You are on page 1of 6

CONSELHO MUNICIPAL DE DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

- CMDCA -

CONSELHO MUNICIPAL DE DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE


DE ITANHÉM – BAHIA

REGIMENTO INTERNO

CAPÍTULO I
DA NATUREZA

Artigo primeiro - O Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente,


Órgão normativo, deliberativo, fiscalizador e controlador das políticas de
atendimento aos Direitos da Criança e do Adolescente e das ações
governamentais e não governamentais, tem o seu funcionamento regulado por
este Regimento.
Parágrafo único – O Conselho Municipal de Direitos da Criança e do
Adolescente, criado pela Lei Nº 058/2004, de 19 de março de 2004, vincula-se
administrativamente à Secretaria do Bem Estar Social.

CAPÍTULO II
DA FINALIDADE

Artigo segundo – O CMDCA tem por finalidade assegurar à criança e ao


adolescente, com absoluta prioridade, a efetivação dos Direitos à vida, à saúde, à
educação, à profissionalização, à moradia, ao lazer, à proteção no trabalho, à
cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade, e a convivência familiar e
comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência,
discriminação, abuso, exploração, violência, crueldade e opressão.

Artigo terceiro – O CMDCA tem competência definida nos termos do artigo 7º da


Lei Municipal Nº 058/2004.

CAPITULO III
DA COMPOSIÇÃO

Artigo quarto – O CMDCA com representação paritária de entidades


governamentais e não governamentais, tem sua composição definida nos termos
do artigo 6º da Lei Municipal Nº 058/2004.

Artigo quinto – Só poderá representar entidades não governamentais, legalmente


constituídas com atuação comprovada de pelo menos 2 (dois) anos em atividade
relacionada com o atendimento, garantia e promoção dos direitos da criança e do
adolescente no Município.

1
Artigo sexto – As entidades não governamentais elegerão em assembléia, a cada
biênio, as entidades e seus respectivos representantes no Conselho.
Parágrafo único – O processo eleitoral e as diretrizes para as eleições dos
representantes das entidades civis, serão fixados por Edital do Conselho.

Artigo sétimo – Os membros do Conselho e os respectivos suplentes exercerão


mandato de 2 (dois) anos, admitindo-se a recondução apenas por uma vez e por
igual período.

Artigo oitavo – A função dos membros do CMDCA é considerada de interesse


público relevante e não será remunerada.

Artigo nono – O CMDCA elegerá entre seus membros, titulares e suplentes, o


Presidente e o Vice-Presidente.
Parágrafo primeiro – A eleição destes membros far-se-á após a instalação do
Conselho.
Parágrafo segundo – Ocorrendo vacância dos cargos, por período superior a 2
(dois) meses, far-se-á nova eleição, nos termos deste Regimento, para
complementação dos respectivos mandatos.
Parágrafo terceiro – Os cargos da Presidência serão ocupados mediante a
apresentação de chapas paritárias, compostas de Conselheiro representante do
Poder Público e Conselheiro representante das entidades não governamentais.
Parágrafo quarto – O membro titular que faltar a 2 (duas) reuniões consecutivas
ou a 4 (quatro) alternadas no período de 1 (um) ano, sem justificativa ou
substituição pelo suplente, poderá ser desligado do Conselho, efetivando-se a
suplência.
Parágrafo quinto – A vacância de representação será preenchida por indicação
da mesma entidade e, no caso de omissão, pelo CMDCA.

CAPÍTULO IV
DA ESTRUTURA

Artigo décimo – O CMDCA constitui-se da seguinte estrutura:


I – Plenário
II – Presidência
III – Secretaria Executiva
IV – Câmaras Técnicas

Artigo décimo primeiro – O Plenário dos membros do Conselho é fórum máximo


normativo e deliberativo do Conselho, que se reunirá em sessão ordinária a cada
segunda-feira da 2ª (segunda) semana de cada mês e, extraordinariamente, por
convocação escrita do Presidente ou sempre que pelo menos 1/3 (um terço) de
seus membros julgarem necessário.
Parágrafo primeiro – è indispensável a presença da maioria simples dos
membros do Conselho para a realização das sessões do Plenário.
Parágrafo segundo – As sessões do Plenário são públicas.
Parágrafo terceiro – Das sessões do Plenário serão lavradas atas em livro
próprio.
Parágrafo quarto – A convocação para as reuniões do Plenário será feita pela
Presidência, através de circular direta ou Edital, tendo o mesmo valor a ciência
dada em ato anterior.
2
Parágrafo quinto – As sessões ordinárias e extraordinárias obedecerão ao
seguinte funcionamento:
I – Abertura;
II – Leitura e aprovação da ata da sessão anterior;
III – Discussão e votação da matéria em pauta:
IV – Avisos, comunicações, registro de fatos, apresentação de proposições e
moções, correspondência de interesse do Plenário;
V – Encerramento.
Parágrafo sexto – Não será objeto de discussão ou votação matéria que não
conste da pauta, salvo decisão do Plenário, devendo a matéria extra pauta entrar
após conclusão do trabalho programado para a sessão.
Parágrafo sétimo – Terão direito a voto todos os membros titulares presente à
reunião ou seus suplentes, na falta dos mesmos.
Parágrafo oitavo – Quando houver necessidade de voto, este será secreto.

Artigo décimo segundo – Poderão participar do Conselho, com direito a voz,


representantes de organismos Públicos Municipais, Estaduais e Federais e do
Ministério Público, do Poder Judiciário e do Poder Legislativo e órgãos
internacionais e privados.

Artigo décimo terceiro – Para aprovação das resoluções do Conselho será


necessário, no mínimo, o voto da maioria simples do total dos membros presentes
à Assembléia.

Artigo décimo quarto – Compete ao Presidente do Conselho:


I– Representar o Conselho em juízo ou fora dele;
II – Presidir as sessões Plenárias, tomando parte nas discussões e votações,
com direito a voto;
III – Decidir, soberanamente, as questões de ordem, reclamações e solicitações
em Plenário;
IV – Convocar sessões ordinárias, extraordinárias ou solenes;
V – Proferir voto de desempate nas sessões Plenárias;
VI – Distribuir matérias às Câmaras Técnicas;
VII – Nomear membros das Câmaras Técnicas e eventuais relatores substitutos;
VIII – Assinar as correspondências oficiais do Conselho;
IX – Representar o Conselho nas solenidades e zelar pelo seu prestígio;
X – Providenciar junto ao Poder Público Municipal a designação de funcionários,
alocação de bens e liberação de recursos necessários ao funcionamento dos
Conselhos Tutelares;
XI – Enviar ao Ministério Público competente, após aprovação do Plenário, as
listas com os nomes de pessoas e respectivos números das Cédulas de
Identidade, com direito a voto, e as chapas inscritas para homologação, bem como
instruir o processo da eleição dos Conselhos Tutelares;
XII – Apresentar à Secretaria a qual se vincula a previsão orçamentária para a
manutenção do Conselho;
XIII – Praticar todos os atos administrativos de competência do Órgão.

Artigo décimo quinto – Compete ao Vice-Presidente:


I – Substituir o Presidente em seus faltas ou impedimentos;
II – Colaborar com a Presidência no exercício das suas atribuições;
III – Praticar outros atos inerentes à função.
3
CAPÍTULO V
DA SECRETARIA

Artigo décimo sexto – A Secretaria do Conselho será exercida pelo Secretário


geral, com assessoria técnica e apoio administrativo da Secretaria Municipal /
Departamento ao qual estiver vinculado o Conselho.
Parágrafo único – Nas ausências ou impedimentos do Secretário geral, o
Presidente indicará um substituto para o exercício de suas funções.

Artigo décimo sétimo – A Secretaria manterá:


I – Registro de correspondências recebidas e remetidas, com os nomes dos
remetentes e destinatários e respectivas datas;
II – Livro de ata das sessões Plenárias;
III – Livro de registro da posse dos membros dos Conselhos Tutelares;
IV – Cadastro das entidades governamentais e não governamentais que prestam
assistência e atendimento à criança e ao adolescente, contendo a denominação,
localização, regime de atendimento, número de crianças e/ou adolescentes
atendidos, que constituem seu grupo de apoio, com direito a voto nas eleições dos
Conselhos Tutelares, bem como respectivas alterações;
V – Cadastro dos membros dos Conselhos Tutelares com anotação quanto a
posse, exercício, férias, licença, afastamento, vacância e demais circunstâncias
pertinentes à vida funcional, com arquivo em pasta individual e cópia dos
documentos apresentados.

Artigo décimo oitavo – Compete ao Secretário Geral:


I – Coordenar e controlar os serviços administrativos do Órgão;
II – Assessorar o Presidente nos assuntos pertinentes ao Conselho;
III – Organizar, com a aprovação do Presidente, a ordem do dia para as reuniões;
IV – Tomar providências administrativas necessárias à convocação, instalação e
funcionamento das reuniões do Conselho;
V – Preparar relatório anual do Conselho;
VI – Secretariar as reuniões e executar as demais atribuições inerentes ao cargo;
VII – Representar o Conselho em solenidades, as quais o Presidente ou o Vice –
Presidente não possam comparecer;
Parágrafo único – O Secretário Executivo será escolhido pela Presidência dentre
os servidores públicos colocados à disposição do Conselho com apoio técnico.

CAPÍTULO VI
DAS CÂMARAS TÉCNICAS

Artigo décimo nono – O CMDCA será constituído por 03 (três) Câmaras


Técnicas.
Artigo vigésimo – As Câmaras Técnicas terão as seguintes atribuições:

I – Primeira Câmara Técnica:


a) Dar pareceres sobre matéria financeira, orçamentária e patrimonial;
4
b) Dar pareceres sobre a prestação de contas do Conselho Curador do
Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente;
c) Dar pareceres no caso de alienação de bens.
II – Segunda Câmara Técnica:
a) Dar pareceres em matéria de Direito;
b) Dar pareceres em matéria educacional;
c) Dar pareceres em matéria de proposição para reforma do Regimento
Interno.
III – Terceira Câmara Técnica:
a) Dar pareceres sobre matéria relativa ao bem estar social;
b) Dar pareceres sobre matéria relativa ao trabalho;
c) Dar pareceres sobre matéria relativa à saúde.
d) Dar pareceres sobre matéria relativa às demais áreas de interesse do
Conselho.

Artigo vigésimo primeiro – O mandato dos membros da Câmaras Técnicas será


o mesmo dos Conselheiros, prevista no parágrafo 2º (segundo) do artigo sexto da
Lei Municipal Nº 058/2004.

Artigo vigésimo segundo – Os membros das Câmaras Técnicas terão o prazo


de 08 (oito) dias para emitirem um parecer em processos de sua competência.

Artigo vigésimo terceiro – As Câmaras Técnicas são órgãos delegados,


auxiliares do Plenário, a quem compete verificar, vistoriar, fiscalizar, opinar e emitir
parecer sobre as matérias que lhes forem distribuídas.
Parágrafo único – Serão criadas tantas Câmaras Técnicas quantas forem
necessárias. As Câmaras Técnicas serão compostas de um Coordenador, um
relator e por especialistas na sua área de atuação, que emitirão parecer sobre
todas as matérias que lhes forem distribuídas.
Inciso primeiro – Os componentes das Câmaras Técnicas serão nomeados pelo
Plenário em Assembléias.
Parágrafo segundo – Os pareceres das Câmaras Técnicas serão apreciados,
discutidos e votados em sessão Plenária.
Parágrafo terceiro – No caso de rejeição do parecer será nomeado um novo
relator, que emitirá parecer retratando a decisão do Plenário.
Parágrafo quarto – Os pareceres aprovados pelo Conselho poderão ser
transformados em Resoluções.
Parágrafo quinto – As Câmaras, formadas por livre escolha em decisão no
Plenário, serão compostas, no mínimo 02 (dois) Conselheiros efetivos e até 05
(cinco) convidados.
Parágrafo sexto – Poderá participar das reuniões das Câmaras Técnicas, como
convidados especiais, representantes de instituições, entidades e/ou pessoas que
tenham algum vínculo com a questão da criança e do adolescente.

Artigo vigésimo quarto – Compete ao Coordenador:


I – Convocar e dirigir as reuniões da Câmara;
II – Encaminhar ao Plenário os estudos e propostas da Câmara.

Artigo vigésimo quinto – Compete ao Relator:


I – Secretariar as reuniões da Câmara;
II – Auxiliar o Coordenador nas atividades da Câmara;
5
III – Substituir o Coordenador nas suas faltas e impedimentos.

CAPÍTULO VII
DAS DISPOSIÇÕES

Artigo vigésimo sexto – O poder Público Municipal colocará à disposição do


Conselho recursos humanos, materiais e financeiros necessários ao seu
funcionamento.
Parágrafo único – Os servidores de Órgãos e Entidades Públicas e/ou privadas
que venham a ser cedidas ao CMDCA cumprirá, no desempenho de suas funções,
a jornada de trabalho exigida pelos Órgãos / Entidades cedentes.

Artigo vigésimo sétimo – Os casos omissos e as dúvidas de interpretação deste


Regimento serão resolvidos pelo Plenário do Conselho.

Artigo vigésimo oitavo – O presente Regimento poderá ser modificado com a


aprovação de maioria simples dos membros do Conselho em reunião
especialmente convocada para este fim.

Artigo vigésimo nono – Este Regimento entrará em vigor na data da sua


publicação.

Itanhém-Bahia, 20 de junho de 2006

You might also like