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6 SÉRIE 7 ANO
ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS
Volume 2
EDUCAÇÃO
FÍSICA
Linguagens
CADERNO DO PROFESSOR
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO
MATERIAL DE APOIO AO
CURRÍCULO DO ESTADO DE SÃO PAULO
CADERNO DO PROFESSOR
EDUCAÇÃO FÍSICA
ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS
6a SÉRIE/7o ANO
VOLUME 2
Nova edição
2014 - 2017
São Paulo
Governo do Estado de São Paulo
Governador
Geraldo Alckmin
Vice-Governador
Guilherme Afif Domingos
Secretário da Educação
Herman Voorwald
Secretária-Adjunta
Cleide Bauab Eid Bochixio
Chefe de Gabinete
Fernando Padula Novaes
Subsecretária de Articulação Regional
Rosania Morales Morroni
Coordenadora da Escola de Formação e
Aperfeiçoamento dos Professores – EFAP
Silvia Andrade da Cunha Galletta
Coordenadora de Gestão da
Educação Básica
Maria Elizabete da Costa
Coordenadora de Gestão de
Recursos Humanos
Cleide Bauab Eid Bochixio
Coordenadora de Informação,
Monitoramento e Avaliação
Educacional
Ione Cristina Ribeiro de Assunção
Coordenadora de Infraestrutura e
Serviços Escolares
Dione Whitehurst Di Pietro
Coordenadora de Orçamento e
Finanças
Claudia Chiaroni Afuso
Presidente da Fundação para o
Desenvolvimento da Educação – FDE
Barjas Negri
Senhoras e senhores docentes,
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo sente-se honrada em tê-los como colabo-
radores nesta nova edição do Caderno do Professor, realizada a partir dos estudos e análises que
permitiram consolidar a articulação do currículo proposto com aquele em ação nas salas de aula
de todo o Estado de São Paulo. Para isso, o trabalho realizado em parceria com os PCNP e com
os professores da rede de ensino tem sido basal para o aprofundamento analítico e crítico da abor-
dagem dos materiais de apoio ao currículo. Essa ação, efetivada por meio do programa Educação
— Compromisso de São Paulo, é de fundamental importância para a Pasta, que despende, neste
programa, seus maiores esforços ao intensificar ações de avaliação e monitoramento da utilização
dos diferentes materiais de apoio à implementação do currículo e ao empregar o Caderno nas ações
de formação de professores e gestores da rede de ensino. Além disso, firma seu dever com a busca
por uma educação paulista de qualidade ao promover estudos sobre os impactos gerados pelo uso
do material do São Paulo Faz Escola nos resultados da rede, por meio do Saresp e do Ideb.
Enfim, o Caderno do Professor, criado pelo programa São Paulo Faz Escola, apresenta orien-
tações didático-pedagógicas e traz como base o conteúdo do Currículo Oficial do Estado de São
Paulo, que pode ser utilizado como complemento à Matriz Curricular. Observem que as atividades
ora propostas podem ser complementadas por outras que julgarem pertinentes ou necessárias,
dependendo do seu planejamento e da adequação da proposta de ensino deste material à realidade
da sua escola e de seus alunos. O Caderno tem a proposição de apoiá-los no planejamento de suas
aulas para que explorem em seus alunos as competências e habilidades necessárias que comportam
a construção do saber e a apropriação dos conteúdos das disciplinas, além de permitir uma avalia-
ção constante, por parte dos docentes, das práticas metodológicas em sala de aula, objetivando a
diversificação do ensino e a melhoria da qualidade do fazer pedagógico.
Contamos com nosso Magistério para a efetiva, contínua e renovada implementação do currículo.
Bom trabalho!
Herman Voorwald
Secretário da Educação do Estado de São Paulo
A NOVA EDIÇÃO
Os materiais de apoio à implementação f incorporar todas as atividades presentes
do Currículo do Estado de São Paulo nos Cadernos do Aluno, considerando
são oferecidos a gestores, professores e alunos também os textos e imagens, sempre que
da rede estadual de ensino desde 2008, quando possível na mesma ordem;
foram originalmente editados os Cadernos f orientar possibilidades de extrapolação
do Professor. Desde então, novos materiais dos conteúdos oferecidos nos Cadernos do
foram publicados, entre os quais os Cadernos Aluno, inclusive com sugestão de novas ati-
do Aluno, elaborados pela primeira vez vidades;
em 2009. f apresentar as respostas ou expectativas
de aprendizagem para cada atividade pre-
Na nova edição 2014-2017, os Cadernos do sente nos Cadernos do Aluno – gabarito
Professor e do Aluno foram reestruturados para que, nas demais edições, esteve disponível
atender às sugestões e demandas dos professo- somente na internet.
res da rede estadual de ensino paulista, de modo
a ampliar as conexões entre as orientações ofe- Esse processo de compatibilização buscou
recidas aos docentes e o conjunto de atividades respeitar as características e especificidades de
propostas aos estudantes. Agora organizados cada disciplina, a fim de preservar a identidade
em dois volumes semestrais para cada série/ de cada área do saber e o movimento metodo-
ano do Ensino Fundamental – Anos Finais e lógico proposto. Assim, além de reproduzir as
série do Ensino Médio, esses materiais foram re- atividades conforme aparecem nos Cadernos
vistos de modo a ampliar a autonomia docente do Aluno, algumas disciplinas optaram por des-
no planejamento do trabalho com os conteúdos crever a atividade e apresentar orientações mais
e habilidades propostos no Currículo Oficial detalhadas para sua aplicação, como também in-
de São Paulo e contribuir ainda mais com as cluir o ícone ou o nome da seção no Caderno do
ações em sala de aula, oferecendo novas orien- Professor (uma estratégia editorial para facilitar
tações para o desenvolvimento das Situações de a identificação da orientação de cada atividade).
Aprendizagem.
A incorporação das respostas também res-
Para tanto, as diversas equipes curricula- peitou a natureza de cada disciplina. Por isso,
res da Coordenadoria de Gestão da Educação elas podem tanto ser apresentadas diretamente
Básica (CGEB) da Secretaria da Educação do após as atividades reproduzidas nos Cadernos
Estado de São Paulo reorganizaram os Cader- do Professor quanto ao final dos Cadernos, no
nos do Professor, tendo em vista as seguintes Gabarito. Quando incluídas junto das ativida-
finalidades: des, elas aparecem destacadas.
Além dessas alterações, os Cadernos do possibilitando que os conteúdos do Currículo
Professor e do Aluno também foram anali- continuem a ser abordados de maneira próxi-
sados pelas equipes curriculares da CGEB ma ao cotidiano dos alunos e às necessidades
com o objetivo de atualizar dados, exemplos, de aprendizagem colocadas pelo mundo con-
situações e imagens em todas as disciplinas, temporâneo.
Seções e ícones
?
!
Homework Roteiro de
experimentação
Atividade Avaliadora 25
Atividade Avaliadora 37
Atividade Avaliadora 54
Atividade Avaliadora 72
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Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 2
integrada ao processo de ensino e aprendiza- nem restringir sua criatividade, como profes-
gem, sem estabelecer procedimentos isolados sor, para outras atividades ou variações de
e formais. As Atividades Avaliadoras devem abordagem dos mesmos temas.
favorecer a geração, por parte dos alunos,
de informações ou indícios, qualitativos e Nesse mesmo sentido, o Caderno do Alu-
quantitativos, verbais e não verbais, que se- no é mais um instrumento para servir de
rão interpretados pelo professor, nos termos apoio ao seu trabalho e ao aprendizado dos
das competências e habilidades que se pre- alunos. Elaborado a partir do Caderno do
tende desenvolver em cada tema/conteúdo. Professor, esse material adicional não tem a
Privilegia-se a proposição de Situações de pretensão de restringir ou limitar as possibi-
Aprendizagem que favoreçam a aplicação dos lidades do seu fazer pedagógico.
conhecimentos em situações reais e a elabora-
ção de textos-síntese relacionados aos temas De acordo com o projeto político-pedagó-
abordados. São também priorizados os ques- gico da escola e do planejamento do compo-
tionamentos dirigidos aos alunos ao longo nente curricular, é possível que os temas nele
das aulas, para que se verifique a compreen- elencados, selecionados dentre os propostos
são dos conteúdos e a aquisição das compe- no Caderno do Professor, não coincidam
tências e habilidades propostas. com as atividades que vêm sendo desenvol-
vidas na escola. Neste caso, a expectativa é
A quadra é o tradicional espaço de aula de subsidiar o seu trabalho para que as compe-
Educação Física, mas algumas Situações tências e habilidades propostas, tanto no Ca-
de Aprendizagem aqui sugeridas poderão derno do Professor quanto no Caderno do
ser desenvolvidas no espaço convencional da Aluno, sejam alcançadas.
sala de aula, no pátio externo, na biblioteca,
na sala de informática ou de vídeo, bem como Para otimizar o tempo pedagogicamente
em espaços da comunidade local, desde que necessário para a aula, o Caderno do Aluno
compatíveis com as atividades programadas. apresenta as Situações de Aprendizagem de
Algumas etapas podem ser também realiza- caráter teórico, também propostas no Cader-
das pelos alunos como atividade extra-aula no do Professor, como sugestões de pesquisa e
(pesquisas, produção de textos etc.). atividades de lição de casa. Além disso, traz,
em todos os volumes, dicas sobre nutrição e
As orientações e sugestões a seguir têm postura, a fim de contribuir para a construção
por objetivo oferecer-lhe subsídios para o de- da autonomia dos alunos, um dos princípios
senvolvimento dos temas apresentados. Não do Currículo da disciplina.
pretendem apresentar as Situações de Apren-
dizagem como as únicas a serem realizadas, Isto posto, professor, bom trabalho!
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TEMA 1 – ESPORTE – MODALIDADE INDIVIDUAL:
GINÁSTICA RÍTMICA (GR)
A ginástica faz parte das manifestações brasileiras que tiveram atuação importante para
humanas há muito tempo, algo que já apon- o desenvolvimento dessa modalidade esporti-
tamos em outros Cadernos. va. Nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg,
no Canadá, em 1999, o conjunto brasileiro en-
Apropriar-se de experiências significativas cantou os espectadores com uma apresentação
do Se-Movimentar coloca-nos diante de difíceis fantástica e com a conquista da medalha de
desafios pedagógicos, dada a complexidade ouro. Em 2011, o conjunto brasileiro tornou-se
de como alguns elementos da Cultura de Mo- tetracampeão nos jogos Pan-Americanos.
vimento nos são apresentados. O universo da
Cultura de Movimento da ginástica e suas dife- As manifestações gímnicas do esporte
rentes modalidades não foge à regra. são conhecidas ou tornam-se mais “popula-
res” sempre que há um calendário esportivo
Sabemos que a ginástica como elemento amplamente divulgado ou quando um atleta se
da Cultura de Movimento, historicamente, destaca em um evento nacional ou internacio-
constituiu as mais diversas modalidades es- nal (como por ocasião dos Jogos Olímpicos) e
portivas que conhecemos no mundo con- passa a ser objeto de ampla atenção das mídias.
temporâneo. As corridas, os saltos, as lutas,
dentre outros exercícios físicos, eram sinôni- A GR caracteriza-se no cenário esportivo
mos de ginástica. como uma modalidade exclusivamente femini-
na, mas há um forte movimento internacional
A GR constituiu-se a partir da Segunda para difundir a prática da GR masculina. Ele
Guerra Mundial como modalidade esportiva, está concentrado em países como Japão, Rússia,
mas já era praticada desde o final da Primeira Canadá, EUA, Coreia do Sul, Malásia e Méxi-
Guerra. Não possuía nome específico nem códi- co, onde as competições masculinas de GR já
go de regras. Foram os russos, por volta de 1946, são comuns. Nessa modalidade, os exercícios
que introduziram a música nessa manifestação, são realizados com acompanhamento musical.
e o termo “rítmica” passou a ser incorporado.
No universo escolar, a GR como modali-
Ela foi reconhecida pela Federação Inter- dade esportiva individual, entre outras ma-
nacional de Ginástica (FIG), na década de nifestações gímnicas, tem sido preterida em
1960, como modalidade esportiva individual relação a outras manifestações da Cultura
feminina e teve diferentes denominações: gi- de Movimento. Como essa situação pode ser
nástica moderna, ginástica rítmica moderna, explicada? A GR na escola não é contempla-
ginástica rítmica desportiva e, desde 1998, gi- da por ser uma modalidade esportiva femi-
nástica rítmica. nina, de acordo com as regras da FIG? Por
necessitar de aparelhos oficiais que pressu-
A estreia da GR em Olimpíadas aconteceu em põem gestos técnicos perfeitos? Por ter um
1984, em Los Angeles. No Brasil, a GR foi intro- código de pontuação específico que avalia a
duzida na década de 1950 e começou a se desen- dificuldade técnica, o valor artístico e a exe-
volver como modalidade esportiva em meados cução dos exercícios obrigatórios? Por ser
de 1960. Rio de Janeiro e Londrina são as cidades formada por movimentos complexos?
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Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 2
As respostas a tais questionamentos são f Quais são os elementos que permitem ca-
muito particulares e requerem uma reflexão a racterizá-la como uma modalidade esporti-
respeito de quais conhecimentos e estratégias va exclusivamente feminina: as sequências
de ensino estão sendo colocados à disposição de movimentos obrigatórios? A presença
dos alunos a respeito da GR nas aulas de Edu- da música?
cação Física. f Quais os motivos dos homens não partici-
parem de competições esportivas oficiais
A GR como modalidade esportiva possibi- dessa modalidade?
lita inúmeras experiências para que os alunos
possam desenvolver suas competências e ha- Os elementos que constituem o Se-Movi-
bilidades no sentido de identificar e relacionar mentar significativo na GR são fundamen-
os conteúdos específicos com outras manifes- tais para os exercícios individuais e coletivos
tações da Cultura de Movimento. (conjuntos). Tais elementos podem ser vi-
venciados em várias direções, planos, ní-
A GR apresenta características esportivas veis com ou sem deslocamento, com apoio
que podem torná-la compatível com o cotidiano de um ou dois pés, uma ou duas mãos, cuja
escolar quando identificadas suas possibilidades coordenação consensual de condutas possi-
gímnicas e lúdicas. Para isso, algumas reflexões bilitará movimentos gímnicos harmoniosos,
podem ser realizadas, tais como: dinâmicos e lúdicos. Andar e correr, saltar
e saltitar, balancear e circunduzir, girar, ro-
f As representações que fazemos dos gêne- lar e equilibrar-se, flexionar-se e estender-se,
ros feminino e masculino na ginástica têm lançar e receber diferentes aparelhos, enfim,
relação com o processo histórico de desen- tudo isso compõe a Cultura de Movimento
volvimento da modalidade? da GR.
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© Catherine Ivill/Matthew
Ashton/AMA Sports
Photo/Corbis/Latinstock
f Fita adesiva.
xando seu formato mais arredondado.
f Sacolas de plástico. Por fim, pode ser colocado um plástico
f Bolas de borracha de para colorir e melhorar a aparência do
iniciação esportiva. material.
f Bolas de borracha tamanho 10 ou 12,
utilizadas para a iniciação esportiva,
preenchem as necessidades da modalida-
de, e podem ser pintadas com tinta a óleo
não tóxica.
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Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 2
© Samuel Silva
ou outro material. mentar o volume do material. Faça um
f Tiras de tecido. nó nas extremidades para que a trança
não se desfaça durante o manuseio.
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Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 2
(os círculos no ar), lançamentos e capturas lizadas nas pernas e na cintura, por exemplo.
juntamente com as batidas rítmicas.
A fita permite a realização de diferentes
Os rolamentos e as rotações são caracterís- figuras no ar, além de lançamentos, captu-
ticos do arco, com o qual o participante usa ras e espirais; é, visualmente, um dos mo-
diferentes partes do corpo com as rotações rea- mentos mais belos das apresentações.
© Danilo Marques
Figura 4 – GR: apresentação com arco e bola.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1
EXPLORAÇÃO DE DIFERENTES MOVIMENTOS
Os alunos são criativos quando desafia- suas habilidades individuais e coletivas
dos a propor novos movimentos. Nesta Si- relacionando-as com as características da
tuação de Aprendizagem, o professor deve modalidade esportiva GR. É importante
estimulá-los a realizar diferentes possibili- que todos os alunos, independentemente
dades de Se-Movimentar com e sem apa- do gênero, vivenciem os movimentos carac-
relhos, para que percebam e identifiquem terísticos da GR.
Conteúdo e temas: a criatividade como elemento presente na GR; os gestos técnicos da moda-
lidade esportiva GR; o trabalho individual e coletivo presente na GR.
Competências e habilidades: identificar diferentes possibilidades de movimentos para compreen-
der a GR; identificar e relacionar as características individuais e interpessoais na composição
dos principais gestos da GR.
Sugestão de recursos: aparelhos oficiais da GR ou materiais adaptados.
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Desenvolvimento da Situação de Etapa 2 – Escolher, identificar e justificar
Aprendizagem 1 as escolhas de movimentos
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Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 2
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(bola, corda, arco, fita e maças), um não será realizar os movimentos manuseando apare-
escolhido. Cada apresentação dura de 1min15s lhos. Solicite que registrem em uma folha o
(um minuto e quinze segundos) a 1min30s (um nome de cada aparelho ou material adapta-
minuto e trinta segundos). do e as facilidades e dificuldades encontra-
das durante as vivências. O registro pode ser
A competição também tem exercícios em feito em grupo.
conjunto. Nesse caso, um grupo de cinco gi-
nastas apresenta duas coreografias diferentes, Professor, auxilie os alunos na
que duram de 2min15s a 2min30s. Em um dos construção dos objetos apresen-
exercícios, as cinco ginastas se apresentam com tados na seção “Pesquisa indivi-
o mesmo tipo de aparelho, por exemplo, cinco dual”, no Caderno do Aluno.
fitas para o grupo. O outro exercício da compe-
tição é realizado sempre com dois aparelhos di- Agora você já conhece um pouco dessa mo-
ferentes, por exemplo, três cordas e duas bolas dalidade esportiva e sabe que ela é praticada
ou três fitas e duas bolas etc. com aparelhos. A GR exige do praticante a
manipulação e o domínio de vários aparelhos.
Etapa 3 – Diferentes movimentos e o uso Para começar as vivências, se for possível, você
de aparelhos pode utilizar vários materiais adaptados antes
de experimentar os aparelhos oficiais.
Apresente aos alunos os aparelhos da GR,
aparelhos adaptados e outros objetos, como Então, a sua tarefa agora é pesquisar que
lenço pequeno, toalha de mesa, lençol, garra- tipo de material pode ser usado no lugar dos
fas PET, bastões etc. Alguns objetos podem ser aparelhos oficiais. Talvez você possa cons-
solicitados aos alunos com antecedência. truir um material parecido... Veja as ilus-
trações dos aparelhos oficiais apresentadas
Desafie-os a realizar individualmente, em a seguir e tente pensar em alternativas para
duplas ou em grupos maiores, os diferentes mo- eles. Depois de construir o objeto, experi-
vimentos apresentados nas etapas anteriores. mente realizar alguns movimentos com ele
Aproveite e proponha-lhes questões e desafios: para confirmar se permite os movimentos
necessários. Faça a sua proposta nos espa-
f É possível andar em quatro apoios trans- ços a seguir. Se precisar, peça ajuda ao seu
portando uma bola nas costas? professor ou professora de Educação Física e
f Como rolar no chão segurando com as aos seus colegas de turma.
duas mãos duas garrafas PET?
f É possível, sem se deslocar e em pé, rolar a 1. Bola de borracha, de 18 a 20 centímetros
bola por todo o corpo? de diâmetro; peso mínimo de 400 gramas.
f E, em deslocamento, é possível rolar a bola
© Samuel Silva
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Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 2
© Samuel Silva
primento; peso de 35 gramas; largura de 4 a
6 centímetros; estilete (um tipo de bastãozi-
nho, objeto próprio da GR, e não um mate-
rial cortante) de 50 a 60 centímetros de com-
primento, base com no máximo 1 centímetro
de diâmetro, no qual se prende a fita.
© Samuel Silva
© Samuel Silva
Sugestões de material alternativo: Tecidos,
fitas de delimitação de área, cordões de tecido etc.
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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2
OS MOVIMENTOS E AS RELAÇÕES COM
OS APARELHOS DA GR
Conteúdo e temas: principais gestos técnicos da GR; principais regras: compreensão e elabo-
ração; processo histórico.
Sugestão de recursos: aparelho de som, aparelho de vídeo ou DVD, CDs, filmadora, apare-
lhos oficiais da GR ou materiais adaptados.
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Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 2
Solicite que explorem novamente os ma- Professor, solicite aos alunos que
teriais e, na sequência, tentem relacionar os analisem as imagens e respondam
movimentos com as músicas selecionadas e às questões da seção “Lição de
elaborar coreografias. Oriente-os a criar for- casa” e que, em seguida, façam a
mações diversas, tais como círculos, colunas, leitura das considerações na seção “Você sa-
fileiras e outras. Nesse momento, é necessário bia?”, no Caderno do Aluno.
que associem os movimentos da GR com ou-
tras experiências rítmicas. Para compor um exercício (a coreografia), o
ginasta precisa manipular (manusear) os apa-
relhos. Esse manuseio vem combinado com
Etapa 3 – As apresentações em conjunto muitos movimentos corporais, como saltos,
da GR giros, equilíbrios, circunduções dos braços etc.
Essas combinações também têm que ser feitas
Proponha aos alunos uma apresentação dentro do ritmo de uma música, que é parte da
dos grupos com o acompanhamento mu- apresentação da GR.
sical (não é necessária uma apresentação
para toda a escola, somente para a própria Quando o exercício é realizado em conjun-
turma). Estabeleça antecipadamente com to, os integrantes do grupo (cinco ginastas)
os grupos o tempo de apresentação e a pre- manuseiam os aparelhos e realizam os movi-
sença (obrigatória ou não) de alguns gestos. mentos em diferentes posições no espaço, cha-
O uso da criatividade no manuseio dos apa- madas de formações (em círculos, em colunas
relhos como critério para avaliação das etc.). Lembre-se de que já fazemos muitas
coreografias dos grupos pode ser um impor- formações em nosso dia a dia, mas sem nos
tante elemento motivador. preocuparmos com o aperfeiçoamento dos
movimentos.
Se possível, registre essa experiência dos alu-
nos em vídeo, permitindo que apreciem as pró- Agora você vai associar as imagens com
prias imagens. Depois, solicite que registrem os tipos de situações que encontramos na
ou relatem a experiência vivenciada: as difi- GR. Perceba quantos movimentos fazemos
culdades de manusear aparelhos com acom- que parecem os exercícios da GR.
panhamento musical, os aparelhos preferidos
associados às características de cada grupo etc. 1. Observe as imagens e coloque a letra cor-
respondente à situação no espaço ao lado
Professor, nas apresentações dos conjuntos da figura. Considere o movimento que
podem ser combinados diferentes materiais. predomina. Por exemplo: se estou corren-
Outro ponto importante é que os alunos com- do atrás de uma bola, assinale “manipu-
preendam que há na GR exercícios individuais lação”, pois estou trabalhando com um
para cada aparelho. aparelho (bola).
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( a ) Manipulação. ( b ) Movimento corporal. ( c ) Formação grupal.
(a) (b)
© Taylor S. Kennedy/National
Geographic/Getty Images
© Bec Parsons/Digital
Vision/Getty Images
(c) (a)
© Kuttig-People/Alamy/Glow Images
© Peter Cade/The Image
Bank/Getty Images
2. Nas imagens a seguir, o desenho (diagrama) representa a formação em que o grupo se encontra.
© Sami Sarkis/Photographer’s
Choice/Getty Images
© dmac/Alamy/Glow Images
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Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 2
Discuta o exercício a seguir com seus cole- em que o grupo se encontra. Lembre-se que
gas e depois complete os espaços com o dia- na GR, obrigatoriamente, são exigidas no
grama solicitado. mínimo seis formações diferentes. Vamos
aprender um pouco das possibilidades de
Ao lado de cada imagem, faça um diagra- variações dessas formações neste exercício.
ma (desenho) que corresponda à formação Bom trabalho!
Imagem Diagrama
b)
© StockByte/Latinstock
c)
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Você sabia?
© Michael S. Yamashita/
Corbis/Latinstock
© Roy McMahon/Comet/
Corbis/Latinstock
Os ginastas da GR treinam para ganhar um campeonato que tem regras específicas, como
a exigência de certos tipos de movimentos; a GR só pode ser realizada com os aparelhos que
a modalidade determina; é necessário o acompanhamento musical; as roupas também devem
seguir as regras; há tempo e espaços certos para as apresentações; árbitros dão uma nota.
Para participar de campeonatos, é preciso fazer parte de uma representação (escola, clube,
seleção de um estado ou de um país).
No entanto, o que importa é que podemos aprender muito com todos eles. O desafio
está em ser cada vez melhor no manuseio dos aparelhos e na criação de novos movimentos.
Quanto mais se aprimora, maior é a capacidade de identificar e compreender as possibili-
dades do organismo humano. Isso exige muito do corpo, especialmente dos sistemas esque-
lético e muscular. Então, propomos vivenciar e aprender com a GR nas aulas de Educação
Física. Quem sabe você goste e decida treinar para ser um ginasta ou um artista?
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Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 2
ATIVIDADE AVALIADORA
Estabeleça alguns critérios que permitam g) Diabolô.
avaliar o envolvimento dos alunos com o tema h) Corda.
proposto e se eles conseguem: i) Bastões.
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PROPOSTA DE SITUAÇÕES DE RECUPERAÇÃO
Durante o percurso pelas várias etapas da Si- aulas ou em outros momentos, envolver todos
tuação de Aprendizagem, alguns alunos pode- os alunos ou apenas aqueles que apresentaram
rão não apreender os conteúdos e desenvolver dificuldades. Por exemplo:
as habilidades da forma esperada. É necessá-
rio, então, professor, elaborar outras Situações f apreciação de gestos realizados pelos cole-
de Aprendizagem em que os elementos que gas durante as diferentes etapas das Situa-
compõem a GR possam ser problematizados e ções de Aprendizagem;
percebidos. Essas Situações de Aprendizagem f pesquisas em sites ou em outras fontes
devem ser diferentes, de preferência, daquela para posterior apresentação sobre temas
que gerou dificuldade para os alunos. Tais es- como história da GR, características
tratégias podem ser desenvolvidas durante as dos aparelhos e espaços oficiais etc.
Livros <http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/
arquivos/File/2010/artigos_teses/EDUCA
PAOLIELLO, Elizabeth; TOLEDO, Eliana CAO_FISICA/artigos/iniciacao_ritmica.pdf>.
(orgs.). Possibilidades da ginástica rítmica. São Acesso em: 11 nov. 2013. A autora apresenta
Paulo: Phorte, 2010. As autoras apresentam informações referentes à ginástica rítmica e ao
um panorama geral da GR, sugerem estraté- processo de iniciação esportiva.
gias de ensino e discutem questões de gênero
na GR. CHIÉS, Paula Viviane. “Eis Quem Surge no
Estádio: é Atalante!” A história das mulheres
SCHIAVON, Laurita Marconi; NISTA-PIC- nos jogos gregos. Movimento. Porto Alegre,
COLO, Vilma Leni. Aspectos pedagógicos v. 12, n. 3, p. 99-121, set./dez. 2006. Disponí-
no ensino da ginástica artística e da ginástica vel em: <http://www.seer.ufrgs.br/index.php/
rítmica no cenário escolar. In: PAES, Roberto Movimento/article/view/2911/1547>. Acesso
Rodrigues; BALBINO, Hermes Ferreira. Pe- em: 11 nov. 2013. A autora relata a educação
dagogia do esporte: contextos e perspectivas. feminina na Grécia Antiga, destacando as di-
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. ferenças entre as cidades de Atenas e Esparta
p. 111-122. Nesse capítulo, as autoras apre- e as práticas e os exercícios físicos que consti-
sentam informações sobre a GR, adaptações tuíam os princípios educacionais.
de materiais e espaços específicos.
Sites
Artigos
Confederação Brasileira de Ginástica (CBG).
CAÇOLA, Priscila. Iniciação esportiva na Disponível em: <http://cbginastica.com.br/>.
ginástica rítmica. Revista Brasileira de Educa- Acesso em: 7 abr. 2014. Informações sobre o
ção Física, Esporte, Lazer e Dança. São Paulo, calendário esportivo da GR e demais modali-
v. 2, n. 1, p. 9-15, mar. 2007. Disponível em: dades gímnicas.
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Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 2
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TEMA 2 – GINÁSTICA – GINÁSTICA GERAL (GG)
© Science Source/Photoresearchers/Latinstock
“De pernas para o ar” é uma expressão
que possibilita atribuir significado a um movi-
mento ou gesto característico exclusivamente
da ginástica de competição? Vamos pensar na
trajetória da ginástica antes de tentar respon-
der a essa pergunta.
© Bettmann/Corbis/Latinstock
Figura 9 – Aula de ginástica na escola naval soviética, 1965.
Figura 12 – GG: apresentação com roda Figura 13 – GG: criatividade de movimentos e uso de
ginástica, 1934. materiais alternativos (Grupo Ginástico Unicamp).
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Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 2
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3
COMPREENDENDO AS CARACTERÍSTICAS
DA GINÁSTICA
Conteúdo e temas: diferenças entre modalidades gímnicas esportivas e uma modalidade gím-
nica de participação.
Sugestão de recursos: rádio, CDs, aparelhos oficiais de GR ou adaptados, pátio, quadra, gra-
mado, colchonetes (dependendo do circuito elaborado pelo professor).
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Estação Dificuldades Facilidades Sugestões ram os principais movimentos de sistematização
1. dessa prática, surgindo diferentes modelos de
ginástica (alemão, francês e sueco). Esses mode-
2. los influenciaram tanto os treinamentos como
3. os currículos (programas) de Educação Física
no Brasil e no mundo. Só para exemplificar, po-
4. demos citar, dentre os vários grupos brasileiros
5. de ginástica geral (GG), o Grupo Ginástico da
Unicamp (GGU), em Campinas (SP).
De posse dessas informações, peça aos alu- A ginástica geral (GG) é uma manifesta-
nos que identifiquem aspectos que diferenciam ção que surgiu para se contrapor à ginástica
as modalidades gímnicas esportivas de com- de competição. Ela se baseia no princípio da
petição das de participação. Alguns aspectos criatividade e da participação de todos, in-
podem orientar os alunos a diferenciá-las: o nú- dependentemente das habilidades e do nível
mero de participantes ou as regras predefinidas técnico dos participantes. Ela mescla diferen-
pelo professor ou discutidas e elaboradas con- tes modalidades da ginástica, permitindo a
juntamente entre professor e alunos. Ou, ainda, participação de pessoas de diferentes idades,
se eles priorizam os vencedores ou o prazer da homens e mulheres, com ou sem deficiência,
participação, se permitem a criação de movi- o uso ou não de aparelhos, trabalhos indivi-
mentos (ampliação das possibilidades de movi- duais ou em grupo, enfim, uma diversidade
mentos) ou determinam aqueles que devem ser muito grande de possibilidades.
realizados (especialização de movimentos) etc.
A GG tem três grandes grupos de mani-
Professor, faça uma reflexão com festações – veja se você se identifica com al-
os alunos sobre as considerações gum deles:
apresentadas nas atividades da se-
ção “Para começo de conversa”, no a) diferentes modalidades de ginástica
Caderno do Aluno. contemporânea (aeróbica, por exem-
plo), estilos de dança, teatro e manifes-
Acabamos de apresentar uma série de ha- tações da cultura de cada país;
bilidades desenvolvidas por artistas circenses,
comparando-as com as habilidades da GR. b) ginástica com e sobre aparelhos, trampo-
No passado, porém, havia muito preconceito lim, tumbling, acrobacias, rodas ginásticas;
em relação às práticas circenses.
c) jogos com características sociais e es-
As sociedades eram pautadas por princípios portivas.
rígidos de disciplina, ordem, retidão e moral, e a
ginástica era um elemento cultural que represen- A GG é ginástica de participação, portan-
tava esses princípios. Atividades não produtivas, to, o objetivo é “participar”.
que envolvessem o mundo do entretenimento,
nas quais o corpo era o centro – tal como aconte- Com os seus colegas, identifique as carac-
ce no circo –, eram pouco valorizadas e iam con- terísticas da ginástica competitiva e da GG.
tra os preceitos sociais e educacionais da época.
1. Coloque entre os parênteses C quando a
A ginástica evoluiu muito ao longo de sua característica for da ginástica competitiva,
história. No século XIX, na Europa, ocorre- ou G quando for da ginástica geral:
32
Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 2
© Glow Images
( G ) Não há vencedor.
( C ) Busca um vencedor.
( C ) Busca a especialização.
Etapa 3 – Professor e alunos: elaborando
2. Escreva no espaço correspondente se a ima- movimentos possíveis para todos
gem se refere à ginástica geral ou à ginástica
competitiva. Nesta etapa, professor e alunos reorganiza-
rão a Etapa 1. A seguir, os alunos, em grupos,
© Adrian Neal/Stone/Getty Images
b)
Como vimos, a GG é uma prática da Cul-
tura de Movimento que se caracteriza por
diferentes situações, em que o importante é a
criatividade e a participação. Ela visa à reali-
zação de movimentos prazerosos e adequados
a pessoas de diferentes idades e interesses,
com ou sem deficiência.
Ginástica geral.
A seguir, apresentamos quatro características
que podem ser encontradas em aparelhos utiliza-
© Andrzej Gorzkowski
Photography/Alamy/Glow Images
33
1. De lançamento: permite realizar movimen- Exemplos: diabolô, maças etc.
tos de lançar e receber.
Exemplo: bolinhas. 4. De contato: permite manipular um ou mais
objetos sem perder o contato com o corpo.
2. De equilíbrio: permite realizar movimen- Exemplos: bolas de diferentes tamanhos, chapéus etc.
tos equilibrando objetos. Professor, as quatro características dos aparelhos serão elen-
Exemplos: cadeiras, garrafões, bastões etc. cadas na Etapa 1 – Reconhecendo a GG em outras manifesta-
ções da Cultura de Movimento, que se encontra na Situação
3. De giro (giroscópio): permite manter um de Aprendizagem 4. Os exemplos não foram mencionados
ou dois objetos girando o tempo todo de no Caderno do Aluno, assim você terá possibilidade de am-
diferentes formas. pliar e aprofundar as discussões com os alunos.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4
A GG E OUTRAS MANIFESTAÇÕES DA
CULTURA DE MOVIMENTO
Na Situação de Aprendizagem 3, os alunos que visem à participação e à satisfação dos
tiveram seus movimentos “controlados” pelo interesses e desejos de todos. Os alunos serão
professor. Nesta Situação de Aprendizagem, a estimulados a perceber que algumas modali-
intenção é desafiá-los a pensar em movimen- dades gímnicas esportivas têm certo rigor e
tos e composições coletivas, presentes em ou- foram, ao longo da história, sendo ressignifi-
tras manifestações da Cultura de Movimento, cadas e (re)contextualizadas.
34
Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 2
Solicite também que pesquisem e selecio- des ou caixas de papelão como instrumentos de
nem diferentes objetos, como uma bola de percussão etc.
basquete em uma coreografia de dança, vesti-
mentas inusitadas para uma roda de capoeira, As imagens e os objetos escolhidos devem
coreografias com bolas de praia, cabos de vas- ser apresentados pelos alunos e as escolhas,
soura ou bambus para serem equilibrados, bal- justificadas.
© Robin Laurance/Look/Latinstock
35
Professor, solicite aos alunos que Analise as imagens a seguir e apresente
analisem as imagens e que, em se- pelo menos duas características da GG que
guida, completem o quadro da se- aparecem em cada uma delas, registrando-as
ção “Lição de casa”, no Caderno no espaço correspondente.
do Aluno.
Imagem Características da GG
36
Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 2
que os desejos e as necessidades mencionados convide familiares dos alunos e/ou outras tur-
na Etapa 1 sejam contemplados. mas da escola para participar das apresentações.
Etapa 3 – Festival de GR: o grande circo! O tema sugerido nesta etapa foi o circo,
porque tem relação direta com o processo his-
Esperamos que as etapas anteriores tenham tórico de desenvolvimento da ginástica e ser
permitido aos alunos compreender a rique- parte integrante da Cultura de Movimento.
za de possibilidades presentes na Cultura de
Movimento, especificamente na ginástica. Os materiais e os espaços utilizados de-
penderão da escolha, da criatividade e das
Na etapa anterior, os alunos fizeram es- necessidades apresentadas pelos alunos, assim
colhas de movimentos, gestos e materiais como das condições da escola.
convencionais e não convencionais. Nesta eta-
pa, é necessário que o professor coloque-se Professor, solicite aos alunos
como um mediador e facilitador das escolhas que assinalem as informações
para que os alunos criem, elaborem e apre- com V ou F, presente na seção
ciem os números uns dos outros. “Você aprendeu?”, no Caderno
do Aluno.
As apresentações e participações podem
ser feitas individualmente ou em grupo. Esse 1. Assinale as informações com V (verdadei-
critério deve ser discutido com os alunos. O ra) ou F (falsa).
importante é que todos participem de alguma
maneira, seja na confecção do figurino, orga- a) A GG é uma competição em que os parti-
nização das coreografias, seleção dos materiais cipantes procuram alcançar a vitória. ( F )
ou divulgação do festival na escola. O envolvi- b) As atividades da GG podem incluir
mento subjetivo dos alunos é muito importante, aparelhos utilizados na GR e também
pois permitirá que compreendam as dife- nas atividades circenses. ( V )
rentes possibilidades de expressão presentes na c) A GG visa à participação de todos, inde-
GG. Cada movimento realizado lhes permitirá pendentemente de idade, gênero e habili-
manifestar seus gestos e movimentos próprios. dade. ( V )
d) Existem três categorias de GG: infantil,
Como a apresentação terá o formato de um juvenil e adulto. ( F )
festival, é importante que alguns detalhes sejam e) As apresentações de GG podem incluir
discutidos previamente com os alunos, como o diferentes modalidades de ginástica, dan-
tempo de apresentação de cada grupo, os res- ça, teatro, utilizar aparelhos ou não. ( V )
ponsáveis pelo equipamento de som etc. Se pos- f) A GG tem uma categoria de participação
sível, solicite a ajuda de alunos de outras turmas, somente para pessoas com deficiência. ( F )
ATIVIDADE AVALIADORA
Na GG, como a participação, a criativi- próprios alunos. O professor pode apresen-
dade e o envolvimento de todos são o en- tar uma ficha com critérios para autoavalia-
foque principal, sugerimos que a avaliação ção aos grupos e solicitar que avaliem suas
seja feita no formato de autoavaliação pelos condutas individuais e coletivas.
37
A ficha poderá conter as seguintes informações:
Envolvimento subjetivo
(envolvimento a partir
das propostas sugeridas:
individuais e coletivas)
Condutas colaborativas
(colaboração nas etapas
propostas)
Compreensão e elaboração
de conceitos (percepção e
entendimento das diferen-
ças entre as diversas moda-
lidades de ginástica)
Dificuldades e facilidades
encontradas nas várias
etapas das Situações de
Aprendizagem
Quadro 3.
Fonte: Adaptado de SANCHES NETO, Luiz. A brincadeira e o jogo no contexto da Educação Física na escola.
In: SCARPATO, Marta (Org.). Educação Física: como planejar as aulas na educação básica. São Paulo:
Avercamp, 2007. p. 120-121. Coleção Sala de Leitura – 2a reimpressão, 2011.
38
Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 2
Pés
O que une os membros inferiores chama-se pélvis, que é a nossa segunda base. Experi-
mente movimentar o quadril para os lados, para trás e para a frente, e perceba que essa base
não é fixa. Usamos muitos desses movimentos quando sambamos, por exemplo. Ora, tudo
que está acima de cada uma dessas bases fica equilibrado sobre ela. E, quanto maior a base,
mais fácil se torna a manutenção do equilíbrio.
Agora, se uma peça estiver desalinhada, o resto vai se acomodar fora de posição também.
Você já tentou fazer um castelo de cartas? Então, experimente. Você entenderá o princípio do
39
equilíbrio e das peças que ficam acima da base. Faça um castelo de cartas com várias cartas
embaixo e outro com poucas cartas, e veja o que acontece em cada um deles.
© Lawrence Manning/Corbis/Latinstock
Nosso corpo também funciona assim. Se a base é larga, temos mais equilíbrio. Se a base é
mais estreita, a capacidade de se equilibrar é menor.
Agora, analise as imagens que foram feitas sobre uma superfície de vidro que serviu de
apoio para os bebês. Em qual das imagens o bebê tem mais apoios? Será que ele tem mais
equilíbrio onde há mais ou menos apoios?
© Purestock/Thinkstock/Getty Images
© Purestock/Thinkstock/Getty Images
Experimente deitar, depois sentar, ajoelhar, colocar-se em pé e, por fim, ficar sobre um pé,
apenas. Qual é a posição mais fácil para se manter? Em qual dessas posições você balança
mais e tem maior tendência para se desequilibrar? Provavelmente, você se sentiu mais confor-
tável deitado, não é? E a mais difícil deve ter sido ficar sobre um pé só.
Lembre-se de que você deve procurar ampliar a sua base de sustentação em tudo que fizer
para ter mais equilíbrio.
40
Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 2
Desafio!
O enigma da esfinge
A esfinge é um ser da mitologia grega que possui cabeça de mulher, corpo de leão e asas de
águia. Há uma lenda em que a esfinge pergunta a Édipo:
“Qual é o animal que pela manhã possui quatro pernas, duas pela tarde e três pernas ao
anoitecer?”
Procure a resposta na internet, buscando por mitologia, ou pelo enigma da esfinge. Você
pode também perguntar a seu professor. Descubra por que a esfinge fez essa pergunta e o que
Édipo respondeu.
© The Bridgeman Art Library/Keystone
© Scott Gilchrist/Radius Images/Latinstock
41
O ser humano.
O ser humano engatinha como bebê, anda sobre dois pés na idade adulta e usa uma bengala quando se torna idoso.
Pela manhã: infância – geralmente o bebê engatinha ou anda em quatro ou seis apoios porque ainda não consegue ficar de pé.
O bebê é dependente e indefeso. Fase inicial da vida.
À tarde: adulto – já anda por conta própria, toma decisões, tem força, é autossuficiente. Período intermediário da vida.
Ao anoitecer: velhice – fase de declínio, na qual o ser humano vai perdendo capacidades, como a força e a precisão dos movi-
mentos. Muitos tornam-se dependentes e acabam precisando de ajuda de outras pessoas, bengalas ou cadeiras de rodas para
se locomoverem.
42
Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 2
43
TEMA 3 – ESPORTE – MODALIDADE COLETIVA: VOLEIBOL
O voleibol foi criado pelo estadunidense 2012), além de possuírem nove títulos do Grand
William G. Morgan, em 1895, então diretor de Prix (até o ano de 2013), competição anual criada
Educação Física da Associação Cristã de Mo- em 1993.
ços (ACM). Naquela época, o principal espor-
te nos Estados Unidos, o basquetebol, estava As modalidades esportivas coletivas reunidas
em crescente difusão, especialmente entre os no Currículo de Educação Física foram agrupa-
jovens. Entre as pessoas mais velhas, era con- das e compreendidas a partir da categoria Es-
siderado um jogo cansativo, em razão de sua porte Coletivo, que reúne o futsal, o handebol, o
dinâmica. Foi como uma alternativa ao bas- basquetebol, o voleibol, o futebol de campo, en-
quetebol que Morgan idealizou um jogo que tre outras. As modalidades coletivas foram estru-
exigiria menos esforço e nenhum contato físico turadas com base em algumas semelhanças: em
entre seus praticantes, atendendo, assim, ao pú- todas, duas equipes disputam um implemento
blico mais velho. Para limitar os deslocamen- (a bola), criando táticas para levá-lo a um alvo,
tos, Morgan empregou uma rede semelhante à enquanto devem proteger o próprio alvo das in-
de tênis, com uma altura aproximada de 1,90 vestidas da equipe adversária. O voleibol, porém,
metro, sobre a qual uma bola feita com a câma- apresenta algumas variações em relação ao alvo,
ra da bola de basquetebol seria rebatida entre à circulação de bola e à marcação.
duas equipes.
As Situações de Aprendizagem e as ati-
Logo o voleibol começou a ganhar adeptos, vidades propostas para o voleibol seguem
sendo difundido e introduzido em outros países. os níveis de relação propostos por Garganta
O Canadá foi o primeiro a receber o novo espor- (1995), sempre vinculados aos seis princípios
te, em 1900. Posteriormente, passou a ser prati- operacionais descritos por Bayer (1994), divi-
cado em outras nações, como Cuba, Filipinas, dindo-os em ataque e defesa.
Japão, Porto Rico, Peru e Uruguai. No Brasil,
fontes oficiais indicam que o voleibol foi introdu- Em situação de ataque:
zido entre 1915 e 1917 pela ACM.
f conservação da posse de bola;
Atualmente, nosso país ocupa posição de des- f progressão da bola e da equipe em direção ao
taque nesse esporte como uma das maiores po- alvo adversário;
tências tanto do vôlei de quadra como do vôlei f finalização em direção ao alvo.
de praia (variação do jogo de quadra, em que a
equipe é formada por uma dupla). No masculi- Em situação de defesa:
no, o Brasil tem várias medalhas olímpicas e ini-
ciou sua trajetória vitoriosa na Liga Mundial em f recuperação da posse de bola;
1993. De 2001 a 2007 disputou todas as finais, f contenção da bola e da equipe adversária em
sendo vice-campeão em 2002 e 4º colocado em direção ao próprio alvo;
2008. Em 2009 e 2010, conquistou, novamente, o f proteção do alvo.
1o lugar, acumulando nove títulos e tornando-se o
país que mais venceu a Liga Mundial. Em 2011 e Em função de o voleibol ter uma estrutura
2013 foi vice-campeão da competição. diferente em sua dinâmica de jogo (a noção de
alvo e a presença de uma rede que estabelece e
No feminino, os resultados alcançados pelo delimita, claramente, os campos de defesa e de
país também têm sido expressivos: as jogado- ataque, e o não contato físico entre as equipes),
ras brasileiras são bicampeãs olímpicas (2008 e adaptaremos a proposta de Bayer.
44
Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 2
45
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 5
O VOLEIBOL JÁ É DO CONHECIMENTO DE
TODOS OS ALUNOS
A apresentação do voleibol para os alunos mentos atuais. A proposta é desenvolver um
pode ser feita a partir do processo histórico entendimento da lógica geral desse jogo a par-
da modalidade, associando-o aos aconteci- tir do vôlei-câmbio.
46
Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 2
47
a) c)
Ilustrações: © Paulo Manzi
b) d)
Tempo. Substituição.
Professor, nesse momento, faça a leitura tadas na seção “Você sabia?", no Caderno
com os alunos das considerações apresen- do Aluno.
48
Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 2
Você sabia?
O líbero
A introdução do líbero na dinâmica do voleibol ocorreu ao final da década de 1990. O ob-
jetivo principal foi tornar as disputas por cada parte mais longas, por isso, o líbero geralmente
se posiciona no fundo da quadra, e é responsável pela recepção e defesa. O líbero somente pode
usar o “toque por cima” quando está posicionado atrás da linha de 3 metros, caso contrário é
necessário utilizar a “manchete” ou rebater a bola abaixo do limite da rede. Algumas regras se
aplicam exclusivamente ao líbero: usar uniforme diferente do dos demais jogadores, não sacar,
atacar e bloquear, nem ser o capitão da equipe. As substituições do líbero não contam no limite
permitido para cada time, nem precisam ser informadas aos árbitros.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 6
PARA JOGAR É PRECISO SABER AS TÉCNICAS?
É importante priorizar a dinâmica do jogo bilidade para se chegar ao jogo formal. As várias
em detrimento da técnica “fechada e padroniza- etapas desta Situação de Aprendizagem preten-
da”, muitas vezes entendida como a única possi- dem reconstruir a dinâmica do voleibol.
Sugestão de recursos: bolas de borracha, bolas de voleibol, rede de voleibol, banco sueco,
plástico, jornal, peteca, cones, barbante, câmera de vídeo (opcional).
49
Etapa 2 – Eu-bola-colegas(s) As atividades a serem desenvolvidas permi-
tirão o trabalho com diferentes situações de
Neste momento, a intenção é o controle de jogo, como colocar um aluno para fazer o pas-
bola coletivamente, com um colega (duplas) e se, enquanto um segundo faz o levantamento
com grupos maiores (trios, quartetos, quintetos). para o primeiro atacar em direção à quadra
A preocupação aqui deve ser a contínua troca adversária. Essa formação proporciona a pos-
de passes entre os alunos do grupo sem deixar a sibilidade de variações de posicionamento dos
bola cair. Depois de praticar trocas de passes re- alunos. Nesta etapa é importante enfatizar a
tendo a bola, os alunos deverão tentar a troca de realização dos três passes permitidos e a rápi-
passes rebatendo a bola. Várias vivências podem da troca de passes entre os alunos, variando os
ser realizadas com esse objetivo: locais e as formas de finalização em direção à
quadra adversária. Além disso, alvos podem
f troca de passes em duplas ou em trios; ser colocados na quadra adversária para se-
f troca de passes com distâncias variadas; rem atingidos.
f deslocamentos em duplas ou em trios trocan-
do passes; Podem ser desencadeadas situações com ou-
f troca de passes em grupo, utilizando mais de tros alvos que não a quadra adversária, a fim de
uma bola etc. estimular ações de ataque como, por exemplo, o
jogo “três-corta”, em que os alunos, em círculo,
Etapa 3 – Eu-bola-alvo trocam passes entre si para que, no terceiro passe
(cortada), tentem acertar um aluno que esteja no
Nesta etapa, a intenção é praticar o lança- centro da roda em posição de alvo do jogo. Se o
mento da bola em direção à quadra adversá- “aluno-alvo” conseguir segurar a bola, troca de
ria, com o objetivo de se atingir o alvo; no caso posição com quem realizou a cortada. Se o aluno
do voleibol, a outra metade da quadra. Nessa que realizou a cortada não acertar o alvo, ele se
modalidade, as situações em que isso ocorre torna o próximo alvo. Deve-se utilizar uma bola
são no saque (ação para iniciar um jogo ou de borracha leve, a fim de que nenhum aluno
para repor a bola em jogo após o ponto) e no se machuque.
ataque (ação ofensiva em que uma equipe,
após receber a bola da equipe adversária, rea- Etapa 5 – Eu-bola-colega(s)-adversário(s)-
liza os três passes visando a finalizar a jogada -alvo
em direção à quadra adversária). Distribua
arcos, cones e bolas pela quadra para que os Neste nível de relação, estarão presentes to-
alunos, ao vivenciarem as situações de saque e dos os princípios operacionais explicitados por
ataque, atinjam os alvos estabelecidos. Pode-se Bayer (1994), já que as situações de ataque e de
também dividi-los em duas equipes e conferir defesa estarão bem definidas.
pontos diferentes para cada alvo acertado.
O jogo “rede viva” pode ser útil para o iní-
Etapa 4 – Eu-bola-colega(s)-alvo cio da organização das situações de ataque
e defesa do voleibol. Divida a turma em três
As situações propostas, nesta etapa, devem equipes, sendo que duas vão jogar e a outra
envolver a troca de passes entre os alunos e a servirá de rede. Para facilitar a recuperação da
conclusão do ataque com finalização na quadra bola pelo grupo que assume a posição de rede,
adversária. O ataque representa, normalmente, coloque-o sobre o banco sueco. As duas equi-
o terceiro contato da equipe com a bola, e essa pes começam um jogo de voleibol, realizando
ação é conhecida como cortada, que consiste em três passes a cada vez que a bola estiver em
rebater a bola rapidamente para a quadra adver- sua quadra e enviando-a, em seguida, para a
sária. A bola pode também ser colocada em um quadra adversária. Sempre que a bola tocar
espaço desguarnecido da quadra adversária. na rede viva, troca-se a posição das equipes,
50
Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 2
51
Professor, solicite aos alunos que masculina, possuem títulos nas principais
realizem a “Pesquisa individual” e, competições da Federação Internacio-
depois, leiam a seção “Curiosida- nal de Voleibol (FIVB). Procure, em sites
de”, no Caderno do Aluno. ou fontes sugeridas pelo seu professor, o
ano da conquista dos campeonatos e vice-
1. As seleções brasileiras adultas, feminina e -campeonatos nas seguintes competições:
2. Você já deve ter assistido, ainda que pela principais diferenças entre as duas compe-
televisão, a partidas de voleibol indoor tições na tabela que se segue:
(de quadra) e de vôlei de praia. Aponte as
Outra
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Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 2
Curiosidade
© Tom Carter/Latinstock
© Eran Yardeni/Alamy/Glow Images
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© Eurostyle Graphics/Alamy/Glow Images
ATIVIDADE AVALIADORA
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Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 2
a) b)
2 1 6 3 2 1
5 4 3 6 5 4
d) e) f)
4 3 2 5 4 3 6 5 4
1 6 5 2 1 6 3 2 1
55
2. Considere o sistema 6 × 6 (ou 6 × 0), muito 2. Os movimentos a seguir são:
utilizado em campeonatos escolares, e faça
a) Toque.
© Brad Wilson/The Image Bank/Getty Images
b) Manchete.
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Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 2
© Hudson Calasans
a zona de defesa é a região entre a linha branca do meio da
quadra e a do fundo, que fica na parte anterior da quadra.
a) Bloqueio.
b) Arremesso.
c) Toque.
d) Gol.
e) Manchete.
f) Rebatedor.
A. Rede. B. Antena. g) Levantador.
h) W. G. Morgan.
Comprimento: 18 metros. Largura: 9 metros. A zona de ataque i) Raquete.
compreende a região entre a rede e a primeira linha branca; j) 2o árbitro.
Livros
BAYER, Claude. O ensino dos desportos co- O capítulo apresenta possibilidades de interven-
lectivos. Lisboa: Dinalivros, 1994. Apresen- ção pedagógica na prática das modalidades es-
ta o esporte coletivo como uma categoria portivas coletivas.
– partindo das semelhanças estruturais das mo-
dalidades, além de possibilidades pedagógicas. GRECO, Pablo J. (Org.). Iniciação esportiva
universal: metodologia da iniciação esportiva
GARGANTA, Júlio. Para uma teoria dos jo- na escola e no clube. 1a reimpressão. Belo Ho-
gos desportivos colectivos. In: OLIVEIRA, Jú- rizonte: UFMG, 2007. v. 2. O livro apresenta
lio; GRAÇA, A. O ensino dos jogos desportivos. estratégias para a iniciação esportiva nas mo-
2. ed. Porto: Universidade do Porto, 1995, p. 11-25. dalidades coletivas.
57
MARCHI Jr., Wanderley. “Sacando” o voleibol. Filme
São Paulo: Hucitec; Ijuí: Unijuí, 2004. Apresenta
uma leitura da história do voleibol, abrangendo Os reis da praia (Side out). Direção: Peter
sua evolução de esporte amador para mercado- Israelson. EUA, 1990. 100 min. Monroe Clark
ria espetacularizada no universo da sociedade de é um estudante de Direito que, durante o
consumo. verão, vai para a Califórnia trabalhar no es-
critório de seu tio Max. O jovem recebe uma
Artigos missão: entregar uma ordem de despejo para
Zack Barnes, um ex-jogador de vôlei de praia.
DAOLIO, Jocimar. Jogos esportivos coletivos: Barnes, para não ser despejado, faz uma pro-
dos princípios operacionais aos gestos técnicos posta a Clark: os dois formarem uma dupla e
– modelo pendular a partir das ideias de Claude disputarem o mais importante torneio de vôlei
Bayer. Revista Brasileira de Ciência e Movimen- de praia no mundo.
to. v. 10, n. 4, p. 99-103, 2002. Disponível em:
<http://portalrevistas.ucb.br/index.php/RBCM/ Sites
article/view/478/503>. Acesso em: 11 nov. 2013.
Apresenta um modelo pendular para o ensino Existem inúmeros sites sobre voleibol que
dos esportes coletivos, partindo dos princípios podem auxiliar tanto o aluno quanto o pro-
operacionais até os gestos técnicos. fessor em seus estudos e pesquisas para o
aprofundamento do tema, com informações
SADI, Renato M.; COSTA, Janaina C.; SAC- sobre competições e transmissões pela televi-
CO, Bárbara T. Ensino de esportes por meio são. Também apresentam as regras oficiais da
de jogos: desenvolvimento e aplicações. Pen- modalidade, algumas informações históricas,
sar a prática. v. 11, n. 1, 2008. Disponível em: artigos informativos, seleção de fotos, as prin-
<http://www.revistas.ufg.br/index.php/fef/ cipais conquistas das seleções nacionais em vá-
article/view/1298/3333>. Acesso em: 11 nov. 2013. rias categorias e acesso para outros sites, bem
Apresenta o ensino de esporte por meio de jo- como alguns vídeos.
gos, com procedimentos pedagógicos e meto-
dológicos relativos a jogos de invasão. Confederação Brasileira de Voleibol (CBV). Dis-
ponível em: <http://www.volei.org.br>. Acesso
SILVA, Thatiana A. F.; ROSE Jr., Dante de. Ini- em: 11 nov. 2013.
ciação nas modalidades esportivas coletivas: a im-
portância da dimensão tática. Revista Mackenzie Fédération Internationale de Volleyball (FIBV).
de Educação Física e Esporte. v. 4, n. 4, p. 71-93, Disponível em: <http://www.fivb.org>. Acesso
2005. Disponível em: <http://editorarevistas. em: 11 nov. 2013.
mackenzie.br/index.php/remef/article/view/
1310>. Acesso em: 11 nov. 2013. Apresenta dis- Programa Viva Vôlei. Disponível em: <http://
cussão sobre a importância da dimensão tática www.cbv.com.br/v1/vivavolei/>. Acesso em: 11
na iniciação das modalidades esportivas coletivas. nov. 2013.
58
Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 2
O judô é uma luta que se constituiu a par- judô no Japão e em diversos países do Oriente
tir dos movimentos e gestos do ju-jutsu (ju: e Ocidente também.
flexível e jutsu: arte ou habilidade – ou seja,
arte ou habilidade flexível, em japonês). Co- O judô, quando concebido, pressupunha pra-
nhecido no Ocidente como jiu-jítsu, o ju-jutsu ticantes pacíficos e equilibrados nas suas con-
é uma arte marcial atribuída aos samurais dutas e gestos em confronto com o outro. Esses
japoneses que não utilizavam armas – luta princípios contrapunham-se aos de outras ma-
desarmada, caracterizada por agarramentos, nifestações de lutas, caracterizadas e concebidas
lançamentos, chutes e golpes de mãos em unicamente para a formação de guerreiros.
pontos vitais do corpo – ocidentalizada no
final do século XIX. A palavra “judô” é composta por ideogra-
mas japoneses: ju significa não resistência, fle-
Como luta, o judô foi sistematizado e or- xível, suave; e do significa caminho ou via; ou
ganizado por volta de 1882, pelo mestre orien- seja, caminho ou via da flexibilidade ou suavi-
tal Jigoro Kano, ex-praticante de jiu-jítsu. No dade, literalmente.
início, o judô caracterizou-se como uma luta
de praticantes com diferentes especificidades, O judô é caracterizado por movimentos que
o que chamou a atenção e despertou o inte- envolvem agarramentos, rolamentos, quedas,
resse de adeptos de outras artes marciais e de equilíbrios, desequilíbrios, projeções (lança-
pessoas que não tinham pretensão de comba- mentos) e imobilizações, durante os quais os
te. Atribui-se ao método educacional e com- praticantes terão de confrontar-se e opor-se
petitivo (simulação de combate), sistematiza- mutuamente, comparando e cotejando gestos e
do pelo mestre, a grande popularização do movimentos corpo a corpo.
59
© Nitai Bieber/Alamy/Glow Images
© Blickwinkel/Alamy/Glow Images
O judô transcendeu a condição de arte pode ser uma estratégia para se conseguir re-
marcial, pois seus princípios, quando disso- alizar um contragolpe eficiente. Nesse caso, a
ciados do jiu-jítsu, foram assimilados pelos queda não se caracteriza como um movimen-
praticantes que buscavam também equilíbrio to de derrota ou fracasso, mas sim de prepa-
para sua vida cotidiana, não atrelando a luta ração para confrontar o oponente. Segundo
exclusivamente ao combate. os princípios do judô, um lutador conside-
rado não tão forte fisicamente pode vencer
Os movimentos e golpes característicos do um oponente considerado mais “forte”. Isso
judô são sustentados pela conhecida lei de pode ser observado quando o menos forte
ação e reação: quanto maior a força aplicada consegue aplicar um golpe que desequilibra o
em um golpe, proporcional será a força do oponente em condições físicas superiores por
contragolpe. Percebe-se que, nos movimentos ele ter se descuidado de algum dos princípios
realizados nessa modalidade de luta, a queda da luta.
O judô é uma luta com duração de até cinco minutos, praticado sobre um tatame, área que mede de 14 a 16
metros quadrados. É considerado vencedor do confronto o praticante que conseguir aplicar o ippon, objetivo
do judô. Caso nenhum dos lutadores conquiste o ippon, será considerado vencedor aquele que tiver mais van-
tagens. Essa vantagem pode ser medida pela soma de outros golpes aplicados na tentativa de se aplicar o ippon.
Ippon: é o golpe completo (objetivo da luta). Ocorre quando um praticante consegue derrubar o opo-
nente de costas no chão ou imobilizá-lo por 25 segundos. Vale um ponto.
Wazari: outra possibilidade de conquistar o ippon é realizar dois wazari. O wazari é um ippon incompleto (consi-
derado uma vantagem, vale meio ponto), sem concretizar o contato das costas do adversário no tatame.
Yuko: caracteriza-se por uma queda de lado no tatame. Cada yuko vale um terço de ponto.
Koka: golpe caracterizado por uma queda sentada no tatame. Cada koka vale um quarto de ponto.
No judô não são permitidos golpes no rosto ou que possam provocar lesões. No Brasil, as cores das
faixas que prendem o quimono (espécie de roupão) identificam as graduações dos praticantes (judocas):
branca, cinza, azul, amarela, laranja, verde, roxa, marrom, preta.
60
Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 2
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 7
RECONHECENDO AS LUTAS
Sugestão de recursos: colchões, placas de EVA ou gramado, bolas, garrafas PET e prende-
dores de roupa, canetas, folhas de sulfite e imagem de diferentes modalidades de lutas.
61
Desenvolvimento da Situação de mente e o espírito. No judô, utiliza-se a força do
Aprendizagem 7 oponente e não se age contra ela, e essa forma
de atuação também procura alcançar os demais
Etapa 1 – Movimentos de confronto e aspectos da vida.
oposição: o que é isso?
No Brasil, o judô começou a ser divulgado
Sugira aos alunos que, organizados em gru- no início do século XX, por volta de 1922, graças
pos, identifiquem e relatem uns aos outros quais às demonstrações realizadas por Mitsuyo Esai
são os nomes das lutas que conhecem. Proponha Maeda (conhecido como Conde Koma), inicia-
que escrevam as respostas em uma folha ou car- das em Porto Alegre e depois em outros estados.
taz. Na sequência, peça que identifiquem aquelas
lutas cujos movimentos se caracterizam por con- Você já assistiu a uma luta de judô pela TV? Se-
tatos corpo a corpo. Se possível, mostre, após a ria capaz de assinalar que tipos de movimentos fa-
discussão, imagens de diferentes modalidades de zem parte dela? Conhece o nome de algum golpe?
lutas para que os alunos associem com os relatos. Qual o tipo de vestimenta que os judocas usam?
Como saber, entre tantos judocas, quem tem um
Professor, faça uma reflexão com os nível melhor que o outro? Vejamos se você e seus
alunos sobre as considerações apre- colegas estão “por dentro” dessa luta.
sentadas e, depois, solicite que assina-
© Hudson Calasans
lem a alternativa correta das questões
apresentadas na seção “Para começo de conver-
sa”, no Caderno do Aluno.
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Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 2
© Rosa Gauditano/StudioR
( X ) Ippon.
( X ) Wazari.
( ) Kata.
( ) Rasteira.
( ) Bênção.
( X ) Yuko.
( ) Armada.
( ) Dojo.
( ) carpete.
( ) colchão.
( X ) tatame.
( ) tapume.
63
Seguindo a indicação de seu professor, pes- terísticas das lutas que você pesquisou. Procure
quise dois tipos de luta em sites, revistas, livros imagens sobre a luta pesquisada e cole-as nos
ou converse com pessoas que praticam algu- espaços reservados para isso. Depois, recorte
ma luta e preencha o quadro a seguir. Registre as fichas conforme orientação. Com o material
as características de cada luta, informe se uti- pronto, você poderá exercitar os conhecimen-
liza algum tipo de arma ou objeto nas mãos; tos e verificar o que cada um dos seus colegas
se é considerada luta ou arte marcial; que ti- conhece a respeito de lutas em um jogo, de
pos de movimento são empregados (chutes, acordo com a indicação do seu professor.
lançamentos, quedas etc.); se há um jogo de Professor, nesta atividade os alunos poderão pesquisar di-
equilíbrio/desequilíbrio; como se vence a luta; ferentes manifestações de luta, e os resultados serão muito
que tipo de roupa seus praticantes usam; se a variados. Entretanto, verifique se o aluno trouxe informa-
luta é praticada em um espaço específico; se ções contemplando os seguintes aspectos: se a luta utiliza
há tempo determinado de luta etc. algum tipo de arma ou objeto nas mãos; se é considerada
luta ou arte marcial; que tipos de movimento são emprega-
Luta Características dos (chutes, lançamentos, quedas etc.); se há um jogo de
equilíbrio/desequilíbrio; como se vence a luta; que tipo de
roupa os seus praticantes usam; se a luta é praticada em um
espaço específico; se há tempo determinado de luta etc.
Importante: incentive os alunos a utilizar as informações
para a montagem do jogo (“Lutando” com as palavras!) com
Agora que você já tem as informações, sob as cartelas que poderão ser construídas a partir da proposta
a coordenação de seu professor, que tal socia- que consta no Caderno do Aluno e das fichas que se en-
lizar e dividir os seus conhecimentos com os contram no final dele. Se preferirem, podem utilizar carte-
colegas? Vamos preparar a atividade em casa? las feitas com cartolinas ou papel-cartão, fundos de caixa
etc. Com materiais mais resistentes poderão jogar por mais
Passe para as fichas que estão no final do tempo. Se várias turmas fizerem a atividade, pode-se criar
Caderno do Aluno as informações das carac- um banco de jogos à disposição dos próprios alunos.
O jogo
Reúna-se com um grupo de colegas da classe (quanto mais pessoas, melhor). Recolha todas
as fichas, as suas e as dos colegas. Separe as fichas A das fichas B. Misture as fichas A e espalhe
todas sobre uma superfície. Misture as fichas B e deixe-as viradas para baixo sobre a mesa, for-
mando um monte. Dividam-se em dois grupos e sorteiem quem vai começar. Um componente
do primeiro grupo pega uma ficha do monte B, vê qual a luta sorteada e procura sobre a mesa
as fichas com as características correspondentes. Achadas as fichas, o aluno fala as caracterís-
ticas para o seu grupo, que deverá identificar qual a luta que o colega sorteou.
Passando a vez
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Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 2
Pontuação
Vencedor
Curiosidade
65
© Paulo Manzi
Arena de competição.
Confira a seguir:
KYU
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Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 2
A partir da faixa preta, as graduações são chamadas de dan, e a ordem é crescente até o 10o dan.
DAN
Graduação Nome Faixa Cor
Faixa vermelha e
6o dan Rokudan
branca
Faixa vermelha e
7o dan Shitchidan
branca
Faixa vermelha e
8o dan Ratchidan
branca
67
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 8
LUTANDO COM OS AMIGOS
Nesta Situação de Aprendizagem, os alu- diferentes planos nos quais as lutas de con-
nos irão vivenciar o confronto corpo a cor- fronto e oposição são realizadas. As condutas
po em diferentes posições. A intenção é que positivas também serão enfatizadas nesta Si-
percebam a necessidade de estratégias para os tuação de Aprendizagem.
Conteúdo e temas: princípios de confronto e oposição nas lutas; condutas não violentas no
confronto e oposição das lutas.
Competências e habilidades: perceber e identificar as características individuais na realização
dos gestos e movimentos de confronto das lutas; atribuir significado para as lutas que envol-
vem confronto e oposição; valorizar e respeitar as condutas nas lutas.
Sugestão de recursos: giz, placas de EVA, gramado ou colchões e bolas.
Os rolamentos nas lutas são importantes Os outros colegas poderão ajudar seus re-
para amortecer as quedas, preparar investi- presentantes dando palpites ou dicas, mas, em
das para o ataque ou desvencilhar-se de uma hipótese alguma, invadir a área de combate.
imobilização. Aproveite a mesma organização
dos alunos da etapa anterior e, caso a escola As duplas devem se revezar nas funções,
possua placas de EVA ou colchões, oriente-os possibilitando que todos os componentes
para que realizem diferentes rolamentos (para dos grupos participem. Organize com os
a frente, para trás e lateralmente). alunos a contagem dos confrontos, as regras
para ocupação e uso do espaço e a definição
Providencie uma bola (de voleibol ou de de condutas não desejáveis. Muitas são as
borracha) para cada dois grupos. Cada grupo possibilidades de movimentos e gestos nos
irá escolher: confrontos:
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Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 2
Judô
s.UKYU ou HACHIKYU, que significa 8o KYU. O termo JUKYU, KOKYU ou KYUKYU também pode ser utiliza-
do para descrever o judoca iniciante, que utiliza a "faixa branca".
s4HITIKYU ou NANAKYU, que significa 7o KYU.
s3OKYU, que significa 6o KYU.
Graduação (o signi- s(OKYU, que significa 5o KYU.
ficado dos nomes de s:ONKYU, que significa 4o KYU.
cada uma das faixas)
s4ANKYU, que significa 3o KYU.
s/IKYU, que significa 2o KYU.
s*KYU ou IKKYU, que significa 1o KYU.
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A partir da faixa preta, as graduações são chamadas de dan, e a ordem é crescente até o
10º dan.
s4HODAN, que significa nível inicial de aprendizado ou 1º nível.
sNidan, que significa 2o nível de aprendizado.
sSandan, que significa 3o nível de aprendizado.
Graduação (o signi-
s:ONDAN, que significa 4o nível de aprendizado, também chamado de shidan.
ficado dos nomes de
s(ODAN, que significa 5o nível de aprendizado.
cada uma das faixas)
s3OKUDAN, que significa 6o nível de aprendizado.
sShitchidan, que significa 7o nível de aprendizado, também chamado de shichidan ou nanadan.
sRatchidan, que significa 8o nível de aprendizado, também chamado de hachidan.
s,YODAN, que significa 9o nível de aprendizado, também chamado de KUDAN.
t+UDAN, que significa 10o nível de aprendizado, também chamado de JODAN.
f suavidade;
f máximo de eficiência com um mínimo de
esforço;
Judô. f bem-estar e benefícios mútuos.
70
Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 2
No judô, o confronto e a oposição têm mo- Agora vamos à segunda parte da “Lição
vimentos e gestos baseados em algumas situa- de casa”.
ções comuns. São elas:
2. Escreva, ao lado de cada brincadeira ou
f retenção (com as mãos e pés); jogo, o movimento ou gesto que está sendo
f agarramentos (de braços, pernas, quadris e realizado. Para isso, consulte a lista de mo-
tronco); vimentos e gestos do judô, que acabamos
f desequilíbrios (puxando, empurrando, tra- de citar.
cionando, carregando, levantando, proje- Dica: nem todas as situações indicadas na
tando, rolando etc.); lista foram contempladas neste exercício.
Professor, solicite aos alunos que relacionem significados, na coluna da direita, na seção “De-
as palavras da coluna da esquerda com seus safio!”, no Caderno do Aluno.
Desafio!
Palavras parceiras
Há uma série de palavras na coluna da direita que são parceiras das palavras da coluna
da esquerda, porque têm alguma relação com o seu significado. Preencha os espaços com as
palavras do lado direito, colocando-as na linha da palavra que é sua parceira. Siga o exemplo.
Resolvido o desafio, surgirá o nome do primeiro judoca brasileiro a conquistar uma medalha
de ouro para o país, nos Jogos Olímpicos de Seul, em 1988, na categoria meio-pesado.
71
Atleta J U D O C A Branco
4o Kyu Y O N K Y U Tatame
Fugir C O R R E R Reagir
Oposição E M B A T E Golpes
Gentil A M Á V E L Perigo
Roupa J U D O G I Trégua
Cor B R A N C O Camilo
Esteira/Forração T A T A M E Judoca
Lutar R E A G I R Correr
Risco P E R I G O Judogi
Suspender (temporário) T R É G U A Amável
Hane-goshi G O L P E S Yonkyu
Judoca (Brasil) C A M I L O Embate
ATIVIDADE AVALIADORA
Selecione com antecedência algumas ima- f Quais movimentos os dois lutadores estão
gens de lutas que caracterizam confronto e realizando? Desequilíbrios? Agarramentos?
oposição dos lutadores. Proponha aos alunos f Quais são os possíveis movimentos a serem
que identifiquem os gestos e movimentos das realizados pelos lutadores?
lutas selecionadas. f Qual deles tem mais probabilidade de cair?
Por quê?
Pode ser interessante numerar as imagens
para que os alunos possam identificar os ges- Professor, solicite aos alunos
tos e os movimentos nelas caracterizados. As que assinalem a alternativa cor-
identificações poderão ser feitas em grupos e reta e, depois, que respondam
registradas em uma folha de papel. Vamos to- às questões apresentadas na se-
mar como exemplo a imagem a seguir: ção “Você aprendeu?”, no Caderno do Aluno.
© Aflo/Glow Images
a) sumô.
b) tae kwon do.
c) jiu-jítsu.
d) aikido.
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Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 2
A água é a substância que temos em maior quantidade em nosso corpo. Para se ter uma
ideia, uma criança de 35 quilos tem quase 21 quilos de água. E, apesar de a água ser essencial à
vida, nem todas as pessoas já pararam para pensar sobre a sua importância. Você é uma delas?
73
Atenção! É necessário beber mais água quando:
Além da própria água e de outras bebidas feitas com ela (como sucos e chás), quase todos os
alimentos têm uma parte de água, principalmente as frutas e os vegetais.
Para matar a sede, não existe nada mais barato e fácil de encontrar do que a água. Mas
lembre-se de que ela deve ser filtrada ou fervida, para não causar doenças.
E os refrigerantes e refrescos artificiais adoçados? Por causa do açúcar, eles não matam a
sede completamente. Quando tomamos esse tipo de bebida, você já deve ter percebido que,
depois de pouco tempo, queremos tomar mais, porque a sede continua.
Curiosidade
Podemos sobreviver sem comida por algumas semanas. Mas, apesar de a água não nos
dar nenhuma energia, morreríamos em poucos dias sem ela.
Para refletir
Tome nota!
74
Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 2
Livros Artigos
CARREIRO, Eduardo Augusto. Lutas. In: DRIGO, Alexandre Janotta et al. A cultura
DARIDO, Suraya Cristina; RANGEL, Irene oriental e o processo de especialização pre-
Conceição Andrade. Educação Física na escola: coce nas artes marciais. Lecturas, Educación
implicações para a prática pedagógica. Rio de Física y Deportes, Revista Digital, Buenos
Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. p. 244-261. Aires. v. 10, n. 86, jul. 2005. Disponível em:
O capítulo traz informações sobre diferentes lu- <http://www.efdeportes.com/efd86/artm.
tas, além de apresentar possibilidades pedagógi- htm>. Acesso em: 11 nov. 2013.
cas para o tema.
NASCIMENTO, Paulo Rogério Barbosa do;
OLIVIER, Jean C. Das brigas aos jogos com ALMEIDA, Luciano. A tematização das lutas
regras: enfrentando a indisciplina na escola. na Educação Física escolar: restrições e pos-
Porto Alegre: Artmed, 2000. Nesse livro, o sibilidades. Revista Movimento. Porto Alegre.
autor apresenta, por meio de jogos, diferentes v. 13, n. 3, p. 91-110, set./dez. 2007. Disponí-
situações de confronto e oposição nas lutas; vel em: <http://www.seer.ufrgs.br/index.php/
discute também as questões que envolvem Movimento/article/view/3567/1968>. Acesso em:
violência e condutas nas situações de aula. 7 abr. 2014.
75
Discovery Channel. Disponível em: <http:// novas_modalidades.htm>. Acesso em: 11 nov.
www.discoverybrasil.com/artes_marciais_ 2013. Informações sobre lutas e jogos indíge-
home>. Acesso em: 11 nov. 2013. Traz in- nas que são utilizados como estratégias em
formações sobre origem e história de diversas lutas, torneios e competições entre diferentes
lutas e artes marciais, manifestações das lutas tribos brasileiras.
nos diferentes continentes, além de indicação
de filmes e programação com matérias espe- Golpes do judô. Disponível em: <http://
cíficas. er nan ig u ai ra.blogspot.com.br/2011/07/
judoca-marcio-junior-andreoleti-guaira.
Fundação Nacional do Índio (Funai). Disponí- html>. Acesso em: 11 nov. 2013. Imagens da
vel em: <http://www.funai.gov.br/indios/jogos/ prática correta de golpes do judô.
76
Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 2
QUADRO DE CONTEÚDOS DO
ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS
5a série/6o ano 6a série/7o ano 7a série/8o ano 8a série/9o ano
Jogo e esporte: competição Esporte Esporte Luta
e cooperação Modalidade individual: atletismo Modalidade individual: atletismo Modalidade: capoeira
Jogos populares (corridas e saltos) (corridas, arremessos e lançamentos) – Capoeira como luta, jogo e
Jogos cooperativos – Princípios técnicos e táticos – Princípios técnicos e táticos esporte
Jogos pré-desportivos – Principais regras – Principais regras – Princípios técnicos e táticos
Esporte coletivo: princípios gerais – Processo histórico – Processo histórico – Processo histórico
– Ataque Atividade rítmica Luta Atividade rítmica
– Defesa Manifestações e representações Modalidade: caratê. Manifestações rítmicas ligadas
– Circulação da bola da cultura rítmica nacional – Princípios técnicos e táticos à cultura jovem: hip-hop e
Organismo humano, movi- – Danças folclóricas/regionais – Principais regras street dance
mento e saúde – Processo histórico – Processo histórico – Coreografias
Capacidades físicas: noções – A questão do gênero Organismo humano, movimento – Diferentes estilos como
gerais (agilidade, velocidade e Organismo humano, movimento e saúde expressão sociocultural
Volume 1
77
CONCEPÇÃO E COORDENAÇÃO GERAL Química: Ana Joaquina Simões S. de Mattos Rosângela Teodoro Gonçalves, Roseli Soares
NOVA EDIÇÃO 2014-2017 Carvalho, Jeronimo da Silva Barbosa Filho, João Jacomini, Silvia Ignês Peruquetti Bortolatto e Zilda
Batista Santos Junior, Natalina de Fátima Mateus e Meira de Aguiar Gomes.
COORDENADORIA DE GESTÃO DA Roseli Gomes de Araujo da Silva.
EDUCAÇÃO BÁSICA – CGEB Área de Ciências da Natureza
Área de Ciências Humanas
Biologia: Aureli Martins Sartori de Toledo, Evandro
Coordenadora Filosofia: Emerson Costa, Tânia Gonçalves e
Rodrigues Vargas Silvério, Fernanda Rezende
Maria Elizabete da Costa Teônia de Abreu Ferreira.
Pedroza, Regiani Braguim Chioderoli e Rosimara
Diretor do Departamento de Desenvolvimento Geografia: Andréia Cristina Barroso Cardoso, Santana da Silva Alves.
Curricular de Gestão da Educação Básica Débora Regina Aversan e Sérgio Luiz Damiati.
João Freitas da Silva Ciências: Davi Andrade Pacheco, Franklin Julio
História: Cynthia Moreira Marcucci, Maria de Melo, Liamara P. Rocha da Silva, Marceline
Diretora do Centro de Ensino Fundamental Margarete dos Santos Benedicto e Walter Nicolas
de Lima, Paulo Garcez Fernandes, Paulo Roberto
dos Anos Finais, Ensino Médio e Educação Otheguy Fernandez.
Orlandi Valdastri, Rosimeire da Cunha e Wilson
Profissional – CEFAF Luís Prati.
Sociologia: Alan Vitor Corrêa, Carlos Fernando de
Valéria Tarantello de Georgel
Almeida e Tony Shigueki Nakatani.
Coordenadora Geral do Programa São Paulo Física: Ana Claudia Cossini Martins, Ana Paula
PROFESSORES COORDENADORES DO NÚCLEO Vieira Costa, André Henrique GhelÅ RuÅno,
faz escola
PEDAGÓGICO Cristiane Gislene Bezerra, Fabiana Hernandes
Valéria Tarantello de Georgel
Área de Linguagens M. Garcia, Leandro dos Reis Marques, Marcio
Coordenação Técnica Educação Física: Ana Lucia Steidle, Eliana Cristine Bortoletto Fessel, Marta Ferreira Mafra, Rafael
Roberto Canossa Budiski de Lima, Fabiana Oliveira da Silva, Isabel Plana Simões e Rui Buosi.
Roberto Liberato Cristina Albergoni, Karina Xavier, Katia Mendes
Smelq Cristina de 9lbmimerime :oeÅe e Silva, Liliane Renata Tank Gullo, Marcia Magali Química: Armenak Bolean, Cátia Lunardi, Cirila
Rodrigues dos Santos, Mônica Antonia Cucatto da Tacconi, Daniel B. Nascimento, Elizandra C. S.
EQUIPES CURRICULARES
Silva, Patrícia Pinto Santiago, Regina Maria Lopes, Lopes, Gerson N. Silva, Idma A. C. Ferreira, Laura
Área de Linguagens Sandra Pereira Mendes, Sebastiana Gonçalves C. A. Xavier, Marcos Antônio Gimenes, Massuko
Arte: Ana Cristina dos Santos Siqueira, Carlos Ferreira Viscardi, Silvana Alves Muniz. S. Warigoda, Roza K. Morikawa, Sílvia H. M.
Eduardo Povinha, Kátia Lucila Bueno e Roseli Fernandes, Valdir P. Berti e Willian G. Jesus.
Língua Estrangeira Moderna (Inglês): Célia
Ventrella.
Regina Teixeira da Costa, Cleide Antunes Silva,
Área de Ciências Humanas
Educação Física: Marcelo Ortega Amorim, Maria Ednéa Boso, Edney Couto de Souza, Elana
Filosofia: Álex Roberto Genelhu Soares, Anderson
Elisa Kobs Zacarias, Mirna Leia Violin Brandt, Simone Schiavo Caramano, Eliane Graciela
Gomes de Paiva, Anderson Luiz Pereira, Claudio
dos Santos Santana, Elisabeth Pacheco Lomba
Rosângela Aparecida de Paiva e Sergio Roberto Nitsch Medeiros e José Aparecido Vidal.
Kozokoski, Fabiola Maciel Saldão, Isabel Cristina
Silveira.
dos Santos Dias, Juliana Munhoz dos Santos,
Kátia Vitorian Gellers, Lídia Maria Batista Geografia: Ana Helena Veneziani Vitor, Célio
Língua Estrangeira Moderna (Inglês e
BomÅm, Lindomar Alves de Oliveira, Lúcia Batista da Silva, Edison Luiz Barbosa de Souza,
Espanhol): Ana Beatriz Pereira Franco, Ana Paula
Aparecida Arantes, Mauro Celso de Souza, Edivaldo Bezerra Viana, Elizete Buranello Perez,
de Oliveira Lopes, Marina Tsunokawa Shimabukuro
Neusa A. Abrunhosa Tápias, Patrícia Helena Márcio Luiz Verni, Milton Paulo dos Santos,
e Neide Ferreira Gaspar.
Passos, Renata Motta Chicoli Belchior, Renato Mônica Estevan, Regina Célia Batista, Rita de
Língua Portuguesa e Literatura: Angela Maria José de Souza, Sandra Regina Teixeira Batista de Cássia Araujo, Rosinei Aparecida Ribeiro Libório,
Baltieri Souza, Claricia Akemi Eguti, Idê Moraes dos Campos e Silmara Santade Masiero. Sandra Raquel Scassola Dias, Selma Marli Trivellato
Santos, João Mário Santana, Kátia Regina Pessoa, e Sonia Maria M. Romano.
Língua Portuguesa: Andrea Righeto, Edilene
Mara Lúcia David, Marcos Rodrigues Ferreira, Roseli
Bachega R. Viveiros, Eliane Cristina Gonçalves História: Aparecida de Fátima dos Santos
Cordeiro Cardoso e Rozeli Frasca Bueno Alves.
Ramos, Graciana B. Ignacio Cunha, Letícia M.
Pereira, Carla Flaitt Valentini, Claudia Elisabete
Área de Matemática de Barros L. Viviani, Luciana de Paula Diniz,
Silva, Cristiane Gonçalves de Campos, Cristina
Matemática: Carlos Tadeu da Graça Barros, Márcia Regina Xavier Gardenal, Maria Cristina
de Lima Cardoso Leme, Ellen Claudia Cardoso
Ivan Castilho, João dos Santos, Otavio Yoshio Cunha Riondet Costa, Maria José de Miranda
Doretto, Ester Galesi Gryga, Karin Sant’Ana
Yamanaka, Rosana Jorge Monteiro, Sandra Maira Nascimento, Maria Márcia Zamprônio Pedroso,
Kossling, Marcia Aparecida Ferrari Salgado de
Zen Zacarias e Vanderley Aparecido Cornatione. Patrícia Fernanda Morande Roveri, Ronaldo Cesar
Barros, Mercia Albertina de Lima Camargo,
Alexandre Formici, Selma Rodrigues e
Priscila Lourenço, Rogerio Sicchieri, Sandra Maria
Área de Ciências da Natureza Sílvia Regina Peres.
Fodra e Walter Garcia de Carvalho Vilas Boas.
Biologia: Aparecida Kida Sanches, Elizabeth
Área de Matemática
Reymi Rodrigues, Juliana Pavani de Paula Bueno e
Matemática: Carlos Alexandre Emídio, Clóvis Sociologia: Anselmo Luis Fernandes Gonçalves,
Rodrigo Ponce.
Antonio de Lima, Delizabeth Evanir Malavazzi, Celso Francisco do Ó, Lucila Conceição Pereira e
Ciências: Eleuza Vania Maria Lagos Guazzelli, Edinei Pereira de Sousa, Eduardo Granado Garcia, Tânia Fetchir.
Gisele Nanini Mathias, Herbert Gomes da Silva e Evaristo Glória, Everaldo José Machado de Lima,
Maria da Graça de Jesus Mendes. Fabio Augusto Trevisan, Inês Chiarelli Dias, Ivan Apoio:
Castilho, José Maria Sales Júnior, Luciana Moraes Fundação para o Desenvolvimento da Educação
Física: Anderson Jacomini Brandão, Carolina dos Funada, Luciana Vanessa de Almeida Buranello, - FDE
Santos Batista, Fábio Bresighello Beig, Renata Mário José Pagotto, Paula Pereira Guanais, Regina
Cristina de Andrade Oliveira e Tatiana Souza da Helena de Oliveira Rodrigues, Robson Rossi, CTP, Impressão e acabamento
Luz Stroeymeyte. Rodrigo Soares de Sá, Rosana Jorge Monteiro, Esdeva Indústria GráÅca Ltda.
GESTÃO DO PROCESSO DE PRODUÇÃO CONCEPÇÃO DO PROGRAMA E ELABORAÇÃO DOS Filosofia: Paulo Miceli, Luiza Christov, Adilton Luís
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