
^ ^
Lemos um ângulo assim: “ângulo AVB ou BVA”.
^ ^
Indica-se: AVB ou BVA
Note que a letra do vértice fica entre as outras duas e vem com o sinal ^.

3. Triângulo

3.1 Classificação quanto ao lado


Observe os triângulos a seguir:
1. 2. 3.
B B B

A C A C A C

1 Pontos que estão sobre uma mesma reta.


56 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

Em cada um deles temos:


• AB, AC e BC como os lados do triângulo.
• A, B e C: vértices do triângulo.
No exemplo número 1, todas as medidas são iguais, portanto, é um triângulo eqüilátero.
No segundo exemplo, apenas duas das três medidas são iguais, assim, é um triângulo isósceles.
No terceiro exemplo, as três medidas são diferentes, e é chamado triângulo escaleno.

4. Quadrilátero

4.1 Paralelogramo
A B
AB // CD : A e B são paralelos à CD
AD // BC : A e D são paralelos à BC
AH : altura


AB : bases
D H C

Em um quadrilátero, quando os seus lados opostos são paralelos, ele recebe o nome de
paralelogramo.

Conforme as medidas dos ângulos internos dos lados, o paralelogramo pode ser:

A B A B B

A C
D C D C
Retângulo Quadrado
D
Todos os ângulos medem 90° Todos ângulos medem 90°
AB = CD e AD = BC Losango
AB = BC = CD = DA
AB = BC = CD = DA
Geometria (I) 57

4.2 Trapézio
Observe:
A B
AB // CD
AB : base menor


CD : base maior

AH : altura

D H C

Conforme as medidas dos ângulos internos e dos lados, o trapézio pode ser:
A B A B A B

D C D C
D C
Trapézio isósceles Trapézio escaleno
Trapézio retângulo
^ AD = BC
BA D = 90º AD ≠ BC
^
ADC = 90º

5. Perímetro de um polígono
Perímetro (P) é a soma das medidas dos comprimentos dos lados de um polígono.
Acompanhe:
A
2cm 3cm
P = 3cm + 4cm + 3cm + 5cm + 2cm
E B
P = 17cm
5cm 4cm

D 3cm C
B
P = 3cm + 5cm + 7cm
5cm
3cm
P = 15cm

A 7cm C
58 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

Agora vejamos o cálculo do perímetro de um triângulo eqüilátero:


B
P = 5cm + 5cm + 5cm
5cm 5cm P = 3 . 5cm = 15cm

Conclusão: P = 3 x , em que é a medida


A C
5cm do lado do triângulo eqüilátero.

Seguindo o mesmo raciocínio, vejamos o perímetro do quadrado, do retângulo, do losango


e do pentágono regular.
Quadrado

A 2m B
Conclusão:
P = 2m + 2m + 2m + 2m
P=4.
2m 2m P = 4 . 2m = 8m
= medida do lado

D 2m C

Retângulo
Conclusão:
A 20mm B
P = 10mm + 20mm + 10mm +
P=2.b+2.h
20mm
10mm 10mm b = base
P = 2 . 10mm + 2 . 20 mm = 60mm
h = altura
D 20mm C

Losango
B

0,02m 0,02m P = 0,02m + 0,02m + 0,02m + Conclusão:


0,02m P=4.
A C
P = 4 . 0,02m = 0,08m = medida do lado
0,02m 0,02m

Pentágono regular
A
7cm 7cm Conclusão:
P = 7cm + 7cm + 7cm + 7cm + 7cm
E B P=5.
P = 5 . 7cm = 35cm
= medida do lado
7cm 7cm

D 7cm C
Geometria (I) 59

Exercícios
1. Associe o polígono com a sua denominação:

F A

E B triângulo

D C

A C hexágono

E B
heptágono

D C

pentágono

A C

F A
quadrilátero
E B

D C
60 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

2. Complete as frases:
B
a)
No triângulo à esquerda,
os três lados têm medidas iguais.
A C Portanto, o triângulo é ________________.

B
b)
No triângulo à esquerda,
apenas duas medidas são iguais.
Portanto, o triângulo é ________________.
A C

B
c)
No triângulo à esquerda,
os três lados têm medidas diferentes.
Portanto, o triângulo é ________________.
A C

3. Associe cada denominação à figura correspondente:

A B

losango

D C

A B

quadrado
D C

A C
retângulo

D
Geometria (I) 61

4. Associe cada trapézio à sua classificação:


A B

trapézio isósceles

D C

A B

trapézio escaleno

D C

A B
trapézio retângulo

D C

5. Dadas as figuras abaixo, calcule o perímetro:


a) B

5m 4m

A 3m C

b) B

6cm

A C

c) A 6cm B

4cm 5cm

D C
9cm

d)
E B

1,5cm
D C
62 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

6. Medida do comprimento da circunferência


A medida do comprimento do diâmetro é igual a duas vezes a medida do comprimento do
raio. Assim, D = 2 . R
Veja na figura:

raio = R

R R
O O

Dividindo-se a medida do comprimento da circunferência pela medida do comprimento


do respectivo diâmetro, obtém-se um quociente aproximado de 3,14, o qual é representado pela
letra grega π (pi).

C

D
C

2.R
C = 2. π .R

C = circunferência

D = diâmetro

R = raio

π ≅ 3,14
Geometria (I) 63

Exercícios
6. Determine a medida do comprimento de uma circunferência, sabendo que o comprimento
do raio é 5cm.

R = 5cm
C

7. Se o comprimento de uma circunferência mede 62,8cm, calcule a medida do seu raio.


64 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

Anotações
Geometria (II)
1. Unidade de área
Área é uma grandeza que corresponde à medida de uma superfície.
Para medir a área, utiliza-se a unidade m2 (metro quadrado).
Metro quadrado é a unidade fundamental de medida de área e corresponde à área de um
quadrado cuja medida do comprimento do lado é 1 metro.

Observe a figura:

1m2 1m

1m
66 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

Considere um retângulo de 3m x 5m. Ele possui 15m2, pois na sua superfície “cabem” 15
quadrados de 1 metro de lado. Veja a figura:

3m

5m

2. Áreas de figuras planas


Vamos agora determinar a medida da área de algumas figuras planas: retângulo, quadrado,
triângulo e círculo.
Essas medidas são obtidas através de fórmulas que são representadas por letras:

• : medida do comprimento do lado;


•b: medida do comprimento da base;
•h: medida do comprimento da altura;
•A: medida da área da figura.

2.1 Retângulo

B C

A área do retângulo é
altura determinada pela fórmula:
A=b.h
A base D
Geometria (II) 67

Exemplos:
a) A medida da altura de um retângulo é 3cm. Determine a área, sabendo que a medida da
base é o triplo da medida da altura.

h = 3cm
b=3.h
h = 3cm b = 3 . 3 = 9cm
A=b.h
b=3.h
A = 9 . 3 = 27cm2

b) A área de um terreno retangular é 1 000m2. Sabendo que a medida de um dos lados é


25m, qual é a medida do outro lado?

A = b ⋅h
Substituindo os dados, temos :
A = 1 000m2 h = 25m 1 000 = b . 25
25b = 1 000
b=? 1 000
b= ∴ b = 40m
25

2.2 Quadrado
B C

A área do quadrado é deter-


lado minada pela fórmula:
A= 2

A lado D
68 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

Exemplos:
a) A medida do lado de um quadrado é 2cm. Qual é a sua área?

B C

A= 2

2cm
A = 22
A = 4cm2
A 2cm D

b) Determine a área de um quadrado cujo perímetro é de 24m.

P = 24cm

B C P=4.

24 = 4 

4  = 24

24
= ∴  = 6m
A D 4
36m2
A = 2 ⇒ A = 62 ∴ A = 3

2.3 Triângulo

A área do triângulo

altura é determinada pela


b.h
fórmula: A =
2
A C
base
Geometria (II) 69

Exemplos:
a) A medida da base de um triângulo é de 15cm e a altura é de 8cm. Qual é a sua área?
B
b.h
A=
2

h = 8cm 15 . 8 120
A= ∴A =
2 2
A
b = 15cm
C A = 60cm2

b) A altura de um triângulo mede 4cm e a base é o dobro da altura. Qual é a área do


triângulo?
h = 4cm

B b = 2.h

b = 2 . 4 ∴b = 8cm

b.h
h = 4cm A=
2
8.4 32
A
b=2.h
C A= ∴A =
2 2
A = 16cm2

2.4 Círculo

A área do círculo é determinada pela fórmula:


R
A = π . R2
π ≅ 3,14
70 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

Exemplos:
a) O raio de um círculo mede 2cm. Qual sua área?
A=? A = π . R2
R = 2cm A = 3,14 . 22
π = 3,14 A = 3,14 . 4
A = 12,56cm2

b) Qual é a área de um círculo cujo diâmetro mede 12cm?

12cm D = 2.R A = . R2

12 = 2 . R A = 3,14 . 62
R R
A = 3,14 . 36
2R =12
A = 113,04cm2
12
R= ∴R = 6cm
2

3. Volumes
Volume é uma grandeza que corresponde à medida do espaço ocupado por um corpo.
Para medir o volume, utiliza-se uma unidade de medida fundamental de volume, o metro
cúbico, cujo símbolo é m3.
Mas, o que é um metro cúbico?

Metro cúbico é a unidade fundamental de medida de volume e corresponde ao


volume de um cubo cuja medida da aresta é de 1m.

1m
aresta
1m
1m
Geometria (II) 71

Para medir volumes também é possível utilizar o litro, cujo símbolo é  . Para a conversão
basta sabermos que 1m3 = 1000

3.1 Paralelepípedo retângulo


Vamos aprender a determinar o volume de um paralelepípedo retângulo resolvendo o
seguinte problema:

a) Qual é o volume de um paralelepípedo retângulo que tem as dimensões 4m de com-


primento, 3m de altura e 2m de largura?

Basta contarmos o número de cubos de 1m3 que existem no paralelepípedo.

2m 1m

2m 1m
1m
4m

Contando os cubos existentes, chegamos a um volume de 16 . 1m3 = 16m3.


Note que podemos obter o volume do paralelepípedo de uma maneira mais simples, assim:
Volume = 4m . 2m . 2m = 16m3

Dessa forma podemos concluir que o volume de um paralelepípedo retângulo pode ser
expresso por V = a . b . c, sendo a, b e c as dimensões do paralelepípedo retângulo.

c V=a.b.c

a
72 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

Vejamos mais alguns exemplos:


a) Um paralelepípedo retângulo tem as seguintes dimensões: 12cm de comprimento,
4cm de altura e 5cm de largura. Determine seu volume:

4cm
V=a.b.c
V = 12 . 5 . 4
V = 240cm3
5cm

12cm

b) Uma caixa d´água mede 2m x 2m x 1m. Qual é sua capacidade?


Como essa caixa d´água tem o formato de um paralelepípedo retângulo, a sua
capacidade é dada por:
V=a.b.c
V= 2 . 2 . 1
V = 4m3

3.2 Cubo
O volume do cubo é dado pela expressão V = a3, em que a é a aresta do cubo.

a
a
Geometria (II) 73

Exercícios

1. Uma das medidas de um terreno regular é 7m. Determine a área do terreno, sabendo que
a outra medida é o triplo da primeira.

2. Determine a área de um quadrado cujo perímetro é 32cm.

3. A medida da base de um triângulo é de 9cm e da altura é de 6cm. Qual é a área desse


triângulo?

4. Calcule a área da superfície de uma moeda que possui 2cm de diâmetro.


74 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

5. A aresta de um cubo mede 3cm. Determine o seu volume.

3cm

3cm
3cm

6. Encontre a capacidade de uma caixa que mede 5cm de largura, 8cm de comprimento e
3cm de altura.

3cm

5cm

8cm

7. Uma piscina tem a capacidade de armazenar 75m3. Quantos litros correspondem a essa
capacidade?

8. Um garrafão de 5 litros corresponde a quantos metros cúbicos?


Razão e proporção
1. Razão
1.1 Definição
Razão é o quociente entre dois números, sendo que o segundo número é diferente de zero.

A ou A : B com B ≠ 0
B

Como você pode perceber, uma razão é também representada por uma fração. No entanto,
não deve ser lida como se fosse um número racional. Observe o quadro abaixo:

Número racional Razão


(representado por fração) (representado por fração)

1 1
3 lê-se: um terço 3 lê-se: um para três ou um está para três

9 9
5 lê-se: nove quintos 5 lê-se: nove para cinco ou nove está para cinco

4 4
10 lê-se: quatro décimos 10 lê-se: quatro para dez ou quatro está para dez
76 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

1.2 Os termos de uma razão


Vamos considerar a notação 3 . O que ela representa?
7
3
A notação é um numeral (fração) que representa o número “três sétimos”, em que 3 é o
7
numerador, e 7 o denominador. Porém, 3 é a representação também da razão “três para sete”,
7
em que 3 é denominado antecedente, e 7 é denominado conseqüente.

Fração Razão
numerador antecedente
denominador conseqüente

1.3 Razões iguais e simplificação de uma razão


Para obtermos razões iguais, basta aplicarmos a propriedade fundamental das razões, que
é a seguinte:

Ao multiplicar ou dividir os termos de uma razão por um mesmo número diferente de zero,
obtém-se outra razão igual à primeira.

Acompanhe duas aplicações da propriedade fundamental das razões:

x4 :2
x3 :2
2x :3

2 4 6 8 48 24 12 4
= = = = ... = = =
3 6 9 12 60 30 15 5

2x :3
Forma irredutível
x3 :2
x4 :2

Observe que, no exemplo anterior, a razão 4 é a forma mais simples de 48 e não é possível
5 60
simplificá-la ainda mais, portanto, é chamada de irredutível.
Razão e proporção 77

Exercícios

1. Complete, indicando a leitura das seguintes razões:

3
a) : _ ____________________________________________________________________
4

b) 1 : 5 :_ ___________________________________________________________________

4
c) 9 : ______________________________________________________________________________

9
d) : ______________________________________________________________________________
7

e) 5 : 10 : _ __________________________________________________________________________

2. Complete as frases com numerador, denominador, antecedente ou conseqüente:

a) 4 é uma fração, em que 4 é o _____________ e 9 o _____________.


9

b) 13 é uma razão, em que 13 é o _____________ e 17 o _____________.


17
3
c) é uma fração, em que 3 é o _____________ e 7 o ­­­­­­_________________.
7

1
d) é uma razão, em que 1 é o _____________ e 6 o _________________.
6

3. Simplifique as razões a seguir até a forma irredutível:

a) 18 =
24

b) 6 =
27
78 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

c) 12 =
30

d) 15 =
16

e) 30 =
54

f ) 56 =
88

4. Acompanhe os problemas resolvidos a seguir e, depois, resolva os exercícios:

• Você tem 25 anos de idade e seu irmão mais velho tem 30 anos. Qual é a razão entre a
sua idade e a do seu irmão?
Solução:
25 anos 5
=
30 anos 6

• Qual é a razão entre 2 dias e uma semana?


Solução:
1 semana ⇔ 7 dias
2 dias 2
=
7 dias 7

a) Um casal possui 6 filhos, sendo 2 meninas e 4 meninos. Qual é a razão entre o número
de meninos e de meninas?

b) Um time de futebol marcou em um campeonato 17 gols e sofreu 21. Qual é a razão entre
o número de gols marcados e sofridos?

c) Uma colméia possuía 150 abelhas. Após três meses, esse número passou para 320
abelhas. Qual é a razão entre o número de abelhas depois e antes desse período?
Razão e proporção 79

2. Proporção

2.1 Definição
A sentença que representa uma igualdade entre duas razões equivalentes constitui uma
proporção.

Então, 60 = 30 é uma proporção que se lê: sessenta está para quarenta, assim como
40 20
trinta está para vinte.

2.2 Termos de uma proporção


A proporção formada pelas razões A e C é dada por:
B D
A C
=
B D

ou
A:B=C:D
Onde A e D são os extremos e B e C são os meios.

2.3 Propriedade fundamental das proporções

Numa proporção o produto dos meios é igual ao produto dos extremos.

Assim, na proporção
A C
=
B D

temos: A x D = B x C
80 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

3. Aplicando razão e proporção para


calcular densidade volumétrica
Você já se perguntou por que uma bolinha de isopor flutua na água enquanto que uma de
chumbo, de mesmo volume, afunda?
Isso ocorre porque a densidade do chumbo é maior que a densidade do isopor.
Mas o que é densidade?
Densidade volumétrica de um corpo é a razão entre a massa desse corpo, que pode ser
medida em quilograma (kg) ou grama (g) e o seu volume, que pode ser medido em metro cúbico
(m³), centímetro cúbico (cm³) ou litro (  ), entre outras unidades de medida.

A fórmula da densidade é representada por:

m
d=
v

d: densidade
m: massa
v: volume
A unidade da densidade pode ser kg/m³, g/cm³, entre outras.
Note que a densidade é uma aplicação de razão.

Observe alguns exemplos de substâncias e suas densidades:

Substância Densidade (g/cm³)


madeira 0,5

gasolina 0,7

álcool 0,8

alumínio 2,7

ferro 7,8

mercúrio 13,6
Razão e proporção 81

Observe os exercícios resolvidos:

1. Um artista esculpiu um enfeite em madeira que possui um volume de 500cm3. Agora,


ele quer construir uma réplica do objeto usando ferro. Se o ferro possui uma densidade
volumétrica de 7,8g/cm3, qual é a massa de ferro necessária?
Como a densidade é a razão entre a massa e o volume:
m , em que m é a massa e v é o volume.
d=
v
Substituindo os dados e aplicando a propriedade fundamental das proporções:
7,8g m
=
1cm3 500cm3
m . 1 = 7,8 . 500
m = 3 900g ou 3,9kg
Resposta: A massa de ferro necessária para construir o mesmo objeto é de 3,9kg.

2. Você seria capaz de calcular a massa de madeira inicialmente utilizada na construção


do enfeite?
De acordo com a tabela de densidades, a densidade volumétrica da madeira é 0,5g/
cm3. Substituindo os dados e aplicando a propriedade fundamental das proporções:
0,5g m
=
1cm3 500cm3
m . 1 = 0,5 . 500
m = 250g
Resposta: A massa de madeira utilizada foi de 250g.
A massa de madeira necessária para construir o mesmo objeto é menor do que a
massa de ferro. Isso se deve ao fato de a densidade volumétrica da madeira ser inferior
à densidade do ferro.

Exercícios
5. Dê a leitura das seguintes proporções:

a) 3 = 6 ou 3 : 2 = 6 : 4 lê-se: ­__________________________________________
2 4

b) 4 = 8 ou 4 : 5 = 8 :10 lê-se: __________________________________________


­­
5 10

c) 12 = 4 ou 12 :15 = 4 : 5 lê-se: ­­__________________________________________


15 5
82 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

d) a = x ou a : b = x : y lê-se: ­­__________________________________________
b y

6. O termo x é desconhecido. Descubra seu valor em cada uma das proporções, aplicando a
propriedade fundamental das proporções. Acompanhe o exercício resolvido a seguir:

a) 4 = x
3 6
3. x = 4 . 6

24
3x = 24 ⇔ x =
3
∴x = 8

x 5
b) =
45 9

48 12
c) =
x 5

d) 11 : 3 = x : 6
Razão e proporção 83

7. Estude o problema resolvido a seguir e, depois, resolva os demais.

a) Uma vara de 12cm encravada verticalmente no solo produz uma sombra de 15cm.
Quanto deve medir o comprimento da vara para que ela produza uma sombra de
45cm?

12cm x
=
15cm 45cm
15 . x = 12 . 45

540
15x = 540 ⇔ x =
15
∴x = 36cm

b) Você tem um arquivo de imagem no computador medindo 9cm de largura por 12cm de
comprimento. Se você ampliar essa fotografia usando um software de edição de imagens
de modo que a medida de seu comprimento passe a ser de 60cm, quanto medirá sua
nova largura?

c) Na planta que representa o projeto de uma casa, as dimensões da sala são 6cm de largura
e 10cm de comprimento. Ao construir a casa, a sala ficou com uma largura de 4,5m. Qual
é a medida do comprimento da sala, em metros?
84 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

Anotações
Grandezas
proporcionais (I):
regra de três simples
1. Grandezas diretamente proporcionais
Vamos considerar o seguinte problema:
Daniela foi ao armazém comprar 1 litro de leite e pagou R$3,00.

1. Quanto pagaria se comprasse 2 litros?


Pagaria 2 x R$3,00 = R$6,00.

2. E se Daniela comprasse 3 litros?


Pagaria 3 x R$3,00 = R$9,00.

Observe então:
Quantidade Preço
1 litro R$3,00
2 litros R$6,00
3 litros R$9,00
4 litros R$12,00
5 litros R$15,00
86 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

Perceba que o que ocorre com o valor da capacidade ocorre também com o preço. Assim,
podemos estabelecer as seguintes igualdades:
1 R$3,00 2 R$6,00 1 R$3,00
= = = etc.
2 R$6,00 3 R$9,00 3 R$9,00

Note que a razão entre dois valores quaisquer da primeira (quantidade) é igual à razão
entre os dois termos correspondentes da segunda (preço).

Assim, dizemos que no exemplo da compra de leite por Daniela, as duas grandezas – quan-
tidade e preço – são diretamente proporcionais.

Definição: duas grandezas são diretamente proporcionais quando a razão entre os dois
valores da primeira é igual à razão entre os dois valores correspondentes da segunda.

As grandezas envolvidas na compra de Daniela são diretamente proporcionais, ou seja, se


a quantidade comprada por Daniela aumenta, o preço final também aumenta. Da mesma forma,
se a quantidade comprada por Daniela diminui, o preço também diminui.

1.1 Regra de três simples direta


A resolução de problemas que envolvem duas grandezas diretamente proporcionais é feita
com o auxílio de uma regra chamada regra de três simples direta.
Vejamos alguns casos:

a) O preço de 5m de um determinado tecido é R$120,00. Qual é o preço de 8m do mesmo


tecido?

Comprimento Preço
5m R$120,00

8m x

Neste caso, comprimento e preço são grandezas diretamente proporcionais.


Grandezas proporcionais (I): regra de três simples 87

Então,
5m 120 5 120
= ⇒ =
8m x 8 x
5 . x = 8 . 120

5x = 960

960
x= ⇒ x = 192
5

Resposta: O preço de 8m de tecido é R$192,00.

b) Um carro percorreu 240km em 3h20min. Nas mesmas condições, em quanto tempo


esse carro percorrerá 300km?

3h20min = 3 x 60min + 20min = 200min

Distância Tempo
240km 200min
300km x

Então,
240km 200min 240 200
= ⇒ =
300km x 300 x
240 . x = 300 . 200

240x = 300 . 200


60 000
x=
240
∴ x = 250min

Transformando 250min, temos aproximadamente 4h10min.

Resposta: O carro percorrerá 300km em 4h10min.


88 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

2. Grandezas inversamente proporcionais


Vamos considerar o seguinte problema:
Um operário faz um serviço em 6 horas. Em quanto tempo o mesmo serviço seria feito por
dois operários?
Seria feito em 3 horas, ou seja, na metade do tempo gasto por um operário.
E por três operários?
Seria feito em 2 horas, ou seja, na terça parte do tempo gasto por um operário.

Pois bem, agora observe:

Operário Tempo
1 6h
2 3h
3 2h

Perceba que o que ocorre com o número de operários ocorre de maneira inversa com o
tempo. Se o número de operários aumenta, o tempo para realizar o serviço diminui. Portanto,
operário e tempo são grandezas inversamente proporcionais.
Neste caso, podem-se estabelecer as seguintes igualdades:
1 operário 3h 1 operário 2h 2 operários 2h
= = =
2 operários 6h 3 operários 6h 3 operários 3h

Definição: duas grandezas são inversamente proporcionais quando a razão entre dois
valores quaisquer da primeira é igual à razão inversa dos dois valores da segunda.

2.1 Regra de três simples inversa


Os problemas que envolvem duas grandezas inversamente proporcionais são resolvidos
com o auxílio de uma regra chamada regra de três simples inversa.
Grandezas proporcionais (I): regra de três simples 89

Acompanhe a resolução de alguns problemas:

a) Um automóvel, com velocidade de 80km/h percorre um trajeto em 4h. Em quanto


tempo esse trajeto seria percorrido, se o carro estivesse com a velocidade de
64km/h?

Velocidade Tempo
80km/h 4h
64km/h x

Velocidade e tempo são grandezas inversamente proporcionais. Note que se a velocidade


diminui, o tempo aumenta.
80km/h x 80 x
= ⇒ =
64km/h 4h 64 4
64 . x = 80 . 4

64x = 320

320
x=
64
∴x = 5

Resposta: O automóvel percorrerá o trajeto em 5 horas.

b) Uma turma de 40 alunos foi acampar e levou alimentos para 10 dias. Chegando ao local
do acampamento, encontraram mais 10 alunos. Quantos dias durarão os alimentos com a
nova turma?

Alunos Tempo
40 10 dias
40 + 10 = 50 X

Aluno e tempo são grandezas inversamente proporcionais. Se o número de alunos


aumenta o tempo que os alimentos vão durar diminui.
90 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

40 alunos x
=
50 alunos 10 dias
40 x
= ⇒
50 10
50 . x = 40 . 10
50x = 400
400
x=
50
∴x = 8

Resposta: Os alimentos vão durar apenas 8 dias.

2.1.1 Aplicando a regra de três em medidas agrárias

Para medirmos a área de sítios, fazendas, chácaras e terrenos em geral, usa-se unidade de
medida de área chamada hectares (ha), are (a) e centiare (ca).
Para convertermos as unidades agrárias para o metro quadrado e vice-versa, precisamos
saber que:

1ca = 1m2
1a = 100m2
1ha = 10 000m2

Exemplos:
a) Temos uma chácara medindo 2,5ha. Qual é a sua área em metros quadrados?
ha m2
1 10 000
2,5 x

Aplicando regra de três, temos:


1 10 000
= ∴ x = 2,5 . 10 000
2,5 x
2
x = 25 000m
Grandezas proporcionais (I): regra de três simples 91

b) Temos uma fazenda medindo 65 000m2 de área. Qual é a sua área em hectares?

ha m2
1 10 000
x 65 000

Aplicando regra de três, temos:

1 10 000
= ∴10 000x = 65 000
x 65 000
65 000
x=
10 000

x = 6,5ha

Exercícios

1. Resolva o exercício a seguir:

Observe as tabelas a seguir e conclua se as grandezas são diretamente ou inversamente


proporcionais. A seguir, complete as frases e as respectivas proporções com os valores
indicados nas tabelas:

a)
Grandeza X Grandeza Y
12 4
15 5
18 6
As grandezas X e Y são _____________ proporcionais, pois:
12 4 4 15
= = e =
5 18 6 18 6
92 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

b)
Grandeza A Grandeza B
2 30
5 12
6 10
As grandezas A e B são _____________ proporcionais, pois:

2 2 10 10
= = e =
5 30 6 6 12

2. Resolva os seguintes problemas:


a) Um tecido tem 15m de comprimento e custa R$450,00. Qual é o preço de 75m desse mesmo
tecido?

b) Uma indústria gastou 600m de um determinado tecido para fazer 200 uniformes.
Quantos metros desse tecido serão gastos para fazer 700 uniformes?

c) Uma indústria empregou 38kg de plástico para fabricar 300 carrinhos de brinquedo.
Quantos carrinhos idênticos serão fabricados com 57kg de plástico?
Grandezas proporcionais (I): regra de três simples 93

d) Um automóvel, com velocidade de 90km/h, demora 6h para ir de uma cidade a outra.


Com que velocidade deverá retornar para percorrer o mesmo trajeto em um prazo de 4h?

e) Uma casa é construída em 2 meses por 10 pedreiros. Em quantos dias a mesma casa
seria construída por 15 pedreiros?

f ) Um carro, com velocidade de 45km/h, leva 3h20min para percorrer uma determinada
distância. Em quanto tempo fará esse mesmo percurso com a velocidade de 72km/h?

g) Um jardineiro experiente tem de semear um campo de futebol medindo 64m de largura


por 90m de comprimento. Quantos quilos de semente ele vai precisar, sabendo que um
quilo é suficiente para 16m2?
94 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

Anotações
Grandezas proporcionais (II):
regra de três composta
1. Proporcionalidade composta
Observe as figuras:
A

B 5 C

A’
x2

B’ C’
10

Triângulo
Base Altura Área
5 4 5. 4
A= = 10
2
x2 x2 x2x2
10 . 8
10 8 A= = 40
2
96 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

A 4 C

B’
x3

6
8

A’ C’
12

Triângulo
Base Altura Área
4 2 4.2
A= =4
2
x3 x3 x3x3
12 . 6
12 6 A= = 36
2

Pelas figuras anteriores observamos que:

Se uma grandeza é proporcional a outras, então os valores de suas medidas são


proporcionais ao produto dos valores das medidas das outras.

Vamos ver como funciona:

a)
Triângulo
Base Altura Área
10 5 25
x2 x2 x2 x2

20 10 100
Grandezas proporcionais (II): regra de três composta 97

b)
Triângulo
Base Altura Área
7 6 21
x2 x½ x 2 x½

14 3 21

c)
Triângulo
Base Altura Área
4 3 6
x2 x½ x 2 x½
8 1,5 6

Agora, vamos seguir a resolução de um problema passo a passo, estudando a regra de


três composta.

2. Regra de três composta


Problemas que envolvem várias grandezas, direta ou inversamente proporcionais, são
resolvidos com o auxílio de uma regra chamada regra de três composta.
Vejamos alguns exemplos:

a) Dois operários, depois de 8 dias de serviço, receberam R$400,00. Quanto receberão 5


operários por 12 dias de trabalho?

Operários Tempo Valor


2 8 dias R$400,00
5 12 dias x
98 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

Analise, isoladamente e com cada uma das outras, a grandeza que contém o valor
desconhecido. Assim:

Operários Valor
aumenta 2 R$400,00 também
5 x aumenta

Se 2 operários recebem R$400,00, 5 operários deverão receber mais. Então, as grandezas


operário e valor são diretamente proporcionais. Portanto, a ordem das razões é:

2 400
e
5 x

Tempo Valor
8 dias R$400,00 também
aumenta aumenta
12 dias x

Se em 8 dias os operários recebem R$400,00, em 12 dias deverão receber mais. Então, as


grandezas tempo e valor são diretamente proporcionais. Portanto, a ordem das razões é:

8 400
e
12 x

2 400 8
Para as três grandezas, a ordem das razões é: , e .
5 x 12

400 2 8 400 4 400 . 15


Podemos concluir então que: = . ⇒ = ⇒x= = 1 500.
x 5 12 x 15 4

Resposta: 5 operários receberão por 12 dias de trabalho R$1.500,00.


Grandezas proporcionais (II): regra de três composta 99

b) Um carro com a velocidade média de 80km/h percorre, em 2 dias de viagem, 1 800km.


Se a velocidade for alterada para 60km/h, quanto tempo ele levará para percorrer
3 375km?
Velocidade Tempo Percurso
80km/h 2 dias 1 800km
60km/h x 3 375km

Velocidade Tempo
80km/h 2 dias
diminui aumenta
60km/h x

Se a velocidade do carro for de 80km/h o tempo necessário é de 2 dias. Quando a


velocidade for de 60km/h o carro precisará de mais tempo. Então, velocidade e tempo são
grandezas inversamente proporcionais. Logo, a ordem das razões é:
60 2
e
80 x

Tempo Percurso
2 dias 1 800km
aumenta aumenta
x 3 375km

Se para percorrer 1 800km o carro leva 2 dias, para percorrer 3 375km o carro vai precisar
de mais tempo. Então, máquinas e tempo são grandezas diretamente proporcionais. Logo, a
ordem das razões é:
2 1 800
e
x 3 375

Para as três grandezas, a ordem das razões é: 60 , 2 e 1 800


80 x 3 375

Então podemos concluir que: 2 = 60 . 1 800 ⇒ 2 = 2 ⇒ x = 5


x 80 3 375 x 5

Resposta: Serão necessários 5 dias.


100 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

c) 6 máquinas trabalhando 4 horas produzem 200m de um tecido. Quantas máquinas


serão necessárias para, em 3 horas, produzir 800m desse tecido?

Máquinas Tempo Comprimento


6 4h 200m
x 3h 800m
inversa

direta

6 3 200 5 1
= . ⇒ = ⇒ x = 15
x 4 800 x 3

Resposta: Serão necessárias 15 máquinas.

d) Uma turma de 20 pessoas foi acampar, levando alimentos suficientes para 21 dias, com
3 refeições diárias. Chegando ao local, encontraram mais 15 pessoas. Por quantos dias
terão alimento, se fizerem apenas 2 refeições diárias?

Pessoas Tempo Refeições/dia


20 21 dias 3
35 x 2
inversa inversa

21 2 35 21 14
= . ⇒ = ⇒ x = 18 dias
x 3 20 x 12

Resposta: Terão alimento por apenas 18 dias.


Grandezas proporcionais (II): regra de três composta 101

Exercícios

Tente resolver os seguintes problemas:

1. Cinco operários demoram 9 horas para retirar 1 000 tijolos da carroceria de um caminhão.
Quantos tijolos 6 operários, com a mesma capacidade dos anteriores, conseguirão retirar
em 5 horas?

2. Cinco grupos de estudo com 4 alunos em cada grupo resolvem, em 2 horas, 36 problemas.
Em quanto tempo 10 grupos de 8 alunos resolverão 72 problemas?

3. Uma perfuradora de cartões, trabalhando 12 horas por dia, perfura 3 200 cartões em 8 dias.
Quantas horas por dia deverá trabalhar para perfurar 5 000 cartões em 15 dias?
102 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

4. Dezesseis operários fazem 720 peças em 6 dias. Quantos operários são necessários para
fazer 2 160 peças em 24 dias?

5. Um aluno efetua 200 operações em 2 dias, estudando 8 horas por dia. Em quantos dias esse
aluno, estudando 2 horas por dia, efetuará 100 operações?

6. Quantos homens são necessários para construir um muro de 150m de comprimento por
10m de altura em 30 dias, sabendo que, nas mesmas condições, 25 homens constroem um
muro de 50m de comprimento por 8m de altura, em 8 dias?
Grandezas proporcionais (II): regra de três composta 103

7. Andando 14 horas por dia, com uma velocidade média de 30km/h, um carro leva 6 dias
para percorrer 2 520km. Qual deve ser a velocidade média desse carro para ele percorrer
essa mesma distância em 7 dias, andando 10 horas por dia?

8. Numa indústria, 4 máquinas trabalhando 8 dias produzem 600 peças. Quantos dias serão
necessários para que apenas 2 máquinas produzam 900 peças?

9. Cinco operários trabalhando 6 horas por dia durante 10 dias produzem 200 objetos.
Quantos objetos serão produzidos por 8 operários trabalhando 4 horas por dia durante 15
dias?
104 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

Anotações
Porcentagem e juro
1. Porcentagem
É usual nos cálculos financeiros utilizarmos a porcentagem com taxa. Isso permite que seja
feito um cálculo direto, de acréscimos e descontos, sobre determinado valor.
Exemplos:

a) Um assalariado ganha um salário bruto de R$3.200,00. Descontando imposto de renda,


contribuições previdenciárias e outras deduções, temos um total de desconto de 40%.
Qual é o valor do salário líquido, que é o salário bruto com as deduções?
Salário líquido = salário bruto – deduções
SL = SB – D
SL = (100% de 3 200) – (40% de 3 200)
SL = 60% de 3 200
60
SL = . 3 200
100
SL = 0,60 . 3 200 = 1 920

Note que o fator de diminuição é 0,6:


Usando taxas, bastaria calcular assim:
(100 –40) 60
SL = . 3 200 ⇒ SL = . 3 200
100 100
SL = 0,60 . 3 200 = 1 920

Resposta: O salário líquido é de R$1.920,00.


106 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

b) André tinha uma dívida no cartão de crédito de R$450,00. O juro mensal é de 11%.
Qual é o total da dívida ao final de um mês?
Montante = capital + juros
M=C+j
M = (100% de 450) + (11% de 450)
M = 111% de 450
111
M= .450
100
M = 1,11. 450
Note que o fator de aumento é 1,11.
M = 499, 50

Resposta: O total da dívida (montante) será de R$499,50.

Vamos calcular rapidamente então?


Situação Cálculo do fator Operação
90
Desconto de 10% 100% – 10% = 90% = = 0,90 Multiplicar por 0,90
100
103,5
Acréscimo de 3,5% 100% + 3,5% = 103,5% = = 1,035 Multiplicar por 1,035
100
98
Desconto de 2% 100% – 2% = 98% = = 0,98 Multiplicar por 0,98
100

Para uma situação geral, temos:


Se um valor V sofre um aumento percentual de uma taxa i, o novo valor é dado por:
N = V + i.V = V(1+i), em que 1 + i é o fator de aumento.
Da mesma maneira, se um valor V sofre uma diminuição percentual de uma taxa i, o novo
valor N é dado por:
N = V – iV = V(1-i) onde 1 – i é o fator de diminuição.

Agora, vamos acompanhar alguns exemplos:

1. Calcule as porcentagens a seguir:


a) 27% de 1 300
27
27% de 1 300 = × 1 300 = 0,27 . 1 300 = 351
100
fator
Porcentagem e juro 107

b) 3,7% de 8 500
3, 7
3, 7% de 8 500 = . 8 500 = 0, 037 . 8 500 = 314, 50
100
fator

2. Com o auxílio de sua calculadora, resolva os seguintes problemas:

a) O senhor Antônio aplicou a quantia de R$250,00 na caderneta de poupança. Qual é


o seu saldo depois de 30 dias se naquele mês a aplicação rendeu no total 0,71%?

N = V + iV
N = V (1+ i)
 0,71
N = 250  1+
 100 
N = 250 (1+ 0, 0071)
N = 250.1, 0071
fator de aumento
N = 251,78

Resposta: O seu saldo é de R$251,78.

b) O preço de um televisor é de R$1.100,00. Se for pago à vista, o desconto é de 8,5%.


Se for comprá-lo à vista, qual o valor final?

N = V + iV
N = V (1– i)
 8, 5 
N = 1 100  1- 
 100 
N = 1 100. (1- 0, 085)
N = 1 100 . 0, 915
fator
N = 1 006,50

Resposta: O preço final será R$1.006,50.


108 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

3. O senhor Antônio tem o salário de R$800,00 mensais. Ele receberá um aumento de


15%. De quanto será o aumento?

15
15% de 800 = ⋅ 800 = 120
100

Resposta: O aumento será de R$120,00.

4. Calcule as porcentagens a seguir:


a) 22% de 250
22
⋅ 250 = 55
100
Resposta: 55.

b) 90% de 22 500
90
⋅ 22 500 = 20 250
100
Resposta: 20 250.

c) 5% de R$120
5
⋅ 120 = 6
100
Resposta: R$6.

5. O salário mínimo atual é de R$360,00. Entidades da classe pleiteiam um aumento de


15%. Se as reivindicações forem atendidas, qual será o valor do salário?

Dica: para um cálculo rápido, multiplique 360 por 1,15. Assim: 360.1,15 = 414,00.
S = SATUAL + aumento
15
S = 360 + . 360
100
S = 360 + 0,15 . 360
S = (1 + 0,15) . 360
S = 414, 00

Resposta: O salário será de R$414,00.


Porcentagem e juro 109

6. Dona Joana está pesquisando o preço de uma roupa que custa R$220,00. Se ela pagar
à vista, o desconto é de 8%. Qual será o preço final se ela pagar à vista?

Dica: para um cálculo rápido, multiplique 220 por 0,92. Assim: 220 . 0,92 = 202,40.

PFINAL = PORIGINAL – D
8
PFINAL = 220 – . 220
100
PFINAL = 220 – 0, 08 . 220
PFINAL = (1– 0, 08) . 220
PFINAL = 202, 40

Resposta: O preço com desconto será R$202,40.

Exercícios
Resolva os exercícios que seguem:

1. Calcule as porcentagens a seguir:


a) 2% de 530

b) 88% de 1 700

c) 6% de R$22.500,00
110 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

2. Para pagamento a prazo, um calçado que custa R$80,00 terá um acréscimo de 11%. Qual é
o valor do acréscimo?

3. O preço de um computador é de R$2.500,00. Se for pago a prazo, o preço sobe 7%. Qual é
o preço a prazo?

4. O preço da gasolina, que era R$2,50 o litro, sofreu uma redução de 3%. Qual o valor do
preço final?
Porcentagem e juro 111

2. Juro
Juro é a remuneração que se paga por um capital emprestado por um certo período de tempo.

2.1 Juro simples


O senhor José precisa de um empréstimo. Ele foi a uma financeira e obteve R$500,00 a
ser pago dentro de 1 ano, com taxa de 20% ao ano. Quanto o senhor José pagará de volta à
financeira?
Quando fazemos um empréstimo bancário, pagamos juros. No caso do senhor José, ele
terá de pagar ao banco o valor do capital emprestado (R$500,00) mais o juro, que vamos calcular
assim:

Juros = 500 x 20% x 1


20
Juros = 500 ⋅ ⋅1
100
taxa

Juros = 500 . 0, 20 . 1 = 100

capital numerador de
períodos

Assim, o senhor José pagará:


Total = 500 + 100 = 600.

Resposta: Ele pagará R$600,00 à financeira.

O cálculo do juro pode ser generalizado:

J=C.i.n

J = juro
C = capital
i = taxa
n = número de períodos
112 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

Vejamos mais alguns exemplos:

a) Determinar o juro recebido por um capital de R$5.000,00 com taxa de 25% durante
um período de 3 anos.

C = 5 000

25
i = 25% = = 0, 25
100

n=3
j=?
J = C. i. n
J = 5 000 . 0,25 . 3
∴ J = 3 750
Resposta: O juro é de R$3.750,00

b) Qual é o montante resgatado de um capital de R$8.000,00 aplicado a uma taxa de 5%


durante 1 ano?
Aqui precisamos definir o que é montante. Montante é o capital aplicado mais o ren-
dimento.
Dessa maneira:
Montante = Capital aplicado + rendimento
M=C+J
M = C + C.i.n
M = C (1+ i.n)
Voltando ao problema,
C = 8 000
5
i = 5% = = 0, 05
100

n = 1 ano = 12 meses (repare que o período e a taxa devem estar sempre na mesma
base de tempo)
M = 8 000 (1+ 0,05.12)
M = 8 000 . 1,6 = 1 280.
Resposta: O montante é de R$12.800,00.
Porcentagem e juro 113

c) Qual capital produz um montante de R$88.000,00 a 20% ao ano, durante 6 meses?


M = 88 000
20
i = 20% ano = ao ano = 0, 20 ano
100
6 1
n = 6 meses ano = ano
12 2
C =?
M = C + C.i.n
 1
88 000 = C  1+ 0, 20. 
 2
88 000 = C (1+ 0,10)
88 000
C= ∴ C = 80 000, 00
1,10

Resposta: O capital é de R$80.000,00.

2.2 Juro composto


Quando fazemos uma aplicação em caderneta de poupança, por exemplo, os rendimentos
do período de 1 mês são incorporados ao capital.

Acompanhe os montantes (saldos) de um capital de R$1.000,00 com taxa de 5% mensais,


durante 3 meses.

Início do 1.º mês Ao final do 1.º mês


Capital inicial Rendimento Montante
R$1.000,00 R$50,00 R$1.050,00

Início do 2.º mês Ao final do 2.º mês


Capital inicial Rendimento Montante
R$1.050,00 R$52,50 R$1.102,50

Início do 3.º mês Ao final do 3.º mês


Capital inicial Rendimento Montante
R$1.102,50 R$55,12 R$1.157,62
114 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

Anteriormente, tivemos o exemplo do funcionamento do juro composto. Juro composto é


aquele que no fim de cada período é aplicado ao capital anterior.

Vejamos alguns exemplos:

a) Se as cadernetas pagam rendimento de 0,65% ao mês, calcule, usando uma calculadora,


quanto rende um capital de R$500,00 ao final de 3 meses.
:: Primeiro mês:
C = 500, 00
 0, 65
i = 0, 65% = = 0, 0065 ao mês
 100
n = 1 mês

M = C (1 + n.i) = 500 (1 . 0,0065) = 500 . 1,0065 = 503,25

:: Segundo mês:
C = 503, 25

i = 0, 0065 ao mês
n = 1 mês

M = C (1 + n.i) = 503,25 (1 . 0,0065) = 503,25 . 1,0065 = 506,52

:: Terceiro mês:
C = 506, 52

i = 0, 0065 ao mês
n = 1 mês

M = C (1 + n.i) = 506,52 (1 . 0,0065) = 506,52. 1,0065 = 509,81
Logo o capital rende R$509,81 – R$500,00 = R$9,81

Resposta: O capital rende R$9,81.

b) Determinar o juro recebido por um capital de R$8.750,00 com taxa de 12% ao ano, no
regime de juros simples, durante um período de 5 anos.
C = 8 750
 12
i = 12% ao ano = = 0,12 ao ano
n = 5 anos 100

Porcentagem e juro 115

j = C.i.n
j= 8 750 . 0,12 . 5 ∴ j = 5 250
Resposta: O juro simples é de R$5.250,00.

c) Qual é o montante resgatado de um capital de R$2.200,00 aplicado a uma taxa de


1,5% ao mês, no regime de juros simples, durante 2 anos?

C = 2 200
 1,5
i = 1,5% ao ano = = 0, 015 ao mês
 100
n = 2 anos = 24 meses

M = C (1 + i.n)
M = 2 200 (1+ 0,015 . 24)
M = 2 200 . 1,36 ∴ M = 2 992
Resposta: O montante é R$2.992,00.

d) Suponha que as cadernetas de poupança rendam 0,63% ao mês. Simule uma aplicação
de um capital de R$1.000,00 por três meses.

Início do 1.º mês Ao final do 1.º mês


Capital inicial Rendimento Montante
R$1.000,00 1 000 . 0,0063 . 1 = 6,30 1 000,00 + 6,30 = 1 006,30

Início do 2.º mês Ao final do 2.º mês


Capital inicial Rendimento Montante
R$1.006,30 1 006,30 . 0,0063 . 1 = 6,34 1 006,30 + 6,34 = 1 012,64

Início do 3.º mês Ao final do 3.º mês


Capital inicial Rendimento Montante
R$1.012,64 1 012,64 . 0,0063 . 1 = 6,38 1 012,64 + 6,38 = 1 019,02
116 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

Exercícios
Resolva os exercícios que seguem:

5. Determinar o juro recebido por um capital de R$920,00 com taxa de 8% ao ano, durante 4
anos, no regime de juros simples.

6. Qual é o montante resgatado de um capital de R$30.000,00 aplicado a uma taxa de 1% ao


mês, no regime de juros simples, durante 6 anos?

7. Faça a simulação de uma aplicação em fundos de um capital de R$8.000,00 com taxa de


1,5% ao mês, durante 4 meses.
Equações do 1.o grau

1. Introdução
Resolver uma equação significa encontrar um valor desconhecido, ou seja, o valor de uma
variável ou incógnita, representada em geral por uma letra.
Vamos aprender como resolver as equações que apresentam uma variável com expoente
unitário. Tais equações podem ser representadas pela forma geral numa equação equivalente na
forma:

ax + b = 0

em que x é a variável e a e b são números racionais, de modo que a ≠ 0. Elas são denominadas
equações do 1.º grau com uma variável.

Exemplos:
• 2z + 5 = 0 é uma equação do primeiro grau na incógnita z.
• 8x – 3 = x + 21 é uma equação do primeiro grau na incógnita x.
• y + 5 = 12 é uma equação do primeiro grau na incógnita y.

• 3n – 1 =12 é uma equação do primeiro grau na incógnita n.


8
• x2 = 25 não é uma equação do primeiro grau.
118 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

Vejamos no exemplo a seguir quais são os passos para resolver uma equação do 1.º grau.

3(x + 2) = 18 + x

1.º passo: eliminar os parênteses e os denominadores, se existirem.

3(x + 2) = 18 + x
3 . x + 3 . 2 = 18 + x
3x + 6 = 18 + x

2.º passo: passar para o 1.º membro os termos com incógnita e para o 2.º membro os
termos sem incógnita.
3x – x = 18 – 6
3.º passo: reduzir os termos semelhantes.

2x = 12

4.º passo: isolar a incógnita para descobrir seu valor (no exemplo devemos passar o
coeficiente do 1.º membro dividindo o 2.º membro).

12
x=
2
x=6

Exercícios

1. Escreva a equação que representa cada sentença, seguindo os exemplos:


a) O número cujo triplo menos 12 dá 24.

3x – 12 = 24

b) O número cujo antecessor de seu dobro é igual ao seu sucessor.

2x – 1 = x + 1

c) O número cujo dobro mais cinco dá 13.


Equações do 1.o grau 119

d) O número cujo dobro dá 22.

e) O número cujo seu dobro mais o seu triplo é igual a 25.

f ) O número mais a sua sexta parte é igual a 5.

2. Resolva as seguintes equações do primeiro grau em x, conforme os exemplos:

a) x – 7 = 42
x = 42 + 7
∴ x = 49

b) 3x + 2 = 14
3x = 14 – 2
3x = 12
12
x=
3
∴x=4

c) x – 9 = 12
120 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

d) 5x + 8 = 28

e) 8 – 2x = – 4
–2x = – 4 – 8
– 2x = – 12 . ( –1)
2x = 12
12
x=
2
∴x=6

f ) 8 – 5x = – 17

g) 5 = 8 – 3x

h) 2 (x+2) = 14
2x + 4 = 14
2x = 14 – 4
2x = 10
10
x=
2
∴x=5
Equações do 1.o grau 121

i) 3 (2x–5) = 3

j) x + 2 = 10
2 3
m.m.c. (2,3) = 6
3x 4 60
+ =
6 6 6
3x + 4 = 60
3x = 60 – 4
3x = 54
54
x=
3
x = 18

l) x3
- =8
2 5
122 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

3. Observe a balança da figura a seguir. Se as caixas são iguais, determine a massa de cada
caixa.

16
kg

Estabelecendo a equação e desenvolvendo, temos:


x + x + x + x = 16
4x = 16
16
x=
4
x = 4kg

Resposta: Cada caixa tem uma massa de 4kg.

4. Observe a balança da figura a seguir. As esferas de chumbo são iguais. Qual é a massa de
cada esfera de chumbo?

20
8 kg
kg

Estabelecendo a equação e desenvolvendo, temos:


x + x + x + x + 8 = x + x + 20
4x + 8 = 2x + 20
4x – 2x = 20 – 8
2x = 12
12
x=
2
x = 6kg

Resposta: Cada esfera tem uma massa de 6kg.


Equações do 1.o grau 123

5. Observe a balança da figura a seguir. Se as caixas são iguais. Qual é a massa de cada caixa?

27
kg

6. Observe a balança da figura a seguir. As esferas de chumbo são iguais. Qual é a massa de
cada esfera de chumbo?

22
kg
12
kg
124 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

7. O triplo de um número menos 6 vale 15. Que número é esse?

3x – 6 = 15
3x = 15 + 6
3x = 21
21
x=
3
x=7

8. A terça parte de um número mais o próprio número vale 8. Que número é esse?

x
+x = 8
3
x 3x 24
+ =
3/ 3/ 3/
x + 3x = 24
4x = 24
24
x=
4
x=6

9. O dobro de um número mais ele mesmo vale 24. Que número é esse?

10. A quarta parte de um número mais o sucessor desse número vale 16. Que número é esse?
Equações do 2. grau o

1. Noção de equação do 2.o grau


Uma equação é considerada de 2.º grau quando o maior expoente da variável é 2.
Exemplos:
• x2 – 8x = 10
• 3y2 = 2y – 2
• 8m = –m2

2. Forma geral
Toda equação do 2.º grau pode ser reduzida à forma geral ax2 + bx + c = 0, com a ≠ 0, em que:

x: é a variável ou incógnita
a: coeficiente de x2
b: coeficiente de x
c: termo independente
126 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

Exemplos:
variável = x


a= 3
a) 3x2 – 10x + 5 = 0
b = –10
c=5
 

variável = m
a= 1
b) m2 – m + 2 = 0
b = –1
c=2


variável = x
c) –x2 + 8x – 5 = 0 a = –1
b=+8
c=–5

Vamos retornar à forma geral:

ax2 + bx + c = 0 com a ≠ 0

Se os coeficientes b ou c são nulos, diz-se que a equação é incompleta. Vejamos:

2x2 + 0x – 7 = 0
2x2 – 8x + 10 = 0
ou 2x2 – 7 = 0


a=2


a=2
Equação completa b = –8
Equação incompleta b=0
c = 10
c = –7

4x2 – 16x + 0 = 0 4x2 + 0x + 0 = 0


ou 4x2 – 16x = 0 ou 4x2 = 0




a=4 a=4
Equação incompleta b = –16 Equação incompleta b=0
c=0 c=0
Equações do 2.o grau 127

2.1 Redução à forma geral


Em muitas situações, uma equação do 2.º grau não aparece na forma geral. Porém, por
meio de transformações algébricas (agrupamento de termos semelhantes), essa equação pode
ser reduzida à forma geral.

Exemplos:
a) 3x2 – 8x = 10x + 3
3x2 – 8x – 10x – 3 = 0
3x2 –18x – 3 = 0

b) x (5x – 8) = – 5x

x (5x – 8) = – 5x
x . 5x – x . 8 = – 5x
5x2 – 8x = – 5x
5x2 – 8x + 5x = 0
5x2 – 3x = 0

c) (x – 3)2 = 4

(x – 3) . (x – 3) = 4

x . x – x . 3 – 3 . x – 3 . (–3) = 4
x2 – 3x – 3x + 9 = 4
x2 – 6x + 9 = 4
x2 – 6x + 9 – 4 = 0
x2 – 6x + 5 = 0

3. Solução de uma equação do 2.o grau


As raízes de uma equação do 2.º grau são valores atribuídos à variável que fazem com que
o valor da expressão ax2 + bx + c seja nulo.
Uma equação do 2.º grau possui pelo menos duas raízes ou soluções.
128 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

Acompanhe:

a) Na equação: x2 – 5x + 6 = 0, as raízes são 3 e 2, pois


32 – 5 . 3 + 6 = 9 – 15 + 6 = – 6 + 6 = 0
e
22 – 5 . 2 + 6 = 4 – 10 + 6 = – 6 + 6 = 0
b) Na equação: x2 – 3x – 4 = 0, as raízes são –1 e 4, pois
(–1)2 – 3.(–1) – 4 = 1 + 3 – 4 = – 4 + 4 = 0
e
4 2 – 3 . 4 – 4 = 16 – 12 – 4 = – 4 + 4 = 0

Entretanto, você deve estar se perguntando: como se chegou a esses números para
as raízes?
Vamos descobrir agora!

3.1 Solução de equação do 2.o grau incompleta


da forma ax2 + c = 0, com a ≠ 0 e b = 0
Encontramos as raízes da equação do 2.º grau incompleta com b = 0, utilizando a estratégia
de isolar a incógnita.
Acompanhe os exemplos:

a) x 2 = 49 b) –2x 2 + 12 = 0
x = ± 49 –2x 2 = – 12 . (–1)
x = ±7 2x 2 = 12
∴x = –7 ou x = 7 12
x2 =
2
2
x =6
x=± 6
x = – 6 ou x = 6
Equações do 2.o grau 129

c) –y 2 + 1= 0 d) x 2 + 16 = 0
–y 2 = –1. (–1) x 2 = -16
2
y =1
x = -16
y=± 1
y = ±1 Como não existe raiz quadrada
y = –1 ou y = 1 de número negativo no conjunto dos
números reais, a equação não tem solução
para o conjunto dos números reais.

3.2 Solução da equação do 2.o grau incompleta


da forma ax2 + bx = o, com a ≠ 0 e c = 0
Encontramos as raízes da equação do 2.º grau com c = 0, utilizando a estratégia de fator em
evidência.
Acompanhe os exemplos:

a) x2 – 4x = 0
x . (x – 4) = 0

1.º fator 2.º fator


x = 0 x–4=0
x=4

b) 3y2 + 8y = 0
y . (3y + 8) = 0

1.º fator 2.º fator


y = 0 3y + 8 = 0
3y = –8
–8
y=
3
130 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

c) 4 (x2 + 1) = 4 (x + 1) 2 x+1 x+4


d) – = x≠0
Determinando a forma geral da x 3 2x
Determinando a forma geral da
equação:
equação:
4 . (x2 + 1) = 4 . (x + 1) O m.m.c é 6x, portanto:
4 . x2 + 4 . 1 = 4 . x + 4 . 1 12 – 2x . (x + 1) 3 . (x + 4)
=
6x 6x
4x2 + 4 = 4x + 4
4x2 + 4 – 4x – 4 = 0 12 – 2x . (x + 1) 3 . (x + 4)
=
4x – 4x = 0 ⇒ equação na forma
2 6x 6x
geral com c = 0 12 – 2x . x – 2x . 1 3 . x + 3 . 4
=
4x . (x – 1) = 0 6x 6x
12 – 2x – 2x = 3x + 12
2

12 – 2x2 – 2x – 3x – 12 = 0
1.º fator 2.º fator
– 2x2 – 5x = 0 ⇒ equação na forma
4x = 0 x–1=0
geral com c = 0
0
x= x = 1
x . (–2x – 5) = 0
4
x=0
1.° fator 2.º fator
x = 0 –2x – 5 = 0
–2x – 5 = 0 . (–1)
5
x=–
2
A solução x = 0 não é válida, pois ela
cancela o denominador; portanto, a solução
da equação é x = – 5 .
2

3.3 Solução de uma equação do 2.o grau completa


na forma ax2 + bx + c = o, com a ≠ o
A resolução de uma equação completa do 2.º grau pode ser feita com a aplicação de uma
fórmula, que é denominada fórmula de Bhaskara.

–b ± b2 – 4ac
x=
2a
Equações do 2.o grau 131

3.3.1 Aplicação da fórmula de Bhaskara


Veja como descobrir as raízes das equações a seguir utilizando a fórmula de Bhaskara:

a) x2 – 5x + 6 = 0
a=1
b = –5
c=6

–b ± b2 – 4ac
x=
2a
–(–5) ± (–5)2 – 4.1.6
x=
2.1
5 ± 25 - 24
x=
2
5± 1
x=
2
5 ±1 5 +1
x= → x' = =3
2 2
5 –1
x'' = =2
2

b) x + x + 1 = –x
2

3 2
Determinando a forma geral da equação:
O m.m.c (2,3) = 6, portanto:
2 . (x + x + 1) = –3 . x
2

6 6
2 . x2
+ 2 . x + 2 . 1 –3 . x
=
6 6
2x2 + 2x + 2 = –3x

2x2 + 2x + 2 +3x = 0
132 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

2x2 + 5x + 2 = 0 ⇒ equação na forma geral


a=2
b = +5
c=2

–b ± b2 – 4ac
x=
2a
–5 ± 25 –16
x=
4
–5 ± 9
x=
4
–5 ± 3 –5 + 3 2 1
x= ∴ x' = =– =–
4 4 4 2
–5 – 3 8
x'' = =– = –2
4 4

Exercícios

1. Resolva as equações incompletas a seguir, utilizando a estratégia de isolar a incógnita.


Exemplo:

x2 – 36 = 0
x2 = 36
x = ± √36
x=±6
x' = +6 e x" = –6

a) x2 – 121 = 0
Equações do 2.o grau 133

b) 2x2 – 50 = 0

c) – x2 + 64 = 0

d) 13x2 + 13 = 0

e) 3x2 – 27 = 0

f ) x2 + 9 = 0
134 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

2. Resolva as equações incompletas a seguir, utilizando a estratégia da fatoração.


Acompanhe o exemplo:

3x2 + 18x = 0
3x (x+6) = 0
1.º fator: 3x = 0
x = 0 ∴x = 0
3
2.º fator: x + 6 = 0
x=–6

a) 14x2 – 7x = 0

b) x2 = x

c) –2x2 + 28x = 0

d) 49x2 + 7x = 0
Equações do 2.o grau 135

3. Resolva as equações completas utilizando a estratégia mais adequada.


Exemplo:

x 2 – 6x + 9 = 0
–b ± b2 – 4ac
x=
2a
–(–6) + (–6)2 – 4.1.9
x=
2
6 ± 36 – 36
x=
2
6± 0
x=
2
6±0 6+0 6–0
x= ∴ x' = e x'' =
2 2 2
x' = 3 e x'' = 3

a) x2 – 10x + 16 = 0

b) x2 – 7x + 10 = 0
136 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

c) x2 – 5x + 4 = 0

d) x2 + 6x – 7 = 0

e) 1 x2 – 6x – 85 = 0
4
Equações do 2.o grau 137

f ) x2 + 2x – 3 = 0

g) 4x2 + 12x + 15 = 0

4. Resolução de problemas do 2.o grau


Como podemos converter a linguagem falada em linguagem matemática? Vamos acom-
panhar a tabela a seguir:

Linguagem comum Linguagem matemática


Um número x
O dobro de um número 2x
O triplo de um número 3x
138 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

O quadrado do dobro de um número (2x)2


O quadrado de dois números inteiros consecutivos x2 e (x+1)2

Veja mais algumas conversões:

Linguagem comum Linguagem matemática

O quadrado de um número par (2x)2

O quadrado de um número ímpar (2x+1)2


2

O quadrado do inverso de um número


 11 22
1
x x
2x
x x22
A terça parte do quadrado de um número x
33
3
xx
A raiz quadrada de um número x
A raiz quadrada do dobro de um número aumentado de três
2x + 3
unidades

5. Problemas que envolvem equações


do 2.o grau
Acompanhe a resolução dos seguintes problemas:
a) Subtraindo-se 30 do dobro do quadrado de um número obtém-se 2. Determinar esse
número.
2x2 – 30 = 2
2x2 = 2 + 30
2x2 = 32
32
x2 =
2
x2 = 16
x = ± √16 ∴ x = ±4

Resposta: os números são –4 e 4.


Equações do 2.o grau 139

b) Tem-se três números positivos, inteiros e consecutivos. Sabendo-se que o produto


do menor pelo maior é igual ao quíntuplo do segundo mais cinco, descubra esses
números.
1.º número: x
2.º número: x + 1
3.º número: x + 1 + 1 = x + 2

x . (x+2) = 5 . (x+1) + 5
x2 + 2x = 5x + 5 +5
x2 + 2x – 5x – 5 – 5= 0
x2 – 3x – 10 = 0

– b ± b2 - 4ac – ( –3) ± ( –3)2 – 4.1.( –10)


x= ∴x =
2a 2.1
3 ± 9 + 40 3 ± 49
x= ∴x =
2 2
3±7 3 + 7 10
x= ∴ x' = = =5
2 2 2
3–7 4
x'' = = – = –2
2 2

Para x = 5 Para x = –2
1.º número: x = 5 1.º número: x = –2
2.º número: x + 1 = 5 + 1 = 6 2.º número: x + 1 = –2 + 1 = –1
3.º número: x + 2 = 5 + 2 = 7 3.º número: x + 2 = –2 + 2 = 0
Resposta: os números são 5, 6 e 7. Conforme o enunciado, os números devem ser
positivos, portanto, as respostas para x = 2 são
desconsideradas.

c) As idades de dois irmãos são expressas por dois números inteiros e consecutivos.
Descubra essas idades, sabendo que o quadrado da idade do mais jovem é igual ao
quíntuplo da idade do mais velho mais 1.
x2 = 5 (x + 1) +1
x2 = 5x + 5 + 1
x2 = 5x + 6
x2 – 5x – 6 = 0
140 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

–b ± b2 - 4ac
x=
2a
–( –5) ± ( –5)2 – 4.1.( –6)
x=
2.1
5 ± 25 + 24
x=
2
5 ± 49
x=
2
5±7
x=
2
5–7 2
x' = =– = –1, desconsiderar este resultado, pois não existe idade negativa.
2 2

x = 5 + 7 = 12 = 6, logo: idade do mais jovem é x = 6. Idade do mais velho é


2 2
x+1=6+1

x = 7.

Resposta: As idades são 6 e 7.

Exercícios
4. Resolva os seguintes problemas:
a) Tem-se dois números positivos inteiros e consecutivo tais que o quadrado do maior é
igual ao décuplo do menor mais 1. Determine esses números.
Equações do 2.o grau 141

b) Calcule o número positivo cujo quadrado diminuído de 9 seja igual ao seu quíntuplo
mais 5.

c) Calcule o número real que, adicionado do seu inverso, resulte em 17 .


4

d) Determinar o número real cujo quadrado é igual ao seu triplo.


142 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

Anotações
Sistemas lineares 2 x 2

1. Introdução
Uma equação do 1.º grau com duas incógnitas pode ser reduzida à forma geral ax + by = c,
em que a, b e c são números reais quaisquer.
Note que esta equação não determina os valores de x e de y que a verificam; pode-se tomar
qualquer uma das 2 incógnitas, y, por exemplo, e para cada valor de y correspondente, um valor
de x. Dizemos que esta equação é indeterminada.

Exemplo: seja a equação x – 3y = 7. Se atribuirmos valores a y e calcularmos os valores


correspondentes de x, teremos:
x – 3y = 7
x = 7 + 3y

y x = 7 + 3y
0 x=7+3.0=7+0=7
1 x = 7 + 3 . 1 = 7 + 3 = 10
2 x = 7 + 3 . 2 = 7 + 6 = 13
3 x = 7 + 3 . 3 = 7 + 9 = 16
4 x = 7 + 3 . 4 = 7 + 12 = 19
5 x = 7 + 3 . 5 = 7 + 15 = 22
144 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

2. Sistema de equações lineares 2 x 2


No sistema de equações lineares simultâneas 2 x 2, temos duas equações lineares a duas
incógnitas, que são satisfeitas pelos mesmos valores das incógnitas; esses valores formam uma
solução do sistema de equações simultâneas.
Assim, a forma geral de um sistema 2 x 2 é de forma:

ax + by = c

a'x + b'y = c'
Em que a, a', b, b', c, c' são números reais quaisquer.
O sistema é dito 2 x 2, pois apresenta duas equações e duas incógnitas.
Por exemplo, as equações:

x + 3y = 5

4x – y = 7
Formam um sistema de duas equações lineares 2 x 2. Vamos trabalhar com métodos para
resolver sistemas lineares 2 x 2: método gráfico, método da substituição, método da comparação
e método da adição.
Mas antes vamos entender a solução gráfica do sistema anterior.

3. Solução de um sistema linear 2 x 2:


método gráfico
Se construirmos o gráfico no plano cartesiano (eixo x e eixo y), cada equação determina
uma reta, e o ponto de interseção dessas duas retas é a solução do sistema.

x + 3y = 5

4x – y = 7
a) x + 3y = 5
Para x = 0, temos:
0 + 3y = 5
5  ponto

5 5  5
y=  0, y= P  0, 
3 3 3 3
Sistemas lineares 2 x 2 145

Para y = 0, temos:
x+3.0=5
x=5
⇒ ponto Q (5,0)

b) 4x – y = 7
Para x = 0 temos:
–y=7
y=–7
⇒ ponto R (0,– 7)
Para y = 0, temos:
4x – 0 = 7
4x = 7
7 7 
x=  , 0
4 4
7 7 
⇒ ponto
x = S  , 0
4 4 

Construindo o gráfico, temos:


Y

5
3
P
I
1

S Q
7 2 5 X
–7 4
R

O ponto I (2, 1), que é o ponto de interseção, é a solução do problema; portanto, x = 2


e y = 1.
146 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

4. Solução de um sistema linear 2 x 2:


método da substituição
Para resolver um sistema linear 2 x 2 pelo método da substituição, isola-se o valor de x ou y
de uma das equações e substitui esse valor na outra equação.

Exemplo:

2x + 3y = 7

4x – 5y = 3
a) Isola-se x na primeira equação:
2x + 3y = 7
2x = 7 – 3y
7 – 3y
x=
2
b) Substituindo x na segunda equação, temos:
4x – 5y = 3
 7 – 3y 
4. – 5y = 3
 2 
2 . (7 – 3y) – 5y = 3
14 – 6y – 5y = 3
–6y – 5y = 3 –14
–11y = –11. (–1)
11y = 11
11
y = ∴ y = 1
11

c) E, voltando na expressão de x, substituindo o valor y = 1 para obter o valor de x:


7 – 3y
x=
2
7–3.1
x=
2
Sistemas lineares 2 x 2 147

7–3
x=
2
4 ∴x=2
x=
2

Resposta: a solução é x = 2 e y = 1.

Agora, acompanhe a resolução de um sitema de equações lineares 2 x 2 através do método


da susbstituição e do método gráfico comparando os resultados.

– 2x + y = 7

3x + 5y = 9

• Método da substituição:

a) Isola-se o y na primeira equação:


– 2x + y = 7
y = 7 + 2x
b) Substituindo-se y na segunda equação:
3x + 5y = 9
3x + 5 . (7 + 2x) = 9
3x + 35 + 10x = 9
13x = 9 – 35
13x = –26
26
x=– ∴x=–2
13
c) E, voltando na expressão de y, substituindo o valor x = –2 para obter o valor de y:
y = 7 + 2x
y = 7 + 2 . (–2)
y=7–4∴y=3

Resposta: A solução é x = – 2 e y = 3.
148 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

• Método gráfico:

a) – 2x + y = 7
Para x = 0: Para y = 0:
– 2 . 0 + y = 7 –2.x+0=7
y = 7 – 2x = 7 . (–1)
⇒ ponto P (0,7) 2x = –7
7
x=–
2
⇒ ponto Q ( – 7 , 0 )
2

b) 3x + 5y = 9
Para x = 0: Para y = 0:
3 . 0 + 5y = 9 3x + 5 . 0 = 9
5y = 9 3x = 9
9 9
y= x= =3
5 3
9 ⇒ ponto S (3,0)
⇒ ponto R (0, )
5

P
7

I 3
9
–7 5
2 R S
Q –2 0 3 X

Note que o ponto de interseção I (–2, 3) é a solução gráfica do sistema.


Sistemas lineares 2 x 2 149

Exemplo:

2x + y = 9

x – 2y = 7

Solução:
a) Isolando-se x na primeira equação:
2x + y = 9
y = 9 – 2x
b) Substituindo-se y = 9 – 2x na equação, temos:
x – 2y = 7
x – 2 . (9 – 2x) = 7
x – 18 + 4x = 7
x + 4x = 7 + 18
5x = 25
25
x=
5
x=5
c) Substituindo-se x = 5 em y = 9 – 2x, temos:
y = 9 – 2x
y = 9 – 2. 5
y = 9 – 10
y = –1

Resposta: a solução do sistema é x = 5 e y = –1.


150 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

Exercícios
1. Determine a solução dos sistemas a seguir pelo método gráfico.

2x + 3y = 7
a) 
x – y = 1

4x – y = – 2
b) 
x – 3y = 5

x + y = 6
c) 
– 3x + 2y = 12
Sistemas lineares 2 x 2 151

5. Solução de um sistema linear 2 x 2:


método da comparação
O método da comparação consiste em isolar o valor da mesma incógnita de cada uma das
equações do sistema e igualar esses valores.
Exemplos:

2x + 5y = 24 (I)
1. Resolver o sistema 
5x + 7y = 21 (II)

a) Isolando-se x em ambas as equações:


(I) 2x + 5y = 24
2x = 24 – 5y
2 4 – 5y
x =
2
(II) 5x – 7y = 21
5x = 21 + 7y
2 1+ 7y
x =
5

b) Igualando as equações I e II, temos:


24 – 5y 21+ 7y
=
2 5

c) Aplicando a propriedade fundamental das proporções:


(24 – 5y) . 5 = 2 . (21 + 7y)
120 – 25y = 42 + 14y
– 25y – 14y = 42 – 120
– 39y = – 78 . (–1)
39y = 78
78
y= ∴y=2
39
152 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

d) Substituindo-se y = 2 na equação I do item a, temos:


24 – 5 . 2
x=
2
24 – 10
x=
2
14
x= ∴x = 7
2

Resposta: x = 7 e y = 2.

2. A soma de dois números vale 9. Se o dobro de um dos números menos o segundo vale
12, quais são esses números?

x + y = 9 (I)

2x – y = 12 (II)
a) Isolando-se x nas duas equações:
(I) x + y = 9
x=9–y
(II) 2x – y = 12
2x = 12 + y
12 + y
x=
2

b) Igualando as equações I e II, temos:


12 + y
9–y =
2

c) Aplicando a propriedade fundamental das proporções:


(9 – y) . 2 = 12 + y
18 – 2y = 12 + y
– 2y – y = 12 –18
– 3y = – 6 . (–1)
3y = 6
6
y= ∴y=2
3
Sistemas lineares 2 x 2 153

d) Substituindo y = 2 na equação I do item a:


x=9–y
x=9–2
x=7

Resposta: os números são 7 e 2.

6. Solução de um sistema linear 2 x 2:


método da adição
O método da adição consiste em somar as duas equações, de tal forma que o termo de uma
das incógnitas seja eliminado.
Acompanhe os exemplos a seguir:

a) Resolva o sistema:
3x + y =1(I)

2x – y = 9 (II)

Adicionando a equação (I) com a equação (II), temos:


3x + y = 1 (I)

 ⊕
2x − y = 9 (II)

5x = 10

10
x=
5

x=2
154 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

Substituindo x por 2 na equação (I), obtemos:


3x + y = 1

3.(2) + y = 1

6+ y =1

y = 1− 6

y = –5

Logo, a solução é x = 2 e y = -5.

b) Resolva o sistema:
x − 5y = 10 (I)

3x + y = 14 (II)

Adicionando a equação (I) com a equação (II), temos:


x − 5y = 10 (I)
 ⊕
3x + y = 14 (II)

4x − 4y = 24
Perceba que a equação resultante: 4x – 4y = 24 continua a apresentar termos com
as duas incógnitas. Nesse caso, antes de adicionar as equações, devemos multiplicar
uma das duas por um número adequado.
Retomando o exemplo:
x − 5y = 10 . ( − 3)

3x + y = 14

Multiplicando a equação (I) por (–3):


 −3 x + 15 y = −30

3 x + y = 14
Sistemas lineares 2 x 2 155

A seguir, adicionamos as duas equações:


 −3x + 15y = −30

 ⊕
 3x + y = 14

16y = −16

16
y=–
16

y = –1

Substituindo y por (–1) na equação (I):


3x + y = 14
3x + (– 1) = 14
3x – 1 = 14
3x = 15
15
x=
3
x=5

Logo, a solução é x = 5 e y = -1.

Exercícios
2. Resolva os sistemas a seguir pelo método da comparação ou pelo método da adição:
x – y = 9
a) 
2x + y = 0
156 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

x – 3y = 2
b) 
x + 2y = – 8

x + y = 1
c) 
x + 3y = 7
Sistemas lineares 2 x 2 157

3. Resolva os seguintes problemas:

a) O triplo de um número menos o dobro de outro número é igual a 23. Se a soma desses
números é 11, quais são os números?

b) Um número mais o dobro de outro número é igual a 14. Se a diferença entre o segundo
e o primeiro é de 4, quais são os números?
158 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

c) A metade do primeiro número mais o dobro do segundo número vale 11. Se a diferença
entre o segundo e o primeiro vale 3, quais são os números?

d) A metade de um número mais outro é igual a 1. Se a soma desses números é igual a 3,


quais são esses números?
Radiciação
1. Introdução
Tente resolver essa questão:

Qual é o número que multiplicado por ele mesmo resulta em 144?

Vamos, então, tentar o número 5:


5 x 5 = 25
Não, 5 é muito pouco.

Vamos tentar o 9:
9 x 9 = 81
Não, 9 é muito pouco.

E se tentarmos 15?
15 x 15 = 225
Não, 15 é muito.

A resposta é 12, pois 12 x 12 = 144.


160 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

2. Quadrados perfeitos
Os números 25, 81, 225 e 144 que apareceram no problema anterior têm uma característica
comum: são todos quadrados perfeitos.
Um quadrado perfeito é qualquer número que se obtém da multiplicação de um número
natural por ele mesmo.

Veja a tabela:
Número Quadrado perfeito
0 0
1 1
2 4
3 9
4 16
5 25
6 36
7 49
8 64
9 81
10 100
11 121
12 144
13 169
14 196
15 225
16 256
17 289
18 324
19 361
20 400
etc. etc.
Usando a tabela, vemos que, por exemplo:
172 = 289
82 = 64
Note ainda que o número que elevado ao quadrado dá 361 é 19.
Radiciação 161

3. Raiz quadrada
Se 12 ao quadrado é 144, então a raiz quadrada de 144 é 12.

122 = 144 2
144 =12

É importante saber que 2


n= n

3.1 Uso da calculadora


Para extrair a raiz quadrada de um número na calculadora é muito fácil. Basta pressionarmos
a tecla .
Exemplos:
Vamos calcular 1 950
Seq. de teclas Visor da calculadora
1 9 5 0 1 950
44.158804

E a raiz quadrada de 1 313?


Seq. de teclas Visor da calculadora
1 3 1 3 1 313
36.225341

Agora verifique como podemos utilizar a calculadora para resolver problemas que envolvem
raiz quadrada:

1. O quadrado de um número é 289. Que número é esse?

289 = 17
Resposta: O número é 17.
162 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

2. Um pátio quadrado tem 14 400m2 de área. Para murá-lo, é necessário saber a medida de
seus lados, ou seja, a medida dos lados do quadrado que forma o pátio. Qual é a medida
dos lados do terreno?
Sabemos que, no quadrado, Área = L2
L

L L

L
Área = L2
14 400 = L2

L = 14 400
L = 120m2

Resposta: 120m.

Exercícios
1. Calcule, com ajuda da sua calculadora.
a) 1 212

b) 1 887

c) 771

d) 128 + 137
Gráfico e função
Foi o filósofo e matemático francês René Descartes (1596-1660) quem criou a Geometria
Analítica ou Geometria Cartesiana.
Descartes estudou os fenômenos de Geometria por meio da Álgebra, estabelecendo
relações entre figuras geométricas e equações algébricas. Desse modo, a cada linha, Descartes
fez correspondência a uma equação; assim, cada propriedade da equação corresponde uma
propriedade da linha.

1. Plano cartesiano
Descartes estudou uma maneira de traduzir algebricamente a posição de um ponto num
plano. Criou então um sistema de representação gráfica dos pontos e linhas, que passou a ser
chamado sistema cartesiano ou plano cartesiano.
O plano cartesiano consiste em dois eixos perpendiculares entre si:
• O eixo x chama-se eixo das abscissas.
• O eixo y chama-se eixo das ordenadas.
eixo das ordenadas
y

eixo das abscissas


164 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

Acompanhe como os pontos são colocados no plano cartesiano:


Ponto Abscissa Ordenada Indicação
A 3 5 A (3, 5)
B –4 6 B (– 4, 6)
C –8 –3 C (– 8, – 3)
D 9 –1 D(9, –1)

y
B
6 A
5

-8 -4 0 3 9 x
-1 D

C -3

2. Função afim
É uma função do tipo y = ax + b, com a ≠ 0 quando x varia no conjunto dos números reais.
O gráfico de uma função afim é uma reta.
Na função y = ax + b
• a é chamado coeficiente angular da função; a ∈ IR, a ≠ 0
• b é chamado coeficiente linear da função; b ∈ IR.

2.1 Construção do gráfico y = ax + b


Como o gráfico de uma função afim y = ax + b é uma reta, basta localizarmos dois pontos
diferentes e traçar a reta que passa por eles.
Por dois pontos diferentes passa uma, e apenas uma reta.
Gráfico e função 165

Se fizermos x = 0, então:
y=a.0+b
y=0+b
y=b

(0, b)

0 x

O ponto é o ponto de interseção do gráfico com o eixo das ordenadas.

Se fizermos agora, y = 0, temos:

0 = ax + b

ax + b = 0

ax = –b
b
x=–
a
Assim:
y

 b  0 x
 − , 0
a

O ponto (– b , 0 ) é o ponto de interseção do gráfico com o eixo das abscissas.


a
166 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

Com isso, na função linear y = ax + b, a ≠ 0


• (– b , 0 ) é o ponto de interseção com o eixo das abscissas;
a
• (0, b) é o ponto de interseção com o eixo das ordenadas.
y

(0, b)

 b  0 x
 − , 0
a

Exercícios resolvidos

1. Construa o gráfico de y = – 3x + 5
• Interseção com o eixo das abscissas:
y=0
0 = – 3x + 5
3x = 5
5
x=
3
5
O ponto A ( , 0 ) é o ponto de interseção com o eixo das abscissas.
3
• Interseção com o eixo das ordenadas:
x=0
y=–3.0+5
y=0+5
y = 5
O ponto B (0, 5) é o ponto de interseção com o eixo das ordenadas.
Plotando os dois pontos no plano cartesiano, temos a reta a seguir:
Gráfico e função 167

B (0,5)

5
A( ,0)
3
0 x

2. Construa o gráfico de y = 5x + 1
Vamos achar a interseção de y = 5x + 1 com o eixo das abscissas:
y=0
0 = 5x + 1
5x = – 1
1 1
x = – , logo, temos o ponto ( – , 0).
5 5

Vamos achar agora a interseção de y = 5x+1 com o eixo das ordenadas:


x=0
y=5.0+1
y=0+1
y = 1, logo, temos o ponto (0, 1).

Plotando os dois pontos no plano cartesiano, temos a reta a seguir:


y

(0,1)

 1 
0 x
- ,0
 5 
168 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

3. Função quadrática
É toda função do tipo y = ax2 + bx + c com coeficientes reais e a ≠ 0.
O gráfico da função quadrática é uma curva chamada parábola.

3.1 Construção do gráfico de y = ax2 + bx + c

Exemplos:

1. Para esboçar o gráfico da função quadrática y = x2 – 2x – 3 vamos fazer uma tabela


atribuindo um certo número de valores para a variável x.

x y = x2 – 2x – 3 Indicação do ponto no gráfico


–2 y = (–2)2 – 2(–2) – 3 = 4 + 4 – 3 = 5 (–2, 5)
–1 y = (–1)2 – 2(–1) – 3 = 1 + 2 – 3 = 0 (–1, 0)
0 y = (0)2 – 2(0) – 3 = 0 + 0 – 3 = –3 (0, –3)
1 y = (1)2 – 2(1) – 3 = 1 – 2 – 3 = –4 (1, –4)
2 y = (2)2 – 2(2) – 3 = 4 – 4 – 3 = –3 (2, –3)
3 y = (3)2 – 2(3) – 3 = 9 – 6 – 3 = 0 (3, 0)
4 y = (4)2 – 2(4) – 3 = 16 – 8 – 3 = 5 (4, 5)

Se a > 0, a parábola tem


-2 -1 0 1 2 3 4 x concavidade para cima.
-1
-2
-3
-4
Gráfico e função 169

2. Construa o gráfico da função y = – x2 + 2x + 3


Solução:
Tabela atribuindo valores a x e calculando os valores correspondentes de y:

x y = –x2 + 2x + 3 Indicação do ponto no gráfico


–2 y = –(–2)2 + 2(–2) + 3 = –4 – 4 + 3 = –5 (–2, –5)
–1 y = –(–1)2 + 2(–1) + 3 = –1 – 2 + 3 = 0 (–1, 0)
0 y = –(0)2 + 2(0) + 3 = –0 + 0 + 3 = 3 (0, 3)
1 y = –(1)2 + 2(1) + 3 = –1 + 2 + 3 = 4 (1, 4)
2 y = –(2)2 + 2(2) + 3 = –4 + 4 + 3 = 3 (2, 3)
3 y = –(3)2 + 2(3) + 3 = –9 + 6 + 3 = 0 (3, 0)
4 y = –(4)2 + 2(4) + 3 = –16 + 8 + 3 = –5 (4, –5)

4
3

Se a < 0, a parábola tem


-2 -1 0 1 2 3 4 x concavidade para baixo.
-1
-2
-3
-4
-5
170 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

Exercícios
1. Construa agora os gráficos das seguintes funções lineares:
a) y = 2x + 3

x
b) y = – + 5
2

c) y = 8x – 2
Gráfico e função 171

2. Construa o gráfico das funções quadráticas a seguir:


a) y = 3x2 + 2

b) y = – x2 + 2x

c) y = x2 – 4x + 6
172 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

Anotações
Gabarito 173

Gabarito
Contagem
1. Colméia: hexágonos regulares; lua: círculo; cristais de gelo: ângulos.

2. Divisão da caça em partes iguais, medição de um pedaço de pele e fabricação de utensílios de


barro.

3. A Matemática ajuda-nos a estruturar as nossas idéias e definições, auxilia a desenvolver o raciocínio


na resolução de problemas e promove o desenvolvimento da concentração.

4. Oitenta e cinco mil, setecentos e cinqüenta reais.

5. a) 1 000 + 900 + 70 + 3
b) 1 000 + 900 + 80 + 0
c) 200 000 + 30 000 + 8 000 + 900 + 70 + 5
d) 2 000 + 4
e) 20 000 + 80 + 1

6. a) 30 202
b) 13 042
c) 2 112
d) 1 368

7. 999

Adição e subtração
1. 30 bolinhas.

2. R$10,00
174 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

Multiplicação e divisão
1. a) 120 conjuntos.
b) 120 x 12 = 1 440 pessoas.

2. 2 . 7 = 14 maneiras diferentes.

3. Cada pneu custou R$150,00.

4. Cada parcela será de R$800,00.

Frações (I)
2
1. a)
12

4
b)
8

2
c)
6

2.
2
5
1
5
1
7
3
3

2
3. a)
9

12
b)
100

3
c)
4
Gabarito 175

7
d)
13

4
e)
6

22
f )
39

4. a) 210
b) 310
c) 1 200
d) 48
e) 275

8
5. a)
7

9
b)
4

8
c)
6

6. a) 3 = 1
6 2

b) 2 = 1
10 5

c) 15 = 6
25 10

9
7. a)
25

9
b)
12

7
c)
15

2
d)
5
176 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

Frações (II)
11
1. a)
17

14
b)
11

c) 14 = 7
18 9

d) 5 = 1
10 2

8
2. a)
15

37
b)
110

7
c)
6

68
d)
45

229
e)
168

513
f)
505

13
g)
30

1
3. a)
10

9
b)
98

c) 12 = 3
104 26
Gabarito 177

d) 72 = 1
72
e) 6 = 1
12 2

2
4. a)
3

b) 28 = 7
24 6

33
c)
10

d) 96 = 32
75 25

Potenciação
1. a) 27
b) 93
c) 152
d) 64
e) 32

2. a) 8 x 8 x 8
b) 10 x 10
c) 0 x 0 x 0 x 0 x 0 x 0 x 0 x 0
d) 1 x 1 x 1 x 1 x 1

3. a) 1010
b) 37
c) 310
d) 512
e) 71 ou 7
f ) 211
g) 63
178 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

Expressões numéricas
1. a) 08
b) 98
c) 25
d) 88
e) 27

Geometria (I)
1.
F A

E B
triângulo

D C

A C
hexágono

E B
heptágono

D C

pentágono

A C

F A quadrilátero
E B

D C
Gabarito 179

2. a) eqüilátero
b) isósceles
c) escaleno

3.
A B

losango D C

A B

quadrado

D C

B
retângulo

A C

4.
A B

D C trapézio isósceles
A B

trapézio escaleno

D C

A B trapézio retângulo

D C
180 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

5. a) P = 3m + 5m + 4m = 12m
b) P = 4 x 6cm = 24cm
c) P = 4cm + 6cm + 5cm + 9cm = 24cm
d) P = 5 x 1,5cm = 7,5cm

6.

R = 5cm C=2.π.R
C = 2 . 3,14 . 5

C C = 31,4cm
Assim, se a circunferência fosse feita de um
arame, por exemplo, ao “esticarmos” obteríamos
aproximadamente 31,4cm.

7. 10 cm

Geometria (II)
1. 147m2

2. 64cm2

3. 27cm2

4. 3,14cm2

5. V = a3
V = 33
V = 27cm3

6. V = a3
V = 43
V = 64cm3
Gabarito 181

7. Aplicamos Regra de Três Simples:


m3 L
1 1 000
75 x
1 1000
= ∴1x = 75 . 1000
75 x
x = 75 000L

8. Aplicamos Regra de Três Simples:


L m3
1 000 1
5 x

1000 1
= ∴ 1000x = 5
5 x
5
x=
1000
x = 0, 005m3

Razão e proporção
1. a) 3 lê-se: três para quatro ou três está para quatro.
4
b) 1:5 lê-se: um para cinco ou um está para cinco.
4
c) 9 lê-se: quatro para nove ou quatro está para nove.

9
d) lê-se: nove para sete ou nove está para sete.
7
e) 5:10 lê-se: cinco para dez ou cinco está para dez.

2. a) numerador; denominador.
b) antecedente; conseqüente.
c) numerador; denominador.
d) antecedente; conseqüente.
182 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

3. a) 18 = 9 = 3
24 12 4

b) 6 = 2
27 9
12 6 2
c) = =
30 15 5
15 5 1
d) = =
60 20 4

e) 30 = 15 = 5
54 27 9
56 28 14 7
f ) = = =
88 44 22 11

4. a) 4 meninos = 2
2 meninas 1

b) 17 gols marcados = 17
21 gols sofridos 21

c) 320 abelhas depois = 320 = 160 = 32


150 abelhas antes 150 75 15

5. a) 3 = 6 ou 3 : 2 = 6 : 4 lê-se: três está para dois assim como seis está para quatro.
2 4

b) 4 = 8 ou 4 : 5 = 8 :10 lê-se: ­­quatro está para cinco assim como oito está para dez.
5 10

c) 12 = 4 ou 12 :15 = 4 : 5 lê-se: doze está para quinze assim como quatro está para cinco.
15 5

d) a = x ou a : b = x : y lê-se: ­­“a” está para “b” assim como “x” está para “y”.
b y

6. b) x = 5
45 9
9 . x = 45 . 5
225
9x = 225 ⇔ x =
9
x = 25
Gabarito 183

c) 48 = 12
x 5
x . 12 = 48 . 5
240
12x = 240 ⇔ x =
12
x = 20

d) 11: 3 = x : 6
11 x
=
3 6
3 . x = 11. 6
66
3x = 66 ⇔ x =
3
x = 22

7. b) 9cm = x
12cm 60
12 . x = 540
540
12x = 540 ⇔ x =
12
x = 45cm

c) 6cm = 4,5m
10cm x
6 . x = 10 . 4,5
45
6x = 45 ⇔ x =
6
x = 7,5m

Grandezas proporcionais (I): regra de três simples


1. a) diretamente

12 4 12 4 15 5
= = e =
15 5 18 6 18 6
184 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

b) inversamente
2 12 2 10 5 10
= = e =
5 30 6 30 6 12

2. a)
Tecido Preço
15m R$450,00
75m x
Quantidade de tecido e preço são grandezas diretamente proporcionais.
15m 450
= ⇒ 15 . x = 33 750
75m x
15x = 33 750
33 750
x= ⇒ x = 2 250
15

Resposta: 75m de tecido custam R$2.250,00.

b)
Tecido Uniformes
600m 200
x 700
Quantidade de tecido e quantidade de uniformes são grandezas diretamente proporcionais.

600m 200
= ⇒ 200 . x = 42 0000
x 700
x = 2 100m

Resposta: a indústria necessitará de 2 100m.

c)
Plástico Carrinhos de brinquedo
38kg 300
57kg x
Quantidade de plástico e quantidade de carrinhos de brinquedo são grandezas diretamente
proporcionais.

38kg 300
= ⇒ 38 . x = 17 100
57kg x
x = 450

Resposta: a indústria fabricará 450 carrinhos.


Gabarito 185

d)
Velocidade Tempo
90km 6h
x 4h
Velocidade e tempo são grandezas inversamente proporcionais.

Então:
90 4
= ⇒ 4 . x = 90 . 6
x 6
4x = 540
540
x= ⇒ x =135
4

Resposta: o automóvel deverá retornar com velocidade de 135km/h.

e)
Pedreiros Tempo
10 60 dias
15 x
O número de pedreiros e o tempo são grandezas inversamente proporcionais.

Então:
10 x
= ⇒ 15 . x = 600
15 60
15x = 600
600
x= ⇒ x = 40
15

Resposta: 15 pedreiros irão demorar apenas 40 dias.


f ) 3h20min = 3 x 60min + 20min = 200min
Velocidade Tempo
45km/h 200min
72km/h x
Velocidade e tempo são grandezas inversamente proporcionais.
Então:
45 x
= ⇒ 72 . x = 9 000
72 200
x = 125 min
125 min ≅ 2h8min

Resposta: fará o percurso em 2h8min.


186 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

g) Calculando a área total do campo de futebol:


A = 64 x 90
A = 5760m2

Quantidade Área
1kg 16m2
x 5760m2
Quantidade e área são grandezas diretamente proporcionais.
Então:

1 = 16 → 16 . x = 1 . 5760
x 5760

16x = 5760

5760
x=
16
x = 360kg

Resposta: o jardineiro vai precisar de 360kg de sementes.

Grandezas proporcionais (II): regra de três composta


1. 2 160 tijolos

2. 1h

3. 10h/dia

4. 12 operários

5. 4 dias

6. 25 homens

7. 36km/h

8. 24 dias

9. 320 objetos
Gabarito 187

Porcentagem e juro
1. a) 10,60
b) 1 496
c) R$1.350,00

2. R$8,80

3. R$2.675,00

4. R$2,42

5. R$294,40

6. R$51.600,00

7. R$8.490,90

Equações do 1.o grau


1. c) 2x + 5 = 13
d) 2x = 22
e) 2x + 3x = 25
f ) x + x = 5
6

2. c) x = 21

d) x = 4

f ) x = 5

g) x = 1

i) x = 3

l) x = 86 ou x = 17,2
5

188 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

5. x = 9kg

6. x = 5kg

9. x=8

10. x = 12

Equações do 2.o grau


1. a) x' = 11 ou x" = – 11

b) x' = 5 ou x" = – 5

c) x' = 8 ou x" = – 8

d) não existe solução no conjunto dos números reais.

e) x' = 3 ou x" = -3

f) não existe solução no conjunto dos números reais.

1
2. a) x' = 0 ou x" =
2
b) x' = 0 ou x" = 1

c) x' = 0 ou x" = 14
1
d) x' = 0 ou x" = –
7

3. a) x' = 2 ou x" = 8

b) x' = 2 ou x" = 5

c) x' = 1 ou x" = 4

d) x' = –7 ou x" = 1

e) x' = –10 ou x" = 34

f) x' = –3 ou x" = 1
5 1
g) x' = – ou x" =
2 2
Gabarito 189

4. a) número menor: 8
número maior: 9

b) 7
1
c) 4 ou
4
d) 0 ou 3

Sistemas lineares 2 x 2
1. a) x = 2 e y = 1

b) x = –1 e y = –2

c) x = 0 e y = 6

2. a) x = 3 e y = –6
b) x = –4 e y = –2
c) x = –2 e y = 3

3. a) 9 e 2
b) 2 e 6
c) 2 e 5
d) –1 e 4

Radiciação
1. a) 34,8138

b) 43,4396

c) 27,7669

d) 23,0184
190 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

Gráfico e função
1. a)
y

(0, 3)

( – 3 ,0)
2
0 x

b)
y (0, 5)

(10, 0)
0 x

c)
y

0 ( 1 ,0) x
4
(0, –2)

2. a)
y

–1 0 1 x
Gabarito 191

b)
y

0 1 2 x

c)

y
6

-2 -1 0 1 2 3 4 x
-1
-2
-3
192 Matemática Elementar I – Caderno de Atividades

Anotações
Referências 193

Referências
CARAÇA, Bento de Jesus. Conceitos Fundamentais da Matemática. 9 ed. Lisboa: Sá da Costa, 1989.

COXFORD, Arthur F.; SHULTE, Albert P. As Idéias da Álgebra. São Paulo: Atual, 1995.

DIEUDONNÉ, Jean. A Formação da Matemática Moderna. Lisboa: Dom Quixote, 1990.

DOMINGUES, Hygino H. Fundamentos de Aritmética. São Paulo: Atual, 1998.

EVES, Howard Whitley. Introdução à História da Matemática. Campinas: Unicamp, 2004.

FETISSOV, A. I. A Demonstração em Geometria. São Paulo: Atual, 1994. 74 p.

IEZZI, Gelson; MURAKAMI, Carlos. Fundamentos de Matemática Elementar I: conjuntos e funções. 7.


ed. São Paulo: Atual, 1993.

JOINT COMMITTEE OF THE MATHEMATICAL ASSOCIATION OF AMERICA AND THE NATIONAL COUNCIL
OF TEACHERS OF MATHEMATICS. Aplicações da Matemática Escolar. São Paulo: Atual, 1997.

KRULIK, Stephen; REYS, Robert E. A Resolução de Problemas na Matemática Escolar. São Paulo: Atual,
1998.

LIMA, Elon Lages. Matemática e Ensino. 3. ed. Rio de Janeiro: Sociedade Brasileira de Matemática,
2007.

SILVA, Circe Mary Silva da. Explorando as Operações Aritméticas com Recursos da História da
Matemática. Brasília: Plano, 2003.

STRUIK, Dirk J. História Concisa das Matemáticas. 2 ed. rev. ampl. Lisboa: Gradiva, 1992.
Hino Nacional
Poema de Joaquim Osório Duque Estrada
Música de Francisco Manoel da Silva

Parte I Parte II

Ouviram do Ipiranga as margens plácidas Deitado eternamente em berço esplêndido,


De um povo heróico o brado retumbante, Ao som do mar e à luz do céu profundo,
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos, Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Brilhou no céu da pátria nesse instante. Iluminado ao sol do Novo Mundo!

Se o penhor dessa igualdade Do que a terra, mais garrida,


Conseguimos conquistar com braço forte, Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;
Em teu seio, ó liberdade, “Nossos bosques têm mais vida”,
Desafia o nosso peito a própria morte! “Nossa vida” no teu seio “mais amores.”

Ó Pátria amada, Ó Pátria amada,


Idolatrada, Idolatrada,
Salve! Salve! Salve! Salve!

Brasil, um sonho intenso, um raio vívido Brasil, de amor eterno seja símbolo
De amor e de esperança à terra desce, O lábaro que ostentas estrelado,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido, E diga o verde-louro dessa flâmula
A imagem do Cruzeiro resplandece. – “Paz no futuro e glória no passado.”

Gigante pela própria natureza, Mas, se ergues da justiça a clava forte,


És belo, és forte, impávido colosso, Verás que um filho teu não foge à luta,
E o teu futuro espelha essa grandeza. Nem teme, quem te adora, a própria morte.

Terra adorada, Terra adorada,


Entre outras mil, Entre outras mil,
És tu, Brasil, És tu, Brasil,
Ó Pátria amada! Ó Pátria amada!

Dos filhos deste solo és mãe gentil, Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Pátria amada,
Brasil! Brasil!

Atualizado ortograficamente em conformidade com a Lei 5.765, de 1971, e com o artigo 3.º da Convenção Ortográfica
celebrada entre Brasil e Portugal em 29/12/1943.

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