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SEMINÁRIO EM IT: AULA 3

SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL:
BASES CONCEITUAIS E ESTADO DA ARTE
DANIEL DE SOUZA VALOTO
SUMÁRIO
ARTIGO 1: What happened to the “development” in sustainable development?
Discussão geral da obra
Análise Crítica

PAUSA
ARTIGO 2: Defining sustainability: A conceptual orientation
Discussão geral da obra
Análise Crítica

ARTIGO 3: The Evolution of Organizations and Natural Environment Discourse:


Some Critical Remarks
Discussão geral da obra
BARKEMEYER, R. ET AL.
WHAT HAPPENED TO THE “DEVELOPMENT” IN SUSTAINABLE DEVELOPMENT?

Ralf Barkemeyer Diane Holt

Lutz Preuss Stephen Tsang


PERGUNTAS DE PESQUISA E OBJETIVOS

Até que ponto os códigos de conduta globais promovem realmente os


princípios do desenvolvimento sustentável?

Até que ponto os códigos aderem ou se desviam das ideias originais


apresentadas no Relatório Brundtland?

BARKEMEYER, R. et al. (2014)


PERGUNTAS DE PESQUISA E OBJETIVOS

Desenvolver um quadro resumo com o conteúdo do relatório Brundtland


que defina o desenvolvimento sustentável;

Aplicar este quadro analítico a uma série de iniciativas globais centradas


nas empresas sobre desenvolvimento sustentável;

Avaliar se uma mudança ocorreu nos focos de Brundtland e, em caso


afirmativo, delinear qual é a natureza dessa mudança.

BARKEMEYER, R. et al. (2014)


O QUE DIZ O RELATÓRIO BRUNDTLAND?
“O desenvolvimento sustentável é um desenvolvimento que atende às
necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações
futuras de atender suas próprias necessidades”

O foco de necessidades é voltado aos mais pobres;


Limitações impostas pelo estado da tecnologia e organização social sobre a
capacidade do ambiente para atender às necessidades;

WCED, (1987)
DIMENSÕES DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

ambiental
econômico Equidade intergeracional
x
Equidade intrageracional
social

ELKINGTON (1994); WEISS (1992); GEORGE (1999)


O PAPEL DAS ORGANIZAÇÕES NO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Representam os recursos produtivos da economia:


Financeiros;
De pessoal;
Infraestrutura;
Inovação e tecnologia;
Reconhecem a necessidade de passar de uma
compreensão técnica limitada de seus impactos
sociais e ambientais para identificar seu papel
mais amplo na sociedade
SCHMIDHEINY (1992); STARIK e RANDS (1995); THROOP et al. (1993)
O PAPEL DAS ORGANIZAÇÕES NO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Peso das multinacionais:


Promovem o desenvolvimento social/econômico mas..
Extraem recursos naturais;
Perda de biodiversidade;
Direitos humanos e trabalhistas;

BARKEMEYER, R. et al. (2014)


O PAPEL DAS ORGANIZAÇÕES NO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Capacidade de influenciar o processo de


elaboração de regras do desenvolvimento
sustentável.

Os códigos e diretrizes tentam moldar o


comportamento do setor privado e podem ser
veículos promotores de práticas sustentáveis.

NORMAN e MACDONALD (2003)


DIRETRIZES ANALISADAS

ano nº participantes
Diretrizes da OCDE 1976 36 países
Princípios CERES 1989 ≅ 100 empresas
Carta Empresarial ICC 1991 + 2.300 empresas
Princípios CAUX 1994 não informado
Princípios Globais Sullivan 1999 ≅ 250 membros
Princípios do Pacto Global da ONU 2000 ≅ 5.000 membros
BARKEMEYER, R. et al. (2014)
https://internacional.estadao.com.br/noticias/geral,chanceler-diz-que-ingresso-na-ocde-e-essencial-para-as-
reformas-no-brasil,70002762456
METODOLOGIA
Desenvolveram quadro analítico de desenvolvimento sustentável a partir do
relatório de Brundtland.

Identificaram documentos políticos influentes com orientações sobre o


papel do setor privado no desenvolvimento sustentável.

Analisaram os documentos em relação à sua sobreposição com o quadro de


Brundtland.

BARKEMEYER, R. et al. (2014)


RESULTADOS
Aderência % ao Relatório Brundtland

Pacto Global da ONU 28%

Princípios Globais Sullivan 25%

Princípios CAUX 22%

Carta Empresarial ICC 36%

Princípios CERES 39%

Diretrizes OCDE 25%

0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45%


BARKEMEYER, R. et al. (2014) Score
RESULTADOS
Evidenciaram que o desenvolvimento sustentável sofreu mudanças na
interpretação e no foco principal
Foco prevalecente em questões ambientais e não na pobreza.
Equidade social reconhecida apenas em 2 diretrizes.
Pouco reconhecimento evidente de quaisquer limitações impostas pela
tecnologia.

BARKEMEYER, R. et al. (2014)


BARKEMEYER, R. ET AL.
WHAT HAPPENED TO THE “DEVELOPMENT” IN SUSTAINABLE DEVELOPMENT?

CRÍTICAS
PAUSA
VOS, R. O
DEFINING SUSTAINABILITY: A CONCEPTUAL ORIENTATION

Robert O. Vos
OBJETIVOS

Definir arquétipos, a partir de definições de sustentabilidade e seus


paradigmas concorrentes.

Auxiliar na compreensão e definição do conceito de sustentabilidade de


formas práticas.

VOS (2007)
ANTECEDENTES

Primeiro antecedente do conceito de sustentabilidade foi o relatório do


Clube de Roma de 1972, Limits to Growth.

A escala de crescimento e uso de recursos e poluição ameaçavam produzir


consequências imprevisíveis.

O uso insustentável da natureza aponta que gerações futuras poderiam ter


‘padrões de vida significativamente mais baixos’, sendo privados de recursos-
chave.

Meadows et. al (2004)


PRINCIPAIS DEFINIÇÕES DE SUSTENTABILIDADE

O conceito inicial era descrever as taxas em que os recursos renováveis


poderiam ser extraídos ou danificados pela poluição sem ameaçar a
integridade subjacente dos ecossistemas.
Na economia o foco era entender a relação entre os ecossistemas, capital
natural e economia.
Elementos comuns: maneira de encarar os problemas ambientais em relação
à economia e à sociedade.
Interconexões entre economia, meio ambiente e sociedade

VOS (2007)
PRINCIPAIS DEFINIÇÕES DE SUSTENTABILIDADE

“As múltiplas definições de sustentabilidade não são


necessariamente um problema [...] permitem um acordo
mais amplo e ajudam a organizar mudanças sociais
quando escolhas difíceis estão sendo enfrentadas.”
Bryner (2001)
PARADIGMAS

PARADIGMA
DOMINANTE

VERSÃO FINA VERSÃO DENSA

VOS (2007)
PARADIGMA DOMINANTE

natureza é vista como um recurso de matérias-primas para a economia


humana.
acumulação econômica no presente pode compensar o futuro ao supor que
a tecnologia permitirá que substitutos infinitos.
O crescimento econômico pode resolver tanto os problemas ambientais
quanto locais.
As conexões entre a equidade social e o meio ambiente são ignoradas e
deixadas ao mercado para determinar.

VOS (2007)
VERSÕES DO PARADIGMA DOMINANTE
FINA DENSA
Conciliar o crescimento econômico A visão ecológica é profunda.
com a proteção do meio ambiente
Busca reduções em larga escala de
Envolvimento das partes recursos de poluição.
interessadas é um processo
colaborativo. Diferenciam crescimento e
desenvolvimento econômico.
Garantir que o valor total do
capital natural e financeiro não Confrontam os problemas da
diminua para as gerações futuras. população de frente.

VOS (2007)
DIRETRIZES ANALISADAS

Ontologia da natureza
Substituição por capital natural
Crescimento econômico
Crescimento populacional
Papel da tecnologia
Igualdade social
Participação das partes interessadas
VOS (2007)
METODOLOGIA?
RESULTADOS E DISCUSSÃO
O que está sendo sustentado para as gerações futuras, especialmente em
termos do mundo natural?
No que qualidade de vida deve ser sustentada?
Quais são os valores-chave da civilização e como a natureza trabalha para
apoiá-los?

VOS (2007)
VOS, R. O
DEFINING SUSTAINABILITY: A CONCEPTUAL ORIENTATION

CRÍTICAS
KALLIO, T. J; NORDBERG, P.
THE EVOLUTION OF ORGANIZATIONS AND NATURAL ENVIRONMENT DISCOURSE: SOME CRITICAL REMARKS

Tomi J. Kallio Piia Nordberg


PERGUNTAS DE PESQUISA E OBJETIVOS

Qual é a relação entre as novas pesquisas orientadas para o meio


ambiente e a pesquisa relacionada à Organizações e Meio Ambiente (O&E)
nos estudos de gestão e organização?

Qual é a relação entre as atuais pesquisas orientadas para o meio


ambiente e as ciências naturais?

Objetivo é discutir e analisar os desenvolvimentos e fraquezas dos estudos


ambientais organizacionais e verificar onde o campo se encontra.

KALLIO, NORDBERG (2006)


CONCEITOS

Entre 1990 e 1994, menos de 0,003% das publicações de administração se


destinavam a O&E. (1% em 2004).

Transdisciplinaridade parental: a sociologia ambiental, a filosofia ambiental


e a economia ambiental se unem nos estudos de gestão e organização
voltados ao meio ambiente.

Greening corporativo: O ambientalismo será uma das forças mais poderosas


de mudança econômica, social e política nesta década; “Ecologização”
(Shrivastava e Hart, 1994)

KALLIO, NORDBERG (2006)


VISÃO HISTÓRICA

As primeiras pesquisas relacionada a O&E apareceram no final dos anos 80,


mais de uma década depois o nascimento da sociologia ambiental.
Os estudos eram inconsistentes.
O mundo dos negócios passava por um período de mudanças rápidas que,
inspirou otimismo entre os estudiosos.
Paradigma do gerenciamento ecocêntrico como um substituto para a gestão
ambiental antropocêntrica.
Em 1993, Shrivastava e Welford apontaram uma lista de 10 pontos na qual os
estudiosos relacionados à O&E até agora não tiveram sucesso, sendo um
importante catalisador para pesquisas da área.

KALLIO, NORDBERG (2006)


METODOLOGIA
Extensa pesquisa literária obre o desenvolvimento e status do discurso de
Organização e Meio Ambiente.

Os materiais revisados foram coletados no período do início dos anos 90 a


2003 de importantes periódicos de administração geral e estudos
organizacionais.

discutir e analisar o panorama geral dos estudos de O&E “como um estilo


editorial introspectivo e crítico”

KALLIO, NORDBERG (2006)


Aspecto do estudo de A&E Características verificadas

Quantidade de pesquisa Passou de por uma milhão para 1,1% do total.

Qualidade da pesquisa Orientada para estudos de caso único, ao passo que havia falta
de teoria e pesquisa rigorosa orientada por metodologia.

Tradicionalmente importadas de outros campos. Ênfase passou


Qualidade da pesquisa teórica da gestão estratégica para a teoria da organização, que
fornece uma base teórica mais multiforme para o discurso.
O discurso de O & E como um todo não foi capaz de
Papel da abordagem crítica no discurso desenvolver nem sua própria base de valor distintivo nem
teorias

Contribuição para práticas corporativas Corporações produzem seus próprios relatórios ambientais,
e sustentabilidade ecológica entretanto, são insuficientes para o desenvolvimento sustentável.

KALLIO, NORDBERG (2006)


ESTADO DAS ORGANIZAÇÕES E O DISCURSO DE O&E

Avaliaram a estatura da pesquisa relacionada à O&E em 11 perguntas


respondidas com base nas interpretações dos autores adaptadas de um periódico
sobre estatura da sociologia ambiental.

KALLIO, NORDBERG (2006)


RESULTADOS E DISCUSSÃO
A relação dos estudos ambientais organizacionais é problemática e incerta.
Observaram problemas significativos como falta de ideias que engajem
estudiosos no tema e contribuições efetivas para os estudos.
Pouca atenção dada à natureza e à sustentabilidade ecológica no discurso.
Se um discurso é incapaz de se rejuvenescer, ele apenas reiterar as mesmas
ideias.
Os crescentes problemas ambientais aumentam as pressões sobre as
corporações, garantindo que a pesquisa à O&E continue tendo importância.

KALLIO, NORDBERG (2006)


DÚVIDAS
CONSIDERAÇÕES

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