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C4_3oA_FISICA_Alelex_prof 10/06/11 14:01 Página 49

FRENTE 1 FÍSICA

MÓDULO 13 Potência

1. (UFSC) – Em uma indústria, deseja-se transportar 64 caixas de Como o método 3 é o mais rápido (menor ⌬t ), corresponde ao de maior
mesmo peso e tamanho do piso térreo até um nível superior. Este potência; porém, não podemos quantificar quantas vezes a potência é
trabalho pode ser realizado por três métodos diferentes: maior.
5. ( V ) Porque o tempo no método 2 é menor do que no método 1.

1) As caixas serão carregadas, uma a uma, por operários subindo a escada; Resposta: E
2) As caixas serão colocadas sobre uma esteira rolante com
movimento uniforme;
3) Em uma única operação, as caixas serão elevadas por um guindaste.
Nos métodos 1 e 3, as caixas partem do repouso e voltam ao repouso.
O método 3 para elevar as caixas é o mais rápido e o método 1, o
mais lento.

2. (UFMS) – Um atleta, ao terminar o preaquecimento em uma


academia, sobre uma esteira horizontal, analisa as informações
indicadas no painel eletrônico da esteira, que indica o seguinte:
Distância percorrida = 5,0 km; velocidade escalar média = 20,0 km/h;
calorias gastas pelo atleta = 200 kcal.
Considere 1cal = 4 J, e que toda a energia gasta pelo atleta foi para
realizar o trabalho sobre a esteira a uma potência constante. Assinale a
alternativa correta.
a) A força média, na direção horizontal, aplicada na esteira pelo atleta,
tem intensidade igual a 160N.
b) A potência média realizada pelo atleta sobre a esteira, nesse
aquecimento, foi maior que 1,0 kW.
c) A intensidade da força média, na direção horizontal, aplicada na
esteira pelo atleta, foi menor que 160N.
d) A potência média realizada pelo atleta sobre a esteira, nesse
Em relação às situações apresentadas, classifique cada proposição aquecimento, foi menor que 500W.
como verdadeira (V) ou falsa (F). e) O tempo que o atleta permaneceu sobre a esteira, em preaque-
1. ( ) No método 1, o trabalho realizado é 64 vezes maior do que no cimento, foi de 30 minutos.
método 3.
2. ( ) O trabalho realizado contra a força gravitacional é o mesmo RESOLUÇÃO:
em todos os três métodos. 1) Cálculo do tempo:
3. ( ) O maior trabalho é realizado pelo guindaste (método 3), pois ⌬s 5,0 1
Vm = ––– ⇒ 20,0 = ––– ⇒ T = ––– h = 15min = 900s
as caixas estão empilhadas. ⌬t T 4
4. ( ) A potência utilizada é quatro vezes maior no método 1 em 2) Cálculo da força média:
relação ao método 3. τ = Fm . d
5. ( ) A potência utilizada no método 2 é maior do que no método 1.
200 . 103 . 4 = Fm . 5,0 . 103 ⇒ Fm = 160 N
A sequência correta de V e F é:
a) F V F F F b) F V V F V c) V V F F F 3) Cálculo da potência média:
d) F V F V F e) F V F F V
τ 200 . 103 . 4 8
RESOLUÇÃO: Potm = ––– = –––––––––– (W) = ––– kW
⌬t 900 9
1. ( F ) Nos três métodos, o trabalho é o mesmo e é dado por:

τmotor + τp = ⌬Ecin Resposta: A

τmotor – Mgh = 0 ⇒ τmotor = Mgh

2. ( V )

3. ( F ) e 4 ( F )
τ
Pot = –––
⌬t

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3. (PUCC – MODELO ENEM) – Considere o texto abaixo. 4. (VUNESP – MODELO ENEM) – A intensidade de radiação solar
que chega logo acima da superfície da Terra, conhecida como constante
O diesel verde pode ser produzido pela gaseificação de biomassa —
solar, tem um valor de 1350 W/m2. Em um dia nublado, no qual apenas
que ocorre quando se esquenta matéria orgânica até o ponto de ocorrer
50% da radiação solar atinge o solo de uma dada região, a quantidade
a liberação de hidrogênio e monóxido de carbono — seguida da
de energia que chega ao teto de um edifício, cuja superfície tem 500m2,
conversão dos compostos em hidrocarbonetos de cadeia longa. O
se for aproveitada em 40% por células fotovoltaicas, pode alimentar
resultado é um combustível automotivo líquido competitivo, que não
um total de lâmpadas de 100W da ordem de
acrescenta virtualmente nenhum gás de efeito estufa à atmosfera.
a) 135 b) 675 c) 1350 d) 6750 e) 13500
(Adaptado de Scientific American. out 2006. p. 58)
RESOLUÇÃO:
O diesel verde, combustível automotivo líquido, tem calor de
1) 50% da radiação: 675 W/m2
combustão 4,0 . 107 J/kg. O motor de um caminhão desenvolve
2) 1m2 ………… 675 W
potência de 1,5 . 105 W ao se usar esse combustível. Se o rendimento
500m2 ……… P
total do funcionamento do caminhão é de 25%, a massa de diesel verde
consumida por minuto é, em kg, P = 337 500W
a) 0,30 b) 0,45 c) 0,60 d) 0,90 e) 1,5 3) 40% de P = 135 000 W
Esta potência corresponde à de 1350 lâmpadas de 100W cada uma.
RESOLUÇÃO: Resposta: C
Eu Eu
1) Pot = –––– ⇒ 1,5 . 105 = –––– ⇒ Eu = 9,0 . 106J
Δt 60

Eútil 9,0 . 106


2) ␩ = –––––– ⇒ 0,25 = ––––––––– ⇒ Et = 3,6 . 107J
Etotal Et

3) 1kg............ 4,0 . 107J


m............... 3,6 . 107J
3,6 . 107
m = ––––––––– (kg) ⇒ m = 0,90kg
4,0 . 107

Resposta: D

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5. (PUC-PR – MODELO ENEM) – A energia muscular resulta da 6. (VUNESP) – Numa pequena usina hidroelétrica, a vazão da água
transformação das substâncias armazenadas no organismo humano. A é da ordem de 1,0 . 103m3/s, caindo de uma altura de 40m.
energia que consumimos vem dos alimentos que ingerimos. Por Considerando-se 1,0 . 103kg/m3 a densidade da água, 10m/s2 o módulo
exemplo, um grama de carboidrato ou de proteína contém cerca de 4kcal. da aceleração da gravidade e 90% o rendimento da usina, a potência
Já um grama de gordura contém bem mais que isso, cerca de 9kcal. útil da usina é, em MW,
O consumo de energia por uma pessoa adulta na forma de alimentos a) 3,6 b) 36 c) 40 d) 360 e) 400
é de aproximadamente 2400 kcal por dia. Essa energia é usada para
manter nosso organismo em funcionamento, como coração, pulmões e RESOLUÇÃO:
os demais órgãos internos, e também para fornecer alguma capacidade τP mgh
1) PotT = ––– = ––––
de trabalho externo, que é feito durante praticamente todo o dia. Δt Δt
Em condições de repouso, cerca de 30% da energia é consumida m = ␮ Vol
pelos músculos esqueléticos e praticamente outro tanto é consumida
Vol Vol
pelos órgãos abdominais. Em repouso, o cérebro consome cerca de 20% PotT = ␮ –––– g H, em que –––– = Z (vazão da água)
Δt Δt
e o coração 10% da energia total consumida pelo corpo. Adote 1 cal
equivalente a 4J e g=10m/s2 para responder à questão. PotT = ␮ Z g H
Marque a alternativa correta:
a) Dado o consumo normal de uma pessoa em um dia, em repouso o PotT = 1,0 . 103 . 1,0 . 103 . 10 . 40 (W)
cérebro apresenta uma potência de 2W. PotT = 4,0 . 108W = 400 . 106W = 400 MW
b) Para conseguirmos as 2400kcal durante o dia, precisamos consumir
cerca de 300g de carboidrato ou a metade disso em gordura ou uma PotU
2) ␩ = –––––
saudável (e de preferência apetitosa) mistura dessas coisas. PotT
c) A energia consumida em um dia não seria suficiente para elevar PotU = ␩ PotT = 0,90 . 400 MW
um corpo de massa de 1,0 t até uma altura de 10m.
PotU = 360 MW
d) Se calcularmos a potência do corpo tendo como base a energia
consumida em um dia, obteremos um valor de aproximadamente Resposta: D
111W.
e) Considere um atleta de 80kg que passa cerca de 4 horas do dia em
atividade de treino, por exemplo, subindo uma escada a uma taxa
de 0,25m/s (só um bom atleta consegue isso). Dessa forma, ele
teria consumido mais energia que o valor normal de consumo de
uma pessoa adulta.

RESOLUÇÃO
a) ( F ) E = 2400 kcal/d
cérebro: 20% de 2400 kcal = 480 . 103 cal = 1,92 . 106J

E 1,92 . 106J
P = ––– = –––––––––  22W
⌬t 8,64 . 104s
b) ( F ) 1g............... 4kcal
300g............... E
E = 1200 kcal

c) ( F ) E = 2400kcal = 2,4 . 106cal = 9,6 . 106J


E’ = mgh = 1,0 . 103 . 10 . 10 = 1,0 . 105J

Em condições de repouso, 90% da energia dos alimentos é consumida,


sobrando apenas 10% para trabalho externo.

τ = 0,1 E = 9,6 . 105J, que é suficiente para elevar o corpo

E 9,6 . 106J
d) ( V ) Pot = ––– = ––––––––– = 111 W
⌬t 8,64 . 104s

τ mgH
e) ( F ) Pot = ––– = –––––– = mgV
⌬t ⌬t

Pot = 800. 0,25 (W) = 200W


E = Pot . ⌬t = 200 . 14400J
E = 2,88 . 106J
Este valor é menor que 9,6 . 106J

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MÓDULO 14 Energia Mecânica I

1. (VUNESP-MODELO ENEM) – Analise atentamente as afirmações contidas na tabela, que apresenta as características mais relevantes das
principais fontes geradoras de energia elétrica, para responder à questão de número 1.

FONTE OBTENÇÃO USOS

Matéria resultante de transformações químicas de fósseis Produção de energia elétrica. Matéria-prima da gasolina
I. Petróleo animais e vegetais. Extraído em reservas marítimas ou e do diesel e de outros produtos como plástico, borracha
continentais. sintética, ceras, tintas, gás e asfalto.

Ocorre na natureza, associado ou não ao petróleo. A pressão Aquecimento; combustível para geração de eletricidade,
II. Gás Natural nas reservas impulsiona o gás para a superfície, onde é veículos, caldeiras e fornos; matéria-prima de derivados
coletado em tubulações. do petróleo.

A energia liberada pela queda de grande quantidade de água


III. Hidroeletricidade represada move uma turbina que aciona um gerador Produção de energia elétrica.
elétrico.

Matéria que resulta das transformações químicas de grandes


Produção de energia elétrica. Aquecimento. Matéria-
IV. Carvão Mineral florestas soterradas. Extraído em minas subterrâneas ou a
prima de fertilizantes.
céu descoberto em bacias sedimentares.

O movimento dos ventos é captado por hélices ligadas a Produção de energia elétrica. Movimentação de
V. Eólica
uma turbina que aciona um gerador elétrico. moinhos.

Lâminas ou painéis recobertos com material semicondutor


VI. Solar capturam a luminosidade recebida do Sol para gerar tensão Produção de energia elétrica. Aquecimento.
elétrica.

A matéria orgânica é decomposta em caldeiras ou em


Aquecimento. Produção de energia elétrica. Produção
VII. Biomassa biodigestores. O processo gera gás e vapor, que acionam
de biogás ou gás natural (metano).
uma turbina e movem um gerador elétrico.

(Diponível em: <http://www.guiafloripa.com.br/energia/energia/fontes_alternativas.php>.Adaptado)

1. São consideradas fontes alternativas e/ou renováveis de energia: d) Gás natural


a) III, IV, V, VI e VII, apenas. b) I, III, IV e VI, apenas. e) Carvão mineral
c) II, V, VI e VII, apenas. d) III, V, VI e VII, apenas.
Resposta: D
e) todas as fontes.

RESOLUÇÃO:
As fontes de energia renováveis são aquelas capazes de se recuperar e,
portanto, virtualmente inesgotáveis.
São renováveis:
a) Energia hidraúlica
b) Biomassa (origem animal ou vegetal)
c) Energia solar
d) Energia eólica
e) Energia geotérmica
f) Energia maremotriz
g) Energia do hidrogênio

São fontes de energia não renováveis ou que vão esgotar-se:


a) Energia nuclear
b) Combustíveis fósseis
c) Petróleo

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2. (VUNESP-MODELO ENEM) – Avalia-se que 25% da energia


 
A2 2 h1
fornecida pelos alimentos é destinada, pelo nosso organismo, para
Da qual: ––– = ––––
atividades físicas. A energia restante destina-se à manutenção das A1 h2
funções vitais, como a respiração e a circulação sanguínea, ou é
dissipada na forma de calor, através da pele. Uma barra de chocolate Sendo A1 = 2,0m, h1 = 6250m e h2 = 10,0m, calculemos a amplitude A2 da
de 100g pode fornecer ao nosso organismo cerca de 470 kcal. Suponha onda na região costeira.

 ––––   ––– 
A 2 6250 A 2
que uma pessoa de massa 70 kg quisesse consumir a parcela disponível 2 2
= –––– ⇒ = 25
da energia fornecida por essa barra, para subir uma escadaria. Sabendo- 2,0 10,0 2,0
se que cada degrau dessa escadaria tem 25 cm de altura, admitindo-se A2
g = 10 m/s2 e sendo 1,0cal = 4,2J, pode-se afirmar que o número de –––– = 5,0 ⇒ A2 = 10,0m
2,0
degraus que essa pessoa deveria subir é de
a) 7000 b) 2820 c) 700 d) 470 e) 28 Resposta: C

RESOLUÇÃO:
1) E = 470 kcal = 470 . 103 . 4,2J = 1974 . 103J

2) E’ = mg H E’ = 0,25 E
0,25 . 1974 . 103 = 70 . 10 . H
H = 705m

3) H = nh
705 = n. 0,25 4. (UnB)
n = 2820

Resposta: B

3. (UNESP-MODELO ENEM) No final de dezembro de 2004, um


tsunami no Oceano Índico chamou a atenção pelo seu poder de
destruição. Um tsunami é uma onda que se forma no oceano,
geralmente criada por abalos sísmicos, atividades vulcânicas ou pela
queda de meteoritos. Este foi criado por uma falha geológica reta,
muito comprida, e gerou ondas planas que, em alto mar, propagaram-
se com comprimentos de onda muito longos, amplitudes pequenas se
A figura acima mostra uma criança descendo em um toboágua.
comparadas com os comprimentos de onda, mas com altíssimas
Admitindo-se que ela é liberada do topo, a uma altura h = 8,0m em
velocidades. Uma onda deste tipo transporta grande quantidade de
relação à base, com velocidade inicial igual a zero, que a aceleração da
energia, que se distribui em um longo comprimento de onda e, por isso,
gravidade tem módulo igual a 10m/s2 e desconsiderando-se as forças
não representa perigo em alto mar. No entanto, ao chegar à costa, onde
de atrito, então o módulo da velocidade da criança na parte mais baixa
a profundidade do oceano é pequena, a velocidade da onda diminui.
do toboágua será mais próximo de
Como a energia transportada é praticamente conservada, a amplitude
a) 13m/s b) 18m/s c) 24m/s d) 27m/s e) 30m/s
da onda aumenta, mostrando assim o seu poder devastador. Considere
que o módulo da velocidade da onda possa ser obtido pela relação v = hg,
RESOLUÇÃO:
em que g = 10,0m/s2 e h são, respectivamente, o módulo da aceleração da Ef = Ei
gravidade e a profundidade no local de propagação. A energia da onda pode mV2
–––– = mg H
ser estimada pela relação E = kvA2, em que k é uma constante de 2
proporcionalidade e A é a amplitude da onda. Se o tsunami for gerado
em um local com 6 250m de profundidade e com amplitude de 2,0m, V = 
2g H
quando chegar à região costeira, com 10,0m de profundidade, sua V = 
2 . 10 . 8,0 (m/s)
amplitude será V = 
160 m/s
a) 14,0m b) 12,0m c) 10,0m
V = 4
10 m/s = 4 . 3,2 (m/s)
d) 8,0m e) 6,0m
V  13 m/s
RESOLUÇÃO: Resposta: A
Considerando-se a conservação da energia do tsunami, vem:
E2 = E1 ⇒ kv2 A22 = kv1 A12

k 
gh2 A22 = k 
gh1 A21

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5. (FCC) – Um corpo de massa m = 500 gramas é abandonado, a A figura mostra uma situação em que uma pessoa de massa 50 kg cai
partir do repouso, de uma altura de 2,0m diretamente acima de uma verticalmente, a partir do repouso, da janela do quarto andar de um
mola não deformada, cuja constante elástica vale 100 N/m. O efeito prédio. Na distância de 15,0m dessa janela, existe uma rede de
do ar é desprezível e não há perda de energia mecânica na colisão entre salvamento elástica que ficou 1,0m deformada após capturar a pessoa
o bloco e a mola elástica. A massa da mola é desprezível. e esta ser levada ao repouso. Com base nessa situação hipotética e nas
leis de Newton, desprezando-se o atrito com o ar e considerando-se
que a aceleração gravitacional é constante e com módulo igual a
10m/s2, assinale a opção correta:
a) O módulo da velocidade do corpo da pessoa ao tocar na rede é
igual a 10m/s.
b) O corpo do indivíduo, após tocar na rede, sofreu uma desaceleração
constante cujo módulo é igual a 7,5m/s2.
c) Para diminuir os efeitos devidos à desaceleração sofrida pelo corpo,
Considerando-se g = 10m/s2, a máxima deformação que o corpo é correto utilizar redes com valores de coeficiente de elasticidade
provocará na mola após atingi-la, em centímetros, vale maiores que o valor da rede usada nessa situação, as quais se
a) 60 b) 55 c) 50 d) 45 e) 40 deformariam mais que 1,0m.
d) A força gravitacional que atrai o corpo para o solo não é
RESOLUÇÃO: conservativa.
EA = EB e) A constante elástica associada à rede vale 1,6 . 104N/m
(ref. em B)
RESOLUÇÃO:
a) ( E )
kx2
––– = mg (H + x) EB = EA
2
(ref. em B)
100x2
––– = 5,0 (2,0 + x)
2 mVB2
––––– = mg H0
2
10x2 = 2,0 + x
VB = 
2 . g H0
10x2 – x – 2,0 = 0
VB = 2..
10  (m/s)
15,0
1⫾ 
1 + 80 (m)
x = –––––––––––––– VB = 
300 m/s
20
VB = 10 
3 m/s
x = 0,50 m = 50 cm
b) ( E ) A desaceleração não é constante.
Resposta: C c) ( E ) Se o coeficiente de elasticidade for maior, a deformação da mola
será menor e a desaceleração terá módulo maior.
d) ( E ) A força peso é conservativa.
6. (UnB)
e) ( V )
EC = EA

(ref. em C)

kx2
––– = mg H1
2

k(1,0)2
––––– = 500 . 16,0
2

k = 1,6 . 104 N/m

Resposta: E

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MÓDULO 15 Impulso e Quantidade de Movimento

1. (UFPB-MODELO ENEM) – Pai e filho são aconselhados a correr Somente está correto o que se afirma em:
para perder peso. Para que ambos percam calorias na mesma a) (2) e (4) b) (4) e (5) c) (1) e (3)
proporção, o instrutor da academia sugeriu que ambos desenvolvam a d) (2) , (4) e (5) e) (1) , (3) e (5)
mesma quantidade de movimento. Se o pai tem 90kg e corre a uma
velocidade escalar de 2,0m/s, o filho, com 60kg, deverá correr a: RESOLUÇÃO:
a) 1,0m/s b) 2,0m/s c) 3,0m/s (1) FALSA. Cada unidade tem movimento circular e uniforme; a quanti-
dade de movimento tem módulo constante e direção variável.
d) 4,0m/s e) 5,0m/s
(2) VERDADEIRA. As unidades simétricas (1 e 5) , (2 e 6) , (3 e 7) , (4 e 8)
RESOLUÇÃO: têm quantidades de movimento com módulos iguais, mesma direção e
sentidos opostos, com soma vetorial nula.
Qpai = Qfilho Portanto, a quantidade de movimento total é constante e é nula.
mpVp = mf Vf (3) FALSA. A energia cinética é constante e a energia potencial varia.
90 . 2,0 = 60Vf (4) VERDADEIRA. A energia cinética de cada unidade é constante e
quando uma unidade sobe uma distância H, a unidade simétrica desce
Vf = 3,0m/s a mesma distância H; portanto, a variação de energia potencial é nula
e a energia mecânica total do sistema é constante.
Resposta: C (5) VERDADEIRA. A força resultante em cada unidade é centrípeta e, por
ser perpendicular à trajetória, não realiza trabalho.
Resposta: D

3. (MODELO ENEM) – O gráfico da figura mostra a intensidade da


2. (MODELO ENEM) – Considere uma roda gigante com força que uma raquete aplica em uma bola de tênis de massa m = 50g.
movimento de rotação uniforme e formada por oito unidades Antes e após a colisão, a bola se move em uma direção horizontal (des-
simetricamente dispostas, como indica a figura. preza-se o efeito do peso durante a interação entre a bola e a raquete).
Imediatamente antes da colisão, a bola se move para a direita com
velocidade de módulo 20m/s. Imediatamente após a colisão, a bola se
move para a esquerda com velocidade de módulo V.

O valor de V, em m/s, é
a) 10 b) 20 c) 40 d) 60 e) 80
Todas as unidades são formadas pela cadeira e por uma pessoa e têm
RESOLUÇÃO:
pesos iguais. 1) I = Área (F x t)
Considere um sistema de referência fixo no solo terrestre, suposto 2,0 . 10–2 . 200
horizontal. I = ––––––––––––– (N.s) = 2,0N . s
2
Analise as proposições a seguir:
(1) A quantidade de movimento de cada unidade permanece constante.
(2) A quantidade de movimento total do sistema, formado pelas oito 2) TI: Ibola = ΔQbola
unidades, permanece constante. Ibola = m ΔV
(3) A energia mecânica de cada unidade permanece constante. 2,0 = 50 . 10–3ΔV
(4) A energia mecânica total do sistema, formado pelas oito unidades, 2,0 . 103
ΔV = –––––––– (m/s) = 40m/s
permanece constante. 50
(5) A força resultante em cada unidade não realiza trabalho.

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3) 5. (UFPA) – Considere um balanço de comprimento L, bem mais leve


do que uma criança de massa M, e um pai que a empurra, soltando o
ΔV = V – V0
balanço, como é comum, na vertical, sua posição mais baixa. Sendo g
40 = V – (–20)
o módulo da aceleração gravitacional, a intensidade do impulso que
V = 20m/s ele deve dar para que a criança se eleve até uma inclinação ␣, como
está ilustrado abaixo, será expressa por

a) M gLsen

␣ b) 2M (1 + cos ␣) 
gL
Resposta: B
c) M 
2gL(1 – cos ␣) d) M sen ␣ 
gL

e) M 
gL(3 + 2cos ␣)

4. (UNESP) – Em um teste de colisão, um automóvel de massa 1,5 . 103 kg


colide frontalmente com uma parede de tijolos. A velocidade do
automóvel, anterior ao impacto, tinha módulo igual a 15,0m/s.
Imediatamente após o impacto, o veículo é jogado no sentido
contrário ao do movimento inicial, com velocidade de módulo 3,0m/s.
Se a colisão teve duração de 0,15s, a força média exercida sobre o auto-
móvel durante a colisão teve intensidade igual a:
a) 0,5 . 104 N b) 1,0 . 104 N
4
c) 3,0 . 10 N d) 1,5 . 105 N
5
e) 1,8 . 10 N

RESOLUÇÃO:

Nota: Despreze o efeito do ar.

RESOLUÇÃO:
1) Cálculo da velocidade da criança, na posição mais baixa, imediatamente
após o impulso do pai.
Desprezando-se o efeito do ar, o sistema é conservativo e teremos:

|V0| = 15,0m/s e |Vf| = 3,0m/s

Orientando-se positivamente para a esquerda, temos:

V0 = –15,0m/s; Vf = 3,0m/s; ΔV = Vf – V0 = 18,0m/s

Aplicando-se o teorema do impulso:


→ → h = L – L cos ␣
I carro = ΔQ carro
h = L (1 – cos ␣)
Fm Δt = m ΔV EA = EB

Fm . 0,15 = 1,5 . 103 . 18,0 (ref. em A)


MVA2
––––– = Mgh
Fm = 1,8 . 105N 2

Resposta: E VA2 = 2 g L (1 – cos ␣)

VA = 
2gL (1 – cos ␣)

2) Aplicando-se o teorema do impulso:


Icriança = ΔQcriança
Icriança = M VA = M 
2gL (1 – cos ␣)

Resposta: C

56 –
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6. (UFU) – Um corpo de 10,0kg desloca-se em uma trajetória 3) V2 = Vx2 + Vy2


retilínea, horizontal, com uma velocidade de módulo 3,0m/s, quando
→ V = 5,0m/s
passa a atuar sobre ele uma força resultante F, cujo módulo varia de
acordo com o gráfico, formando um ângulo reto com a direção inicial

do movimento. Se F é a única força que atua sobre o corpo e se sua
direção e sentido permanecem constantes, analise as seguintes mV2 10,0
4) Ec = –––– = –––– . (5,0)2 (J) = 125J
afirmações e responda de acordo com o código que se segue. 2 2

5) TEC: τF = ΔEcin

m
τF = –– (V2 – V02)
2

10,0
τF = –––– (25,0 – 9,0) (J)
2

τF = 80,0J

6) Q = mV
Q = 10,0 . 5,0 (SI)
I. A energia cinética do corpo no instante t = 6,0s é de 125J. Q = 50,0 kg . m/s
II. O trabalho realizado pela força F no intervalo entre t = 0 e t = 6,0s
I. (V) II. (V) III. (F)
vale 80,0J.
III. A quantidade de movimento do corpo no instante t = 6,0s tem Resposta: A
módulo igual a 70,0kg.m/s.
a) Apenas I e II são corretas.
b) Apenas I é correta.
c) Apenas II e III são corretas.
d) Apenas I e III são corretas.
e) I, II e III são corretas.

RESOLUÇÃO:

1) IF = área (F x t)
10,0
IF = (6,0 + 2,0) –––– (N . s) = 40,0N.s
2

→ →
2) IF = Δ Qy

40,0 = 10,0Vy

Vy = 4,0m/s

– 57
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MÓDULO 16 Colisões

1. (FUVEST-SP) – Dois caixotes de mesma altura e mesma massa, A 4) Na outra colisão entre A e B ocorre uma nova troca de velocidades, ficando

e B, podem movimentar-se sobre uma superfície plana, sem atrito. A em repouso e B com velocidade –V0 .
Estando inicialmente A parado, próximo a uma parede, o caixote B
→ Resposta: E
aproxima-se perpendicularmente à parede, com velocidade V0,
provocando uma sucessão de colisões unidimensionais e elásticas no
plano da figura.

2. (CESGRANRIO) – Duas partículas, A e B, constituem um sistema


isolado. A massa de A vale mA = 1,0kg e a massa de B vale mB = 2,0kg.
As partículas A e B se deslocam em sentidos opostos com velocidades
escalares VA = 5,0m/s e VB = –2,0m/s. Após uma colisão
unidimensional, a velocidade escalar de A passa a ser VA’ = –3,0m/s.
Após todas as colisões, é possível afirmar que os módulos das
O coeficiente de restituição nesta colisão vale:
velocidades dos dois blocos serão aproximadamente
a) 0,50 b) 5,0/7,0 c) 1,0
a) VA = V 0 e VB = 0
d) 7,0/5,0 e) 5,0/3,0
b) V A = V0 / 2 e VB = 2 V0
c) VA = 0 e VB = 2 V0 RESOLUÇÃO:
d) VA = V0 / 2 e VB = V0 / 
2
e) VA = 0 e VB = V0
RESOLUÇÃO:
1) Demonstre a troca de velocidades na colisão (caso genérico).

1) Qf = Qi
’ + mBV’B = mAVA + mBVB
mA V A
1,0 (–3,0) + 2,0 V ’B = 5,0 + (–4,0)
I) Qapós = Qantes
2,0 V ’B = 4,0 ⇒ V ’B = 2,0m/s
m V’A + m V’B = mVA + mVB

V’A + V’B = VA + VB (I)


Vaf V’B – V’A
2) e = –––– = –––––––––
II) Vaf = Vap Vap VA – VB

V’B – V’A = VA – VB (II) 2,0 – (–3,0)


e = –––––––––––
(I) + (II): 2V’B = 2VA 5,0 – (–2,0)
5,0
V’B = VA e = ––––
7,0

Em I: V’A = VB
Resposta: B

2) Na colisão entre B e A, sendo a colisão elástica e unidimensional e as


massas iguais, haverá troca de velocidades entre A e B:

B fica em repouso e A adquire a velocidade V0 .
3) Na colisão de A com a parede, haverá inversão da velocidade de A, isto

é, a velocidade final de A, após a colisão com a parede, valerá – V0 .

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3. Um carro A de massa 800kg e um carro B de massa 1200kg se 4. (UFCG-PB-MODELO ENEM)


movem perpendicularmente com velocidades de módulos VA e VB, O QUE ESCAPOU A ARISTÓTELES
respectivamente. Os carros se movimentam em um plano horizontal e Machado de Assis em Memórias Póstumas de Brás Cubas.
vão colidir. Um perito policial, analisando as marcas deixadas pelos
pneus dos carros, conclui que, imediatamente após a colisão, os carros 1 Outra coisa que também me parece metafísica é isto: – Dá-se
se movem juntos com velocidade de módulo 10m/s. 2 movimento a uma bola, por exemplo; rola esta, encontra outra
A velocidade comum dos carros forma com a velocidade inicial do 3 bola, transmite-lhe o impulso, e eis a segunda bola a rolar como
carro B um ângulo de 53°, conforme mostra a figura. 4 a primeira rolou. Suponhamos que a primeira bola se chama...
Dados: sen 53° = 0,80 e cos 53° = 0,60. 5 Marcela, – é uma simples suposição; a segunda, Brás Cubas; – a
6 terceira, Virgília. Temos que Marcela, recebendo um piparote do
7 passado, rolou até tocar em Brás Cubas – o qual, cedendo à força
8 impulsiva, entrou a rolar também até esbarrar em Virgília, que
9 não tinha nada com a primeira bola; e eis aí como, pela simples
10 transmissão de uma força, se tocam os extremos sociais, e se
11 estabelece uma coisa que poderemos chamar solidariedade do
12 aborrecimento humano. Como é que este capítulo escapou a
13 Aristóteles?

Machado de Assis faz referência ao conhecimento físico ao usar de


uma metáfora. Assinale a alternativa em que se faz um comentário
Os valores de VA e VB são dados por: correto relacionando o conhecimento físico com essa metáfora:
a) VA = VB = 10m/s a) A metáfora do autor ficou prejudicada, pois não é possível a
b) VA = VB = 20m/s conservação da quantidade de movimento em colisões;
c) VA = 10m/s e VB = 20m/s b) A descrição do choque frontal entre as bolas metafóricas “Marcela”
d) VA = 20m/s e VB = 10m/s e “Brás Cubas” permite concluir que, se suas massas eram iguais e
e) VA = 15m/s e VB = 30m/s a quantidade de movimento se conservou, a “bola metafórica
Marcela” passou a ter uma velocidade duas vezes maior que a “bola
RESOLUÇÃO: metafórica Brás Cubas”;
No ato da colisão, o sistema é isolado e, portanto, haverá conservação da
quantidade de movimento total.
c) A expressão “e eis a segunda bola a rolar como a primeira rolou”
Na direção x, temos: (linhas 3 e 4), supondo-se que a quantidade de movimento se tenha
conservado, implica que a primeira bola, após a colisão frontal,
Qf = Qi
x x permaneceu em movimento;
(mA + mB) . V . cos 53o = mB . VB d) Supondo-se que as bolas metafóricas “Marcela”, “Brás Cubas” e
“Virgília” tenham massas iguais e que a quantidade de movimento
2000 . 10 . 0,60 = 1200 . VB se tenha conservado durante as colisões frontais, a última colisão
entre as bolas metafóricas “Brás Cubas” e “Virgília” foi comple-
VB = 10m/s tamente inelástica;
e) Como força é uma interação entre corpos, a expressão “pela simples
Na direção y, temos: transmissão de uma força” (linhas 9 e 10) refere-se, no conheci-
mento físico, ao impulso de uma força provocando variação de
Qf = Qi
y y quantidade de movimento.
(mA + mB) . V . sen 53o = mA . VA
RESOLUÇÃO:
Nas colisões (sistema isolado), há troca de forças de interação e cada bola
2000 . 10 . 0,80 = 800 . VA
aplica na outra um impulso que provoca variação na quantidade de
movimento de cada bola.
VA = 20m/s Resposta: E

Resposta: D

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5. (UnB-MODELO ENEM) – Relatório do Corpo de Bombeiros Admitindo-se que a força que deformou os veículos atuou durante um
revela que o número de acidentes com vítimas nos quais há ônibus tempo de 0,1s, são feitas as seguintes afirmações para a situação
envolvidos, no estado do Rio de Janeiro, praticamente duplicou de descrita:
2005 para 2006. Segundo as autoridades, esse crescimento tem duas I. O choque é completamente inelástico e, por isso, não há
causas principais: a imprudência dos motoristas, pela alta velocidade conservação da quantidade de movimento.
por eles desenvolvida, e a falta de monitoramento diário do II. O módulo da velocidade do carro de uma tonelada antes da colisão
comportamento dos rodoviários pelas empresas, durante os trajetos. era de 97,2 km/h.
O Globo, 22/5/2007 (com adaptações) III.A intensidade do impulso atuante em cada carro, na colisão, foi de
1,2 . 104 N. s .
Tendo como base o texto acima e considerando-se os conceitos acerca IV. A intensidade da força média que deformou os veículos foi de
de choques e colisões, assinale a opção correta. 1,2 . 103 N.
a) No caso de haver uma colisão entre dois ônibus, o centro de massa
do sistema ficará sempre em repouso. Estão corretas somente
b) Se ocorrerem deformações permanentes nos corpos envolvidos, a) I e II
haverá conservação de energia mecânica. b) II e III
c) No caso de haver choque entre dois ônibus, a estrutura desses c) III e IV
veículos minimiza em parte os efeitos da colisão nos passageiros. d) I, II e III
d) Caso haja uma colisão frontal entre dois corpos, o módulo da e) II, III e IV
velocidade relativa desses corpos antes do choque será igual à
diferença entre os módulos das suas velocidades. RESOLUÇÃO:
I ( F ) A colisão é perfeitamente inelástica, porém, há conservação da
e) Na colisão não há produção de energia térmica.
quantidade de movimento do sistema no ato da colisão.
II ( V ) Qapós = Qantes
RESOLUÇÃO:
a) ( F ) No ato da colisão, desprezando-se as forças externas, o centro de (M1 + M2)vf = M1V1
massa terá velocidade constante e somente será nula se a quanti- 1800 . 54 = 1000 . V1
dade de movimento total do sistema for nula.
b) ( F ) Uma parte da energia mecânica é transformada em trabalho de V1 = 97,2 km/h
deformação. III ( V ) TI : I = ⌬Q
c) ( V ) Parte da energia cinética dos ônibus é usada como trabalho de I = m2Vf
deformação dos veículos e minimiza o efeito nos passageiros.
d) ( F ) Vrel =  Va  +  Vb  54
I = 800 . ––– (SI)
e) ( F ) A energia cinética é transformada em térmica, sonora e trabalho 3,6
de deformação permanente.
Resposta:C I = 1,2 . 104 N . s

IV ( F )
I = Fm . ⌬t
1,2 . 104 = Fm . 0,1

Fm = 1,2 . 105 N

Resposta: B

6. (UFPA-MODELO ENEM) A fotografia mostrada abaixo expõe o


resultado de uma imprudência. Um carro de massa igual a uma
tonelada, ao tentar ultrapassar um caminhão, acabou colidindo de frente
com outro carro, de massa 800 kg, que estava parado no acostamento.
Em virtude de a estrada estar muito lisa, após a colisão os carros se
moveram juntos em linha reta, com uma velocidade de módulo 54 km/h.

60 –
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MÓDULO 17 Leis de Kepler

1. (UESPI) – Assinale a alternativa correta com relação às leis de d) movimento de translação da Terra em torno do Sol; inclinação do
Kepler para o movimento de planetas. eixo de rotação da Terra; movimento de rotação dos planetas.
a) As três leis de Kepler são o resultado de observações de natureza e) movimento de rotação do Sol; distância da Terra ao Sol; movimento
puramente empírica, que contrariam a Mecânica Newtoniana. de translação da Terra em torno dos planetas.
b) As leis de Kepler baseiam-se no fato de que a força gravitacional
entre planetas varia com o inverso do cubo da distância entre os RESOLUÇÃO:
centros de tais planetas. 1) Aparição diurna do Sol: movimento de rotação da Terra.
2) Ciclo anual das estações: inclinação do eixo de rotação da Terra.
c) A primeira lei de Kepler diz que as órbitas descritas pelos planetas 3) Volta periódica dos planetas: movimento de translação dos planetas
são circunferências perfeitas. em torno do Sol.
d) A segunda lei de Kepler diz que o módulo da velocidade de Resposta: C
translação de um planeta ao redor do Sol é constante.
e) A terceira lei de Kepler diz que a razão entre o quadrado do período
de revolução de um planeta ao redor do Sol e o cubo do semieixo
maior da trajetória é uma constante que depende da massa do Sol.

RESOLUÇÃO:
a) FALSA. 3. (VUNESP - MODELO ENEM) – Nicolau Copérnico, Johannes
As leis de Kepler estão de acordo com a Mecânica Newtoniana.
Kepler, Galileu Galilei e Isaac Newton são nomes fundamentais na
b) FALSA. consolidação da visão heliocentrista do universo. Propuseram modelos
As leis de Kepler não tratam da força gravitacional. e descobriram leis que descrevem o movimento planetário e a interação
entre os astros do Universo. Sobre suas colaborações no desenvolvi-
c) FALSA. mento da história da astronomia e da gravitação, é correto afirmar que
As órbitas são elípticas.
a) Copérnico propôs um modelo de Universo que estava de acordo
d) FALSA. com o modelo dos epiciclos de Ptolomeu na descrição do sistema
A velocidade de translação somente teria módulo constante se a órbita solar.
fosse circular. A velocidade areolar é que permanece constante. b) discípulo de Tycho Brahe, importante astrônomo dinamarquês da
antiguidade, Kepler descobre a Lei da Gravitação Universal,
e) VERDADEIRA.
colaborando para fazer ruir definitivamente a teoria geocentrista.
R3 G MSol c) Isaac Newton propõe suas históricas três leis para o movimento
––––– = K = ––––––––
T 2 4π2 planetário. A primeira delas, baseada em dados observacionais,
Resposta: E define como elíptica a trajetória dos planetas ao redor do Sol.
d) por ser altamente religioso, Kepler viu-se diante de um conflito por
defender um modelo de Universo que se opunha ao defendido pela
Igreja na época. Decidiu, apesar disso, ser fiel à ciência e abraçar o
modelo heliocentrista.
e) Galileu, em razão da defesa do modelo heliocentrista, é julgado pela
Inquisição e, por causa das evidências demonstradas por ele com
observações do céu feitas com sua luneta, é considerado inocente e
2. (VUNESP - MODELO ENEM) – Segue-se um trecho de um texto libertado.
de divulgação científica publicado em artigo de jornal.
Unidos à necessidade ‘tribal’ de organização, certos fenômenos RESOLUÇÃO:
naturais se manifestam ordenadamente. Na aparição diurna do Sol, a)( F ) O modelo de Copérnico é heliocêntrico e o de Ptolomeu é
geocêntrico.
no ciclo anual das estações ou na volta periódica dos planetas, a
b)( F ) A lei da gravitação universal foi descoberta por Isaac Newton.
natureza exibe, de forma aconchegantemente previsível, ciclos que c)( F ) A trajetória elíptica dos planetas foi enunciada por Kepler.
ajudam a organizar a nossa vida. d)( V )
(Folha de S. Paulo) e)( F ) Galileu foi condenado e morreu em prisão domiciliar.

Resposta: D
Os ciclos aos quais se refere o texto estão relacionados, respectivamente,
a(o):
a) movimento de rotação da Terra em torno de seu eixo; distância da
Terra ao Sol; movimento dos planetas em torno do Sol.
b) movimento de translação do Sol; movimento de rotação da Terra
em torno de seu eixo; movimento dos planetas em torno do Sol.
c) movimento de rotação da Terra em torno do seu eixo; inclinação do
eixo de rotação da Terra; movimento dos planetas em torno do Sol.

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4. Seja R o raio da Terra; considere a órbita da Lua, em torno do centro III.A medida do período de uma das duas luas citadas no texto pode ser
da Terra, como circular, de raio 60R, e o período de 27 dias. feita por observação direta.
Considere também um satélite estacionário da Terra, utilizado em IV. O movimento orbital das duas luas em torno de Urano não é
telecomunicações. perturbado pela presença das outras luas.
Julgue os itens a seguir. Estão certos apenas os itens
I. O satélite pode estar acima da cidade de Macapá. a) I e II. b) I e III. c) II e IV.
II. A órbita do satélite é circular. d) III e IV. e) I e IV.
III. O período do satélite é de 1d.
IV. O raio de órbita do satélite é aproximadamente igual a 6,7R. RESOLUÇÃO:
I) ( V ) FG = Fcp
Responda mediante o código: GMm GM
a) Todos os itens estão corretos. ––––– = m␻2 R ⇒ ␻2 = ––––
R2 R3
b) Estão corretos apenas os itens I, II e III.
2␲ 4␲2
 ––––
T  =
c) Apenas o item IV é falso. 2 GM GM
–––– ⇒ –––– = ––––
d) Está correto apenas o item IV. R3 T2 R3
e) Todos os itens são falsos.
4␲2 R3
M = ––––––
RESOLUÇÃO: GT2
Para que um satélite seja estacionário, há três condições:

I. Correto. Órbita contida no plano equatorial da Terra: pode ficar II) ( F ) O período independe da massa do satélite.
acima de Macapá porque essa cidade está situada na Linha do III) ( V )
Equador Terrestre. IV) ( F )
Resposta: B
II. Correto. Órbita circular para que o movimento de translação seja uni-
forme.

III. Correto. Período de translação igual ao período de rotação da Terra


(1d = 24h). 6. (PUC-SP) – A sonda Galileo terminou sua tarefa de capturar imagens
do planeta Júpiter quando, em 29 de setembro de 2004, foi lançada em
IV. Correto. O raio de órbita é dado pela 3.ª Lei de Kepler:
direção ao planeta depois de orbitá-lo por um intervalo de tempo
RS3 RL3 R L = 60R RS3 (60R)3 correspondente a 8 anos terrestres. Considerando-se que Júpiter está cer-
–––– = –––– , em que T L = 27d ⇒ ––– = –––––– ca de 5 vezes mais afastado do Sol do que a Terra, é correto afirmar que,
TS2 TL2 1 36
T S = 1d nesse intervalo de tempo, Júpiter completou, em torno do Sol,
a) cerca de 1,6 volta. b) menos de meia volta.
60R 20
RS = –––– = ––– R ⇒ RS 6,7R c) aproximadamente 8 voltas. d) aproximadamente 11 voltas.
9 3
3
e) aproximadamente ––– de volta.
Resposta: A 4
RESOLUÇÃO:
De acordo com a 3.a Lei de Kepler, temos:
R 3J R 3T
–––– = ––––
5. (UnB-MODELO ENEM) TJ2 TT2
A Folha de S. Paulo noticiou, em setembro de 2003, que
Sendo
astrônomos descobriram, por meio do telescópio espacial Hubble,
R J = 5 RT
duas das menores luas já vistas ao redor de Urano. (...) Esses satélites TT = 1 ano
têm, respectivamente, 16 e 12 quilômetros de diâmetro. (...) O maior Vem:
deles, batizado temporariamente de S/2003 U1, orbita (...) a 97 mil 125 R 3T R 3T
quilômetros da superfície de Urano e leva 22 horas e 9 minutos para –––––––– = ––––
TJ2 1
dar a volta no planeta. O menor (S/2003 U2) está a apenas 74 mil
quilômetros da superfície do planeta e sua translação ao redor dele
TJ2 = 125 ⇒ TJ 11 anos
leva 14 horas e 50 minutos. Esse satélite orbita em um verdadeiro
campo lunar uraniano, habitado por outras 11 luas. O número N de voltas que Júpiter completou em 8 anos é dado por:
Folha de S. Paulo, set./2007 (com adaptações) 1 volta .............. 11 anos
N .............. 8 anos
Tendo o texto acima como referência inicial, julgue os itens a seguir. 8 0,73
N = ––––
I. Conhecendo-se o período de revolução de uma das luas 11
mencionadas no texto, bem como o raio médio de sua órbita em
torno de Urano, pode-se estimar a massa desse planeta. Resposta: E
II. A lua S/2003 U1 tem um período de revolução maior porque tem
uma massa maior que a lua S/2003 U2.

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MÓDULO 18 Lei da Gravitação Universal

1. (VUNESP) – Uma das forças mais comuns a que estamos subme- RESOLUÇÃO:
tidos na superfície da Terra é a de atração gravitacional, comumente A sucessão de dia e noite é causada pelo movimento de rotação da Terra.
Resposta: D
denominada peso. Quando assistimos a filmes que mostram o interior
de estações espaciais, uma cena sempre explorada é a de astronautas e
objetos flutuando no interior da cabine.
Isso significa que, quando orbitando a Terra,
a) os corpos materiais não possuem massa.
b) os corpos materiais não possuem peso.
c) a força centrípeta, que age sobre os componentes da estação, anula (MODELO ENEM) – Texto para as questões 3 e 4.
o efeito do peso.
d) a aceleração da gravidade é zero. No mesmo século em que viveu Galileu, surgiu Isaac Newton
e) todos os componentes da estação estão em queda livre, em relação (1642-1727), que conseguiu compilar todo o conhecimento até então
à Terra. formalizado sobre os movimentos dos corpos massivos em uma teoria
bastante sólida. Esta teoria ficou conhecida como teoria newtoniana
RESOLUÇÃO: ou teoria clássica. Newton, em sua mecânica, generalizou as três leis
Todo corpo em órbita (circular ou elíptica) está sob ação exclusiva da força de Kepler para os corpos em movimento orbital, como enunciadas a
gravitacional aplicada pela Terra. seguir: I) todos os planetas descrevem órbitas elípticas com o Sol em
A aceleração do corpo é a aceleração da gravidade nos pontos da órbita e
um dos focos; II) a reta que une o Sol a um planeta varre áreas iguais
o corpo está em uma eterna queda livre.
em tempos iguais; III) o quadrado do período de revolução de
Resposta: E qualquer planeta é proporcional ao cubo da sua distância média ao
Sol. Com base nesses conhecimentos, Newton formalizou a lei da
gravitação universal, a qual estabelece que todos os objetos no
Universo se atraem mutuamente, que a força entre dois deles é
direcionada ao longo da linha que os une e que a magnitude dessa é
proporcional ao produto das massas desses corpos e inversamente
2. (INEP-MODELO ENEM) – A música abaixo aborda um fenômeno proporcional ao quadrado da distância que os separa.
da natureza conhecido por todos nós.

CANTO DO POVO DE UM LUGAR


(Caetano Veloso)

Todo dia o sol se levanta


E a gente canta
Ao sol de todo dia

Fim da tarde a terra cora


E a gente chora
Porque finda a tarde
3. Na figura acima, considere que o tempo gasto pelo planeta para
Quando a noite a lua mansa percorrer a distância entre os pontos 1 e 2 é igual ao tempo gasto para
E a gente dança percorrer a distância entre os pontos 3 e 4. Com base nas ideias do texto
Venerando a noite e de acordo com a segunda Lei de Kepler, a razão entre as áreas A1 e A2,
A1
isto é, ––– , é igual a
Fonte: VELOSO, Caetano. Canto do povo de um lugar. Disponível A2
em: <www.caetanoveloso.com.br>. Acesso em: 15 ago. 2008.
1 1 3
a) ––– b) ––– c) ––– d) 1 e) 2
Qual é o fenômeno cantado na música e por que ele ocorre? 4 2 4
a) Nascer e pôr do Sol, causados pelo movimento de translação da
Terra. RESOLUÇÃO:
Em tempos iguais, as áreas varridas são iguais, de acordo com a 2a. Lei de
b) Estações do ano, causadas pelo movimento de translação do Sol.
Kepler.
c) Estações do ano, causadas pelo movimento de rotação da Terra. Resposta: D
d) Nascer e pôr do Sol, causados pelo movimento de rotação da Terra.
e) Estações do ano, causadas pela inclinação do eixo de rotação da
Terra em relação ao plano de órbita.

– 63
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4. Ainda com relação aos princípios abordados no texto, se a massa da 5. O valor de V é dado pela relação:
1
Terra fosse reduzida à metade e o seu raio fosse diminuído de ––– , o GM 2GM 1 GM
novo módulo da aceleração da gravidade seria igual a 4 a) V= ––– b) V= ––––– c) V= –– –––
R R 2 R
2
a) metade do valor original. b) ––– do valor original.
3
8 1 5GM 1 2GM
c) ––– do valor original. d) 1,5 vez maior que o original. d) V = –– ––––– e) V = –– –––––
9 2 R 2 R

e) igual ao valor do original.


RESOLUÇÃO:
RESOLUÇÃO:
FG = P
GMm GM GM/2 GM
––––– = mg ⇒ g = ––––– ⇒ g’ = –––––––– ⇒ g’ = ––––––––
R2 R2 2
 
3 9 2
–– R 2 . –––R
4 16

8 g
g’ = –––
9
GM2 GM2 5 GM2
FCP = F + F = ––––– + ––––– = –––––––
Resposta: C B AB CB
R2 4 R2 4 R2

M V2 5 G M2 5G M 1 5 GM
Texto para as questões 5 e 6. ––––– = ––––––– ⇒ V2 = ––– ––– ⇒ V = –– ––––––
R 4 R2 4 R 2 R

A situação-problema abordada nesta questão consiste em analisar o


mecanismo de uma estrela tripla. Consideremos três estrelas, A, B e Resposta: D
C, de mesma massa M, formando um sistema isolado. Em relação a
um sistema de referência inercial, a estrela A está em repouso e as
estrelas B e C executam movimentos circulares e uniformes de mesmo 6. A energia cinética e a quantidade de movimento total do sistema
raio R em torno do centro de massa da estrela A. formado pelas três estrelas são dadas por:

→ → 5 GM2 → →
a) EC = 0 e Q = 0 b) EC = –– ––––– e Q = 0
8 R

5 GM2 5 GM2
c) EC = –– ––––– d) EC = –– –––––
4 R 4 R

→ 5GM → M 5GM
 Q = M –––––  Q  = –– –––––
R 2 R

5 GM2
e) EC = –– –––––
4 R
A cada instante, as estrelas A, B e C estão sempre alinhadas. → →
Q=0
Para determinar o módulo V da velocidade das estrelas B e C, RESOLUÇÃO:
considere as seguintes informações: Para cada estrela (B e C), temos
(I) A força resultante nas estrelas B e C é centrípeta e tem intensidade MV2 M 1 5GM 5 GM2
EC = EC = –––– = ––– . ––– –––– = ––– ––––
M V2 B C 2 2 4 R 8 R
Fcp = ––––– → → → →
R Q B = MV e Q C = –MV
5 GM2
Ecin = EC + EC = ––– –––
(II) A força gravitacional entre duas das estrelas tem intensidade F, total B C 4 R
→ → → →
dada por: Q total = Q B + Q C = 0
M2
F = G ––– Resposta: E
d2
G = constante de gravitação universal
d = distância entre os centros de massa das estrelas
(III) A força resultante em cada estrela é a soma vetorial das forças
gravitacionais aplicadas pelas outras duas estrelas.

64 –
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MÓDULO 19 Estática

1. (CEDERJ – MODELO ENEM) – O sarilho é uma máquina muito Nessas condições, de acordo com o princípio da alavanca, ele deverá
utilizada para tirar água de poços. Ele é constituído por um cilindro de aplicar F2
base circular que pode girar em torno do próprio eixo e que é acionado a) 10 cm abaixo de A

por uma manivela à qual se aplica a força motriz f , perpendicular à b) 15 cm acima de A
manivela. Enrolada no cilindro, há uma corda (inextensível e de massa c) 60 cm acima de A
desprezível) cuja extremidade está presa a um balde, como ilustra a d) no próprio ponto A, mas inclinado de 30º para baixo
figura 1. Sejam r = 15cm (o raio da base do cilindro) e b = 45cm (o e) 10 cm acima de A
comprimento da manivela), como ilustra a figura 2. Considere a
situação em que o balde com água está em equilíbrio. RESOLUÇÃO:
Os momentos de F1 e F2, em relação ao ponto de apoio da peça, devem ser
iguais.
M1 = M2
F1 . b1 = F2 . b2
120 . 30 = 80 . b2
b2 = 45cm (15 cm acima de A)

Resposta: B

3. (VUNESP-FMTM-MG – MODELO ENEM) – O monjolo é um


Sabendo-se que o peso do balde, com a água que ele contém, é 60 N, engenho rudimentar movido a água que foi muito utilizado para
o módulo da força motriz que mantém o equilíbrio é: descascar o café, moer o milho ou mesmo fazer a paçoca. Esculpido a
a) 5,0 N b) 10 N c) 15 N d) 20 N e) 30 N partir de um tronco inteiriço de madeira, o monjolo tem, em uma
extremidade, o socador do pilão, e, na outra extremidade, uma cavidade
RESOLUÇÃO: que capta a água desviada de um rio. Conforme a cavidade se enche
O somatório dos torques, em relação ao centro do cilindro, deve ser nulo: com água, o engenho eleva o socador até o ponto em que, devido à
P. r = f . b inclinação do conjunto, a água é derramada, permitindo que o socador
60 . 15 = f . 45 desça e golpeie o pilão.
f = 20N

Resposta: D

2. (UMC – MODELO ENEM) – Foi Arquimedes, há mais de 2000


anos, na Grécia, quem descobriu o princípio de transmissão da força
por uma alavanca. Diz-se em Física que uma alavanca permite a
transferência do momento de uma força, definido como o produto da O centro de massa de um monjolo de 80 kg, sem água, encontra-se no
intensidade da força pelo braço da alavanca: M = F.b ponto A, deslocado 0,3 m do eixo do mecanismo, enquanto o centro de
Para se retirar um prego, como mostra a figura, seria necessária uma massa da água armazenada na cavidade está localizado no ponto B, a
força de intensidade F1=120N aplicada em A. Um operário quer reduzir 1,0 m do mesmo eixo. A menor massa de água a partir da qual o
o esforço aplicando uma força de intensidade F2 = 80N para retirar o monjolo inicia sua inclinação é, em kg,
prego. a) 12 b) 15 c) 20 d) 24 e) 26

RESOLUÇÃO:

O monjolo está na iminência de girar quando o torque do peso da água e o


torque do peso do monjolo, em relação ao apoio O, forem de mesma
intensidade.

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Págua . d1 = Pmonjolo . d2 5. (UERJ) – A figura abaixo mostra um homem de massa igual a


mg d1 = Mg d2 100kg próximo a um trilho de ferro AB, de comprimento e massa
m . 1,0 = 80 . 0,3 respectivamente iguais a 10,0 m e 350 kg.
O trilho encontra-se em equilíbrio estático, com 60% do seu compri-
m = 24 kg
mento total apoiado sobre a laje de uma construção.
Resposta: D

4. (UFPE) – A escada AB está apoiada numa parede sem atrito, no


ponto B, e encontra-se na iminência de escorregar. O coeficiente de
atrito estático entre a escada e o piso é 0,25. Se a distância de A até o
ponto O é igual a 45cm, qual a distância de B até O, em centímetros?
a) 60cm b) 70cm c) 80cm d) 85cm e) 90cm Estime a distância máxima que o homem pode deslocar-se sobre o tri-
lho, a partir do ponto C, no sentido da extremidade B, mantendo-o em
equilíbrio.
a) 1,5 m b) 2,5 m c) 3,0 m d) 3,5 m e) 4,0 m

RESOLUÇÃO:
Quando a distância do homem ao ponto C for a máxima possível, o trilho
estará na iminência de tombar, e a força de reação normal da laje FN estará
concentrada na extremidade C.

RESOLUÇÃO:

Para o equilíbrio do trilho, o somatório dos torques, em relação ao ponto


C, deve ser nulo:

PT . dT = PH . x

350 . g . 1,0 = 100 g . x

x = 3,5 m

Resposta: D

Para o equilíbrio:

1) Resultante nula: NA = P e FB = Fat = ␮ NA = ␮ P

2) Torque nulo em relação ao ponto A:


OA
P . ––– = FB . H
2

45
P . ––– = 0,25 . P . H
2

H = 90cm

Resposta: E

66 –
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MÓDULO 20 Hidrostática I

1. (UnB – MODELO ENEM) RESOLUÇÃO:


⌬p = ␮gH
⌬p = 1,0 . 103 . 10 . 5,0 (Pa)
⌬p = 5,0 . 104 Pa

Resposta: C

3. (UNESP-MODELO ENEM) – O esfigmomanômetro de Riva-


Rocci foi um dos primeiros aparelhos desenvolvidos para se medir a
Na figura acima, está esquematizado um processo que pode ser usado pressão arterial. Atualmente, em razão do mercúrio presente nesses
para determinar a densidade de um líquido, por meio de uma balança aparelhos, eles vêm sendo substituídos por esfigmomanômetros eletrô-
de braços iguais e um béquer graduado. Nas duas situações retratadas, nicos, sem mercúrio, para reduzir impactos ambientais.
a balança está perfeitamente equilibrada. Nesse contexto, a densidade Para uma pessoa saudável, a pressão arterial máxima equilibra a coluna
do líquido é igual a de mercúrio a uma altura máxima de 120 mm e a pressão arterial
a) 10,0 g/cm3 b) 8,0 g/cm3 c) 4,0 g/cm3 mínima equilibra a coluna de mercúrio a uma altura mínima de 80 mm.
d) 2,0 g/cm 3 e) 0,25 g/cm 3 Se o esfigmomanômetro de Riva-Rocci utilizasse água ao invés de
mercúrio, quais seriam as alturas máxima e mínima, em milímetros,
RESOLUÇÃO: da coluna de água que seria equilibrada pelos valores máximos e
1) A massa do líquido, de acordo com a figura, vale 80 g.
mínimos da pressão arterial de uma pessoa saudável?
2) O volume do líquido corresponde a 2 unidades do copo, ou seja, 40 cm3.
3) A densidade do líquido é dada por: Considere que a densidade do mercúrio é 13 vezes maior que a da água.
a) Hmín = 1040 mm ; Hmáx = 1560 mm
m 80g
␮ = ––– = ––––––– = 2,0 g/cm3 b) Hmín = 80 mm ; Hmáx = 120 mm
V 40 cm3
c) Hmín = 6,2 mm ; Hmáx = 9,2 mm
d) Hmín = 1040 mm ; Hmáx = 2080 mm
Resposta: D
e) Hmín = 860 mm ; Hmáx = 1560 mm

RESOLUÇÃO:
p = ␮MgHM = ␮A g HA
2. (UnB - MODELO ENEM)
␮M
HA = –––– . HM
␮A

Hmín = 13 . 80 mm = 1040 mm
Hmáx = 13 . 120 mm = 1560 mm

Resposta: A

A figura acima mostra uma residência que é abastecida por uma caixa- 4. (UnB) – A figura I mostra um densímetro construído utilizando-se
d’água localizada a 5,0 m de altura em relação ao nível da tubulação da materiais de baixo custo, constituído de tubos transparentes e uma
casa. A aceleração da gravidade no local é constante e tem módulo seringa de injeção. Para realizar o experimento, deve-se colocar cada
igual a 10 m/s2; a densidade da água à pressão normal e à temperatura ramo do densímetro em um recipiente contendo líquidos. Um deles, o
de 25ºC é de 1,0g/cm3 e a transmissão do líquido nos tubos é ideal e da direita, contém água, e o outro, à esquerda, contém o líquido cuja
sem forças resistivas ou turbulências. densidade se quer determinar. O procedimento consiste em puxar o
Com base nessas informações, é correto afirmar que a variação de êmbolo da seringa e medir a altura alcançada pelos líquidos. A figura
pressão, em 104 N/m2, da água na tubulação por conta da altura da II mostra um desenho esquemático desse dispositivo, destacando as
caixa de água em relação nível da tubulação da casa é igual a alturas das colunas dos líquidos após o êmbolo ter sido puxado:
a) 1,0 b) 3,0 c) 5,0 d) 7,0 e) 8,0 h A = altura da água; h B = altura do outro líquido.

– 67
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RESOLUÇÃO:
1) p0 V0 = p1V1 2) p1 = p0 + ␮ g H
2
1,0 . 105 V0 = p1 . ––– V0 1,5 . 105 = 1,0 . 105 + 1,0 . 103. 10 . H
3
15 = 10 + H

p1 = 1,5 . 105 Pa H = 5m

Resposta: A

6. (UnB) – A prensa hidráulica, um dos grandes inventos do ser


humano, é usada para multiplicar forças em diferentes situações e tem
como base o Princípio de Pascal. A figura abaixo mostra um esquema
de funcionamento de um elevador hidráulico, com líquido incompres-
sível, que se baseia nesse princípio. Na situação representada na figura,
Considerando-se ␮B e ␮A as densidades do líquido e a da água, respec- a área A2 é 20 vezes maior que a área A1 e a força aplicada no pistão
tivamente, o valor correto de ␮B poderá ser obtido pela expressão P1 tem intensidade igual a 100 N.

hB hA hB
a) ␮A ––––– b) ␮A ––––– c) ␮A –––––
hA hB hA

hA hA
冢 冣
2
d) ␮A ––––– e) ␮A –––––
hB hB

RESOLUÇÃO:
Quando o êmbolo é puxado, a pressão interna do ar nos tubos fica menor
que a pressão atmosférica e os líquidos são empurrados para cima.
A pressão atmosférica será dada por: Considerando as informações acima, julgue os itens a seguir.
1) O Princípio de Pascal estabelece que as variações de pressão em
patm = par + ␮gh um líquido incompressível e em repouso, ou equilíbrio, transmitem-
se integralmente para todos os pontos do líquido.
par + ␮AghA = par + ␮BghB
2) A força F2 exercida pelo pistão P2 sobre o carro tem intensidade
␮AhA = ␮BhB igual a 2,0.103 N.
3) Se o pistão P1 mover-se de uma distância igual a d1 para baixo,
␮A h A
então o pistão P2 será deslocado de uma distância igual a um quarto
␮B = ––––– de d1 para cima.
hB
4) O trabalho realizado pela força F2 para elevar um carro de massa
Resposta: D igual a 1,0.103 kg a 1,0 m acima da posição inicial é igual a 0,33 kJ.
Dado: g = 10m/s2
A sequência correta de itens verdadeiros ( V ) e falsos ( F ) é:
a) V V F F b) V F V F c) F V F V
d) F F V V e) V V V F

RESOLUÇÃO:
1. ( V ) É o enunciado da Lei de Pascal.

F2 A2 F2
5. (FUND. CARLOS CHAGAS) – No interior de uma bexiga de 2. ( V ) ––– = ––– ⇒ ––– = 20 ⇒ F = 2,0.103 N
borracha inflada, o ar está a uma pressão levemente acima da pressão F1 A1 100
atmosférica, que é de 1,0 atm, ou aproximadamente 1,0 . 105 Pa.
2 3. ( F ) τf = τf 4. ( F ) τF2 = F2d2
Para reduzir o volume dessa bexiga a ––– do volume inicial, vamos
3 F2d2 = F1d1 τF2 = 1,0 . 104. 1,0 ( J )
mergulhá-la na água de um lago profundo. Para isso, ela deverá
permanecer a uma profundidade mais próxima de: 20 F1d2 = F1d1 τF2 = 1,0 . 104 J
a) 5 m. b) 7 m. c) 10 m. d) 12 m. e) 14 m.
d1
d2 = ––––
Dados: 20
g = 10 m/s2 dágua = 1,0 . 103 kg/m3 Resposta : A
Considere a temperatura constante e o ar como gás perfeito.

68 –
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MÓDULO 21 Hidrostática II – Hidrodinâmica

1. (UESPI – MODELO ENEM) – Deseja-se verificar se um deter- 3. Considere quatro balanças idênticas sobre as quais estão colocados
minado líquido é álcool, cuja densidade, ␳álcool, é conhecida. Para tanto, quatro recipientes, também idênticos, contendo água até a borda em
um cubo de plástico de massa M é construído e mergulhado num equilíbrio hidrostático. No recipiente sobre a balança 1, há apenas água.
recipiente com o líquido. O cubo é oco em seu interior, e nenhum Uma esfera flutua na água contida no recipiente sobre a balança 2. Uma
líquido pode penetrar nele. Caso o líquido em questão seja álcool, o outra esfera, menos densa do que a água, encontra-se em repouso,
cubo deve ficar em equilíbrio totalmente submerso. Para que essa totalmente submersa na água do recipiente sobre a balança 3, presa por
verificação se faça corretamente, é necessário, portanto, construir o um fio ideal ao fundo do recipiente. Uma terceira esfera, mais densa do
cubo com um volume total igual a: que a água, encontra-se em repouso, totalmente submersa na água do
a) M/␳álcool b) M␳álcool c) ␳álcool/M recipiente sobre a balança 4, presa por um fio ideal a um suporte fixo.
d) M + ␳álcool e) M − ␳álcool

RESOLUÇÃO:
Para o equilíbrio:
E=P
␳álcool V g = M g

M
V = ––––––
␳álcool

Resposta: A
Desprezando-se os volumes dos fios e designando por N1, N2, N3 e N4
as respectivas marcações nas balanças, podemos afirmar que
a) N1 = N2 = N3 = N4.
b) N2 > N1 > N3 = N4.
c) N2 > N1 > N3 > N4.
d) N1 = N2 = N4 > N3.
e) N1 = N2 = N4 < N3.

RESOLUÇÃO:
2. (UNIFOR-CE – MODELO ENEM) – Na construção do Porto do Na balança 2, o peso da esfera é equilibrado pelo empuxo exercido pela
Pecém, foram usados blocos de concreto deslocados por grandes água.
guindastes a fim de empilhá-los na construção do atracadouro. Verifi- PE = Plíq deslocado
cou-se que blocos que pesavam 8000N, quando suspensos no ar,
pesavam 5000N quando totalmente submersos na água. Se a densidade Portanto: N1 = N2 = P água contida na balança 1
volumétrica da água é ␳ = 1,0.103 kg/m3, então podemos concluir que
a densidade volumétrica do concreto é: Na balança 3, um volume de água foi substituído por igual volume de algo
menos denso que a água e o peso do sistema irá diminuir.
a) (5/3) x 103 kg/m3 b) (13/3) x 103 kg/m3
c) (8/3) x 103 kg/m3 d) (8/5) x 103 kg/m3 N1 = N2 > N3
e) (5/2) x 103 kg/m3
Na balança 4, a força que a esfera aplica na água e que é
RESOLUÇÃO: transmitida para a balança é igual em módulo ao empuxo
(peso do líquido deslocado) e, portanto,
1) Pap = P – E
5000 = 8000 – E N1 = N2 = N4
E = 3000 N

␮c P ␮c 8000
2) P = ␮c V g ––– = ––– ⇒ –––––– = –––––– Resposta: D
E = ␮a V g ␮a E 1,0.103 3000

8
␮c = –– . 103 kg/m3
3

Resposta: C

– 69
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4. (UnB – MODELO ENEM) 5. (FCC) – Num grande reservatório de água, cuja altura é H, faz-se um
pequeno orifício distando d da superfície livre da água.

A distância x, da base da parede até o ponto em que a água toca o solo,


é dada por
A figura acima ilustra uma tubulação que tinha, inicialmente, em toda d (H – d)
a sua extensão, área seccional A1. Após um acidente, parte da tubulação a) ––––––––– b) d (H – d) c) 2d (H – d)
2
sofreu modificações no seu diâmetro, e a área da seção transversal
passou a ser igual a A2 = A1/2, como mostrado na figura. Sabia-se que, d) 2 d (H – d) e) 4 d (H – d)
no início do acidente, o sistema tubulação-fluido trabalhava em um
regime de pressão (P1) máxima permitida, acima da qual ocorreria RESOLUÇÃO:
rompimento da tubulação sempre que a pressão máxima do fluido fosse 1) Lei de Bernoulli:
superior a P1.

Com base nessas informações, considerando-se que não há variação


de pressão com a altura e que a vazão do fluido é constante em toda a
extensão da tubulação, assinale a opção correspondente à correta
variação da pressão.
a) P1 – P2 > 0 b) P1 – P2 < 0
c) P1 – P2 = 0 d) P1 + P2 = 0
e) ⌬P pode ser positivo ou negativo.
␮VA 2 ␮VB2
pA + ␮ghA + –––– = pB + ␮ghB + –––––
RESOLUÇÃO: 2 2
1) Equação da continuidade: pA = pB = patm
A1V1 = A2V2

A1 hA = d hB = 0 VA = 0
A1V1 = ––– V
2 2 ␮VB2
␮gd = –––– ⇒ VB =

2gd
2
V2 = 2V1

2) Equação de Bernoulli: 2) tempo de queda: 3) alcance x

␥y 2 ⌬sx = Vx T
V12 V22 ⌬sy = V0y t + ––– t ↓䊝
P1 + ␮ ––– = P2 + ␮ ––– 2
2 2
2 (H – d)
x =

2gd . –––––––––
g g
Como V2 > V1, resulta P2 < P1 H – d = ––– T2
2

Resposta: A x = 2 
d(H – d)

2 (H – d)
T= ––––––––
g

Resposta: D

70 –
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MÓDULO 22 Origem e Evolução do Universo

1. (GAVE - MODELO ENEM) – Leia atentamente o texto seguinte: 2. (FOLHA DE SÃO PAULO – MODELO ENEM)
Entre 10 e 20 bilhões de anos atrás, sucedeu o Big Bang, o acontecimento
que deu origem ao nosso Universo. Toda a matéria e toda a energia que
atualmente se encontram no Universo estavam concentradas, com
densidade extremamente elevada (superior a 5 × 1016 kg m–3) – uma
espécie de ovo cósmico, reminiscente dos mitos da criação de muitas
culturas – talvez num ponto matemático, sem quaisquer dimensões.
Nessa titânica explosão cósmica, o Universo iniciou uma expansão que
nunca mais cessou. À medida que o espaço se estendia, a matéria e a
energia do Universo expandiam-se com ele e resfriavam-se rapidamen-
te. A radiação da bola de fogo cósmica que então, como agora, enchia
o Universo, varria o espectro electromagnético, desde os raios gama e
os raios X à luz ultravioleta e, passando pelo arco-íris das cores do
espectro visível, até as regiões de infravermelhos e das ondas de rádio.
O Universo estava cheio de radiação e de matéria, constituída
inicialmente por hidrogênio e hélio, formados a partir das partículas
elementares da densa bola de fogo primitiva. Dentro das galáxias
nascentes, havia nuvens muito mais pequenas, que simultaneamente
sofriam o colapso gravitacional; as temperaturas interiores tornavam-
se muito elevadas, iniciavam-se reações termonucleares e apareceram
as primeiras estrelas. As jovens estrelas quentes e maciças evoluíram
rapidamente, gastando descuidadamente o seu capital de hidrogênio
combustível, terminando em breve as suas vidas em brilhantes
explosões – supernovas – e devolvendo as cinzas termonucleares –
hélio, carbono, oxigênio e elementos mais pesados – ao gás interestelar,
para subsequentes gerações de estrelas.
O afastamento das galáxias é uma prova da ocorrência do Big Bang,
mas não é a única. Uma prova independente deriva da radiação de
micro-ondas de fundo, detectada com absoluta uniformidade em todas
as direções do Cosmos, com a intensidade que atualmente seria de
esperar para a radiação, agora substancialmente resfriada, do Big Bang.
In: Carl Sagan, Cosmos. Gradiva, Lisboa, 2001 (adaptado)

De acordo com o texto, selecione a alternativa correta.


a) A densidade do Universo tem aumentado.
b) Os primeiros elementos que se formaram foram o hidrogênio e
oxigênio.
c) O Universo foi muito mais frio no passado.
d) O volume do Universo tem diminuido.
e) São provas da ocorrência do Big Bang: a expansão do Universo e a
detecção da radiação cósmica de fundo.

RESOLUÇÃO:
a) ( F ) A densidade do Universo está diminuindo em virtude de sua
expansão.
b) ( F ) Os primeiros elementos que se formaram foram o hidrogênio e o
hélio.
c) ( F ) O Universo está resfriando-se e foi muito mais quente no passado.
d) ( F ) O volume está aumentando.
e) ( V ) A expansão do Universo detectada pelo Efeito Doppler e a desco-
berta da radiação cósmica de fundo são evidências do Big Bang.

– 71
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Baseado no texto, analise as proposições que se seguem:


R’= 4 . 10– 6. 7 . 108 m ⇒ R’= 28 . 102 m
I) Edwin Hubble descobriu que o Universo está em expansão e
confirmou a teoria do Big Bang. R’= 28 . 102 m = 2,8 km
II) A expansão do Universo está sendo freada e no futuro o Universo
Resposta: C
irá contrair-se, voltando ao ovo cósmico (Big Crunch).
III) A energia escura provoca uma força que se opõe à gravidade e faz
com que a expansão do Universo seja acelerada.
IV) Toda energia e matéria que conhecemos até hoje corresponde a
74% de tudo que existe no Universo.
Estão corretas apenas: 4. De acordo com o modelo do Big Bang que explica a origem e a
a) I e III b) I e II c) III e IV d) II e IV e) I e IV evolução do Universo, a densidade média do Universo num dado
instante t0 era de ordem de ␳0=10–20 g/cm3 e a sua temperatura média
RESOLUÇÃO: era T0 = 3 . 103K.
I) ( V ) Usando o Efeito Doppler para a luz das estrelas, Hubble ve-
A densidade média atual do Universo é da ordem de ␳ = 10–29 g/cm3 e
rificou a expansão do Universo.
II) ( F ) As estrelas se afastam umas das outras com movimento ace- sua temperatura média é T.
lerado. De acordo com a Lei de Wien, o comprimento de onda ␭ e a tem-
III) ( V ) A energia escura foi usada para explicar a expansão acelerada peratura T, associados a uma radiação, obedecem à relação:
do Universo, gerando uma força que vence a força gravita- ␭T = 2,9 . 103 m . K (constante)
cional. Admita ainda que a massa total do Universo se mantenha constante e
IV) ( F ) A matéria bariônica corresponde apenas a 4% do conteúdo do
que todas as distâncias se expandam isotropicamente, isto é, o
Universo.
Resposta: A comprimento de onda de uma radiação aumenta proporcionalmente ao
raio do Universo ( considerado com a forma geométrica de uma esfera).
De acordo com o texto, podemos avaliar a temperatura média atual do
Universo como sendo um valor T mais próximo de:
a) 3K b) 30 K c) 3 . 102 K d) 3 . 103 K e) 3 . 106 K

RESOLUÇÃO:
1) Sendo a massa do Universo considerada constante e sua forma
considerada esférica, temos:
M M
␳0 = –––– = ––––––– (1)
V0 4
––␲R03
3

M M
␳ = –––– = ––––––– (2)
V 4
––␲R3
3. A velocidade de escape do campo gravitacional de um corpo celeste 3
esférico de massa M e o raio R tem módulo VE dado por: ( 1 ) ␳0 R3 10–20 R3 R3
–––– : –––– = –––– ⇒ –––– = –––– ⇒ –––– = 109 ⇒ R = 103 R0
2 GM (2) ␳ R03 10–29 R03 R03
VE = –––––––––
R
2) Se o raio do Universo foi multiplicado por 103, de acordo com a expan-
G = constante de gravitação universal são isotrópica, temos:
A velocidade de escape do Sol tem módulo 6.105 m/s e seu raio é de ␭ = 103 ␭0
ordem de 7.108 m.
Considere que o Sol, pela ação de sua própria gravidade, comece a 3) De acordo com a Lei de Wien:
contrair-se, reduzindo seu raio e aumentando sua densidade. ␭0T0 = ␭T
O Sol se tornará um buraco negro quando seu raio for aproximada-
␭ T0 3000
mente igual a: –––– = –––– ⇒ 103 = –––– ⇒ T = 3K
␭0 T
a) 3m b) 3.102 m c) 3 km d) 3.102 km e) 3.105 km T

RESOLUÇÃO: Resposta: A
Para o Sol ser um buraco negro, a velocidade de escape deve ser maior
que c = 3.108m/s (aproximadamente igual):
2 GM 2 GM
c= ––––––––– VE = –––––––––
R’ R

c R
––––– = ––––
VE R’

2 2 6 . 105 2

      . 7 . 10 m
R c VE
–––– = –––– ⇒ R’= –––– . R ⇒ R’= –––– 8
R’ VE c 3 . 108

72 –
C4_3oA_FISICA_Alelex_prof 10/06/11 14:01 Página 73

MÓDULO 23 Física Moderna

1. (URCA-CE) – O comprimento de onda da radiação eletromagnética De acordo com o gráfico, pode-se afirmar que
associada a um fóton de 5eV é: I. a frequência da radiação incidente deve ser, no mínimo, igual a f0
a) 1,25 . 10–3Å b) 2045 Å c) 2475 Å para que ocorra o efeito fotoelétrico.
d) 2120m e) 2475m II. quanto maior a frequência da radiação incidente, maior é a
quantidade de elétrons extraídos do metal.
Dados: constante de Planck h = 6,6 . 10–34 J.s III. quanto maior a intensidade da radiação incidente, maior é a
módulo da velocidade da luz no vácuo = 3,0 . 108 m/s energia cinética com que o fotoelétron deixa o metal.
1Å =10–10 m Está correto o que se afirma somente em
1eV = 1,6 . 10–19J a) I b) II c) III d) I e II e) I e III

RESOLUÇÃO: RESOLUÇÃO:
1) E = 5eV = 5 . 1,6 . 10–19 J I) ( V ) Devemos ter Ec ≥ 0
II) ( F ) A quantidade de elétrons emitidos depende da quantidade de
E = 8,0 . 10–19 J fótons que chegam e, portanto, da intensidade da radiação
incidente, não de sua frequência.
hc III)( F ) A energia cinética Ec é dada por Ec = hf – τ e depende da
2) E = hf = ––– frequência da radiação incidente, e não de sua intensidade.

Resposta: A
6,6 . 10–34
. 3,0 .108
8,0 . 10–19 = –––––––––––––––––

␭ = 2,475 . 10–7 m ⇒ ␭ = 2,475 . 10–7 . 1010Å

␭ = 2475 Å

Resposta: C

3. (VUNESP) – No início do séc. XX, várias limitações da Física


clássica na descrição de certos fenômenos vieram à tona. Uma delas diz
respeito ao movimento dos elétrons no átomo. De acordo com a teoria
2. (FUND. CARLOS CHAGAS) – Quando uma radiação eletromag- de Maxwell, todas as cargas aceleradas irradiam ondas eletromag-
nética incide sobre a superfície de um metal, elétrons podem ser néticas. Os elétrons, ao girar em torno no núcleo, estão sujeitos à
arrancados dessa superfície. Esse fenômeno, descoberto por Hertz em aceleração centrípeta e, portanto, deveriam irradiar ondas eletromag-
1887, é denominado efeito fotoelétrico. Os elétrons arrancados são néticas às custas de energia do átomo. À medida que essa energia fosse
chamados fotoelétrons. diminuindo, os elétrons deveriam aproximar-se do núcleo, até chocar-
se contra ele. No entanto, como os átomos são estáveis e esse fenômeno
catastrófico não ocorre, conclui-se que os elétrons dos átomos não
obedecem às leis do eletromagnetismo clássico.
(Ugo Amaldi, Imagens da Física)

Em 1913, Niels Bohr propõe um modelo atômico para o átomo de


O gráfico abaixo relaciona a energia cinética EC de um fotoelétron hidrogênio, com a intenção de explicar esse fenômeno.
extraído de um metal, quando uma radiação eletromagnética nele Considere as afirmações, referentes às proposições de Bohr:
incide, com a frequência f. I. O elétron desse átomo não emite radiação, pois sua aceleração
centrípeta tem intensidade constante, ou seja, não sofre variação
de energia cinética.
II. Nesse átomo, só é possível fazer o elétron passar de uma órbita
mais interna, de energia E1, para uma mais externa, de energia E2,
se fornecermos ao átomo uma quantidade de energia exatamente
igual a E2 – E1.
III. O elétron desse átomo move-se em torno do núcleo como os
planetas ao redor do Sol, emitindo radiações que não deixam o
átomo, pois são absorvidas pelo núcleo do átomo.

– 73
C4_3oA_FISICA_Alelex_prof 10/06/11 14:01 Página 74

IV. Se o elétron desse átomo passar de uma órbita mais externa, de amostra. Baseando-se na curva de decaimento, pode-se dizer que 10,0g
energia E2, para uma mais interna, de energia E1, esse átomo de uma substância radioativa serão reduzidos a 2,5g após um intervalo
emitirá um fóton de frequência f dada por f = (E2 – E1). h, sendo h de tempo igual a
a Constante de Planck. a) 4 T1/2 b) T1/2 log 2 c) T1/2 n 2
d) 2T1/2 e) T1/2 e2
Sobre o modelo de Bohr para o átomo de hidrogênio, é correto o que
se afirma apenas em RESOLUÇÃO
m0 10,0
a) II b) II e IV c) I, II e IV d) I, II e III e) I, III e IV 1) m = –––– ⇒ 2,5 = ––––– ⇒ 2n = 4,0 ⇒ n = 2
2n 2n
RESOLUÇÃO:
2) ⌬t = nT = 2 . T1/2
I. ( F ) O elétron pode emitir radiação quando passar de uma órbita mais
externa para outra mais interna.
Efóton = E1 – E2 = hf Resposta: D
II. ( V )
III. ( F )
IV. ( F ) E2 – E1 = hf

E2 – E1
f = ––––––
h

Resposta: A

5. (FCC) – O esquema indica os níveis de energia previstos pela teoria


de Bohr para átomo de hidrogênio. Se um elétron sofrer uma transição
do nível 3 para o nível 2, emitirá uma radiação, cuja frequência, em
Hz, será igual a
a) 7,8.1015 b) 4,6.1015 c) 1,8.1015
d) 4,6.1014 e) 1,8.1014

4. (VUNESP) – Existem alguns elementos químicos cujos núcleos


são instáveis. Os núcleos desses elementos e os próprios elementos
são ditos radioativos. Um núcleo de um elemento radioativo se
desintegra espontaneamente, transformando-se em um núcleo de outro
elemento químico. A desintegração ou decaimento nuclear pode ser de
dois modos: por emissão de partícula alfa (2 prótons e 2 nêutrons) ou
por emissão de partícula beta (elétrons); em ambos os casos, há perda
de massa da substância radioativa. A variação da massa da substância
em função do tempo pode ser representada pela curva de decaimento,
Dados: 1 e V = 1,6.10–19 J
que é uma exponencial decrescente, como aparece na figura.
h = 6,6.10–34 J . s

RESOLUÇÃO:
E3 – E2 = hf
(–1,5 + 3,4) . 1,6.10–19 = 6,6.10–34 . f
f = 0,46.1015 Hz
f = 4,6.1014 Hz

Nessa figura, o eixo das ordenadas representa o número de núcleos


radioativos presentes em uma amostra da substância radioativa, e o
eixo das abscissas representa o tempo de decaimento, que pode ser
colocado em intervalos de tempo iguais. O intervalo de tempo T1/2 é
chamado meia-vida. Após esse intervalo de tempo, o número de
núcleos radioativos presentes na amostra cai para, aproximadamente,
metade do número de núcleos radioativos presentes inicialmente na

74 –
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MÓDULO 24 Análise Dimensional

1. A energia E associada a um fóton de luz de frequência f é dada pela H


––– = adimensional
expressão L
E=hf
L3T–1 = [ K ] L2 ⇒ [ K ] = LT–1 = [velocidade]
Resposta: B
em que h é a Constante de Planck. Lembrando-se de que frequência
tem dimensão de inverso de tempo (T–1), podemos determinar a
equação dimensional de h em relação à massa (M), ao comprimento
(L) e ao tempo (T), qual seja
a) ML2T–2 b) MLT–1 c) ML2T–1
d) MLT–2 e) ML2T–3

RESOLUÇÃO:
[E] = [h] [f]
M L2 T–2 = [h] T–1
3. (OLIMPÍADA PAULISTA DE FÍSICA) – Antigamente, com o
[h] = ML2 T–1
objetivo de proteger as roupas contra insetos, era comum guardá-las
com pequenas bolas de naftalina nos bolsos. A naftalina deixava no ar
Resposta: C
e no casaco um cheiro desagradável característico. Sabendo-se que a
variação da massa M com o tempo t, de uma esfera de naftalina que
sublima, é dada por M = M0.e–Kt, tal que e é base de logaritmos
naturais, M0 e K são constantes, indique, entre as alternativas abaixo,
qual apresenta a correta dimensão para M0 e K. Note que [X] significa
dimensão de X e M, L, T são, respectivamente, massa, comprimento e
tempo.
a) [M0] = M e [K] = T
b) [M0] = M T e [K] = adimensional
c) [M0] = M/T e [K] = adimensional
d) [M0] = M . L e [K] = L–1
e) [M0] = M e [K] = T–1

RESOLUÇÃO:
1) O expoente é sempre adimensional
2. Um aquífero é uma formação de rocha porosa por onde um lençol [Kt] = M0L0T0
freático pode movimentar-se no subsolo. [K]T = M0L0T0 ⇒ [K] = T–1
A vazão de água Z através de uma secção transversal de área A do
2) e– kT é adimensional e, portanto,
aquífero é dada por: [M0] = M
KAH
Z = ––––– Resposta: E
L

H é a altura de queda vertical ao longo de uma distância horizontal L.


K é a condutividade hidraúlica do aquífero.

A grandeza K
a) é adimensional.
b) tem dimensões de velocidade.
c) tem dimensões de aceleração.
d) tem dimensões de massa.
e) tem dimensões de força.

RESOLUÇÃO:
[ volume ] L3
[ Z ] = ––––––––– = ––– = L3T–1
[ tempo ] T
[ A ] = L2

– 75
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4. A potência (Pot) de uma hélice de avião depende exclusivamente de 5. (OLIMPÍADA PAULISTA DE FÍSICA) – A força eletrostática
seu raio R, de sua velocidade angular de rotação ␻ e da densidade do entre duas partículas eletrizadas com cargas q1 e q2, separadas, no
ar ␳. vácuo, por uma distância d, tem intensidade F dada por:
O coeficiente adimensional na equação da potência em função de R, ␻
1  q1q2 
e ␳ é indicado por k. F = ––– ––––––
Sabe-se ainda que a unidade de ␻ é inverso de segundo. 4␲ε0 d2
Obter, por análise dimensional, a expressão da potência da hélice.
a) Pot = k R5 ␻3␳ b) Pot = k R3 ␻5␳ c) Pot = k R5 ␻3␳2 ε0 é a constante dielétrica do vácuo.
d) Pot = k R3 ␻5␳2 e) Pot = k R5 ␻2␳–1
Considere dois condutores retos e longos, paralelos e percorridos por
RESOLUÇÃO: correntes elétricas de intensidades constantes I1 e I2, separados por uma
Pot = k R ␻ ␳
x y z distância d, no vácuo.
2 –3 x –1 y –3 z A força que um dos condutores exerce em um comprimento L do outro
ML T = L (T ) (ML )
tem intensidade F dada por:
2 –3 z x –3z –y
ML T = M L T
␮0 I1 I 2 L
z=1 y=3 F = –––––––––
x – 3z = 2 z=1 2␲ d
–y = –3 x=5

5 3 ␮0 é a permeabilidade magnética do vácuo.


Pot = k R ␻ ␳
Determine a unidade de medida, no SI, de uma grandeza G definida
pela relação.
Resposta: A



1
G= ––––––
␮0 . ε0

a) m b) m/s c) m/s2 d) m/s3 e) m/s4

RESOLUÇÃO:

1 I2T2
1) [ F ] = –– . ––––– = MLT–2 ⇒ [ε0] = M–1 L–3 T4 I2
[ε0] L2

[␮0] . I2 L
2) [ F ] = –––––––– = MLT–2 ⇒ [␮0] = M L T–2 I–2
L

3) [ ␮0 ] [ ε0 ] = L–2 T2

1 1
[ G ] = ––––––––––– = ––––––––
–1 T
= LT–1
1 L
( [␮0] [ε0] ) 2
––

[G]=[V]

U ( G ) = m/s

Resposta: B

76 –
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FRENTE 2 FÍSICA

MÓDULO 7 Refração da Luz e Reflexão Total

1. (UFJF-MG-MODELO ENEM) – De uma maneira geral, sabe- 2. (UNESP-MODELO ENEM) – Um feixe luminoso, constituído de
mos que o índice de refração absoluto (n) de um determinado material luz azul e vermelha, propagando-se no ar, incide sobre uma superfície
depende da frequência da luz incidente (f). A figura abaixo representa de vidro. Sabendo-se que o índice de refração do vidro para a luz azul
o gráfico do índice de refração absoluto em função da frequência da luz é maior do que para a vermelha, a figura que melhor representa a
incidente para um determinado material. refração da luz azul (A) e vermelha (V) é

Se f1 e f2 representam duas frequências quaisquer, podemos afirmar


que, dentro do material,
a) os módulos das velocidades da luz são iguais para as duas
frequências;
b) o módulo da velocidade da luz com frequência f2 é maior que o
módulo da velocidade da luz com frequência f1;
c) o módulo da velocidade da luz com frequência f1 é maior que o
módulo da velocidade da luz com frequência f2;
d) nada podemos afirmar sobre as velocidades, pois o módulo da
velocidade da luz nesse material independe da frequência da luz
incidente.

RESOLUÇÃO: RESOLUÇÃO:
1) Do gráfico, observamos que: f1 < f2 ⇒ n1 < n2
2) O índice de refração absoluto de um meio é dado por:
c
n = –––
V

Sendo c uma constante, podemos concluir que o índice de refração


absoluto de um meio (n) é inversamente proporcional ao módulo da
velocidade de propagação da luz nesse mesmo meio (V). Portanto,
temos:

n1 < n2

V 1 > V2

Resposta: C

Lei de Snell:
nV sen r = nAr sen i

nAr sen i
sen r = ––––––––––
nV

I) O vidro é mais refringente que o ar, implicando que a fração


nAr
–––– seja menor que 1. Logo, sen r < sen i e r < i.
nV

– 77
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Portanto, o raio aproxima-se da normal na refração oblíqua do ar para RESOLUÇÃO:


o vidro.

II) Sendo nAr e sen i constantes para as luzes azul e vermelha, tem-se
sen r inversamente proporcional a nV.

Como nV > nV , conclui-se que:


azul vermelho

(sen r)azul < (sen r)vermelho ⇒ razul < rvermelho

Resposta: E

(I) Triângulo ABC:

(AB)2 = 62 + 82 ⇒ AB = 10cm

6
(II) sen ␤ = ––– ⇒ sen ␤ = 0,6
10

(III) Lei de Snell:


nv sen ␤ = nar sen ␣
nv 0,6 = 1,0 . 0,9

Da qual: nv = 1,5

3. (UFU-MG) – Um raio de luz monocromática, propagando-se no ar Resposta: A


(índice de refração absoluto igual a 1,0), incide sobre o topo de um
cubo de vidro, cujo lado é 8cm, formando um ângulo ␣ com a normal
à superfície do cubo. O raio de luz emerge na base do bloco a uma
distância de 6cm à esquerda em relação à vertical do ponto de
incidência, conforme ilustra a figura a seguir.

Sendo sen ␣ = 0,9, o índice de refração desse vidro é de:


a) 1,5 b) 1,2 c) 1,125 d) 0,675

78 –
C4_3oA_FISICA_Alelex_prof 10/06/11 14:01 Página 79

4. (UNITAU) – Um recipiente contém um líquido com índice de (III) Substituindo-se  em , segue-se que
refração n. A altura da coluna de líquido é h. O feixe de um apontador
de laser incide sob um ângulo de 60° com a superfície líquida e atinge,
no fundo do recipiente, um ponto a uma distância x da vertical traçada 1 
x2 + h2
n= –––––––––––––––– ⇒ n = –––––––––––
do ponto de incidência, conforme a figura abaixo. x 2x
2 . –––––––––

x2 + h2

Resposta: A

Dados: Índice de refração do ar = 1,0


3
sen 60° = ––––
2

1
sen 30° = ––
2

Nessas condições, o índice de refração do líquido é igual a:


x2 + h2 
3 
x2 + h2 2x2
a) ––––––––– b) –––––––––––– c) –––––––
2x 2x x2 + h2
x 3x
d) ––– e) –––
h 2h

RESOLUÇÃO:
(I)

5. (PUC-SP-MODELO ENEM) – A figura mostra a trajetória de um


feixe de luz branca que incide e penetra no interior de um diamante.

Lei de Snell:
n sen r = nAr sen i

n sen r = 1 . sen 30°

1
n sen r = –––
2 Sobre a situação, fazem-se as seguintes afirmações:
I. A luz branca, ao penetrar no diamante, sofre refração e se dispersa
1
Da qual: n = ––––––  nas cores que a constituem.
2 sen r
II. Nas faces 1 e 2, a luz incide num ângulo superior ao ângulo limite
(ou crítico) e, por isso, sofre reflexão total.
(II) No triângulo retângulo destacado na figura, temos: III. Se o índice de refração absoluto do diamante para a luz vermelha
é 2,4 e o do ar é 1, certamente o ângulo limite nesse par de meios
x x será menor que 30° para a luz vermelha.
sen r = ––– ⇒ sen r = ––––––––––– 
a Em relação a essas afirmações, pode-se dizer que

x2 + h2 a) são corretas apenas I e II. b) são corretas apenas II e III.
c) são corretas apenas I e III. d) todas são corretas.
e) nenhuma é correta.

– 79
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RESOLUÇÃO: b) O feixe refratado na face C, ao sair dela, forma um ângulo de 30°


(I) Correta. As várias cores componentes da luz branca têm índices de com a sua normal.
refração absolutos diferentes no diamante e, por isso, separam-se c) O feixe refratado na face C, ao sair dela, forma um ângulo de 60°
(fenômeno da dispersão), seguindo trajetórias diferentes. com a sua normal.
(II) Correta. Quando um raio de luz proveniente do meio mais refringente d) Ocorre reflexão interna total na face C.
de um dioptro incide na interface de separação dos meios com um e) Se o prisma fosse feito com vidro com índice de refração maior que
ângulo de incidência maior que o limite, sofre reflexão total. É o que se 1,5, o ângulo de refração na face C aumentaria.
observa nas faces 1 e 2 do diamante considerado.
(III) Correta. Sendo L o ângulo limite do dioptro diamante-ar, temos: RESOLUÇÃO:
nar 1
sen L = –––––––– ⇒ sen L = –––– 0,42
ndiamante 2,4

Como sen L < sen 30° (observe que 0,42 < 0,50), concluímos que L < 30°.
Resposta: D

nmenor nAr 1
(I) sen L = –––––– ⇒ sen L = –––– = ––––
nmaior np 1,5

2
sen L = ––– ⇒ sen L 0,67
3

3
(II) sen i = sen 60° ⇒ sen i = –––––
2

sen i 0,87

(III) sen i > sen L ⇒ i > L

Logo, ocorre reflexão total da luz na face C do prisma.

Resposta: D

6. (UFPR - MODELO ENEM) – Prismas são comumente utilizados


na constituição de instrumentos ópticos, tais como câmeras
fotográficas, microscópios e binóculos. A figura abaixo mostra um tipo
de prisma imerso no ar, feito de vidro com índice de refração 1,5, em
cuja face A incide perpendicularmente um feixe luminoso
monocromático.

Para a situação da figura, e supondo o índice de refração do ar igual a


1,0, assinale a alternativa correta.
a) Ocorre um desvio no feixe incidente ao passar pela face A.

80 –
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MÓDULO 8 Dioptro Plano, Lâmina de Faces Paralelas, Prismas Ópticos

1. (UFMG-MODELO ENEM) – Um professor pediu a seus alunos (II) Tomás está errado, já que, na refração, a frequência da luz (ou de
que explicassem por que um lápis, dentro de um copo com água, parece qualquer outra onda) não se altera.
Isso pode ser comprovado pela manutenção da cor exibida pelo lápis,
estar quebrado, como mostrado nesta figura:
quando iluminado por um determinado tipo de luz. Se ele apresentar-
se vermelho, por exemplo, fora da água, também será vermelha uma
parte sua imersa nesse líquido.
Resposta: A

Bruno respondeu: “Isso ocorre porque a velocidade da luz na água é


menor que a velocidade da luz no ar.”
Tomás explicou: “Esse fenômeno está relacionado com a alteração da
frequência da luz quando esta muda de meio.”

Considerando-se essas duas respostas, é correto afirmar que


a) apenas a de Bruno está certa.
b) apenas a de Tomás está certa.
c) as duas estão certas.
d) nenhuma das duas está certa.
2. (UNIRIO-MODELO ENEM) – Um cão está diante de uma mesa,
RESOLUÇÃO:
(I) Bruno está certo, pois o fenômeno observado (lápis “quebrado”) deve- observando um peixinho dentro do aquário, conforme representado na
se à refração da luz, que, ao passar do ar para a água, diminui de figura.
velocidade (VH O < Var).
2
O esquema a seguir justifica o fato de o lápis aparentar estar “quebrado
para cima”.

Ao mesmo tempo, o peixinho também observa o cão. Em relação à


parede P do aquário, cuja espessura é desprezível, e às distâncias reais,
podemos afirmar que as imagens observadas por cada um dos animais
obedecem às seguintes relações:
a) O cão observa o olho do peixinho mais próximo da parede P,
enquanto o peixinho observa o olho do cão mais distante do
aquário.
b) O cão observa o olho do peixinho mais distante da parede P,
enquanto o peixinho observa o olho do cão mais próximo do
aquário.
c) O cão observa o olho do peixinho mais próximo da parede P,
enquanto o peixinho observa o olho do cão mais próximo do
aquário.
d) O cão observa o olho do peixinho mais distante da parede P,
enquanto o peixinho observa o olho do cão também mais distante
do aquário.
e) O cão e o peixinho observam o olho um do outro, em relação à
parede P, em distâncias iguais às distâncias reais que eles ocupam
na figura.

– 81
C4_3oA_FISICA_Alelex_prof 10/06/11 14:01 Página 82

RESOLUÇÃO: Pela Equação de Gauss, para o dioptro plano, temos:


(I) O cão observa o peixinho: nobs
p’ = p –––––– , em que: nobs → índice de refração absoluto do meio
nobj onde está o observador.
nobj → índice de refração absoluto do meio
onde está o objeto.
nar
Assim: p’ = p ––––––
nágua

1
3,0 = p ––––––
4
––
3

p = 4,0m
(II) O peixinho observa o cão:
Resposta: C

É importante notar que a água é mais refringente do que o ar. 4. Na figura a seguir, os meios A, B, C e D são homogêneos,
Resposta: A transparentes e isótropos, com índices de refração diferentes. Um raio de luz
monocromática incide na fronteira entre A e B, segundo o ângulo ␣:

3. (UECE) – Um peixe, observado diretamente do alto sobre um lago,


parece estar a 3,0m da superfície. Se o índice de refração da água em
relação ao ar é 4/3, a profundidade em que se encontra realmente o
peixe, em relação à superfície do lago, é: Pode-se afirmar que
a) 2,0m b) 3,0m c) 4,0m d) 5,0m a) certamente haverá emergência de D para A.
b) se houver emergência de D para A, o ângulo de refração será,
RESOLUÇÃO:
certamente, igual a ␣.
c) se houver emergência de D para A, o ângulo de refração será
diferente de ␣.
d) é impossível haver reflexão total na fronteira entre A e B.
e) é possível não haver nenhuma reflexão na fronteira entre A e B.

RESOLUÇÃO:
Na hipótese da não ocorrência de reflexão total, a luz emergirá do sistema
paralelamente à luz incidente, como está demonstrado a seguir.

82 –
C4_3oA_FISICA_Alelex_prof 10/06/11 14:01 Página 83

Lei de Snell: RESOLUÇÃO:


nA sen ␣ = nB sen ␤ 
nB sen ␤ = nC sen ␥ 
nC sen ␥ = nD sen ␦ 
nD sen ␦ = nA sen ε 

De  e : nA sen ␣ = nC sen ␥ 

De  e : nC sen ␥ = nA sen ε 

De  e : nA sen ε = nA sen ␣ ⇒ sen ε = sen ␣

Logo: ε = ␣

Resposta: B (I) Lei de Snell para a refração de entrada:

 3
n sen r = nar sen i ⇒ n sen r = 1 . ––––––
2

 3
sen r = ––––––
2n
5. Um fator que tem sido decisivo na melhoria das telecomunicações
no Brasil é a transmissão de dados digitais através de redes de fibras
  
2
3
ópticas. Por meio desses infodutos de resina transparente, baratos e (II)sen2r + cos2r = 1 ⇒ ––––– + cos2r = 1
2n
confiáveis, que hoje se acham instalados ao longo das principais
rodovias do País, é possível a troca de imensos arquivos entre  
4n 2–3
computadores (banda larga), integração de sistemas de telefonia, cos r = ––––––––––
2n
transmissão de TV etc.
Dentro de uma fibra óptica, um sinal eletromagnético propaga-se com
velocidades pouco menores que a da luz no ar, sofrendo sucessivas (III) Condição de reflexão total:
reflexões totais. 90° – r > L ⇒ sen (90° – r) > sen L
Considere a fibra óptica esquematizada a seguir, imersa no ar, na qual
é introduzido um estreito feixe cilíndrico de luz monocromática com  
4n 2–3 1
ângulo de 60° em relação à reta normal N no ponto de incidência. cos r > sen L ⇒ ––––––––––– > –––
2n n
4n2 – 3
––––––––– > 1 ⇒ 4n2 > 7
4

 7
n > ––––––
2

Resposta: D

Para que essa luz sofra reflexões totais no interior da fibra, é necessário
que o índice de refração absoluto, n, do material que a constitui, seja
tal que
3 5 6
a) n > ––––– b) n > ––––– c) n > –––––
2 2 2

7 7
d) n > ––––– e) n > –––––
2 3

– 83
C4_3oA_FISICA_Alelex_prof 10/06/11 14:01 Página 84

6. (FMTM-MODELO ENEM) – O instrumento óptico apresentado é


formado por dois prismas triangulares cujos ângulos da base são iguais
a 45º. Os prismas são utilizados nessa disposição para produzir reflexão
interna total da luz em duas superfícies.

Se o aparelho está imerso no ar, o índice de refração mínimo do


material de que são constituídos os prismas deve ser igual a


2
a) –––– b) 
2 c) 2
2

32
d) –––– e) 3
2
2

RESOLUÇÃO:

Para que a luz sofra reflexão total no interior dos prismas, o ângulo ␣
indicado no esquema acima deve superar o ângulo limite do dioptro
considerado.

␣ > L ⇒ sen ␣ > sen L


nar
sen ␣ > ––––
np

Sendo ␣ = 45° e nar = 1, vem:

1 2 1
sen 45° > –––– ⇒ –––– > ––––
np 2 np

2
np > –––– ⇒ np > 
2 (np 
2)
mín
2
Resposta: B

84 –
C4_3oA_FISICA_Alelex_prof 10/06/11 14:01 Página 85

MÓDULO 9 Lentes Esféricas

1. (MACKENZIE-SP-MODELO ENEM) Podemos afirmar que o objeto e a imagem


a) estão do mesmo lado da lente e que f = 150cm.
b) estão em lados opostos da lente e que f = 150cm.
c) estão do mesmo lado da lente e que f = 37,5cm.
d) estão em lados opostos da lente e que f = 37,5cm.
e) podem estar tanto do mesmo lado como em lados opostos da lente
e que f = 37,5cm.

RESOLUÇÃO:
O traçado da imagem mencionada é representado na figura abaixo.

O esquema acima mostra um objeto real colocado diante de uma


lente delgada e sua respectiva imagem conjugada. O índice de refração
do material da lente é maior que o do meio no qual se encontra.

Considerando-se a ilustração acima, das lentes A, B, C e D, o


esquema pode referir-se a uma lente
a) do tipo A e também do tipo B.
b) do tipo A e também do tipo C.
c) do tipo B e também do tipo D.
d) do tipo A e também do tipo D.
e) do tipo B e também do tipo C.

RESOLUÇÃO:
De acordo com a figura apresentada, a lente conjuga a um objeto real uma
imagem invertida em relação ao objeto, e, portanto, de natureza real.
Assim, trata-se de uma lente delgada convergente. Como o índice de refra-
ção absoluto da lente é maior do que o índice de refração absoluto do meio, A imagem é invertida e três vezes menor que o objeto. Assim, a ampliação
a lente deve possuir bordas finas, ou seja, as lentes B ou D. 1
Resposta: C vale A = – –– .
3

p’ 1 50
A = – –– ⇒ – –– = – –– ⇒ p = 150cm
p 3 p

Aplicando a Equação de Gauss, calculamos a distância focal da lente.


1 1 1 1 1 1
–– = –– + –– ⇒ –– = –––– + –––
f p p’ f 150 50

2. (FUVEST) – A figura abaixo mostra, numa mesma escala, o dese- 1 1+3 150
nho de um objeto retangular e sua imagem, formada a 50cm de uma –– = ––––– ⇒ f = –––– (cm)
f 150 4
lente convergente de distância focal f. O objeto e a imagem estão em
planos perpendiculares ao eixo óptico da lente. f = 37,5cm

Resposta: D

– 85
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3. Um objeto real é colocado a 60cm de uma lente delgada conver-


gente. Aproximando-se de 15cm o objeto da lente, a nova imagem
obtida fica três vezes maior que a anterior, com a mesma orientação.
Pode-se então afirmar que a distância focal da lente vale, em
centímetros:
a) 7,5cm b) 15,0cm c) 22,5cm
d) 30,0cm e) 37,5cm

RESOLUÇÃO:
1) Utilizando a equação do aumento linear transversal para a primeira
posição do objeto (p1 = 60cm), vem:
i f i f
—1–– = —–––––––––––– ⇒ —1–– = —–––––––––––– (I)
o (f – p1) o (f – 60)

2) Utilizando a equação do aumento linear transversal para a segunda


posição do objeto (p2 = 45cm), vem:
Considerando as medidas do esquema, aponte a alternativa em que
i2 f aparecem os valores corretos de fE e d:
—–– = —––––––––––––
o (f – p2) a) fE = 60cm; d = 120cm; b) fE = 60cm; d = 75cm;
3i f c) fE = 30cm; d = 120cm; d) fE = 30cm; d = 75cm;
Mas i2 = 3i1 e, portanto: —––1– = —–––––––––––– (II)
o (f – 45) e) fE = 60cm; d = 72cm.

3) Dividindo-se I por II, temos: RESOLUÇÃO:

1 (f – 45) I) Os raios luminosos provenientes de P incidem no espelho e refletem-se


—–– = —–––––––––––– ⇒ 3f – 135 = f – 60 ⇒ 2f = 75 f = 37,5cm
3 (f – 60) sobre si mesmos, indicando que P está no centro de curvatura de E;
logo:

Resposta: E RE 60cm
fE = –––– = –––––– ⇒ fE = 30cm
2 2

II) Em relação à lente:


1 1 1 1 1 1
–––– = –––– + –––– ⇒ –––– = –––– + ––––
fL pL p’L 12 p’L 60

Da qual: pL = 15cm

III) d = pL + RE ⇒ d = (15 + 60)cm ⇒ d = 75cm

Resposta: D

4. (MODELO ENEM) – Um espelho esférico côncavo E, de


distância focal fE, e uma lente delgada convergente L, de distância
focal fL = 12cm, estão dispostos coaxialmente, com seus eixos ópticos
coincidentes, conforme representa a figura. Admita que o espelho e a
lente estão sendo utilizados dentro das condições de Gauss. A distância
entre o vértice do espelho e o centro óptico da lente é igual a d. Uma
fonte pontual de grande potência, capaz de emitir luz exclusivamente
para a direita, é colocada no ponto P. Os raios luminosos provenientes
da fonte seguem, então, as trajetórias indicadas, acendendo um cigarro
cuja extremidade se encontra no ponto Q.

86 –
C4_3oA_FISICA_Alelex_prof 10/06/11 14:01 Página 87

5. Pretende-se projetar num anteparo a imagem nítida de um objeto 6. (EEAE) – Uma lente de vidro plano-côncava, cujo índice de
real, ampliada quatro vezes. Para isso, utiliza-se uma lente esférica refração absoluto vale 1,5 e que está imersa no ar (índice de refração
delgada colocada a 100cm do anteparo. A lente utilizada para produzir absoluto 1,0), tem a face curva com 10cm de raio. Sua vergência, em
tal efeito deve ser dioptrias, é igual a
a) convergente, de vergência 5,0di. a) –5 b) –3 c) 3 d) 5
b) convergente, de vergência 0,50di.
c) divergente, de vergência 5,0di. RESOLUÇÃO:
d) divergente, de vergência – 2,0di.
e) divergente, de vergência – 0,50di.

RESOLUÇÃO:
1) Para que a imagem possa ser projetada, ela deve ter natureza real.
Assim, se objeto e imagem são reais, a lente utilizada deve ser
convergente.
Do enunciado, temos:
A = – 4,0 (imagem real, invertida e ampliada 4 vezes)
p’ = 100cm

2) Utilizando-se a equação do aumento linear transversal, vem:

– p’
A = ––––
p

– 100
– 4,0 = –––––
p R1 → ∞

p = 25cm R2 = –10cm = –0,10m

Equação dos “fabricantes”:


3) Pela Equação de Gauss, temos:
1 1 1
––– = ––– + –––
n

V = –––– – 1
nar   ––––
1
R 1
+ –––– 
1
R 2
f p p’

1 1 1
––– = ––– + –––– ⇒ f = 20cm 1
   ––– – –––– 
1,5 1
f 25 100 V = ––– – 1
1 ∞ 0,10
123
4) Da definição de vergência, vem: tende a zero

1 V = 0,5 (–10) dioptrias


V = –––
f
V = –5 dioptrias (Lente divergente)
1
V = ––––– ⇒ V = 5,0di
0,20
Resposta: A

Resposta: A

– 87
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MÓDULO 10 Óptica da Visão e Instrumentos Ópticos

1. (UFMG - MODELO ENEM) – Após examinar os olhos de Sílvia RESOLUÇÃO:


e de Paula, o oftalmologista apresenta suas conclusões a respeito da A distância focal da lente divergente corretiva da miopia tem valor absoluto
igual à distância máxima de visão distinta do indivíduo, conforme ilustra
formação de imagens nos olhos de cada uma delas, na forma de
o esquema abaixo.
diagramas esquemáticos, como mostrado nestas figuras:

f = D ⇒ f = 200cm = 2,0m f = –2,0m


Com base nas informações contidas nessas figuras, é correto afirmar
que 1 1
V = ––– = – ––– (di) V = –0,50di
a) apenas Sílvia precisa corrigir a visão e, para isso, deve usar lentes f 2,0
divergentes.
b) ambas precisam corrigir a visão e, para isso, Sílvia deve usar lentes Resposta: C
convergentes e Paula, lentes divergentes.
c) apenas Paula precisa corrigir a visão e, para isso, deve usar lentes
convergentes.
d) ambas precisam corrigir a visão e, para isso, Sílvia deve usar lentes
divergentes e Paula, lentes convergentes.

RESOLUÇÃO: 3. (UNIFESP) – Uma das lentes dos óculos de uma pessoa tem
Sílvia é míope e a correção da miopia se faz com lentes divergentes. convergência +2,0di. Sabendo que a distância mínima de visão distinta
Paula é hipermetrope e a correção da hipermetropia se faz com lentes de um olho normal é 0,25m, pode-se supor que o defeito de visão de
convergentes.
um dos olhos dessa pessoa é
Resposta: D
a) hipermetropia, e a distância mínima de visão distinta desse olho é
40cm.
b) miopia, e a distância máxima de visão distinta desse olho é 20 cm.
c) hipermetropia, e a distância mínima de visão distinta desse olho é
50cm.
d) miopia, e a distância mínima de visão distinta desse olho é 10 cm.
e) hipermetropia, e a distância mínima de visão distinta desse olho é
80cm.
2. (UFCG-MODELO ENEM) – Uma pessoa míope não consegue
ver nitidamente um objeto se este estiver localizado além de um ponto RESOLUÇÃO:
Se a vergência da lente corretiva é positiva (+ 2,0 di), o defeito visual da
denominado ponto remoto ou ponto distante. Neste caso, a imagem do
pessoa é hipermetropia.
objeto não seria formada na retina, como ocorre em um olho normal, Correção da hipermetropia:
mas em um ponto entre o cristalino (lente convergente) e a retina. A
expressão "grau" de uma lente de óculos é bastante usual na linguagem
cotidiana. No entanto, os oftalmologistas definem-na como dioptria,
que corresponde numericamente ao inverso da distância focal da lente,
medida em metros. Em um olho normal, o ponto remoto localiza-se no
infinito e a distância entre o cristalino e a retina é de aproximadamente
2cm. Para um olho míope cujo ponto remoto está a 200cm, o “grau”
adequado para a lente dos óculos será:
a) 2 dioptrias (lente divergente). b) 1 dioptria (lente divergente).
c) 0,5 dioptria (lente divergente). d) 2 dioptrias (lente convergente).
e) 1 dioptria (lente convergente).

88 –
C4_3oA_FISICA_Alelex_prof 10/06/11 14:01 Página 89

PPN = ponto próximo do olho normal; 5. (PUCCAMP - MODELO ENEM) – Analise as afirmações acerca
PPH = ponto próximo do olho hipermetrope. da forma mais simples de um microscópio óptico.
Com o objeto em PPN (p = 25cm = 0,25 m), determinemos a distância d I. O microscópio óptico é constituído de duas lentes, a objetiva e a
entre a imagem e o olho. ocular, ambas convergentes.
1 1 1 II. Se a objetiva fornece a primeira imagem com ampliação de 20 ve-
Equação de Gauss: ––– + ––– = –––
p p’ f zes e a ocular amplia 80 vezes, vai-se obter com esse microscópio
1 imagens aumentadas de 100 vezes.
Sendo ––– = 2,0 di, vem: III. A imagem final e ampliada de um objeto analisado no instrumento
f
é virtual e invertida em relação a ele.
1 1 1 Está correto o que se afirma em
–––– + ––– = 2,0 ⇒ 4,0 + ––– = 2,0
0,25 p’ p’ a) I, somente. b) I e II, somente.
c) I e III, somente. d) II e III, somente.
1 1 e) I, II e III.
––– = 2,0 – 4,0 ⇒ ––– = – 2,0 (m-1)
p’ p’
RESOLUÇÃO:
No esquema a seguir, estão traçados os raios de luz que permitem deter-
p’ = – 0,50m = –50cm minar a imagem fornecida pelo microscópio.

d = |p’| = 50cm

Resposta: C

4. (UNESP-MODELO ENEM) – Observe a foto.


Nesta situação, o cidadão consegue
ler nitidamente a revista. Pode-se
supor que ele possui qualquer um I) CORRETA
dos seguintes defeitos visuais: Ver esquema.
a) presbiopia e hipermetropia.
II) ERRADA
b) hipermetropia e miopia.
O aumento total produzido pelo microscópio é dado pelo produto do
c) miopia e presbiopia. aumento da objetiva pelo aumento da ocular.
d) astigmatismo e miopia. A = Aob . Aoc
e) estrabismo e astigmatismo.
No caso:
A = 20 . 80 ⇒ A = 1600 vezes
RESOLUÇÃO:
A distância mínima de visão nítida para o olho emetrope (ponto próximo III) CORRETA
normal) é de 25cm. Observa-se na foto que, para poder ler nitidamente, o Ver esquema.
cidadão retratado precisa manter a revista a uma distância superior àquela
acima citada. Resposta: C
Dessa forma, podemos concluir que o defeito de visão em questão produz,
para a pessoa, um afastamento do ponto próximo. Esse aumento na
distância mínima de visão nítida pode ser causado por hipermetropia ou
presbiopia.
Resposta: A

– 89
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6. (VUNESP-MODELO ENEM) – Uma luneta astronômica é usada


para aproximar objetos distantes. Ela é constituída de duas lentes,
chamadas de ocular e objetiva, que são, respectivamente,

a) divergente, de pequena distância focal, e divergente, de grande


distância focal.
b) divergente, de grande distância focal, e convergente, de grande
distância focal.
c) convergente, de pequena distância focal, e convergente, de pequena
distância focal.
d) convergente, de pequena distância focal, e convergente, de grande
distância focal.
e) convergente, de pequena distância focal, e divergente, de grande
distância focal.

RESOLUÇÃO:
(I) Ocular: Sistema convergente, de distância focal da ordem de
centímetros, que opera como lupa.
Objetiva: Sistema convergente, de distância focal da ordem de metros.

(II) Formação da imagem:

Resposta: D

90 –
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MÓDULO 11 Equação Fundamental da Ondulatória

1. (UNIFESP-MODELO ENEM) – O eletrocardiograma é um dos 2. (UNIFESP-MODELO ENEM) – Cientistas descobriram que a


exames mais comuns da prática cardiológica. Criado no início do exposição das células humanas endoteliais à radiação dos telefones
século XX, é utilizado para analisar o funcionamento do coração em celulares pode afetar a rede de proteção do cérebro. As micro-ondas
função das correntes elétricas que nele circulam. Uma pena ou caneta emitidas pelos celulares deflagram mudanças na estrutura da proteína
registra a atividade elétrica do coração, movimentando-se dessas células, permitindo a entrada de toxinas no cérebro.
transversalmente ao movimento de uma fita de papel milimetrado, que (Folha de S.Paulo, 25.07.2002)
se desloca em movimento uniforme com velocidade de 25 mm/s. A As micro-ondas geradas pelos telefones celulares são ondas de mesma
figura mostra parte de uma fita de um eletrocardiograma. natureza que
a) o som, mas de menor frequência.
b) a luz, mas de menor frequência.
c) o som, e de mesma frequência.
d) a luz, mas de maior frequência.
e) o som, mas de maior frequência.

RESOLUÇÃO:
Sabendo-se que a cada pico maior está associada uma contração do As micro-ondas geradas pelos telefones celulares são ondas de mesma
natureza que a luz, ou seja, ondas eletromagnéticas, porém são de menor
coração, a frequência cardíaca dessa pessoa, em batimentos por minuto, frequência.
é As micro-ondas geradas na telefonia celular têm frequências com ordem de
a) 60 b) 75 c) 80 d) 95 e) 100 grandeza de 10 9Hz, e a luz, de 1015Hz.
Resposta: B
RESOLUÇÃO:
A tira de papel representada tem um comprimento total de 60 mm.
Δx
Movimento Uniforme: V = ––––
Δt

60 60 60
25 = ––– ⇒ Δt = ––– (s) = ––––––– (min)
Δt 25 25 . 60

3. (UFRS) – Na figura abaixo, estão representadas as configurações


1 espaciais instantâneas de duas ondas transversais senoidais, M e N,
Δt = ––– min
25 que se propagam na direção x, ao longo de uma mesma corda musical.

A frequência cardíaca (f) é traduzida pelo número (n) de batimentos do


coração durante um intervalo de tempo Δt.
n
f = ––––
Δt

1
De acordo com a figura, durante Δt = ––– min, ocorrem 3
25
batimentos do coração. Logo:
3
f = ––––– (bat./min) ⇒ f = 75 bat./min
1
–––
25

Resposta: B

Sendo ␭M e fM, respectivamente, o comprimento de onda e a frequência


da onda M, é correto afirmar que o comprimento de onda ␭N e a
frequência fN da onda N são tais que
a) ␭N = 3 ␭M e fN = fM/3.
b) ␭N = 3 ␭M e fN = fM.
c) ␭N = ␭M/3 e fN = 3 fM.
d) ␭N = ␭M/3 e fN = fM/3.
e) ␭N = ␭M e fN = 3 fM.

– 91
C4_3oA_FISICA_Alelex_prof 10/06/11 14:01 Página 92

RESOLUÇÃO:
Da figura, temos: 3 . 108
f –––––––––– (Hz)
␭M = 6,0m e 3 ␭N = 6,0m 460 . 10 –9

␭M 3 108
Logo: ␭N = –––– f ––––– . ––––– (Hz) 6,52 . 1014Hz
3 0,46 10 –6

Como as duas ondas estão propagando-se ao longo de uma mesma corda,


é correto que: f 652 . 1012Hz = 652 terahertz

VN = VM ⇒ ␭N fN = ␭M fM Resposta: C

␭M
––– fN = ␭M fM ⇒ fN = 3 fM
3

Resposta: C

5. (UNIFESP-MODELO ENEM) – Quando adaptado à claridade, o


olho humano é mais sensível a certas cores de luz do que a outras. Na
figura, é apresentado um gráfico da sensibilidade relativa do olho em
função dos comprimentos de onda do espectro visível, dados em nm
(1,0 nm = 10–9 m).

4. (UNIFESP-MODELO ENEM) – O gráfico mostra a taxa de


fotossíntese em função do comprimento de onda da luz incidente sobre
uma determinada planta em ambiente terrestre.

Considerando-se as cores correspondentes aos intervalos de frequên-


cias da tabela seguinte

Cor frequência (hertz)


Uma cultura dessa planta desenvolver-se-ia mais rapidamente se _____________________________________________________
exposta à luz de frequência, em terahertz (1012 Hz), próxima a Violeta 6,9 . 1014 a 7,5 . 1014
a) 460 b) 530 c) 650 d) 700 e) 1 380 Azul 5,7 . 1014 a 6,9 . 1014
Verde 5,3 . 1014 a 5,7 . 1014
Amarela 5,1 . 1014 a 5,3 . 1014
RESOLUÇÃO: Laranja 4,8 . 1014 a 5,1 . 1014
A planta desenvolve-se mais rapidamente quando a taxa de fotossíntese for
maior, o que ocorre para comprimentos de onda em torno de
Vermelha 4,3 . 1014 a 4,8 . 1014
_____________________________________________________
460 . 10–9 m
assim como o valor de 3,0 . 108 m/s para a velocidade da luz e as
A respectiva frequência f é dada por: informações apresentadas no gráfico, pode-se afirmar que a cor à qual
c o olho humano é mais sensível é a
f = ––
␭ a) violeta. b) vermelha. c) azul.
em que c é o módulo da velocidade com que a luz se propaga no vácuo.
d) verde. e) amarela.

92 –
C4_3oA_FISICA_Alelex_prof 10/06/11 14:01 Página 93

RESOLUÇÃO: 7. (ITA-MODELO ENEM) – Um painel coletor de energia solar para


De acordo com o gráfico, a máxima sensibilidade relativa do olho ocorre aquecimento residencial de água, com 50% de eficiência, tem super-
para o comprimento de onda fície coletora com área útil de 10m2 . A água circula em tubos fixados
␭ = 540nm = 540 . 10–9m. A frequência f que corresponde a esta radiação é sob a superfície coletora. Suponha que a intensidade da energia solar
calculada pela equação fundamental da ondulatória. incidente é de 1,0 . 103 W / m2 e que a vazão de suprimento de água
V = ␭f ⇒ 3,0 . 108 = 540 . 10 –9f aquecida é de 6,0 litros por minuto. Assinale a opção que indica a
variação da temperatura da água.
Da qual: ~ 5,5 . 1014Hz
f= a) 12°C b) 10°C c) 1,2°C
d) 1,0°C e) 0,10°C
Essa frequência pertence ao intervalo de frequências da cor verde.
Resposta: D Dados: ␮H = 1,0kg/
2O
cH = 4,2 . 103J/kg K
2O

RESOLUÇÃO:

6. (PUC-MG-MODELO ENEM) – Um ser humano normal percebe


sons com frequências variando entre 30 Hz e 20 kHz. Perturbações
longitudinais que se propagam através de um meio, semelhantes ao
som, mas com frequências maiores que 20 kHz, são chamadas de
ultrassom. Na medicina, o ultrassom de frequência entre 1,0 . 106 Hz
e 10 . 106 Hz é empregado para examinar a forma e o movimento dos A intensidade de radiação aproveitada para o aquecimento da água (Iútil)
é dada por:
órgãos dentro do corpo. Admitindo que a velocidade de sua propaga-
ção nos tecidos do corpo humano é de aproximadamente 1500m/s, os Pot
Iútil = ––––
comprimentos de onda empregados estarão entre A
a) 1,5mm e 15mm. b) 0,15mm e 1,5mm.
c) 15␮m e 150␮m. d) 0,67km e 6,7km. Q mc ⌬␪
0,5 I = ––––– ⇒ 0,5 I = –––––––
e) 6,7km e 67km. Δt . A Δt . A

RESOLUÇÃO:
Admitindo-se que a massa de água correspondente a 6,0 seja igual a
V
V = ␭f ⇒ ␭ = –– 6,0kg (␮H O = 1,0kg/), vem:
2
f
6,0 . 4,2 . 103 . Δ␪
0,5 . 1,0 . 103 = –––––––––––––––––
(I) Cálculo de ␭mín:
60 . 10
1500
␭mín = –––––––– (m) ⇒ ␭mín = 0,15mm
10 . 106 Δ␪ = 11,9 °C 12°C

(II)Cálculo de ␭máx: Resposta: A


1500
␭máx = –––––––– (m) ⇒ ␭máx = 1,5mm
1,0 . 106

Resposta: B

– 93
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MÓDULO 12 Interferência de Ondas

1. (UFC) – Duas ondas ocupam a 2. (UFSCar) – Quando se olha a luz branca de uma lâmpada in-
mesma região no espaço e têm candescente ou fluorescente, refletida por um CD, pode-se ver o
amplitudes que variam com o espectro contínuo de cores que compõem essa luz. Esse efeito ocorre
tempo, con for me o gráfico visto nos CDs devido à
ao lado. a) difração dos raios refratados nos sulcos do CD, que funcionam
como uma rede de interferência.
b) polarização dos raios refletidos nos sulcos do CD, que funcionam
Assinale a alternativa que contém o gráfico resultante da soma dessas como um polarizador.
duas ondas. c) reflexão dos raios refratados nos sulcos do CD, que funcionam
como um prisma.
d) interferência dos raios refletidos nos sulcos do CD, que funcionam
como uma rede de difração.
e) refração dos raios refletidos nos sulcos do CD, que funcionam como
uma rede de prismas.

RESOLUÇÃO:
A luz branca é composta da superposição de todas as cores do espectro
visível (vermelha, alaranjada, amarela, verde, azul, anil e violeta). Ao incidir
em um sulco da superfície do CD, uma dada cor pode sofrer interferência
construtiva por conta da diferença de percursos dos raios luminosos. Isso
explica a visão acentuada dessa cor. As demais cores podem sofrer interferência
destrutiva, também em razão da diferença de percursos, anulando-se para o
observador.

RESOLUÇÃO:
A perturbação resultante em cada ponto é a soma algébrica das pertur-
bações provocadas por cada pulso.

Resposta: D

Resposta: C

94 –
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3. Duas fontes, S1 e S2, emitem ondas sonoras de alta frequência, em 5. (UFPE) – Duas fontes sonoras pontuais, F1 e F2, separadas entre si
fase, com a mesma amplitude, Y, e o mesmo comprimento de onda, ␭. de 4,0m, emitem sons em fase e na mesma frequência. Um observador
As fontes estão separadas por uma distância d = 3␭.
O, afastando-se lentamente da fonte F1, ao longo do eixo x, detecta o
primeiro mínimo de intensidade sonora, em razão da interferência das
ondas geradas por F1 e F2, na posição x = 3,0m.

A amplitude da onda resultante, no ponto P, é praticamente igual a:


a) 4Y b) 2Y c) 0 d) Y e) Y/2

RESOLUÇÃO:
Como a distância que separa S1 e S2 é um múltiplo inteiro do comprimento
de onda emitido (d = 3␭), as ondas atingem o ponto P em concordância de
fase, determinando nesse local interferência construtiva. Desprezando-se os
possíveis amortecimentos, a amplitude da onda resultante em P será A,
dada por:

A=Y+Y⇒ A = 2Y

Resposta: B
Sabendo-se que a velocidade do som é 340m/s, qual a frequência das
ondas sonoras emitidas, em Hz?
a) 340 Hz b) 255 Hz c) 170 Hz d) 85 Hz e) 70 Hz
4. (ITA) –A figura mostra dois alto-falantes alinhados e alimentados
em fase por um amplificador de áudio na frequência de 170 Hz. RESOLUÇÃO:
Considere desprezível a variação da intensidade do som de cada um No local onde o observador O detecta o primeiro mínimo de intensidade
sonora, a diferença de percursos Δx = F2O – F1O entre os sons provenientes
dos alto-falantes com a distância e que a velocidade do som é de
de F2 e F1 corresponde a meio comprimento de onda desses sons.
340m/s. A maior distância entre dois máximos de intensidade da onda
␭ V
sonora formada entre os alto-falantes é igual a Δx = ––– ⇒ F2O – F1O = –––
a) 2m b) 3m 2 2f
c) 4m d) 5m V
(F1F2)2 + (F1O)2 – F1O = –––
e) 6m 2f

340
(4,0)2 + (3,0)2 – 3,0 = –––
RESOLUÇÃO 2f
As ondas sonoras emitadas pelos dois alto-falantes interferem nas
170 170
vizinhanças deles, determinando, em algumas posições, reforço (inter- 5,0 – 3,0 = ––– ⇒ f = ––– (Hz)
ferência construtiva), e em outras, anulamento (interferência destrutiva). f 2,0
Para que haja reforço entre os dois sons, a diferença de percursos entre eles
(Δx) deve ser um múltiplo par de meio comprimento de onda.
f = 85Hz
␭ V
Δx = p ––– ⇒ Δx = p –––
2 2f Resposta: D
(p = 2; 4; 6…)

Sendo V = 340 m/s e f = 170 Hz, vem:


340
Δx = p –––––––– (m) ⇒ Δx = p . 1,0 (m)
2 . 170

com p = 2: Δx = 2 . 1,0 m = 2,0 m

com p = 4: Δx = 4 . 1,0 m = 4,0 m

com p = 6: Δx = 6 . 1,0 m = 6,0 m

com p = 8: Δx = 8 . 1,0 m = 8,0 m


Como a distância entre os alto-falantes é 700cm = 7,0m, a maior distância
entre dois máximos de intensidade é Δx = 6,0m, com uma posição a 0,50m
do alto-falante da esquerda e outra posição a 0,50m do alto-falante da
direita.
Resposta: E

– 95
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FRENTE 3 FÍSICA

MÓDULO 7 Indução Magnética

1. (PUC-MG) – Nas opções abaixo, indica-se a velocidade v de um 2. (UFMS) – Um ímã pode ser movimentado perpendicularmente ao
ímã, em relação a um anel metálico, por uma seta ao lado de v. O plano de uma espira, conforme figura abaixo.
sentido da corrente induzida i está também em cada uma delas. A figu-
ra que descreve corretamente a situação indicada é

É correto afirmar que


(I) se o ímã se aproxima do plano, entre a espira e o ímã haverá uma
força de repulsão magnética.
RESOLUÇÃO: (II) se o ímã se afasta do plano, para um observador sobre o ímã,
O professor deve analisar cada uma das alternativas e verificar que a olhando para a espira, na situação mostrada na figura, a corrente
correta é a E.
elétrica induzida na espira terá sentido anti-horário.
(III) não haverá corrente elétrica induzida, na espira, quando o ímã se
aproximar da espira.
(IV) o fluxo magnético, através da espira, permanecerá constante
enquanto o ímã se movimentar perpendicularmente ao plano.
(V) não haverá corrente elétrica induzida, na espira, quando o ímã
permanecer em repouso em relação à espira.
São corretas:
a) I, II e III b) I, II e V c) II e V
d) II e V e) todas

RESOLUÇÃO:
(I) CORRETA. Pela Lei de Lenz, o polo magnético da espira induzida
opõe-se ao movimento do ímã.
Resposta: E (II) CORRETA. Quando o polo sul do ímã se afasta da espira, surge nela
uma corrente induzida que a polariza magneticamente como polo
norte. O sentido dela é anti-horário.
(III) ERRADA.
(IV) ERRADA. A variação do fluxo é a causa da corrente induzida nos
casos (I) e (II).
(V) CORRETA. Não haverá variação de fluxo e não há corrente
induzida.
Resposta: B

96 –
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4. (UFSCar-SP-MODELO ENEM) – A figura representa um


3. (UNIFESP-MODELO ENEM) – A figura representa uma espira solenoide, sem núcleo, fixo a uma mesa horizontal. Em frente a esse
condutora quadrada, apoiada sobre o plano xz, inteiramente imersa solenoide, está colocado um ímã preso a um carrinho que se pode mo-
num campo magnético uniforme, cujas linhas são paralelas ao eixo x. ver facilmente sobre essa mesa, em qualquer direção.

Estando o carrinho em repouso, o solenoide é ligado a uma fonte de


tensão e passa a ser percorrido por uma corrente contínua cujo sentido
está indicado pelas setas na figura. Assim, é gerado no solenoide um
campo magnético que atua sobre o ímã e tende a mover o carrinho
Nessas condições, há dois lados da espira em que, se ela for girada a) aproximando-o do solenoide.
tomando-os alternativamente como eixo, aparecerá uma corrente b) afastando-o do solenoide.
elétrica induzida. Esses lados são: c) de forma oscilante, aproximando-o e afastando-o do solenoide.
a) AB ou DC. b) AB ou AD. c) AB ou BC. d) lateralmente, para dentro do plano da figura.
d) AD ou DC. e) AD ou BC. e) lateralmente, para fora do plano da figura.

RESOLUÇÃO: RESOLUÇÃO:
Para que tenhamos corrente elétrica induzida, devemos ter uma variação Usando a regra da mão direita, determinamos o sentido do campo
do fluxo magnético no decorrer do tempo. Tal variação do fluxo ocorre magnético no interior do solenoide: da esquerda para a direita.
quando a espira gira tomando como eixos AD ou BC. Assim, temos do lado esquerdo do solenoide um polo sul e do lado direito
Resposta: E um polo norte. Deste modo, o polo N do ímã é atraído pelo polo S do
solenoide e o carrinho tende a mover-se para a direita, aproximando-se do
solenoide.
Resposta: A

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5. 6. (UFMG) – Um anel metálico rola sobre uma mesa, passando,


sucessivamente, pelas posições P , Q , R e S, como representado nesta
figura:

Na figura, temos um ímã sobre um trilho, o que permite o seu


movimento para a direita ou para a esquerda. Temos também uma
espira que também poderá deslizar para a esquerda ou para a direita.
Analise as seguintes proposições e assinale correta ou incorreta para
cada uma delas :
I – Movimentando-se o ímã para a direita e mantendo-se a espira Na região indicada pela parte sombreada na figura, existe um campo
fixa, esta será percorrida por corrente elétrica induzida no magnético uniforme, perpendicular ao plano do anel, representado pelo

sentido horário (vista do ímã). símbolo 丢 B.
II – Movimentando-se o ímã para a esquerda e mantendo-se a Considerando-se essa situação, é correto afirmar que, quando o anel
espira fixa, esta será percorrida por corrente elétrica induzida passa pelas posições Q, R e S, a corrente elétrica, nele,
no sentido anti-horário (vista do ímã). a) é nula apenas em R e tem sentidos opostos em Q e em S.
III – Estando o ímã em repouso e deslizando-se a espira para a b) tem o mesmo sentido em Q, em R e em S.
esquerda, esta será percorrida por corrente elétrica induzida c) é nula apenas em R e tem o mesmo sentido em Q e em S.
no sentido horário (vista do ímã). d) tem o mesmo sentido em Q e em S e sentido oposto em R.
IV – Movimentando-se o ímã e a espira num mesmo sentido e com
a mesma velocidade, não haverá corrente induzida na espira. RESOLUÇÃO:
Estão corretas Ao passar pela posição R, não há variação de fluxo magnético
através do anel e, portanto, não há corrente
a) todas as afirmativas. induzida.
b) apenas as afirmativas I e III. Ao passar pela posição Q, o fluxo indutor ⌽ está
c) apenas as afirmativas II e III. aumentando, o fluxo induzido ⌽’ opõe-se ao
d) apenas as afirmativas I, II e III. aumento e a corrente induzida tem sentido anti-
e) apenas as afirmativas I, II e IV. horário.

RESOLUÇÃO: Ao passar pela posição S, o fluxo indutor ⌽ está


I. CORRETA. diminuindo. O fluxo induzido ⌽’ se opõe à
Mantida fixa a espira e aproximando-se o ímã com o polo sul voltado diminuição e o sentido da corrente induzida é
para ela, haverá corrente induzida. A espira se polariza magnetica- horário.
mente tornando-se um polo sul (quer repelir o sul do ímã) e a corrente
induzida terá sentido horário.
II. CORRETA
Do mesmo modo, ao afastarmos o polo sul do ímã, a espira será
percorrida por corrente induzida no sentido anti-horário, polarizando- Resposta: A
se magneticamente como um polo norte (atração ao polo sul do ímã).
III.CORRETA
Mantido o ímã em repouso, aproximando-se a espira, teremos o mesmo
efeito que no caso I e a espira terá novamente corrente induzida no
sentido horário.
IV. CORRETA
A velocidade relativa é zero. Não haverá variação de fluxo e nem
tampouco uma corrente induzida.
Resposta: A

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MÓDULO 8 Eletrização e Lei de Coulomb

1. (UNIFESP) – Em uma atividade experimental de eletrostática, um 2. (PUCCAMP) – Dispõe-se de uma barra de vidro, um pano de lã e
estudante verificou que, ao eletrizar por atrito um canudo de refresco duas pequenas esferas condutoras, A e B, apoiadas em suportes
com um papel toalha, foi possível grudar o canudo em uma parede, isolados, todos eletricamente neutros. Atrita-se a barra de vidro com o
mas o papel toalha não. Assinale a alternativa que pode explicar cor- pano de lã; a seguir, coloca-se a barra de vidro em contato com a esfera
retamente o que o estudante observou. A e o pano com a esfera B. Após essas operações,
a) Só o canudo se eletrizou, o papel toalha não se eletriza. a) o pano de lã e a barra de vidro estarão neutros.
b) Ambos se eletrizam, mas as cargas geradas no papel toalha escoam b) o pano de lã atrairá a esfera A.
para o corpo do estudante. c) as esferas A e B continuarão neutras.
c) Ambos se eletrizam, mas as cargas geradas no canudo escoam para d) a barra de vidro repelirá a esfera B.
o corpo do estudante. e) as esferas A e B se repelirão.
d) O canudo e o papel toalha se eletrizam positivamente, e a parede Observação: o vidro é o primeiro elemento da série triboelétrica.
tem carga negativa.
e) O canudo e o papel toalha se eletrizam negativamente, e a parede RESOLUÇÃO:
tem carga negativa.

RESOLUÇÃO:
Ao atritarmos o canudo de refresco e o papel toalha, ambos se eletrizam
com cargas elétricas de sinais opostos. Uma possível explicação para a
experiência é o fato de as cargas geradas no papel toalha terem escoado
para o corpo do estudante.
Resposta: B

O pano de lã e a esfera A adquirem cargas elétricas de sinais opostos.


Entre eles, ocorre atração.
Resposta: B

– 99
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3. (AFA-MODELO ENEM) – Faz-se um experimento com 4 esferas 4. (PUC-SP-MODELO ENEM) – Têm-se três esferas metálicas, A,
metálicas iguais e isoladas uma da outra. A esfera A possui carga elétrica B e C, inicialmente neutras. Atrita-se A com B, mantendo C à distância.
Q e as esferas B, C e D estão neutras. Colocando-se a esfera A em Sabe-se que, nesse processo, B ganha elétrons e que, logo após, as es-
contato sucessivo com as esferas B, C e D, a carga final de A será: feras são afastadas entre si de uma grande distância. Um bastão eletri-
a) Q/3 b) Q/4 c) Q/8 d) Q/9 zado positivamente é aproximado de cada esfera, sem tocá-las.
Podemos afirmar que haverá atração
RESOLUÇÃO: a) apenas entre o bastão e a esfera B.
b) entre o bastão e a esfera B e entre o bastão e a esfera C.
c) apenas entre o bastão e a esfera C.
d) entre o bastão e a esfera A e entre o bastão e a esfera B.
e) entre o bastão e a esfera A e entre o bastão e a esfera C.

RESOLUÇÃO:
Sendo A idêntica à B, temos Na eletrização por atrito, os corpos adquirem cargas de sinais opostos.
QA = QB e QA + QB = Q ⇒ 2QA = Q Como a esfera B ganha elétrons, ela adquire carga negativa, enquanto a
Q esfera A perde elétrons, adquirindo carga positiva. A configuração final de
QA = QB = ––– cargas é: A positiva, B negativa, e C neutra.
2 Como o bastão está carregado positivamente, ele atrai a esfera B com carga
negativa e a esfera C neutra, por indução:

Q
2Q’A = Q/2 ⇒ Q’A = Q’C = –––
4

Q
A = Q/4 ⇒
2Q” Q”A = Q”D = –––
8
Resposta: C Resposta: B

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5. (MODELO ENEM) – Observe a sequência das figuras 1, 2 e 3. 6. (UFMT) – Duas esferas metálicas idênticas, com cargas elétricas
Elas descrevem uma experiência de indução eletrostática, usando-se positivas Q e 3Q, estão separadas por uma distância D, muito maior
um bastão eletrizado com cargas negativas e três esferas condutoras e que o raio das esferas. As esferas são postas em contato, sendo
idênticas. Na figura 1, o bastão é aproximado pelo lado esquerdo das posteriormente recolocadas nas suas posições iniciais. Qual a razão
três esferas, não tocando nelas e produzindo indução. As três esferas entre as intensidades das forças de repulsão que atuam nas esferas
estão em contato. Na figura 2, ainda em presença do bastão, as esferas depois e antes do contato?
são ligeiramente separadas uma da outra. Na figura 3, o bastão é le- a) 1/3 b) 4/3 c) 3/2 d) 2/3 e) 5/3
vado embora para o infinito. As esferas são mantidas em seus lugares,
separadas e próximas uma da outra. RESOLUÇÃO: 3Q2
Inicialmente, a intensidade da força entre as esferas é F1 = k –––– .
D2

Após as duas esferas se tocarem, as cargas em ambas serão iguais a


Q + 3Q
–––––––– = 2Q.
2

Posteriormente, quando elas forem posicionadas na distância D, a


(2Q)2
intensidade da força de repulsão será F2 = k ––––– .
D2

F2 4
Portanto –––– = –– .
F1 3
Resposta: B
Assinale a alternativa que descreve corretamente a distribuição final
de cargas elétricas em cada uma das esferas (figura 3).
a) A esfera A ficou negativa, a B, neutra e a C, positiva.
b) A esfera A ficou positiva, a B, negativa e a C, negativa.
c) A esfera A ficou negativa, a B, positiva e a C, neutra.
d) A esfera A ficou positiva, a B, neutra e a C, negativa.
e) A esfera A ficou positiva, a B, negativa e a C, neutra.

RESOLUÇÃO:
Aproximando-se o bastão da esfera A, ocorre indução sobre o conjunto das
três esferas, que se comporta como se fosse um único corpo condutor.
Elétrons da esfera A são repelidos e dirigem-se para a esfera C. Deste
modo, a esfera A torna-se positiva e a esfera C, negativa (figura 1).

Separando-se as esferas, as cargas induzidas ficam retidas em A e C , pois


o bastão indutor ainda está presente. Assim, a esfera A continuará
eletrizada positivamente e C, negativamente. Observemos ainda que a
esfera B está neutra.
Finalmente, levando-se o bastão para o infinito, haverá atração entre as
cargas induzidas de A e C, porém, cada uma delas continuará com a sua
carga induzida. Assim, teremos a seguinte situação final (da figura 3):
1) A esfera A ficará com carga elétrica positiva.
2) A esfera B ficará neutra.
3) A esfera C ficará com carga elétrica negativa.
Resposta: D

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MÓDULO 9 Campo Elétrico e Potencial Elétrico

1. (UECS-AL-VUNESP-MODELO ENEM) – A figura representa a RESOLUÇÃO:


intensidade do campo elétrico O campo elétrico obedece às regras abaixo:
Q > 0: campo de afastamento
criado por uma carga puntifor-
Q < 0: campo de aproximação
me Q, em função da distância d
à carga.
A intensidade da força elétrica
que agirá sobre uma carga de
prova q = 2,0 ␮C, colocada a
0,3m de Q, valerá, em N,

a) 2,0 . 10–3 b) 2,0 . 10–2 c) 2,0 . 10–1


d) 1,0 . 10–2 e) 1,0 . 10–1

RESOLUÇÃO:
A intensidade do campo elétrico é inversamente proporcional ao quadra-
Resposta: D
do da distância entre a carga fonte e o ponto P. Triplicamos a distância e
temos:
E1 4,5 . 105
E2 = ––– ⇒ E2 = ––––––––– = 0,5 . 105 N/C
d 2 9
A carga de prova é colocada nesse ponto P.
F = q E2 = 2,0 . 10–6 . 0,5 . 105
F = 1,0 . 10–1N
Resposta: E

3. (MACKENZIE-SP) – Na determinação do valor de uma carga


elétrica puntiforme, observamos que, em um determinado ponto do
campo elétrico por ela gerado, o potencial elétrico é de 18 kV e a
intensidade do vetor campo elétrico é 9,0 kN/C. Se o meio é o vácuo
(k0 = 9.109 N.m2/C2), o valor dessa carga é
a) 4,0 ␮C b) 3,0 ␮C c) 2,0 ␮C
d) 1,0 ␮C e) 0,5 ␮C

2. (UFAL) – Considere um triângulo equilátero ABC. Nos vértices A RESOLUÇÃO:


e B são fixadas cargas puntiforme de mesmo módulo e sinais opostos, Seja d a distância entre o ponto e a carga elétrica puntiforme.
positiva em A e negativa em B, como mostra a figura.
A intensidade do campo elétrico é dada por:

Q
E = k0 ––– 
d2

O potencial elétrico é dado por:

Q
V = k0 –– 
d

O campo elétrico resultante no vértice C é mais bem representado pelo Das equações  e , temos:
vetor
E 1 V
–– = –– ⇒ E . d = V ⇒ d = ––
V d E

102 –
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18
d = –––– (m) ⇒ d = 2,0m
9,0

Voltando-se à , temos:

Q d.V 2,0 . 18 . 103


V = k0 –– ⇒ Q = ––––– ⇒ Q = ––––––––––– (C)
d k0 9,0 . 109

Q = 4,0 . 10–6C ⇒ Q = 4,0 ␮C

5. (UFB-modificada) – Na figura, temos um quadrado ABCD, no


Resposta: A
qual foram insertas em seus vértices três cargas elétricas conhecidas:
+2Q; –3Q e +2Q, respectivamente em A, B e C.

4. Na circunferência da figura, de centro O, foram colocadas três


cargas elétricas, +Q, –Q e +Q, respectivamente nas posições 1, 2 e 3.
Admita que +Q seja positiva e –Q, negativa.

a) Para que resulte nulo o campo elétrico em O, deve-se colocar em D


uma quarta carga elétrica. Determine o seu valor e sinal.
b) Após a colocação da quarta carga elétrica em D, uma quinta carga
elétrica puntiforme de valor (+q) positiva é colocada em O e
abandonada em repouso. Determine a direção e o sentido de sua
No ponto O, o vetor campo elétrico resultante pode ser representado por:
aceleração inicial.

a) b) c) d) e) RESOLUÇÃO:
a) Observemos que em A e C há duas cargas idênticas (+2Q). Seus campos
RESOLUÇÃO: em O anulam-se mutuamente. Logo, resta em O apenas o campo
Observemos que a distância entre cada carga e o ponto O é o raio da elétrico da carga B, ou seja –3Q. Para resultar nulo o campo elétrico
circunferência. As três têm o mesmo módulo. Logo, final, deve-se colocar em D uma carga simétrica, isto é –3Q.
b) Sendo nulo o campo resultante em O, também é nula a força elétrica na
→ → → Q
| E1 | = | E2 | = | E3 | = k ––– partícula (+q) ali colocada. Logo, ela permanece em repouso e a
R aceleração é nula.
Construindo a figura com os três vetores em O:

→ →
Como E 1 cancela E 3, concluímos que:
→ →
E res = E 2

Resposta: B

– 103
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6. (UFS-ES-MODELO ENEM) – Duas esferas condutoras, A e B, de 7. (UESC-AL) – Uma esfera metálica, oca, de raio 10cm, está ele-
raios rA = 3,0cm e rB = 5,0cm estão no vácuo, eletrizadas com cargas trizada com carga positiva de 2,0␮C, no vácuo (k0 = 9 . 109N.m2/C2). O
QA = −2,0 . 10−6 C e QB = 6,0 .10−6 C, respectivamente. ponto A é um ponto interno a 5,0cm do centro da esfera e o ponto B,
Analise as afirmações que seguem, considerando a constante externo, está a 20,0cm do mesmo centro.
eletrostática no vácuo igual a 9,0 . 109 (SI).
(0) A capacitância eletrostática da esfera A vale 3,0nF.
(1) O potencial elétrico da esfera B, em relação a um referencial no
infinito, vale 1,08 . 106 V.
(2) Colocando as esferas em contato, elas ficarão eletrizadas com
cargas de 2,0 . 10−6 C cada uma.
(3) Após o contato, o potencial elétrico de cada esfera, em relação ao
potencial no infinito, será de 4,5 . 105 V. A diferença de potencial elétrico entre os pontos A e B, em volts, vale
Estão corretas: a) 9,0 . 104 b) 9,0 . 105 c) 2,7 . 104
a) todas. b) apenas (0), (1) e (2). d) 2,7 . 105 e) 1,35 106
c) apenas (0) e (2). d) apenas (1) e (3).
e) apenas (3). RESOLUÇÃO:
1) No interior da esfera, o potencial elétrico vale:

RESOLUÇÃO: Q
VA = k0 . ––––
(0) INCORRETA R


Q Temos:
C = –––––
V Q R k = 9,0 . 109 (SI)
C = ––––––––– ⇒ C = –––––
k.Q kQ k Q = 2,0␮C = 2,0 . 10–6C
V = –––––– ––––––
R R R = 10cm = 0,10m = 1,0 . 10–1m
2,0 . 10–6
No vácuo: k0 = 9,0 . 109 (SI) VA = 9,0 . 109 ––––––––– = 18,0 . 104V
rA = 3,0cm = 3,0 . 10–2m 1,0 . 10–1

3,0 . 10–2 1 2) No ponto externo B:


C = –––––––––– 9
(F) ⇒ C = –– . 10–11F ⇒ Q
9,0 . 10 3
VB = k0 . ––––
d
C 0,33 . 10–11F 3,3pF
Temos:
(1) CORRRETA d = 20,0cm = 0,20m = 2,0 . 10–1m
k0 QB 9,0 . 109 .
6,0 . 10–6
VB = –––––––––– = –––––––––––––––– (volt) 2,0 . 10–6
R 5,0 . 10–2 VB = 9,0 . 109 ––––––––– = 9,0 . 104V
2,0 . 10–1
VB = 1,08 . 106V
3) Calculando a ddp ente A e B:
(2) INCORRETA VA – VB = 18,0 . 104V – 9,0 . 104V ⇒ VA – VB = 9,0 . 104V
São raios diferentes e portanto Q’A ≠ Q’B
Resposta: A

(3) CORRETA
Q’A + Q’B = QA + QB ⇒ Q’A + Q’B = + 4,0 . 10–6C


RA
Q’A = CA . V = ––––– . V

 ––––– + –––––  = + 4,0 . 10


k RA RB
V –6C
RB k k
Q’B = CB . V = ––––– . V
k

Substituindo e resolvendo, vem:


V = 4,5 . 105 volts

Resposta: D

104 –
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MÓDULO 10 Campo Elétrico Uniforme e Capacitores

1. (UNIMONTES) – Um campo elétrico uniforme, de intensidade 2. (FUVEST-MODELO ENEM) – Um feixe de elétrons, todos com
2,0 . 104 N/C, desloca uma carga de 2,5pC por um percurso de 25cm mesma velocidade, penetra em uma região do espaço onde há um
sobre a sua linha de força. Nesse deslocamento, a carga sofre uma campo elétrico uniforme entre duas placas condutoras, planas e
variação de energia potencial elétrica igual a paralelas, uma delas carregada positivamente e a outra, negativamente.
a) 2,25 . 10–8J b) 3,15 . 10–8J c) 1,25 . 10–4J Durante todo o percurso, na região entre as placas, os elétrons têm
d) 5,15 . 10–8J e) 1,25 . 10–8J trajetória retilínea, perpendicular ao campo elétrico. Ignorando efeitos
gravitacionais, esse movimento é possível se entre as placas houver,
RESOLUÇÃO: além do campo elétrico, também um campo magnético, com
Inicialmente, calculemos a ddp entre os dois pontos afastados de 25cm. intensidade adequada e
E. d = U
a) perpendicular ao campo elétrico e à trajetória dos elétrons.
b) paralelo e de sentido oposto ao do campo elétrico.
E = 2,0 . 104N/C
c) paralelo e de mesmo sentido que o do campo elétrico.
d = 25cm = 25 . 10–2m = 2,5 . 10–1m
d) paralelo e de sentido oposto ao da velocidade dos elétrons.
U = (2,0 . 104) . (2,5 . 10–1) (volts)
e) paralelo e de mesmo sentido que o da velocidade dos elétrons.
U = 5,0 . 103V
A variação de energia potencial é igual ao trabalho realizado pela força RESOLUÇÃO:
elétrica e vale: Para que o feixe tenha trajetória retilínea, a força resultante da ação dos
campos elétrico e magnético deve ser nula.
ΔEpot = τ = q . (VA – VB) = q . U
Dessa maneira, a força magnética deve ter a mesma direção, mesmo
ΔEpot = (2,5 . 10–12) . (5,0 . 103) (joules) módulo e sentido oposto ao da força elétrica.
ΔEpot = 12,5 . 10–9J

ΔEpot = 1,25 . 10–8J

Resposta: E

Para que isso aconteça, observamos, por meio da “regra da mão esquerda”,
que o campo magnético deve ser perpendicular ao campo elétrico e à
trajetória dos elétrons.
Resposta: A

– 105
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3. (UEM-MODELO ENEM) – Considere um condensador plano 5. Um capacitor plano a vácuo possui capacitância C0 = 2,0␮F e
com placas retangulares. Se as placas fossem mantidas paralelas uma é carregado sob d.d.p. U0 = 60V. O capacitor é desligado do gerador e
a outra e, a seguir, afastadas por uma distância Δx, a capacitância entre suas placas é introduzido um isolante de constante dielétrica re-
a) diminuiria, pois a área das superfícies lativa εr = 4. Determine, nestas condições,
diminui. a) a nova capacitância C do capacitor;
b)aumentaria, pois a área das superfícies b) a nova d.d.p. U entre as placas do capacitor.
aumenta.
c) diminuiria, pois essa depende da distância RESOLUÇÃO:
A
entre as placas. a) De C = ε . –––– e
d)aumentaria, pois essa depende da distância d
entre as placas. A
e) permaneceria a mesma, pois essa independe C0 = ε0 . ––––, vem
d
da distância entre as placas.
C ε C
RESOLUÇÃO: ––– = ––– ⬖ –––– = εr
C0 ε0 C0
A capacitância C é dada por:
ε0 . A
C = –––––
d C = εr . C0
Aumentando-se a distância, aumentamos o denominador e diminuímos a
fração. C = 4 . 2,0␮F
A capacitância C diminuiria.
Resposta: C
C = 8,0␮F

b) Como o gerador foi desligado do capacitor, concluímos que a carga


elétrica do capacitor não se altera:

Q = C0 . U0
Q=C.U

C . U = C 0 . U0
εr . C0 . U = C0 . U0

U0
U = ––––
4. Um capacitor de capacitância 2,0␮F εr
é carregado por duas pilhas de 1,5V
cada uma, conforme o esquema. 60V
U = –––––
Qual a carga elétrica que o capa- 4
citor armazena?
U = 15V

RESOLUÇÃO:
Q=C.U
Q = 2,0␮F . 3,0V

Q = 6,0␮C

106 –
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6. (UECE-MODELO ENEM) – Três capacitores idênticos, de placas


paralelas, estão ligados em paralelo. Cada um deles tem armaduras de
área A, com espaçamento d entre elas.

Construiu-se um capacitor equivalente de área A. Entre as alternativas


abaixo, assinale aquela que contém a correta distância entre as placas
desse capacitor equivalente.
d 3d 2d
a) ––– b) 3d c) ––– d) ––– e) d
3 2 3

RESOLUÇÃO:
Ceq = C + C + C = 3C (1)

Para cada um dos capacitores associados, temos:


ε.A
C = –––– (2)
d

Substituindo-se (2) em (1):

  (3)
ε.A
Ceq = 3 ––––
d

O capacitor equivalente terá:


• área A
• Distância entre placas: x
ε.A
Ceq = –––– (4)
x

Igualando-se (3) e (4):

 
ε.A
3 –––– = ––––
d
εA
x

3 1
–– = ––
d x

3x = d
d
x = ––––
3

Resposta: A

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MÓDULO 11 Cordas e Tubos Sonoros

1. (MODELO ENEM) – Bate-se com um martelo sobre uma das


extremidades de uma barra de metal considerada homogênea e presa
em l/2, no sentido axial, mostrado na figura abaixo.

2. Uma corda de comprimento L está presa em suas extremidades e nela


O som ouvido é bastante intenso por conta da onda estacionária que se
estabelece na barra. Essa onda possui um nó no centro da barra, local se estabelecem ondas estacionárias. Para o harmônico de ordem n, o com-
em que há uma pessoa segurando, e ventres nas extremidades. Nessas primento de onda da onda gerada é ␭n = 18cm, e, para o harmônico de
circunstâncias, o comprimento de onda ␭1 é o dobro do comprimento l. ordem n + 1, o comprimento de onda é ␭n + 1 = 16cm. Determine, em
cm, o comprimento L da corda.
1º caso a) L = 36cm b) L = 54cm c) L = 72cm
d) L = 90cm e) L = 108cm

RESOLUÇÃO:
␭n
1º. CASO: L = n ––––
2
Segurando-se agora a barra a uma distância l/4 da extremidade mais
próxima do martelo e batendo-se nela outra vez, obtém-se uma nova 18
⬖ L = n –––– ⇒ L = n 9 (I)
onda estacionária com dois nós separados de ␭2/2, em que ␭2 é o 2
comprimento de onda da nova onda estacionária formada na barra. Para
esse caso, ␭2 = l. ␭n + 1
2º. CASO: L = (n + 1) ––––––––
2
2º caso
16
⬖ L = (n + 1) –––– ⇒ L = (n + 1) 8 (II)
2
Comparando-se (I) e (II), vem:
n 9 = (n + 1) 8 ⇒ n 9 = n 8 + 8
n=8
Em relação às frequências f1 e f2 dos sons emitidos no primeiro e
segundo caso, respectivamente, é correto afirmar que: Substituindo-se em (I):
1
a) f2 = f1 b) f2 = — f1 c) f2 = 4f1 L = 8 . 9 (cm) ⇒ L = 72cm
2
Resposta: C
1
d) f2 = — f1 e) f2 = 2f1
4

RESOLUÇÃO:

1º. caso: V = ␭1f1 ⇒ V = 2l f1 


1

2º. caso: V = ␭2f2 ⇒ V = l f2 


2

Comparando 
1 e
2 : l f2 = 2l f1

f2 = 2f1

Resposta: E

108 –
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3. Duas cordas de mesma espessura foram construídas com um mesmo RESOLUÇÃO:


O comprimento do tubo sonoro é mínimo quando ele ressoa no modo
material; uma com comprimento L1 = 60cm e outra com comprimento fundamental.
L2 = 40cm. A primeira é submetida a uma tração T1 = 40N e a segunda, 1 1
Tubo aberto: fA = –––– V ⇒ 55 = –––– 330 ⇒ LA = 3,0m
a uma tração T2 = 90N. Quando postas em oscilação, verifica-se que a de 2LA 2LA
comprimento L1 tem frequência fundamental de 36Hz. A partir desses 1 1
Tubo fechado: fF = –––– V ⇒ 55 = –––– 330 ⇒ LF = 1,5m
dados, determine em Hz, para a corda L2, sua frequência fundamental. 4LF 4LF
a) 54Hz b) 81Hz c) 108Hz
Resposta: B
d) 135Hz e) 162Hz

RESOLUÇÃO:
5. (IME – MODELO ENEM) – A frequência fundamental do tubo de
n T Equação de Lagrange - Helmholtz
f = ––– ––– um órgão, aberto nas duas extremidades, é 300Hz. Quando o ar do
2L ␳
interior do tubo é substituído por hidrogênio e uma das extremidades
desse tubo é fechada, a frequência fundamental aumenta para 582Hz.
1 40 Determine a relação entre as velocidades do som no hidrogênio e no ar.
corda 1: 36 = –––––– –––
2 . 60 ␳ 25 97 50
a) –––– b) –––– c) ––––
97 25 97

1 90 97 194
corda 2: f2 = –––––– ––– d) –––– e) ––––
2 . 40 ␳ 50 75

Dividindo-se as expressões anteriores membro a membro, vem:


RESOLUÇÃO:
90 Tubo aberto:
1
–––––– –––
f2 2 . 40 ␳
––– = –––––––––––––––––
36
1 40
–––––– –––
2 . 60 ␳ 1 1
fA = –––– Var 300 = –––– Var 
2L 2L

f2 60 90 ␳
––– = –––– ––– . –––
36 40 ␳ 40

f2 3 3
––– = –––– . ––––
36 2 2
Tubo fechado:
Da qual: f2 = 81Hz 1 1
fF = –––– VHi 582 = –––– VHi 
4L 4L
Observe que as cordas consideradas têm a mesma densidade linear.

Resposta: B

4. (UFPI) – Um alto-falante emite um som de VHi


frequência constante, igual a 55Hz, próxi- ––––
4L 582 VHi 582
mo das embocaduras de dois tubos sonoros:  ÷  : –––––– = ––––– ⇒ ––––– = –––––
Var 300 Var 150
um, aberto, e outro, fechado. A velocidade ––––
de propagação do som no ar contido em am- 2L
bos os tubos é de 330m/s. Se o som do alto-
falante ressoa com esses tubos, seus VHi 97
comprimentos mínimos são respectiva- ⬖ –––– = ––––
Var 25
mente iguais a:
a) 4,0m e 2,0m; b) 3,0m e 1,5m;
Resposta: B
c) 6,0m e 3,0m; d) 5,0m e 2,5m;
e) 10m e 5,0m.
– 109
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MÓDULO 12 Qualidades Fisiológicas do Som e Efeito Doppler

1. (FURG) – A voz humana é produzida pelas vibrações de duas membranas — as cordas vocais — que entram em vibração quando o ar proveniente
dos pulmões é forçado a passar pela fenda existente entre elas. As cordas vocais das mulheres vibram, em geral, com frequência mais alta do que
as dos homens, determinando que elas emitam sons agudos (voz “fina”), e eles, sons graves (voz “grossa”).
A propriedade do som que nos permite distinguir um som agudo de um grave é denominada
a) intensidade. b) amplitude. c) velocidade. d) timbre. e) altura.

RESOLUÇÃO:
A qualidade do som relacionada com a frequência é a altura.
Som alto: alta frequência (agudo)
Som baixo: baixa frequência (grave)
Resposta: E

2. (UFRN-Modificado) – A intensidade de uma onda sonora, em W/m2, é uma grandeza objetiva que pode ser medida com instrumentos acústicos
sem fazer uso da audição humana. O ouvido humano, entretanto, recebe a informação sonora de forma subjetiva, dependendo das condições auditivas
de cada pessoa. Fato já estabelecido é que, fora de certo intervalo de frequências, o ouvido não é capaz de registrar a sensação sonora. E, mesmo
dentro desse intervalo, é necessário um valor mínimo de intensidade da onda para acionar os processos fisiológicos responsáveis pela audição. Em
face da natureza do processo auditivo humano, usa-se uma grandeza mais apropriada para descrever a sensação auditiva. Essa grandeza é conhecida
como nível de intensidade do som (medida em decibel). A figura a seguir mostra a faixa de audibilidade média do ouvido humano, relacionando
a intensidade e o nível de intensidade com a frequência do som.

110 –
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Considerando-se as informações e o gráfico anterior, é


correto afirmar que
a) na faixa de 2 000 Hz a 5 000 Hz, o ouvido humano é capaz de
perceber sons com menor intensidade.
b) a audição prolongada de um som de 100Hz e 120dB é mais
desconfortável que a de um som de 5000Hz e 120dB.
c) acima da intensidade 10–12W/m2, podemos ouvir qualquer
frequência.
d) ao falarmos, geramos sons no intervalo aproximado de frequência
de 200 Hz a 20 000 Hz.
e) um som de frequência 50Hz com intensidade de 10–10W/m2 é
audível.

RESOLUÇÃO:
a) Basta observar que nessa faixa de frequências a curva do limiar da
audição assume as menores alturas em relação ao eixo das frequências. 4. (FAAP) – Um motorista dirige seu automóvel com velocidade de
b) A audição prolongada de um som de 100Hz e 120dB é menos descon- 72km/h quando dele se aproxima uma ambulância de resgate, com
fortável que a de um som de 5000Hz e 120dB. Observando-se a curva do velocidade de 144km/h. Sabendo que os dois movimentos se realizam
limiar da dor, nota-se que a 100Hz ela está acima de 120dB, enquanto numa estrada retilínea e em sentidos opostos e que a ambulância
a 5000Hz está abaixo de 120dB.
mantém a sirene ligada emitindo um som de frequência igual a 620Hz,
c) Um som de frequência de 50Hz e intensidade de 10–10W/m2 (20dB), por
exemplo, é inaudível. podemos afirmar que a frequência aparente ouvida pelo motorista do
d) A região da fala abrange frequências de 200Hz a 10 000Hz, aproxima- automóvel durante a aproximação do resgate é de (adotar para a
damente. velocidade do som no ar o valor 340m/s):
Resposta: A a) 522Hz b) 587Hz c) 661Hz
d) 744Hz e) 786Hz

RESOLUÇÃO:

f0 fF
–––––––– = –––––––––
V ± V0 V ± VF
3. O sonar de um barco de pesca localiza um cardume diretamente
abaixo da embarcação. O intervalo de tempo decorrido desde a emissão f0 620
–––––––––– = ––––––––––
do sinal até a chegada do eco ao sonar é de 0,5s e a frequência do sinal 340 + 20 340 – 40
recebido é maior que a frequência do sinal emitido. Se a velocidade de f0 620
propagação do som na água do mar é de 1600m/s, a profundidade do ––––– = –––––– ⇒ f0 = 744Hz
360 300
cardume e seu deslocamento relativo ao sonar, respectivamente, são:
a) 200m; parado. Resposta: D
b) 400m; aproximando-se.
c) 400m; afastando-se.
d) 800m; parado.
e) 800m; aproximando-se.

RESOLUÇÃO:
2p 2p
(I) Vsom = ––– ⇒ 1600 = –––
Δt 0,5

p = 400m

Como o eco é mais “agudo” que o sinal emitido pelo sonar, conclui-se
que está havendo aproximação relativa entre o observador (sonar) e a fonte
(cardume).
Resposta: B

– 111
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5. (FUVEST) – Uma onda sonora considerada plana, proveniente de


uma sirene em repouso, propaga-se no ar parado, na direção horizontal,
com velocidade v igual a 330m/s e comprimento de onda igual a 16,5cm.
Na região em que a onda está propagando-se, um atleta corre, em uma
pista horizontal, com velocidade u igual a 6,60m/s, formando um ângulo
de 60° com a direção de propagação da onda.

O som que o atleta ouve tem frequência aproximada de


a) 1960Hz b) 1980Hz c) 2000Hz
d) 2020Hz e) 2040Hz

RESOLUÇÃO:
A situação proposta está representada abaixo.
Vista aérea

(I) Cálculo da frequência (fF) do som emitido pela sirene:


V = ␭ f ⇒ 330 = 16,5 . 10–2 f

f = 2000Hz

(II) Cálculo da frequência aparente (f0) percebida pelo atleta (Efeito


Doppler):

f0 fF
––––––– = ––––––
V – ux V+0

f0 fF
––––––––––––– = –––––
V – u cos 60° V

f0 2000
–––––––––––––––– = ––––––
330 – 6,60 . 0,50 330

f0 = 1980Hz

O atleta percebe um som mais baixo (grave) que o som emitido pela
sirene.

Resposta: B

112 –

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