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Origem da palavra
A pessoa humana é o sujeito pleno, livre, consciente e único, capaz de pensar, sentir,
relacionar e agir no mundo.
Constitui o ser humano racional e livre, definido pela sua dimensão de sujeito moral e
espiritual, plenamente consciente do bem e do mal, autônomo e responsável.
A pessoa traz traços bem peculiares do indivíduo da espécie humana, mas distinto dos
indivíduos das espécies animais, que se encontram essencialmente subordinadas ao bem geral do
grupo.
Tem todas as faculdades necessárias para viver: inteligência, vontade, liberdade, sentimentos,
imaginação, memória, percepção e ação.
Visão moderna
Em nossos dias, sem negar os elementos da definição clássica, os pensadores sublinham com
preferência o aspecto dialogal da pessoa humana: ser de relação.
Trata-se de uma concepção antropológica que vem da filosofia humanista e personalista (E.
Mounier, M. Buber, E. Brunner, E. Levinas).
O pensamento atual concebe a pessoa como ser de relação.
Toda a pessoa é ser de comunhão e de diálogo, que é um “eu” que se relaciona com um “tu” e
ambos formam um “nós”.
Todo ser humano se desenvolve como pessoa em todas suas dimensões, isto é, em seu
relacionamento com Deus, com os outros, consigo mesmo e com o mundo.
A pessoa não só é um ser em diálogo intelectual e racional, mas de compenetração no amor. A
base da pessoa humana é o amor, que dá sentido à sua existência e a abre para a convivência com os
outros.
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O amor é a atitude ou a atividade na qual um sujeito particular encontra sua realização plena
como pessoa. Os pensadores atuais insistem que a sociedade pressupõe a existência e o valor da
pessoa humana. Não existe contraposição entre os dois conceitos, mas um exige o outro. A
sociedade deve respeitar a dignidade e os direitos das pessoas humanas que a compõem.
1. Imagem de Deus
De acordo com a antropologia teológica, a pessoa é ser inteligente, livre e responsável, que
assume seu papel de sujeito de sua própria identidade e agente da construção da sociedade. O ser
humano é a consciência do universo, é responsável por transformar a natureza com ordem, respeito
e equilíbrio. A pessoa humana é chamada a ser agente de transformação da história.
O ser humano é convocado por vocação a viver em solidariedade e comunhão, auxiliando
assim na implantação do Reino de felicidade.
A pessoa humana é um ser ao mesmo tempo corporal e espiritual (Gn. 2.7). A unidade da
alma e do corpo é tão profunda que se deve considerar a alma a forma do corpo, isto é, é graças a
alma que o corpo, que é material, torna-se humano e vivo. Na pessoa humana, o corpo e a alma
formam uma única natureza.
O corpo humano participa da dignidade da imagem de Deus porque está destinado a ser
templo do Espírito Santo e a ressuscitar no último dia. A alma que é o princípio espiritual que
anima o ser humano, não vem dos pais, mas é criada diretamente por Deus no momento da
concepção humana, sendo imortal.
Como ser moral, a pessoa humana tem a capacidade para distinguir entre o bem e o mal
(consciência moral). A pessoa humana é dotada de consciência moral, que a leva a ter o senso
daquilo que é certo ou errado. Pela sua consciência moral, o ser humano é capaz de saber o que
deve ser e fazer. Por isso, é chamado a agir de acordo com os critérios de verdade e de bem, de
justiça e de solidariedade. A consciência moral da pessoa influencia e dirige sua conduta humana no
dia-a-dia.
A pessoa humana é um ser livre. Todo o ser humano, e somente ele, é um ser moral, uma vez
que está chamado a assumir e a construir a sua própria existência.
É um ser livre e responsável, pois tem a capacidade para tomar suas próprias decisões e
responder por elas. Só a pessoa humana é sujeito de moralidade. Só ela é capaz de fazer ações
morais.
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